domingo, 22 de setembro de 2019

NOVO AMOR


Vou em busca de um novo amor
Viver de felicidade e não de saudade
Apagando do meu coração essa dor
Acendendo as luzes na escuridão da cidade.

Vou preservando no peito um lado sonhador
Dizer que existe sim uma nova chance
Mesmo que distante para onde se for
O horizonte azul brilha tão fascinante.

Vou no prazer abraçar meu corpo ao teu
E na alegria juntar minha alma a tua
Te mostrar tão especial como nunca se conheceu
Ser do meu dia o sol e da minha noite a lua.

Vou viver a vida desse sonho que não morreu
Na mais profunda razão e emoção que possua
Descobrindo fantasias que nem o tempo decifrou
Ao lado de um novo amor que ama, cuida e é cura.

POEMA: ANTONIO GUSTAVO

sábado, 21 de setembro de 2019

FOLIA DE SÃO JOÃO



Zabumbando o seu coração
Na folia de São João
Não viva por um triz
Viva para ser feliz.

A lua vai enluarar o teu sertão
Alegrando a tua alma de folião
Peça a Deus um amor pertinho de ti
Para dançar esta noite sem ter fim.

Jogando fora a sua indecisão
Abraçando essa diversão
Num mundo com essa imensidão
Não é justo viver em vão.

O que passou... Passou de ruim
O que ficou de bom deixa vim
Perto ou longe, lá ou aqui
A folia de São João diga sim.


POEMA: ANTONIO GUSTAVO
#POEMA DEDICADO AO DIA DE SÃO JOÃO.

DIA NACIONAL DO FUTEBOL


Nesta data de hoje, 19 de Julho, comemora-se o dia Nacional do Futebol, esporte mais praticado no Brasil, segundo dados fornecidos pela pesquisa realizada pelo Atlas do Esporte no Brasil, em 2003, sendo só nessa época mais de 30 milhões de brasileiros já reconhecidos como praticantes do esporte, desde amadores até profissionais, número esse que certamente se amplia ainda mais quando levamos em consideração também a quantidade atualmente de fãs e torcedores.

Curiosamente, a origem dessa data remonta a meados da década de 70, escolhida pela Confederação Brasileira de Desportos (CBD), atualmente conhecida como Confederação Brasileira de Futebol (CBF), fazendo alusão a mesma data correspondente a fundação, 19 de julho, do time mais antigo do país, no caso, o Sport Club Rio Grande, do Rio Grande do Sul.

No Brasil não só contamos com muitos times importantes, tais como: Corinthians, São Paulo, Flamengo, Palmeiras, Grêmio, Athletico Paranaense, entre outros. Mas, com muitos jogadores bons, permitindo o país ser hoje tanto um dos principais exportadores de jogadores do mundo quanto reconhecido como o “país do futebol”, configurando-se esse esporte em uma verdadeira paixão nacional. O próprio país, aliás, possui cinco títulos (1958, 1962, 1970, 1994 e 2002) conquistados através da Seleção Brasileira de Futebol e é até o momento o que mais ganhou mundial de clubes de futebol.

Sendo a nível nacional no Brasil as maiores competições de futebol realizadas o Campeonato Brasileiro e a Copa do Brasil, já que o prestígio de determinadas competições a níveis estaduais, ao longo do tempo, caíram. Ainda assim, é por meio das competições estaduais que, por exemplo, muitos dos grandes clubes buscam, a medida do possível, espaço para se prepararem e projetarem para as disputadas competições de futebol a nível nacional.

Recentemente, o futebol cada vez mais se mostra que é um esporte que não só veio para ficar seja no Brasil ou no mundo,  fascinando pessoas de diversas idades assim como também não se limita apenas a participação dos homens, haja vista que têm crescido a quantidade tanto de mulheres que se apaixonam pelo esporte quanto as que participam de eventos e atividades esportivas. 

De um modo ou de outro, o futebol se revela inegavelmente fundamental não só como uma das alternativas existentes possíveis em momentos de lazer, entretenimento ou profissional. Mas, também socialmente no sentido de lembrar que a sua prática permite afastar os jovens do mundo das drogas, criminalidade, estresse e violência.

Contudo, nem só de alegrias se vive o futebol, seja dentro ou, principalmente, fora de campo, pois acredito que ainda temos que, de certo modo, avançarmos a consciência sobretudo na questão da violência, passando a construir uma visão de um esporte através do qual se compreenda, dentre outras coisas, que times e torcedores rivais tenham claro que adversários só existem dentro de campo durante os jogos.

Quando esses acabam que os grupos de torcidas possam não enxergar os “outros” grupos de torcedores ou integrantes que pertencem aos times "rivais" como inimigos e nem, muito menos, agredir, brigar ou, ainda pior, matar. Por isso, não só nessa data, porém em todos os dias devemos, de alguma forma, lembrar que futebol é sinônimo de diversão e contribuir para que haja menos violência e mais a cultura de PAZ no futebol. Afinal, com essa causa, na realidade, todos sairemos ganhando e marcando um golaço para a nação.

19/07/17

TEXTO: ANTONIO GUSTAVO

MUSEU: A IMPORTÂNCIA DESSA INSTITUIÇÃO CULTURAL



O museu sempre possuiu na humanidade uma importância cultural através do seu patrimônio imaterial e principalmente material, sendo capaz, dentre outras coisas, de proporcionar recuperar, preservar e disseminar a memória de um povo, época ou país, reforçando identidades sociais e culturais. Não é à toa que por exercer essa função o museu é amplamente considerado como o lugar da memória.
A princípio durante muito tempo eram locais bastante restritos e elitizados, mantidos e frequentados apenas por pessoas economicamente privilegiadas. Ao longo do tempo é que foram se tornando como atualmente conhecemos, ou seja, aberto ao público em geral, promovendo a inclusão e possuindo um caráter educativo. Passando, desse modo, a ser uma instituição cultural a serviço da sociedade.
Quem percebe, ainda, com mais atenção a importância do museu é capaz de sair do lugar comum e passar a reconhecer outros benefícios que o museu pode oferecer, pois podemos afirmar que o museu é o espaço ideal não só para preservar a memória de um povo por meio dos objetos de valor histórico e cultural que expõe para os visitantes apreciarem, mas também para despertar a curiosidade, inspirar intelectualmente e estimular a reflexão.
Nesse contexto, é necessário que haja uma política de proteção desses prédios, a falta de investimentos em museus e de manutenção adequada em sua estrutura pode provocar pobrezas tanto de ordem intelectual quanto de ordem financeira como, por exemplo, no incêndio de grandes proporções ocorrido no Museu Nacional, onde algumas das principais causas relacionadas a tragédia foi: a falta de investimentos e a falta de manutenção na sua estrutura.
Acarretando uma pobreza financeira com a destruição de grande parte do prédio histórico e de milhares de itens culturais no acervo do Museu Nacional considerados valiosíssimos como, por exemplo, a coleção de fósseis desde o mais antigo fóssil humano brasileiro de 11 mil anos, passando por fósseis de dinossauros até fósseis de múmias egípcias raras no mundo. O dano foi tão irreparável ao ponto de já ser considerado a maior tragédia museológica do Brasil.
Além disso, produzindo uma pobreza intelectual pelo fato de ter diminuído com a quantidade de nossas fontes materiais de conhecimentos disponíveis que remetem ao passado, na medida em que obviamente oportunizava conhecer mais sobre pessoas, lugares e culturas por meio da cultura material do museu.
Portanto, não precisávamos constatar a destruição do Museu Nacional para passar a incentivar a valorização dos diversos museus existentes como algo certamente relevante de se apoiar ou de se fazer. Pois, pode ser praticamente equivalente a apoiar e promover a cultura, especialmente nesta era digital em que não podemos permitir que o universo virtual com sua forte tendência imaterial permaneça a conduzir a progressiva desvalorização e perda de sentido no mundo real assim da importância da conservação material dos museus.

TEXTO: ANTONIO GUSTAVO

sexta-feira, 20 de setembro de 2019

ASTEROIDES: O QUE SÃO? PODEM SER CONSIDERADOS UMA AMEAÇA AO PLANETA TERRA?




O nome asteroide é uma palavra de origem grega em que "aster" significa estrela e "ide" significa semelhante, portanto levando em consideração apenas a origem do nome o sentido de asteroide corresponde ao mesmo que dizer que os asteroides são objetos espaciais os quais apresentam algumas semelhanças com estrelas.

Ainda que historicamente foram chamados de planetoides pelo motivo de serem considerados por alguns estudiosos como pequenos planetas, tendo em vista que quando comparados aos planetas existentes no sistema solar, os asteroides são evidentemente bem menores. E até, curiosamente, por outros estudiosos foram e ainda são comparados a determinados meteoritos.

Apesar de que atualmente já se sabe que, embora existam mesmo asteroides não apenas com tamanhos pequenos, mas também parecidos com meteoritos, porém existem outros que apresentam grandes dimensões e outros nem tanto parecidos com meteoritos. E eles por suas características particulares não podem ser chamados de planetas. Seus diâmetros podem ser desde alguns poucos metros e podem chegar a alcançar centenas de quilômetros.

Sendo assim, são variáveis, porque os asteroides possuem formas e tamanhos diferenciados. Por esses e outros motivos a UAI (União Astronômica Internacional) recomenda que os sinônimos aplicados ao asteroide não sejam usados. O fato é que referente aos asteroides, no geral, é melhor chamá-los pelo seu próprio nome mesmo como recomenda a UAI e podem ser basicamente considerados como objetos espaciais com corpos rochosos e estruturas metálicas.

Acerca da origem dos asteroides a explicação mais aceita é a hipótese segundo a qual acredita-se que muito possivelmente os asteroides sejam fragmentos oriundos de restos de outros planetas que foram antigamente destruídos ou matérias que, desde a formação do sistema solar, nunca se fundiram.

Possuindo órbitas definidas ao redor do Sol. Integrando junto a outros objetos espaciais o sistema solar, na condição de corpos menores. Normalmente ficando concentrados numa região conhecida como Cinturão de Asteroides, mas exatamente situados entre as órbitas de Júpiter e Marte.

Os estudos e pesquisas realizadas em função de conhecer melhor a origem, movimentos e características dos asteroides, sem dúvida, são extremamente importantes para a humanidade. No sentido de que através dos seus estudos pode-se não só enriquecer o conhecimento científico, descobrindo novas evidências acerca da origem do sistema solar, mas também pode-se prever alguns asteroides que estejam em condições propícias, em algum momento, de colocar em ameaça a Terra e trabalhar desenvolvendo alternativas para evitar dos asteroides colidirem com a Terra. Haja vista que dependendo das dimensões do asteroide sendo, por exemplo, de proporções consideráveis, pode provocar uma verdadeira catástrofe na Terra.

Não podemos nos esquecer que muitos cientistas atribuem a ocorrência do fim dos dinossauros e a extinção de uma imensa quantidade de outras espécies animais e vegetais há milhares de anos atrás principalmente ao fenômeno espacial da queda de um asteroide, com mais de 10 km de comprimentos, na Terra. Onde acredita-se que a força do seu impacto foi tão grande que além de ter sido capaz de causar a destruição com o próprio impacto, foi  também capaz de ocasionar a ocorrência de terremotos, erupções vulcânicas e tsumanis, ampliando a força de destruição.

Sendo assim, podem ser potencial e realmente destruidores, dependendo do tamanho, uma verdadeira ameaça a Terra. Não é à atoa que, preocupados em prevenir a humanidade de uma futura catástrofe, cientistas dos institutos espaciais Russos, da NASA (National Aeronautics And Space Administration) e em parceria com alguns Europeu vem desenvolvendo equipamentos espaciais e explorando a possibilidade de usarem armas, inclusive, nucleares para atingirem e destruírem no espaço os asteroides que apresentem condições propícias de ameaçar a Terra.

Contudo, mesmo com muitos asteroides atualmente já conhecidos, devemos reconhecer que a ciência possui algumas limitações a respeito do estudo dos asteroides. Pois, é sabido que nem todos foram catalogados e outros provavelmente se encontram em orbitas espaciais desconhecidas. Ainda assim, certamente que não podemos deixar de reconhecer também através dos Russos, da NASA e parceria com alguns Europeu seus esforços assim como o uso do conhecimento científico nesta situação em função do bem da humanidade, buscando afastar a ameaça potencial ou real de asteroides atingirem a Terra.

TEXTO: ANTONIO GUSTAVO

SERIA JÚPITER UM PROTETOR DO PLANETA TERRA?



A afirmação de que Júpiter seria um protetor do planeta Terra a princípio poderia normalmente parecer bastante estranha ou até mesmo exagerada. Afinal, dependendo do ponto de vista pode até ser mesmo, uma vez que há estudiosos que se questionam: se Júpiter mais nos proteje ou mais nos põe em perigo. Porém, mesmo assim, Júpiter ainda pode ser considerado sim, de certo modo, um protetor da Terra, a base de algumas teorias e evidências científicas que temos, até o momento, disponíveis.

Pelo fato de que Júpiter, maior planeta do sistema solar tanto em diâmetro quanto em massa, também conhecido como "Rei dos Planetas", "Gigante Gasoso" ou "Destruidor de Cometas", contribuir positivamente com a Terra. No sentido de que, por exemplo, o efeito do seu enorme campo gravitacional acabar desviando e absorvendo cometas e asteroides que facilmente poderiam ser direcionados ou colidirem com a Terra.

Proporcionando, desse modo, a redução de eventuais impactos, tendo em vista que realizando um efeito semelhante a de um "ímã", atraindo esses objetos espaciais para si por meio do seu forte campo gravitacional, Júpiter consegue, ao mesmo tempo, em função desse fenômeno servir como um "escudo" da Terra, pois permite afastar o perigo e, assim, proteger a Terra. Além disso, outro aspecto de extrema importância que ainda reforça o papel de Júpiter como sendo um protetor do planeta Terra, corresponde a ideia de que logicamente se o mesmo não existisse muito provavelmente implicaria no risco maior de muitos objetos espaciais atingissem a Terra.

Curiosamente, a NASA (National Aeronautics And Space Administration) tem catalogado que, apesar de haver a presença em quantidade abundante de asteroides menores nas vizinhanças da Terra, ainda existem mais de mil grandes asteroides com mais de um quilômetro de diâmetro próximos a Terra.

Apenas a ameaça confirmada de algum desses grandes asteróides colidir com a Terra, facilmente poderia colocar em estado de pânico a humanidade. Já que a possível colisão com a Terra de asteroides que possuem um ou mais quilômetros de diâmetro seria logicamente o suficiente para provocar uma verdadeira catástrofe.

Na medida em que, imaginando caso houvesse ou passasse a haver de fato esse fenômeno, do ponto de vista da existência da humanidade é preocupante, porque dependendo das proporções e dimensões gravemente estimadas, provavelmente poderia levar não só a extinção de algumas espécies de animais e vegetais, mas também a extinção, inclusive, da própria espécie humana.

Por outro lado, do ponto de vista da evolução da vida do planeta Terra, pode-se afirmar que não seria algo tão negativo assim, levando em consideração o fato de que o ser humano, principalmente a partir do século XVIII em diante, através das sucessivas revoluções industriais, evoluções tecnológicas, desmatamentos, queimadas, crescimento dos espaços urbanos, aumento dos níveis de consumo dos recursos naturais, dentre outras ações antrópicas, é o que mais vem promovendo a intensa extinção de uma diversidade de seres vivos na Terra assim como é o que mais vem prejudicando a estabilidade da Terra. Nesse contexto, talvez outra pergunta que fizesse mais sentido de ser formulada é a seguinte: seria o ser humano um protetor do planeta Terra ou uma verdadeira ameaça?
 


TEXTO: ANTONIO GUSTAVO

ASTRONOMIA, CONHECIMENTOS E CURIOSIDADES:



A astronomia é uma das ciências mais antigas da humanidade que remonta até ao período pré-histórico e apesar de ter na origem da sua palavra, em grego, uma das interpretações possíveis do significado como "lei das estrelas", sabemos que seu estudo é bastante amplo, já que trata de estudar as posições, constituições e movimentos dos corpos celestes.

Nesse sentido, logicamente indo além dos estudos propriamente dito das estrelas, envolvendo cometas, planetas, sistemas solares, galáxias, missões espaciais e descobertas no universo. Aproximando-se, dessa maneira, mais da interpretação que associa o significado da palavra astronomia com o estudo das "lei dos astros", preocupando-se em conhecer e explicar a origem, evolução, composição, classificação e dinâmica dos corpos celestes.

Por vezes, sendo equivocadamente confundida com a astrologia, essa última considerada uma pseudociência, no geral, pelas concepções e parâmetros de ciência hoje predominantes, invalidada ao passo de se basear na crença de que os astros celestes podem ter relação com os diferentes tipos de personalidades humanas e os acontecimentos na vida das pessoas.

Imaginemos agora a astronomia, inicialmente, quando não haviam bússolas, GPS e outros meios tecnológicos sofisticados de localização e orientação disponíveis ao ser humano, as pessoas se baseavam em conhecimentos astronômicos através de fenômenos que poderiam ser vistos somente a olho nu no céu.


Não só os astros assumiam, nesse momento, importância tal ao ponto de alguns serem incorporados na cultura de diferentes povos e serem percebidos como divindades. Mas, também pela observação dos movimentos e comportamentos dos corpos celestes conseguiam obter respostas para algumas perguntas elementares, porém fundamentais para o desenvolvimento da ciência astronômica: como se localizar? como contar o tempo?

Orientando-se pelas diferentes constelações que, por exemplo, navegadores identificavam onde ficava norte, sul, leste e oeste. E os povos antigos, de certo modo, guiados pelo sol ou pela lua, desenvolviam calendários, como o calendário solar e o calendário lunar, distinguindo estações. 

Contribuindo, além disso, na prática de atividades tradicionais para reprodução de vida, tais como: a agricultura e a pesca, levando em consideração o fato de que, respectivamente, permitia prever períodos mais favoráveis de colheitas e plantio e identificar períodos correspondentes as secas e cheias, neste último caso podemos mencionar as fases das luas determinando os ciclos das marés.

Não podemos perder de vista a significava contribuição da astronomia, desde lá no contexto da Grécia antiga em que a filosofia permitia um diálogo mais próximo entre as diferentes áreas do conhecimento. Teremos exemplos como o do pensador Eratosthenes  (n.c. 276 a.C. - m.c. 196 a.C.), geógrafo, astrônomo, matemático e poeta que na sua época ficou responsável pelo maior acervo de conhecimento humano quando tornou-se bibliotecário-chefe da Biblioteca de Alexandria. Infelizmente, com o trágico incêndio que destruiu a biblioteca de Alexandria, só restaram poucas citações de seu trabalho. 

Onde a humanidade ainda vivia desprovida de tecnologias e muito apegada a crenças em mitos que somente posteriormente foram superados, como o fato de considerarem a terra perfeitamente redonda. Eratosthenes foi o primeiro a medir o diâmetro da Terra e conseguiu desenvolver o cálculo da circunferência da Terra com pouquíssimo erro contido para época, menos de 5% em relação a verdadeira medição.

Porém, verificamos que, ao mesmo tempo, temos o combate e o reforço de alguns mitos por parte até próprios astrônomos e filósofos como o do sistema geocêntrico, defendido, dentre outros, por Ptolomeu (90 d.C -168 d.C) que criou o modelo geocêntrico e Aristóteles (384 a.C. - 322 a.C.) que acreditava nessa ideia. O geocentrismo perdurou como referência por mais de mil anos, nesse sistema corretamente se dizia que a Terra era esférica, porém erradamente se dizia que a Terra estaria parada no centro do Universo, enquanto os demais corpos celestes orbitavam ao seu redor. 

Entretanto, foi realizando muitos estudos na já citada biblioteca de Alexandria que um determinado pensador bastante desconhecido, astrônomo, chamado de Aristarco de Samos (310.a.c. – 230 a.c.) foi o primeiro, na realidade, a romper com essa visão de mundo. 

Ao apresentar determinados estudos e passar a desenvolver, quase 2.000 anos antes de Nicolau Copérnico (1473-1543), uma proposta em alguns aspectos parecida com o que posteriormente vai ficar conhecido como modelo heliocêntrico, isto é, a ideia de que basicamente a Terra gira em torno do sol e possui movimento de rotação que corresponde a alternância entre dias e noites decorrentes do movimento que a Terra realiza sobre seu próprio eixo. 

Contudo, ficou mesmo popular o modelo cosmológico do heliocentrismo, ou seja, do planeta terra e uma diversidade de demais planetas (quentes, frios, rochosos, gasosos, grandes ou pequenos) girando em torno do sol, pelo Copérnico através do seu livro "Da revolução de esferas celestes". Curiosamente publicado após sua morte, pois dentre algumas razões e motivos possíveis, sabia que a igreja católica poderia perseguir e ameaçar sua vida assim como fazia com outros pensadores.  Ainda assim, não evitou seu livro de ser incluso na lista de livros proibidos pela igreja.

Mas, porque, então, ele ficou com os méritos? podemos afirmar: 1º criação do modelo cosmológico do heliocentrismo; 2º porque no seu livro continha as informações astronômicas repletas de detalhes, sendo o primeiro, por exemplo, a conseguir, com razoável grau de precisão, medir as distâncias dos planetas com relação ao Sol; 3º por propor um novo conjunto de problemas que passa a despertar o interesse de muitos astrônomos; 4º porque Copérnico se popularizou por se envolver, sobretudo em polêmicas ao confrontar os dogmas e autoridades das igrejas, cujas quais, na época, limitavam bastante o acesso ao conhecimento. Não permitindo o avanço do conhecimento científico e, muito menos, a divulgação de determinas descobertas científicas. 

Sendo assim, foi um verdadeiro impacto para a sociedade, de modo geral, tendo em vista que marca a maneira moderna de ver o homem, a natureza e sua relação com o universo, em grande parte, pautada agora na observação e experiência. 

Nesse sentido, cientistas e astrônomos como Galileu Galilei, Johannes Kepler, Isaac Newton foram responsáveis por aperfeiçoar esse modelo no qual é, atualmente, o mais aceito pela comunidade científica. Tendo a Igreja Católica, por outro lado, admitido esse modelo muito tardiamente, em 1822.

Importante percebermos, por fim, que desde a antiguidade até a modernidade, apesar de constatarmos avanços significativos ocorridos no campo do conhecimento, na tecnologia, na ciência e na informação, revelando as belezas e os mistérios do universo
. Ao mesmo tempo, auxiliando o ser humano não só a se localizar e orientar no espaço como também a fornecer melhores condições de observar e se lançar no espaço em missões espaciais, descobrindo novos planetas, cometas, galáxias e constelações.

Ainda assim, existem determinadas interrogações que permanecem, no decorrer do tempo, mais do que nunca atuais, desafiando astrônomos e cientistas, tais como: Qual o tamanho do universo? como ele se formou? como chegou até aqui? existe vida fora da terra? Perguntas estas que para o conhecimento científico e astronômico prosseguem sem respostas definitivas e absolutas, mas que suas hipóteses e suposições são capazes de promover tanto a reflexão humana quanto deslocar para uma situação menos dogmática inúmeras maneiras limitadas de ver e compreender o mundo e o sentido até da própria existência.

TEXTO: ANTONIO GUSTAVO

domingo, 15 de setembro de 2019

CERRADO: UM DOS BIOMAS MAIS AMEAÇADO DO BRASIL


Enquanto o Brasil e o mundo neste momento estão em alerta preocupado com a queimada e o desmatamento que ocorrem na Amazônia. O bioma do Cerrado, por sua vez, segundo (2º) maior bioma brasileiro, também conhecido como a “savana brasileira". Já se constitui, apesar do bioma da Mata Atlântica ser o mais devastado, como um dos biomas mais ameaçado do Brasil.

Algo que realmente preocupa devido tanto a enorme importância que esse bioma brasileiro, localizado não somente, mas em grande parte da região centro-oeste, naturalmente possui, quanto também em relação aos impactos socioambientais.  Na medida em que a intensificação dos danos causados ao bioma pode prejudicar não só o próprio bioma, mas também certamente a sociedade. Afetando, dentre outras coisas, a disponibilidade de água assim como a regulação do clima.  

Afinal, em relação a disponibilidade de água, o cerrado é considerado “berço das águas” no Brasil, englobando oito das doze bacias hidrográficas do país, abrigando nascentes e fontes de importantes rios. Contribuindo, assim, para o abastecimento e fornecimento de água. Além disso, em relação as mudanças climáticas, há evidências que indicam que mudanças no ambiente do bioma implicam em alteração no regime de chuvas e de produção de alimentos.

Não podemos esquecer de mencionar que o cerrado ainda ao lado da Mata Atlântica é um dos biomas brasileiros considerados Hotspot, ou seja, área com elevada riqueza natural que já perdeu em média três quarto (3/4) da sua vegetação natural. Possuindo expressiva biodiversidade, quantidade e variedade de espécies de fauna e flora, inclusive, endêmicas.

Em função de ser a região onde mais se concentra e expande a atividade econômica do agronegócio brasileiro, sobretudo com a cultura de soja, milho e a cana-de-açúcar, além principalmente da criação bovina. Observamos de forma desordenada e acelerada a paisagem do seu espaço natural sofrer forte descaracterização, passando a ser transformado em amplas áreas de pastagens e áreas agrícolas. Restando atualmente menos de 20% da cobertura vegetal original e possuindo espécies da fauna e flora típicas do bioma em ameaça de extinção. 

Estudo realizado pelo IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia) evidencia que, de 2000 a 2015, enquanto, de um lado, o Cerrado perdeu em média 236 mil km², de outro lado, a Amazônia perdeu 208 mil km². Isso significa basicamente dizer que durante esse período de 15 anos o desmatamento no Cerrado foi superior que ao ocorrido na Amazônia. Não bastasse isso, ainda segundo o IPAM, cerrado é o bioma brasileiro que possui a menor porcentagem de áreas protegidas

Apesar de o cerrado ser a região, ao mesmo tempo, de maior produção agrícola e pecuária do país. Decorrente desse cenário atual apresentado, ou seja, de expansão das atividades humanas e da intensa devastação a qual o cerrado foi submetido, é necessário haver, de fato, dedicação e esforços maiores, no que diz respeito a proporcionar proteção e reconhecer o valor desse bioma. Buscando viabilizar, assim, a sua preservação ambiental, contribuindo com a natureza, a sociedade e as gerações futuras.  

TEXTO: ANTONIO GUSTAVO

terça-feira, 10 de setembro de 2019

HÁ OCORRÊNCIA DE TERREMOTOS NO BRASIL?



Os terremotos também são popularmente chamados de tremores de terra ou tecnicamente conhecidos de abalos sísmicos, podem ser resultantes de variados fatores, desde falhas geológicas, passando por colisões de placas tectônicas e de até atividades vulcânicas. 

Em relação a ocorrência desse fenômeno natural, o território brasileiro localiza-se bem no centro da Placa Sul-Americana. Numa região que pode-se naturalmente considerar, de certo modo, privilegiada do ponto de vista que não está localizado próximo as bordas de grandes placas tectônicas.

Acontecendo, do contrário, com relação a determinados países (Japão, Indonésia, Índia, Filipinas, Nova Zelândia, entre outros) mais vulneráveis a ocorrência desse fenômeno em função de que estão próximos ou inseridos em regiões como o Círculo de Fogo do Pacífico. Onde há expressiva instabilidade tectônica, ou seja, área com maiores tremores de terra do mundo. 

Normalmente ocorrem vulcanismos, formação de cadeias montanhosas e apresentam convergência assim como atrito entre placas tectônicas, decorrentes do calor ou da pressão oriundas do interior da Terra, favorecendo a ocorrência de terremotos de grandes proporções.

Nesse contexto, apesar do Brasil, em grande parte, ter uma localização privilegiada, apresentando um conjunto de características naturais que mais dificultam do que facilitam a ocorrência desse fenômeno, ainda assim não está totalmente livre da ocorrência de terremotos. 

A principal causa da possibilidade de ocorrência de tremores de terra no Brasil está relacionado ao fato de que há certas regiões do território brasileiro que apresentam falhas geológicas através das quais fornecem condições de se gerar movimentos em rochas, podendo ocasionar o desenvolvimento de alguns terremotos. 

Porém, os terremotos que especificamente acontecem no Brasil não só geralmente são menos frequentes do que em outras partes do mundo assim como também são tremores de terra de pequenas magnitudes e baixas intensidades, provocando efeitos de deslocamento do solo praticamente imperceptíveis ao longo da superfície terrestre. Nesse sentido, podemos basicamente confirmar, dentre outras coisas, que a ideia há bastante tempo atrás difundida e comum de se acreditar que o Brasil é um país onde esse fenômeno não acontece. Está errada.


TEXTO: ANTONIO GUSTAVO

quinta-feira, 5 de setembro de 2019

GUERRA NUCLEAR: AINDA PODE SER CONSIDERADA UMA DAS PRINCIPAIS AMEAÇA A HUMANIDADE?




As bombas nucleares podem ser basicamente entendidas como um dos tipos de explosivos mais potentes que existem no mundo. Na medida em que conseguem facilmente gerar grandes quantidades de energia de uma só vez a partir de quantidades relativamente pequenas de matéria.

Pela sua capacidade de destruição normalmente aparece associada a rumores de guerras, mortes e extermínio em massa. Suscitando não só sentimentos de medos em muitas pessoas ao longo do mundo, mas também experiências traumatizantes assim como dolorosas memórias compartilhadas pela população pertencente ao país que sofreu com o impacto do seu uso.

Como, por exemplo, o Japão que no fim da 2ª Guerra Mundial, em meados de 1945, o EUA (Estados Unidos da America) o atacou, lançando uma bomba atômica na cidade de Hiroshima e, logo após, uma outra bomba atômica na cidade de Nagasaki, causando muitas mortes com a explosão das bombas que ficaram enormemente conhecidas no mundo como: "Bombas de Hiroshima e Nagasaki".

Segundo dados fornecido pelo instituto nito-americano RERF (Radiation Effects Research Foundation) referente a quantidade de mortes humanas provocadas pelas "Bombas de Hiroshima e Nagasaki" no Japão. Podem ter chegado a causar aproximadamente em Hiroshima 80 mil mortes e em Nagasaki até 140 mil mortes. Condenando a morte, assim, mais de 200 mil civis nessas cidades japonesas.

Posteriormente a esse assombroso acontecimento histórico o mundo começou a despertar maior atenção para essa questão, percebendo de outra maneira e a refletir melhor, questionando, dentre outras coisas, a acerca da real necessidade de uso de bombas atômicas. Tendo em vista a ameaça que seria o uso dessas bombas, evitando de acontecer algo parecido em algum outro lugar do mundo, ou seja, uma nova espécie de "Bombas de Hiroshima e Nagasáki".

Pois, no decorrer de apenas algumas décadas seguintes com as evoluções tecnológicas e científicas a humanidade só veio a ampliar ainda mais o seu poder de destruição através da produção de novas bombas nucleares, incomparavelmente mais destrutivas que as "Bombas de Hiroshima e Nagasaki". Haja vista que ainda, em 1961, a União Soviética já tinha produzido e testado, numa demonstração de poder bélico, uma das mais potentes armas nucleares da época, a "Tsar Bomba", que só a sua força de destruição equivalia em média a mais de 3.000 bombas de Hiroshima. Essas e outras poderosas bombas foram principalmente produzidas ao longo do período da corrida armamentista (1945-1991), marcado por embates entre Estados Unidos e União Soviética. Onde vivia-se na humanidade a tensão de, a qualquer momento, presenciar o início de uma guerra nuclear.

Acontecimentos reais do uso das bombas como de Hiroshima e Nagasaki além de potenciais como da Corrida Armamentista, resultaram em profundas transformações culturais e políticas no mundo. Uma vez que já na década de 60 em diante verificamos, por exemplo, tanto o surgimento na sociedade de uma diversidade de movimentos sociais, contra-culturais, pacifistas contrários ao uso de bombas nucleares quanto o surgimento por parte de determinados governos mundiais da criação de tratados envolvendo centenas de países.

Desde o Tratado de Interdição parcial de Ensaios Nucleares, em 1963, aparecendo como uma proposta ainda tímida frente aos problemas reais, passando pelo "Tratado de Não Proliferação de Armas Nucleares", em 1968, que levou os países a se comprometerem no uso pacífico assim como evitar a proliferação dessas armas no mundo, visando a longo prazo atingir a meta de desarmamento total. Até no final do século XX, em 1996, com o "Tratado de Interdição Completa de Ensaios Nucleares" objetivando tentar proibir qualquer teste com armas nucleares.

Sendo assim, o conjunto de esforços, declarações e tratados realizados ao longo do tempo em função de evitar não só a produção ou o uso dessas bombas nucleares, mas também sobretudo de evitar acontecer guerras nucleares, não foram absolutamente em vão, porém precisa-se, na realidade, de mais ação nessa questão. Afinal, muitas das metas estabelecidas, por exemplo, a do desarmamento total que remonta ao final da década de 60 assim como da meta de proibir qualquer teste com armas nucleares do final do século XX, não foram cumpridas.

Além disso, entramos no século XXI com vários países no mundo ainda mantendo o interesse em desenvolver armamentos nucleares para se fortalecerem política e militarmente. O que é pior de constatar, assim, é o fato de que hoje a ameaça do início de uma guerra nuclear não pode partir exclusivamente dos EUA (que foi o único país até o momento a fazer uso de bombas nucleares para atacar um outro país) ou da Russia (que durante a corrida armamentista ameaçava fazer uso desses armamentos), mas, na verdade, pode partir de diversos outros países no mundo. Como verificado, por exemplo, nas trocas de ameaças entre EUA e Coreia do Norte.

Muito embora passasse, em 2018, a haver avanços nas negociações, onde ambos os Presidentes cessaram com as ameaças. De um lado, o presidente americano Donald Trump fornecendo garantias de segurança a Coreia do Norte desde que o regime coreano realizasse a desnuclealização da região, de outro lado o Presidente coreano Kim Jong-un aceitando encerrar com o uso de seus armamentos nucleares em testes. As promessas feitas por ambos os lados foram, de certo modo, mais percebidas como formais e vagas, o que leva a supor que nem um nem outro está disposto, na pratica, a abrir mão das suas respectivas vantagens. Esquecendo-se de lembrar que só as ações é que realmente são capazes de dá sentido as nossas palavras.

Nesse contexto, onde o uso das bombas nucleares permanecem sendo sim uma grande ameaça a existência da humanidade, podendo desencadear uma 3ª guerra mundial que levaria a morte a milhares de pessoas, ocasionando crises econômicas, escassez de alimentos e amplamente impactando o meio ambiente com a morte de animais, vegetações e até alterando o clima do Planeta Terra. É necessário que os países, no geral, cumpram com as suas promessas feitos nos tratados a respeito das bombas nucleares, buscando evitar o seu uso para o mal, buscando resolver suas questões de maneira diplomática e buscando zelar por manter a paz mundial.

Pois, mesmo apesar das suas acirradas diferenças políticas e ideológicas ou mesmo apesar dos seus possíveis conflitos que os líderes políticos ou pessoas de influência envolvidas nessas decisões possam não perder o bom senso de lembrar de coisas tão simples, porém tão valiosas para a vida como slogans oriundos da década de 60 que transmitem a força de mensagens que inspiram o bem a humanidade: "Faça Amor, Não Faça Guerra", "Paz e Amor".

TEXTO: ANTONIO GUSTAVO

quarta-feira, 4 de setembro de 2019

ENCHENTES: QUAIS SÃO AS PRINCIPAIS CAUSAS QUE IMPACTA A VIDA NAS CIDADES?




As enchentes também são normalmente conhecidas como alagamentos é um fenômeno que pode ser basicamente entendido que passa a acontecer quando há o acumulo de quantidades significativas de água das chuvas sem a existência de meios naturais ou técnicos suficientes para proporcionar o seu escoamento. Mesmo acontecendo em determinadas áreas urbanas, permanecem não só sendo consideradas de origem natural, mas também segundo a ONU (Organização das Nações Unidas) consideradas como um risco natural. 

Tendo em vista que o ser humano não pode ser considerado exclusivamente como o causador das enchentes, apesar de que certamente pode ser considerado, de algum modo, como contribuidor, na medida em que, muitas vezes, permite através do tipo de uso e forma de ocupação do solo urbano a intensificação dos efeitos negativos provocados pelos alagamentos nas cidades. 

Mesmo que logicamente varie de lugar para lugar nos espaços urbanos os fatores humanos a agravar os impactos desse fenômeno natural, porém podemos, no geral, destacar como algumas das principais causas humanas a impermeabilização do solo por asfalto ou concreto. Pois, impede que a água da chuva penetre no solo e absorva o excesso de água, fazendo com que, assim, a água caia no asfalto ou concreto e corra mais rapidamente em direção as áreas de baixadas ou rios, agravando as enchentes.

A falta de educação ambiental por parte da população ao jogar lixo em locais inadequados como nas ruas. Uma vez que a sujeira jogada nas ruas entope bueiros e tubulações, dificultando bastante o escoamento da água, causando, desse modo, alagamentos. Podendo, ainda, gerar graves doenças nos seres humanos, já que essa mesma água passa a ser contaminada pela sujeira. 

A retirada da vegetação pelo ser humano, especialmente das presentes nas margens dos rios, facilitando a ação das chuvas promovendo alagamentos. Além disso, não podemos esquecer de mencionar a ocupação humana de áreas mais vulneráveis como baixadas e várzeas, próximas a rios ou córregos que transbordam assim como a falta de planejamento urbano das cidades que crescem de maneira desordenada e acelerada. 

Nesse sentido, é um problema que preocupa bastante, pois afeta diversas cidades brasileiras. A cidade do Rio de Janeiro, por exemplo, convive historicamente desde o seu início até aos dias de hoje com o fenômeno natural das enchentes. Algumas partes mais vulneráveis da cidade carioca chegam a ser classificadas como áreas de riscos, ou seja, inapropriadas para a habitação. Devido não só principalmente apresentar características naturais que favorecem acontecer esse fenômeno, mas também ao se somar aos fatores humanas. 

Contudo, as enchentes tornam-se mesmo um problema maior quando fogem das previsões humanas e produzem inundações de grandes proporções com fortes chuvas, acima da média, capazes de acarretar no espaço urbano das cidades muitos danos materias e prejuízos a vida humana. Tal como foi no desastre natural ocorrido na região serrana do Rio de Janeiro, no começo do ano de 2011, onde fortes chuvas, durante o espaço de tempo de 32hr, provocaram enchentes e deslizamentos em sete cidades, resultando essa tragédia em aproximadamente 350 desaparecidos, milhares de desabrigados e mais de 900 mortos. Configurando-se como o maior desastre climático do país.

No que diz respeito a esse caso em específico podemos perceber tanto sobretudo as condições naturais quanto alguns elementos humanos, de certo modo, contribuindo para a ocorrência desse fenômeno. Uma vez que a região é de vulnerabilidade natural, levando em consideração a sua própria localização e, dentre outros aspectos, que apresenta regime de chuvas intensas no verão, apresentando solos mais instáveis e sucetíveis de deslizamentos, propiciando o deslocamento de terras dos morros. Formando nessa tragédia violentas avalanches de terras que, infelizmente, soterravam pessoas, inundavam vias públicas, desabavam casas, destruíam comércios, varriam carros e motos que encontravam pelo seu caminho.

Além ainda da presença de determinados fatores de ordem humana agravando a vulneralidade da área, já que durante décadas sejam nas encostas ou sejam nas margens dos rios a região foi submetida a desmatamentos e ocupações irregulares, facilitando com que as fortes chuvas fossem capazes não só de gerar as inundações, mas em combinação com esse fenômeno também acontecer alguns deslizamentos e algumas erosões. 

Nesse contexto, faz-se necessário que haja, dentre outras coisas, uma maior percepção real desse problema por parte dos governos envolvidos e das instituições competentes afim de evitar o risco. Buscando, a medida do possível, por exemplo, prever novos acontecimentos desse fenômeno natural assim como buscando uma participação maior nessa questão. 

Com o poder público, de um lado, apoiando programas de conscientização ambiental para a população, visando diminuir com os índices de geração de lixo e desmatamento da vegetação, de outro lado, oferecendo, sistemas de drenagem, saneamento básico e proteção de encostas. Visando desenvolver, assim, o planejamento de um conjunto de ações que possam controlar ou, pelo menos, minimizar os impactos negativos produzidos pelas enchentes nas cidades, passando a fornecer, de fato, auxílio material e humano as pessoas prejudicadas pelas enchentes. 

TEXTO: ANTONIO GUSTAVO

POPULAÇÃO BRASILEIRA: COMO CRESCEU? AINDA CONTINUA A CRESCER?



A explicação do crescimento populacional de qualquer território, no geral, pode acontecer basicamente através de dois fatores determinantes: crescimento vegetativo e crescimento migratório. Ambos influenciando no crescimento absoluto da população (crescimento vegetativo + saldo migratório). É preciso ter atenção com relação ao significado que cada conceito possui e com relação ao seu uso adequado aplicado, por exemplo, na realidade de um determinado país no mundo.

Na medida em que em muitos países os dois modos de crescimento ocorrem ao mesmo tempo, ainda que, na maioria das vezes, constata-se que cada país, ao longo do tempo, assuma algumas características populacionais particulares e principalmente evidencie impulsionando o seu processo de crescimento populacional mais um fator do que o outro. 

Especificamente no Brasil, atualmente 5º colocado no ranking dos países mais populoso do mundo segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), podemos perceber que no passado o cenário da realidade da dinâmica populacional brasileira era bem diferente, imigrantes vieram para o Brasil, relativamente contribuindo para o aumento da nossa população. Hoje, porém, confirma-se que o crescimento populacional brasileiro quase sempre esteve, em grande parte, mais relacionado ao fenômeno do crescimento vegetativo.

No período colonial brasileiro do século XVI até meados do século XIX, etapa de pré-transição demográfica, o crescimento populacional brasileiro era muito lento, ainda que houvesse o processo de miscigenação tão marcante na origem da formação étnica da população brasileira, acontecendo a partir do encontro desses diferentes povos, promovendo uma mistura dos brancos, negros e indígenas, nascendo assim muitas pessoas, porém também morrendo muitas pessoas, decorrente, na época, da existência de conflitos, violência, epidemias e baixa qualidade de vida.

E ainda que houvesse os europeus portugueses como responsáveis por exercer a dominação política, hegemonia cultural e exploração econômica do país durante o período colonial, destacando-se como privilegiados nesse cenário de contrastes sociais, o número de portugueses que vieram para o Brasil não se configurou numa quantidade expressiva; dos muitos africanos, estimado em 4 milhões, trazidos à força, involuntariamente, como escravos ao Brasil, muitos acabavam morrendo em decorrência dos maus-tratos que recebiam assim como das condições desumanas que foram submetidos; e, sobretudo, os grupos indígenas foram os que, incomparavelmente, mais sofreram baixas populacionais, reduziram-se bastante em função dos conflitos com portugueses e em razão das doenças trazidas pelos colonizadores.

No final do século XIX até primeiras décadas do século XX, o Brasil recebia milhares de pessoas vindas de outros países, chegaram uns 4 milhões de imigrantes tanto europeus (portugueses, italianos e alemães) quanto asiáticos (japoneses, sírios e libaneses), contribuindo esse saldo migratório para o crescimento populacional brasileiro. Fazendo com que o crescimento da nossa população deixasse de ser muito lento para que se tornasse menos lento, no entanto, de algum modo, ainda poderia ser praticamente considero lento o crescimento. Devido principalmente ao fato de que na época nasciam muitas pessoas, porém, ao mesmo tempo, permanecia também ainda morrendo muitas pessoas, ou seja, tanto a taxa de natalidade era elevada quanto à de mortalidade. 

Podemos compreender isso acontecer devido, de um lado, na época, não haver ainda métodos contraceptivos disponíveis e nem haver a aplicação da ideia de planejamento familiar que permitisse a redução do alto índice de natalidade assim como, de outro lado, não haver condições de higiene, tais como: água encanada, rede de esgotos e nem, muito menos, haver medicamentos de que hoje dispomos, assim era baixíssima a qualidade de vida, consequentemente favorecendo o alto índice de mortalidade.

Contudo, podemos perceber que posteriormente, em meados do século XX, essa situação se modificou bastante. As principais causas relacionadas com essa mudança correspondem a presença da cultura de famílias com um grande número de filhos, das condições de higiene passar a apresentar uma melhora, da medicina tanto quanto da saúde conhecerem uma nova fase de avanço e progresso proporcionando as taxas de mortalidade diminuir expressivamente. 

Desse modo, nessa etapa, a população brasileira começa a experimentar um rápido aumento. Pois, a taxa de mortalidade reduz, em contrapartida, a taxa de natalidade se manteve alta, agora havendo algumas melhorias nas condições de saúde, principalmente com companhas de vacinações, controle de epidemias, acessos a medicamentos básicos e nas condições sanitárias com a expansão de água encanada e redes de esgotos. Assim, a taxa de natalidade não acompanhou a diminuição da mortalidade. Esse elevado crescimento acontece de maneira rápida destacadamente na década de 40 e 50.

Podemos, de certo modo, confirmar isso, quando observamos, por exemplo, que a população brasileira em média mais que dobrou o seu tamanho em menos de três décadas. Uma vez que de aproximadamente 52 milhões de habitantes, em 1950, chegamos à existência de 119 milhões de habitantes em 1980. Esse rápido crescimento populacional em um curto espaço de tempo nessa fase ficou chamado de explosão demográfica. 

Ainda assim, não podemos nos esquecer de destacar um aspecto importante que a partir da década de 60 em diante, mesmo que a população brasileira prossiga a apresentar de fato altas taxas de crescimento populacional, ou seja, a população não está diminuindo e permanece a crescer, afinal no século seguinte o Brasil já apresenta conforme dados do censo demográfico do IBGE, em 2010, uma população em média de 190 milhões, conseguindo alguns anos depois até ultrapassar a média de 200 milhões de habitantes, mas passando nesse momento da década de 60 a crescer numa velocidade e ritmo cada vez menor, especialmente quando comparado às décadas anteriores de 40 e 50.

Contribuindo para essa tendência de desaceleramento do crescimento populacional brasileiro, a nova realidade urbana, consolidando-se no Brasil e trazendo consigo importantes mudanças nas esferas sociais, culturais e econômicas. Resultando, dentre outras coisas, em exercer gradativa influência na queda da taxa de fecundidade, isto é, quantidade de filhos por mulher na idade de 15 à 49 anos.

Uma vez que no espaço urbano substitui o trabalho familiar, prática que era comum de encontrar no campo, envolvendo muitas pessoas e estimulando naturalmente as famílias a ter mais filhos para ajudar, algo que vai deixando de ser presente na mentalidade da população que vivem nas cidades ou que passam a viver nas cidades em função do êxodo rural, porque são outras as lógicas de funcionando da organização do trabalho e os custos de sobrevivência são maiores, envolvendo gastos com alimentação, vestuário, transporte, educação e moradia, acarretando em muitas famílias optarem por reduzir a quantidade de filhos, refletindo, assim na redução da taxa de fecundidade, conforme podemos observar ter ocorrido, por exemplo, durante a década de 40 a 60 era numa média de 6 filhos por cada mulher na faixa de 15 a 49 anos, mas no inicio do século XXI, assistimos a uma queda expressiva para a média de apenas 2 filhos por mulher. 

Além disso, nesse contexto, o ritmo de crescimento menor da população brasileira está relacionado certamente a um conjunto de outros fatores, tais como: passar a haver a difusão da aplicação da ideia de planejamento familiar, o uso de métodos contraceptivos e a progressiva inserção da mulher no mercado de trabalho.

A etapa atual que estamos atravessando caracteriza-se como transição demográfica, isto é, uma mudança estrutural na população brasileira, pois passamos a observar uma queda não mais apenas de mortalidade, mas também de natalidade ao longo da segunda metade do século XX em diante. Nesse sentido, em específico, de um lado, difere da primeira etapa da dinâmica populacional brasileira que apresentava o inverso, ou seja, uma alta taxa de natalidade e mortalidade e, de outro lado, relativamente é comum no sentido de gerar com esse processo, de certo modo, uma estabilidade populacional. E difere da segunda etapa porque obviamente não é caracterizada pela explosão demográfica, ao contrário pela desaceleração do crescimento populacional.

Como reflexo disso no aspecto de ordem quantitativo provoca-se uma redução das taxas de crescimento vegetativo. No que diz respeito ao aspecto digamos que qualitativo da questão, passamos a observar que o perfil populacional também muda, na medida em que na estrutura da população brasileira verificada até a década de 80 era mais jovem, passa a ser mais adulta e caminhar mais recentemente no século XXI, com a ampliação da expectativa de vida, em direção ao envelhecimento populacional, criando novos desafios políticos e econômicos ao país. 

Tendo em vista que os principais fatores relacionados à tendência de comportamento populacional da etapa atual provocam mudanças estruturais no país, conduzindo-nos logicamente a pensar e refletir que se prosseguir nessa direção se verificará que, em algum determinado momento, implicará tanto na redução da quantidade da população quanto na elevação da média de idade da população.

Logo, consequentemente mesmo com avanços alcançados na área da medicina e dos progressos na saúde, passará a acontecer mais mortes do que nascimentos; haverá negativamente no mercado de trabalho a redução da PEA (População Economicamente Ativa), parcela da população responsável por ter condições de trabalhar, dinamizar a econômica e gerar renda, representada principalmente na faixa etária da população adulta; e haverá mais gastos previdenciários e orçamentários para garantir o sustento dos aposentados com o aumento da quantidade de pessoas idosas. Essas e muitas outras são algumas das principais mudanças estruturais que o país atravessou e ainda vai atravessar. 

TEXTO: ANTONIO GUSTAVO

segunda-feira, 2 de setembro de 2019

ÁGUA POTÁVEL: O "OURO AZUL" DO SÉCULO XXI.



A água é um recurso natural extremamente importante. Indispensável não só para a sobrevivência do ser humano, mas certamente também para a sobrevivência de todas os seres vivos que habitam a Terra. É impossível imaginar como seria a nossa vida sem ela. 

O Planeta Terra também normalmente conhecido como "Planeta Azul" poderia, sem exagero algum, ser chamado até de "Planeta Água" em função de que 70%, cerca de praticamente 2/3, da superficie do planeta ser coberto por água, sendo que desse total, mais de 97% corresponde a água salgada, mais de 2% a água doce e apenas menos de 1% a água doce acessível. 

O volume total de água na Terra, ao contrário do que a princípio poderia se imaginar, não aumenta nem diminui, mantém-se constante ao longo do tempo. Porém, o que logicamente muda é o estado físico que se encontra, isto é, sólido, líquido ou gasoso. E, além disso, o que muda é a qualidade dessa água encontrada, pois a água em quase toda sua totalidade pode ser considerada na terra como um recurso natural inesgotável, diferentemente da água potável, apropriada para o consumo humano, que é um recurso natural esgotável. Confirmando, nesse sentido, a célebre frase dita há séculos pelo cientista Antoine Lavoisier: "Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma".

Por isso, podemos afirmar que a situação referente a água potável no mundo é bastante preocupante. Alguns estudiosos já apontam que muito possivelmente pode ser uma das principais causas geradoras de conflitos no século XXI decorrente de vim progressivamente se tornando um recurso natural em escassez e se tornando de tão cobiçada em um "ouro azul" ou "ouro líquido".

Porque, no geral, além de encontrá-la em pouca quantidade presente, ainda está cada vez menos disponível em várias partes do mundo e o ritmo de crescimento da população mundial favorece com que o consumo alcance níveis críticos. A previsão que a ONU (Organização das Nações Unidas) faz é que, em até 2030, a demanda por água no mundo aumente em média 50%.

Assim, a ameaça real da sua escassez, pode inviabilizar a existência humana. Tendo em vista que o consumo da água potável é imprescindível para suprir necessidades biológicas básicas do ser humano, proporcionando vários benefícios: desde hidratação do corpo, passando por regulador térmico até prevenção de doenças, entre outros. 

A distribuição da água potável no mundo naturalmente já ocorre de forma irregular, mas sua disponibilidade vem sendo agravada pelos impactos ambientais provocados pela ação humana, comprometendo a qualidade que é encontrada essa substância assim como o seu progressivo consumo humano, comprometendo a quantidade disponível e o seu acesso passando a ser limitado por fatores de ordem econômica. 

Mesmo países especificamente como o Brasil que apesar de ser no cenário mundial considerado numa posição privilegiada do ponto de vista de ter expressiva quantidade de água no seu território com cerca de 12% de toda água doce acessível da Terra, possuindo a maior reserva mundial de água potável. Ainda encontram-se determinadas regiões brasileira que sofrem com a falta de abastecimento de água e sua disponibilidade acontece de modo acentuadamente desigual. Revelando, assim, que essa problemática da água é algo do interesse de todos os países, sejam menos ou mais favorecidos.

Contudo, ao longo do mundo as regiões que, de fato, são identificadas como as mais vulneráveis, ou seja, possuem a menor quantidade de água potável e submetidas a maior risco de sofrer com a carência de seu consumo estão normalmente localizadas em áreas semiáridas e desérticas do Oriente Médio, da África e da Ásia.

A ONU já alerta que se continuar, dentre outras coisas, com o ritmo atual de consumo global até 2025, estima-se que aproximadamente 2,7 bilhões de pessoas podem ficar sem acesso a água potável no mundo. Outro relatório divulgado pela ONU, em 2018, ainda reforça, em grande parte, o cenário anterior, projetando que até 2050 a falta de água pode afetar a vida de mais de 5 bilhões de pessoas. 

Sendo assim, temos que fazer com que as pessoas percebam a importância de se debater essa questão, visando ampliar o horizonte de consciência ambiental de mais pessoas, dos governos e das empresas assim como estimular ações no sentido de contribuir positivamente para essa questão.

Por exemplo, não desperdiçando água potável, passando a cuidar melhor das existentes, preservando as fontes naturais de água, melhorando a gestão dos nossos recursos hídricos, ampliando a distribuição de água de qualidade para o consumo da população e buscando consumir de maneira mais racional esse recurso natural disponível. Afinal, não podemos deixar de nos lembrar que sempre que faltar água é a vida que está ameaçada, porque água é vida. 

TEXTO: ANTONIO GUSTAVO

A CHUVA



E de repente o céu fica triste
E as nuvens começam a chorar
Caem gotinhas de águas tão lindas
Que até dá vontade de tomar.

E de repente a chuva alcança o chão
E como rios de ruas começam a se espalhar
Com a sua canção de raios, relâmpagos e trovões
A chuva lembra que têm seus momentos de brilhar.

Porque a chuva sabe ser superstar
Chora, mas também leva a tristeza embora.
Parece uma velha amiga que, às vezes, vem nos visitar
E que sempre fará parte da nossa história.

Porque a chuva sabe a terra namorar
Chega assobiando no vento ou mesmo sem nem avisar
Mensageira das coisas do ar ajudando a vida semear
A sua importância da natureza jamais se poderá negar.

POEMA: ANTONIO GUSTAVO

HOMEM INTELIGENTE

O homem inteligente sabe não apenas diferenciar opiniões de fatos, mas também sabe construir as suas opiniões baseadas em fatos e não os fat...