sábado, 1 de novembro de 2025

PRINCIPAIS ASPECTOS QUE DESTACAM CAMPINAS-SP COMO UMA CIDADE BRASILEIRA COM ALTA QUALIDADE DE VIDA URBANA

 

 

 

 

PRINCIPAIS ASPECTOS QUE DESTACAM CAMPINAS-SP COMO UMA CIDADE BRASILEIRA COM ALTA QUALIDADE DE VIDA URBANA

 

Antonio Gustavo da Silva Maximo¹

 

RESUMO

 

Este presente trabalho intelectual visa de forma clara e objetiva principalmente evidenciar porque a importante cidade de Campinas-SP certamente se destaca no país como uma referência na questão da alta qualidade de vida urbana. Para isso, ao longo desse estudo científico se apresenta importantes fatores relacionados ao conjunto de seus diferentes aspectos, sobretudo econômicos, sociais e ambientais que indicam o seu relevante desempenho em diversas avaliações. Além disso, chegou-se ao entendimento de que a qualidade de vida urbana também pode se remeter, dentre outras coisas, ao conceito de cidade inteligente, pois mesmo sendo conceitos distintos, estabelecem na explicação da realidade de certos espaços urbanos uma interessante relação de complementariedade, isto é, há contextos em que, ao mesmo tempo, a cidade de fato tanto se revela como uma cidade de alta qualidade de vida quanto aparece como uma cidade inteligente. Exatamente como no caso, por exemplo, protagonizado por Campinas-SP que é não apenas considerada uma cidade com alta qualidade de vida urbana, mas também é considerada uma cidade inteligente do Brasil.

Palavras-chave: Qualidade de Vida; Campinas; Espaço Urbano; Cidade Inteligente; Brasil

¹Pensador Brasileiro, graduado em licenciatura e bacharelado em Geografia pela UNIFESSPA (Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará), pós-graduado em Docência e Prática da Geografia pela Faculdade Focus e especialista em Neuropsicopedagogia Institucional pela Faculdade Focus. E-mail: antoniogustavobr@hotmail.com

 

 

 

 

LISTA DE QUADROS

QUADRO 1 – PONTOS DE CAMPINAS-SP NAS PRINCIPAIS DIMENSÕES - IPS BRASIL 2025..........................................................................................13

QUADRO 2 – PONTOS DE CAMPINAS-SP NOS PRINCIPAIS COMPONENTES – IPS BRASIL 2025..........................................................14

QUADRO 3 – AS 5 CIDADES COM MELHOR QUALIDADE DE VIDA DO BRASIL..........................................................................................................16

QUANDO 4 – EVOLUÇÃO DE COBERTURA DE ÁREAS VERDES POR PORCENTAGEM EM CAMPINAS-SP...........................................................17

QUADRO 5 – PRINCIPAIS ÁREAS VERDES DE LAZER DE CAMPINAS-SP...................................................................................................................18

QUADRO 6 – AS 5 CIDADES MAIS ARBORIZADAS DO BRASIL...............19

QUADRO 7 – PRINCIPAIS ASPECTOS POSITIVOS DE ÁREAS VERDES NO ESPAÇO URBANO........................................................................................22

QUADRO 8 – DICAS DE PRESERVAÇÃO DE ÁREAS VERDES NO ESPAÇO URBANO........................................................................................................24

QUADRO 9 – AS 5 CIDADES COM MELHORES SANEAMENTO BÁSICO DO BRASIL............................................................................................................27

QUADRO 10 – PRINCIPAIS RODOVIAS QUE CONECTAM A CAMPINAS-SP....................................................................................................................31

QUADRO 11 – OS 5 AEROPORTOS COM MAIORES MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS DO BRASIL.....................................................................................36

QUADRO 12 – PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DE UMA CIDADE INTELIGENTE.................................................................................................44

QUADRO 13 – PRINCIPAIS ASPECTOS DA CIDADE DE CAMPINAS........48

QUADRO 14 – DESEMPENHO DE CAMPINAS-SP ENTRE 2015-2019 NO RANKING DE CIDADES MAIS INTELIGENTES DO BRASIL........................51

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

 

AMBEV-TECH – Companhia de Bebidas das Américas - Tecnologia

BRT – Ônibus de Trânsito Rápido

BA – Bahia

CPQD – Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações

CF – Constituição Federal

CNPEM – Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais

CTI – Centro de Tecnologia da Informação

EMDEC – Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas

IDEB – Índice de Desenvolvimento da Educação Básica 

IPTU – Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

IDH – Índice de Desenvolvimento Humano

IDH-M – Índice de Desenvolvimento Humano Municipal

IPS – Índice de Progresso Social

PUC - Pontifícia Universidade Católica 

IBM – International Business Machines

MG – Minas Gerais

ONU – Organização das Nações Unidas

ODS – Objetivos de Desenvolvimento Sustentável

PPPs – Parceria Pública Privadas

PE – Pernambuco

PNEA – Política Nacional de Educação Ambiental

PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento

 

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

 

PEA – População Economicamente Ativa

PIB – Produto Interno Bruto

QS – Quacquarelli Symonds

RMC – Região Metropolitana de Campinas

RDH – Relatório de Desenvolvimento Humano

RUF – Ranking Universitário da Folha

SANASA – Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento S/A

SAC-PR – Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República

SC – Santa Catarina

SP – São Paulo

SEADE – Sistema Estadual de Análise de Dados

SVDS – Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável

SNIS – Sistema Nacional de Informações em Saneamento Básico

SMDETI – Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Tecnologia e Inovação

SPIN – Soluções Públicas Inteligentes

TECA – Terminal de Carga

TIC – Tecnologia de Informação e Comunicação

UNICAMP – Universidade Estadual de Campinas

USP – Universidade de São Paulo

WIR – World Resources Institute 

 

 

 

SUMÁRIO

 

1 – INTRODUÇÃO.....................................................................................6

2 – QUALIDADE DE VIDA URBANA: O QUE É? QUAL A SUA IMPORTÂNCIA? .......................................................................................8

2.1 – PRINCIPAIS ASPECTOS DA QUALIDADE DE VIDA URBANA DE CAMPINAS-SP DE ACORDO COM INDICADORES DO IPS BRASIL.....................................................................................................12

2.2 – QUALIDADE DE VIDA URBANA DE CAMPINAS-SP: ASPECTO AMBIENTAL.............................................................................................17

2.3 – A IMPORTÂNCIA DA ARBORIZAÇÃO E DA ÁREA VERDE NA QUALIDADE DE VIDA URBANA...................................................................................................21

2.4 – QUALIDADE DE VIDA URBANA DE CAMPINAS-SP: SANEAMENTO BÁSICO....................................................................................................26

3 – IMPORTANTE SISTEMA RODOVIÁRIO - CAMPINAS/SP.........................................................................................29

4 – IMPORTANTE AEROPORTO DE VIRACOPOS - CAMPINAS/SP.........................................................................................33

5 – IMPORTANTE INSTITUIÇÃO PÚBLICA DE ENSINO SUPERIOR: UNICAMP - CAMPINAS...........................................................................36

6 – IMPORTANTE INSTITUIÇÃO PRIVADA DE ENSINO SUPERIOR: PUC-CAMPINAS...............................................................................................39

7 – CIDADE INTELIGENTE: O QUE É? QUAL A SUA IMPORTÂNCIA? ..................................................................................................................41

7.1 – CIDADE INTELIGENTE: O EXEMPLO DE CAMPINAS-SP.............................................................................................................47

8 – QUALIDADE DE VIDA URBANA EM CAMPINAS-SP: O DESAFIO DO CUSTO DE VIDA ALTO...........................................................................53

9 – CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................................................55

10 – REFERÊNCIAS................................................................................56

 

 

 

 

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1.    INTRODUÇÃO

 

O município de Campinas-SP se tornou ao longo do tempo em diferentes aspectos importante, destacando-se a cidade, dentre outras coisas, inicialmente como uma das melhores cidades do interior do estado de São Paulo e posteriormente como umas das cidades que certamente é referência no Brasil quando o assunto é qualidade de vida urbana. Este estudo científico visa de forma clara e objetiva apresentar os principais fatores relacionados a isso no seu espaço urbano, sobretudo na dimensão social, ambiental e econômica.

Para isso, a metodologia utilizada foi de revisão bibliográfica através de informações, dados e conhecimentos prévios (FONSECA, 2002). Desenvolvendo conteúdos de qualidades e bem fundamentados que tenham correspondência com a realidade. Envolvendo a definição e contextualização do tema com a sua interpretação (ALVES, 1992). Não poucas vezes chegando esta importante produção intelectual a certamente conseguir ampliar e aprofundar significativamente a relevância deste tema.

Objetivando evidenciar o conceito de qualidade de vida urbana e sua importância; principais aspectos do espaço urbano que destacam Campinas como uma cidade brasileira referência em alta qualidade de vida; a relação de complementaridade que pode ser estabelecida entre o conceito de alta qualidade de vida urbana com o conceito de cidade inteligente, utilizando o exemplo do caso de Campinas-SP.

O desenvolvimento deste estudo cientifico está organizado da seguinte maneira: qualidade de vida urbana: o que é? qual a sua importância?; principais aspectos da qualidade de vida urbana de Campinas-SP de acordo com indicadores do IPS Brasil; qualidade de vida urbana de Campinas-SP: aspecto ambiental; a importância da arborização e da área verde na qualidade de vida urbana; qualidade de vida urbana de Campinas-SP: saneamento básico; importante sistema rodoviário-Campinas-SP; importante aeroporto internacional de Viracopos - Campinas/SP; importante instituição pública de ensino superior: UNICAMP - Campinas-SP; importante instituição privada de ensino superior: PUC-Campinas - SP; cidade inteligente: o que é? qual a sua importância?; cidade inteligente: o exemplo de Campinas-SP; qualidade de vida urbana em Campinas-SP: o desafio do custo de vida alto.

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Atualmente, de acordo com a ONU (Organização das Nações Unidas) mais da metade da população mundial vive em cidades. O Brasil também apresenta mais da metade de sua população residindo em cidades com expressivos 87% da população. O que equivale a 177,5 milhões de pessoas de 203.080.756 habitantes da população total (IBGE, 2022). A maioria das pessoas assim residem nas cidades. Nelas pode-se encontrar moradias, transportes, serviços e produtos essenciais à vida humana (PAIVA, 2002).

O município de Campinas corresponde a uma área territorial de 794,571 km², localizado no Estado de São Paulo, região sudeste do Brasil. A aproximadamente 100 km de distância da capital estadual. É um município populoso, em números de habitantes é 3º lugar do estado de São Paulo; e a 14ª cidade mais populosa do país com uma população total de 1.139.047 (IBGE, 2022).

O que chama atenção é o fato de que muitos dos problemas socioeconômicos e socioambientais que afetam a natureza e a sociedade têm, direta ou indiretamente, como fonte de origem, irradiação e intensificação as cidades. O caos urbano é uma realidade crescente nas cidades. Segundo SANTOS (2008) principalmente as situadas nos países do Sul, sendo a urbanização caracterizada pelo desenvolvimento acelerado, desordenado e desprovido de planejamento decorrendo em crescimento descontrolado das cidades.

No entanto, ao contrário do cenário urbano que prevalece na maioria das cidades brasileiras e ao longo do mundo, podemos perceber que a cidade de Campinas, apesar de ser bastante urbanizada, se diferencia com muito mais pontos positivos do que negativos, sobretudo se destacando pela alta qualidade de vida urbana.

Nesse contexto, torna-se pertinente pensar sobre a questão da qualidade de vida urbana: como isso se manifesta na realidade de Campinas-SP? Quais são os principais fatores no espaço urbano que podem ser destacados? Pode se estabelecer uma relação da alta qualidade de vida urbana com a cidade ser inteligente? Por que Campinas com qualidade de vida elevada além de ser uma das melhores cidades para se viver no país ainda pode ser também considerada uma das cidades mais inteligentes do Brasil?

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2.    QUALIDADE DE VIDA URBANA: O QUE É? QUAL A SUA IMPORTÂNCIA?

 

Quanto a definição do que seja a qualidade de vida urbana não há um consenso absolutamente estabelecido, indicando uma única definição. Isso basicamente significa dizer que há uma variedade de definições, atribuindo diferentes ideias, significados e características do que seja qualidade de vida.

No transcorrer de parte do século XX e do início do XXI, várias definições surgiram e foram propostas e, a medida do possível, praticadas sobre qualidade de vida. Inicialmente em razão dos impactos negativos advindos com o fenômeno da industrialização e do crescimento populacional e posteriormente com a intensificação do fenômeno da urbanização, ocasionando de ocorrer, muitas das vezes, o crescimento de cidades de forma acelerada, desordenada, e sem planejamento.

Geralmente agravando os problemas já existentes que são típicos do espaço urbano como, por exemplo, escassez de áreas verdes, precária infraestrutura, falta de oportunidades de emprego, péssimas condições do saneamento básico, insuficiente disponibilidade de áreas de lazer, dificuldade de acesso à educação de qualidade, dentre outros.

Porém, também acontece mesmo que poucas vezes o crescimento de cidades de maneira lenta, ordenada e planejada. Onde esses problemas urbanos tendem a se fazer menos presente. Contudo, predominou e ainda prevalece o crescimento caótico das cidades. É nesse contexto que o tema a respeito da qualidade de vida urbana notadamente aparece e ganha cada vez mais relevância.

O importante é que o estudo da qualidade de vida urbana vise buscar tanto revelar a realidade, indicando cidades com melhor, média ou pior qualidade de vida urbana quanto após identificar limites dos principais problemas e desafios urbanos existentes se preocupar em focar nas possíveis alternativas e soluções que de fato contribuam em alavancar a qualidade de vida. Até porque o valor da ciência deve está não apenas em fornecer informações certas, mas também em ficar a serviço de promover a vida (ANTONIO GUSTAVO, 2025).

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A definição da qualidade de vida varia. Algumas delas são mais objetivas e mensuráveis como, por exemplo, o do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) tão amplamente aceito e praticado, constituindo-se na principal referência ao longo do mundo. Basicamente utilizando de indicadores: expectativa de vida, educação e PIB.

Outras definições de qualidade de vida mais subjetivas e pessoais como, por exemplo, a de DALKEY (1973). Passando a ser, de certo modo, utilizada mais recentemente. Essencialmente adotando de indicadores elementos que tem a ver com o grau de bem-estar pessoal, sensação de satisfação e felicidade. Nesse sentido, envolvendo a percepção dos indivíduos sendo expresso por: “um sentimento pessoal de bem-estar, satisfação ou insatisfação da vida, a sua felicidade ou sua infelicidade” (DALKEY, 1973, P.210)

Não obstante, pode-se além dessas definições certamente compartilhar sobre essa questão da qualidade de vida o que diz HERCULANO (2000) definindo como a soma de condições econômicas, ambientais, cientifico-culturais e de políticas públicas a disposição de servir a sociedade e os indivíduos. Sugerindo assim que o conceito de qualidade de vida urbana pode fica melhor agregando a questão ambiental aos indicadores como educação, longevidade e renda utilizados no IDH.

Sendo assim, não há dúvida de que a qualidade de vida urbana é multidimensional, resultando da combinação de diferentes fatores objetivos e subjetivos. Algo que é feito, por exemplo, pela importante pesquisa do IPS (Índice de Progresso Social) no qual emprega uma metodologia multidimensional, relacionando variados aspectos das dimensões envolvidas, produzindo dados e informações essenciais referente a realidade da qualidade de vida das cidades.

Por isso, é inconcebível abordar a respeito de qualidade de vida focando em um único aspecto ou em outro aspecto apenas. Porque mesmo que em um momento ou em outra da avaliação da qualidade de vida um aspecto se sobressaia aos demais na análise, percebe-se que estão inter-relacionados na geração dos resultados.

 

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O que pressupõe que pensar em qualidade de vida nas cidades implica em diferentes perspectivas existentes, isto é, em conhecer, entender e refletir sobre pontos de vistas diversos, desde os mais certos até os menos certos, e ter discernimento de saber selecionar quais são as melhores definições assim como os melhores critérios quantitativos e/ou qualitativos a ser adotadas em cada contexto.

Além de que é fundamental que o resultado da pesquisa não se desvie de sua finalidade de possuir compromisso em manifestar dados e informações que tenham correspondência com a realidade. De acordo com cada espaço urbano de cidades avaliadas, há em diferentes aspectos uma variedade de médias de desempenhos apresentadas, normalmente resultando em condições de classificar em baixa, média ou alta qualidade de vida.

De um modo ou de outro, o que não se pode perder de vista é a preocupação em buscar que as cidades sejam realmente caracterizadas como espaços vivos sendo habitáveis, funcionais, sustentáveis e seguros, ocasionando em contribuir com a com meio ambiente sadio e condições dignas de vida para a elevação da qualidade de vida.

Até porque isso consta no art. 182 da Constituição Federal de 1988 na questão de que o poder público municipal deve ter por objetivo proporcionar o desenvolvimento das funções sociais da cidade, visando garantir o bem-estar de seus habitantes (BRASIL, 1988).

Algo assim que vai ser posteriormente reforçado no Estatuto da Cidade através da lei nº 10. 257/01 que estabelece na política urbana: “normas de ordem pública e interesse social que regulam o uso da propriedade urbana em prol do bem coletivo, da segurança e do bem-estar dos cidadãos, bem como do equilíbrio ambiental” (BRASIL, 2001).

Logo, o espaço urbano na sua lógica de produção e dinâmica de funcionamento deve ser pensado não apenas levando em consideração empresários, turistas, visitantes, motoristas, mas também moradores locais, trabalhadores, pedestres, ciclistas e estudantes. Resgatando essenciais noções

 

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do espaço que certamente pode ser diverso, plural e de encontro (ANTONIO GUSTAVO, 2025).

É válido lembrar que, ao contrário do que muitas pessoas erroneamente pensam ou imaginam, a garantia das necessidades básicas não é suficiente para efetivamente definir uma qualidade de vida plena, pois além de moradia e alimentação precisa incluir outros aspectos importantes, tais como: gerar bem-estar, garantir segurança, ter acesso a lazer, haver ambiente favorável ao desenvolvimento de relações sociais, crescimentos pessoais, oportunidades profissionais, áreas verdes, áreas arborizadas, entre outros.

Na agenda 2030 da ONU apresenta-se 17 ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) abrangendo diferentes dimensões. No 11º objetivo de desenvolvimento sustentável se evidencia que a qualidade de vida urbana da população comunga da ideia de ultrapassar o atendimento a necessidade básica. Tendo em vista que compreende haver outros fatores importantes a serem incluídos quando diz “tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis” (ONU, 2015).

Envolvendo, por exemplo, a garantia não apenas de moradia acessível e alimentação, mas também transporte público eficiente, espaços arborizados, disponibilidade de diversos tipos de serviços, oportunidades de empregos, acesso a educação, segurança pública, planejamento urbano participativo e inclusivo.

Pode-se dizer que o espaço urbano indubitavelmente exerce influência sobre o comportamento humano também na dimensão física, psicológica e social (JORGE LUME, 1999). O que significa dizer que pode afetar positiva ou negativamente. Por um lado, impactando positivamente na qualidade de vida urbana quando há atendimento esses fatores. Por outro lado, impactando negativamente na qualidade de vida quando não há a presença desses fatores.

Por isso, a necessidade de ressaltar a importância de ter presente na cidade espaços públicos que promovam o bem-estar oferecendo áreas vedes, lazer, praças, parques e calçadas arborizadas distribuídas ao longo do seu espaço urbano. Porque a qualidade de vida mesmo sendo algo profundo e

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amplo, passa a ficar cada vez mais claro que, dentre outras coisas, além de questões sociais e econômicas está relacionada a qualidade ambiental.

Portanto, o conjunto dessas importantes ideias, significados e características destacadas revelam, ao mesmo tempo, elementos distintos e comuns, mas que podem em certos casos e momentos ser complementares na realização de uma avaliação sobre qualidade de vida urbana das cidades (BRASIL, 1988; BRASIL, 2001; ONU, 2015; DALKEY, 1973; JORGE LUME, 1999; HERCULANO, 2000; IPS, 2025; ANTONIO GUSTAVO, 2025).

Sem com isso pretender em nenhum momento encerrar com a discussão existente desse tema e nem, muito menos, esgotar a definição de qualidade de vida urbana. Até porque as ideias, significados e características relacionadas a sua definição ao longo do tempo podem sofrer variações, sendo normalmente ajustadas, melhoradas ou mudadas.

Ainda assim, esse conhecimento certamente contribui ao fornecer uma base e orientação auxiliando na compreensão do que é qualidade de vida urbana e porque, por esses e outros motivos, é tão essencial de ser levado em consideração nos estudos e nas pesquisas que buscam nessa questão avaliar, explicar ou elevar a qualidade de vida urbana das cidades.

 

2.1    PRINCIPAIS ASPECTOS DA QUALIDADE DE VIDA URBANA DE CAMPINAS-SP DE ACORDO COM INDICADORES DO IPS BRASIL

A qualidade de vida urbana de Campinas-SP pode ser evidenciada em diferentes aspectos. Constituindo-se numa cidade que é referência nacional quando o assunto é qualidade de vida no Brasil. Em virtude de isso ser algo que pode ser confirmado por diversos fatores, sendo a qualidade de vida urbana avaliada de forma multidimensional, ou seja, basicamente levando em consideração não apenas um ou outro aspecto isolado, mas sim um conjunto de aspectos que estão inter-relacionados.

Nesse sentido, o IPS (Índice de Progresso Social) adotando também uma metodologia de caráter multidimensional em suas pesquisas, produzindo dados

 

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e informações públicas e atualizadas, divulga a situação da qualidade de vida da população do total de 5.570 cidades brasileiras.

Com base em dezenas de indicadores, principalmente sociais e ambientais, divididos em três dimensões: Necessidades Humanas Básicas, Fundamentos do Bem-estar e Oportunidades. Em que, dentre outras coisas, as necessidades humanas básicas têm a ver com água e saneamento básico e moradia; fundamentos do bem-estar, têm a ver com qualidade do meio ambiente e acesso ao conhecimento básico, informação e comunicação; Oportunidades, têm a ver com direitos como liberdade individual e de escolha e acesso a educação superior.

Revelou importantes resultados referente a qualidade de vida urbana das cidades do Brasil. Através do qual Campinas-SP se destaca na questão da qualidade de vida urbana. Aparecendo em 2º lugar no ranking das cidades acima de 500 mil habitantes. Obtendo através do índice que varia de 0 a 100 a nota geral de 68, 74 pontos. Apresentando padrão de vida superior à média nacional.

Em relação as notas alcançadas pela cidade de Campinas-SP em cada uma dessas principais dimensões da pesquisa foram: 81, 62 em necessidades humanas básicas; 73, 01 fundamentos do bem-estar e 51, 6 oportunidades. Sendo o melhor desempenho registrado identificado no setor de água e saneamento, possuindo nota altíssima de 93, 2 pontos (IPS BRASIL, 2025).

 

 

QUADRO 1: PONTOS DE CAMPINAS-SP

NAS PRINCIPAIS DIMENSÕES -

IPS BRASIL 2025

 

- Necessidades Humanas Básicas: 81, 62

 

- Fundamentos do Bem-Estar: 73, 01

 

- Oportunidades: 51, 6


Fonte: IPS Brasil 2025

Elaborado: Antonio Gustavo (autor), 2025

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Inclusive, entre outros estudos já realizadas reforçando ainda mais esses resultados apresentados da cidade de Campinas-SP pelo IPS Brasil 2025. Temos, por exemplo, a pesquisa anteriormente realizada pelo Trata Brasil baseado em dados de 2023 do SNIS (Sistema Nacional de Informações em Saneamento Básico) destacando Campinas-SP em 1º lugar no ranking do componente saneamento. Um reflexo, em grande parte, oriundo dos significativos investimentos feitos pela Prefeitura Municipal de Campinas-SP e pela SANASA (Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento S/A).

Além disso, ainda na dimensão das necessidades básicas humanas com resultados fortes não apenas no componente de saneamento, mas também na de moradia com nota de 85, 27; nos fundamentos do bem-estar, nos componentes de qualidade do meio ambiente com nota de 70, 43, acesso ao conhecimento básico com 80,03 e acesso à informação e comunicação de 78, 09; na dimensão de oportunidades, nos componentes de liberdade individuais e de escolhas com 64, 7 e de acesso à educação superior 74, 48.

 

 

QUADRO 2: PONTOS DE CAMPINAS-SP

NOS PRINCIPAIS COMPONENTES -

IPS BRASIL 2025

 

- Qualidade do Meio Ambiente: 70, 43

- Acesso à Informação e Comunicação: 78, 09

- Moradia: 85, 27

- Liberdade Individuais e de Escolha: 64, 7

- Acesso ao Conhecimento Básico: 80, 03

- Acesso à Educação Superior: 74, 48

                                    Fonte: IPS BRASIL, 2025

                        Elaborado: Antonio Gustavo (autor), 2025

 

 

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Campinas-SP revelou praticamente em todos esses importantes componentes (acesso à informação e comunicação; qualidade do meio ambiente; moradia; liberdade individuais e de escolha; acesso ao conhecimento básico; acesso a educação superior) que integram as principais dimensões na pesquisa desenvolvida pelo IPS Brasil, em 2025, bons resultados acima da média nacional.

Dos elementos apontados com exceção apenas do componente moradia, já que apesar de variação de poucos pontos de diferença quando comparado a Campinas-SP, foi onde o país obteve a maior média nacional com nota de 87, 74. Porque segundo estudo da Fundação João Pinheiro, o Brasil registrou entre 2022 e 2023, durante o governo do Luís Inácio Lula da Silva, o menor déficit habitacional desde 2016. Pois, o déficit habitacional absoluto reduziu, passando de 6, 21 milhões de domicílios para 5, 97 milhões.

O que significa dizer em termos de porcentagem que houve no período de 2022 a 2023 uma redução de aproximadamente 3,8% na quantidade de famílias sem imóvel próprio para morar. Políticas Públicas desenvolvidas pelo governo brasileiro contribuíram nesse desempenho positivo como, por exemplo, a ampliação da realização do programa “Minha Casa Minha Vida”.

Entretanto, nos demais componentes das principais dimensões se evidenciou que a média nacional é inferior quando comparado a Campinas-SP. Tendo em vista que a média nacional de acesso à educação superior é de somente 47, 39; acesso ao conhecimento básico é de 73, 79; Acesso à Informação e Comunicação é de 69, 77; qualidade ambiental é de 61, 96; liberdade individuais e de escolha é de apenas 32, 41.

O Estado de São Paulo demonstrou sua relevância com diversas cidades paulistas se destacando no Índice de Progresso Social do Brasil, em 2025, entre as melhores cidades do Brasil a apresentar qualidade de vida urbana para a sua população. Por exemplo, na questão da qualidade de vida de municípios brasileiros a partir de 500 mil habitantes, o ranking do IPS Brasil 2025, identifica entre as 5 cidades com melhor qualidade de vida do Brasil 3 cidades que são paulistas.

 

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QUADRO 3: AS 5 CIDADES COM MELHOR QUALIDADE DE VIDA DO BRASIL

 

1º lugar – Ribeirão Preto (SP)

2º lugar – Campinas (SP)

3º lugar – Uberlândia (MG)

4º lugar – São Bernardo do Campo (SP)

5º lugar – Joinville (SC)

                                  

                                    Fonte: IPS Brasil, 2025

                     Elaborado: Antonio Gustavo (autor), 2025

 

Campinas aparece assim em 2º lugar, atrás apenas de Ribeirão Preto-SP (1º lugar), mas a frente de Uberlândia-MG (3º lugar), São Bernardo do Campo-SP (4º lugar) e Joinville-SC (5º lugar). Cidades essas que no geral foram em relação aos seus desempenhos avaliadas bem colocadas. Certamente apresentando indicadores com mais aspectos positivos do que negativos.

O que, dentre outras coisas, evidenciou um resultado assim com pouca variação de pontos, ou seja, a diferença de pontos verificada entre essas cidades melhores colocadas no ranking de qualidade de vida foi em média de baixa variação.

Pois, na nota geral, após a avaliação de todos os indicadores de cada uma dessas cidades, Ribeirão preto obteve 69, 5 pontos; Campinas fez 68, 7 pontos; Uberlândia alcançou 68, 5 pontos; São Bernardo do Campo pontou 68, 3 pontos; e Joinville chegou a 67, 7 pontos (IPS BRASIL, 2025). Nesse contexto, assim podemos dizer que campinas apresentou não apenas na escala estadual e regional, mas sim na escala nacional desempenho, sem dúvida, significativo.

 

 

 

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2.2 QUALIDADE DE VIDA URBANA DE CAMPINAS-SP: ASPECTO AMBIENTAL

No conjunto de indicadores existentes sobre qualidade de vida urbana na questão do aspecto ambiental. Campinas chama atenção expressando um dos seus melhores indicadores, reforçando ainda mais a sua posição como uma das principais referências nacionais em qualidade de vida. Existem diferentes fatores que contribuem para isso, mas podemos destacar dados e informações essenciais relacionados as últimas décadas e os anos mais recentes.

Nesse sentido, uma das formas de evidenciar o desempenho de Campinas na questão ambiental pode ser utilizando dados e informações referente a evolução da cobertura de áreas verdes desde o início deste século XXI durante décadas já transcorridas no período de 2000 a 2021.

 

QUADRO 4: EVOLUÇÃO DA COBERTURA

 DE ÁREAS VERDES POR PORCENTAGEM

EM CAMPINAS-SP

 

 

2000 – 2, 85%

2010 – 7 07%

2016 – 11, 5%

2018 – 13, 81 %

2021 – 14, 4%

 

 

                    Fonte: Inventário Florestal de São Paulo, 2021

 

De acordo com dados publicados pelo Inventário Florestal de São Paulo (2021) a respeito da evolução de cobertura de áreas verdes em Campinas-SP. Em 2000, as áreas verdes que cobriam eram de 2, 85%; em 2010, as áreas verdes foram de 7, 07%; em 2016 possuía 11, 5%; em 2018, tinha 13, 81%; em 2021, chegou a 14, 4%.

Esse resultado positivo ao longo do tempo verificado com a evolução das áreas verdes de Campinas-SP, ao mesmo tempo, por um lado contrasta com o cenário geral que prevalece no contexto nacional. No qual ainda não há, muitas

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das vezes, o desenvolvimento de planejamento e de políticas públicas de fato consistentes em relação as áreas verdes.

De acordo com a organização global de pesquisa WRI Brasil (2019) Campinas se destaca como a cidade que se revelou entre as mais empenhadas na proteção e conservação das florestas no Brasil. Incluindo em seus planos e programas de desenvolvimento da cidade.

 Levando em consideração o exemplo de importantes ações desenvolvidas visando recuperar ou ampliar áreas verdes. Principalmente através de ações referentes aos sistemas de áreas verdes, unidades de conservação de Campinas e Plano Municipal Verde.

Contando com a importante presença de dezenas de parques. Podendo se citar os principais exemplos: Parque Ecológico de Campinas também chamado de Parque Ecológico Monsenhor Emílio José Salim, possui bem mais de 1 milhão de metros quadrados, identificado como a maior área de lazer de Campinas; o Bosque dos Jequitibás com área de mais de 100 mil metros quadrados; Parque ecológico Dom Bosco com área de mais de 200 mil metros quadrados; Pedreira do Chapadão tem em média 130 mil metros quadrados; o Parque Portugal também muito conhecido como Lago Taquaral que tem uma área de 630 mil metros quadrados. Este último parque costuma ser mais apreciado e visitado.

 

QUADRO 5: PRINCIPAIS ÁREAS VERDES

DE LAZER DE CAMPINAS-SP

 

- Parque Ecológico de Campinas

- Parque Portugal

- Bosque dos Jequitibás

- Parque Ecológico Dom Bosco

- Pedreira do Chapadão

                    Fonte: Antonio Gustavo (autor), 2025

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De acordo com pesquisa do MapBiomas menos de 7% das áreas urbanas no Brasil são cobertas por vegetação. Isso equivale a um índice que pode ser considerado baixo e insuficiente. Ainda mais quando se lembra que a ONU recomenda 30% de cobertura vegetal por bairro no espaço urbano. Certamente garantindo assim a Campinas posição de destaque com a presença de cobertura de áreas verdes acima da média nacional.

Por outro lado, de forma especifica Campinas revela que avançou bastante em comparação com o seu desempenho passado na questão ambiental, tendo em vista que aconteceu assim um importante aumento em média de 5 vezes superior as áreas verdes cobertas do seu território nos últimos 20 anos.

Segundo Rogério Menezes (2021) secretário do SVDS (Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável), a realização de política pública de cultivos para recuperação de áreas verdes e a maior fiscalização podem ser basicamente apontados como algumas das principais ações que contribuíram na produção desse resultado.

Chegando ao ponto de possibilitar condições favoráveis de Campinas se constituir em 4º lugar como uma das 5 cidades mais arborizadas do Brasil. Segundo dados do censo do IBGE (2022) basicamente considerando o índice de arborização no entorno de domicílios entre cidades com mais de 1 milhão de habitantes. Contando com a arborização de vias públicas, manifestando a presença de árvores em torno das casas em média de 84, 38%.

 

QUADRO 6: AS 5 CIDADES

MAIS ARBORIZADAS DO BRASIL

 

1º lugar – Goiânia: 89, 75%

2º lugar – Curitiba: 85,5 %

3º lugar – Brasília: 84, 88%

4º lugar – Campinas: 84, 38%

5º lugar – Porto Alegre: 79, 09%

 

 

                                           Fonte: IBGE, 2022

                        Elaborado: Antonio Gustavo (autor), 2025

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No caso de Campinas houve o desenvolvimento de ações de caráter menos pontual e esporádico na questão ambiental, assumindo ações de caráter mais frequente e permanente ao longo do tempo. Pois, essas ações de décadas anteriores continuaram acontecendo, inclusive até de outras formas com a tendência de introdução de práticas sustentáveis na vida urbana. 

Podendo a arborização urbana ser tanto espontânea quanto intencional, isto é, ser natural ou ser cultivada e está presente em espaços privados assim como em espaços públicos. Entretanto, não apenas são avaliadas levando em consideração, em grande parte, a arborização urbana dos espaços públicos, mas também costumam mesmo ser mais manifestas e percebidas a sua presença intencionalmente sendo plantadas e cultivadas em espaços públicos da paisagem urbana nas formas espaciais de árvores nas calçadas.

Haja vista que do período de 2021 a 2025 foi realizado, por exemplo, o plantio de mais de 500 mil mudas plantadas e cultivadas em diversas áreas da cidade, tais como: parques, praças, canteiros entre outras (PREFEITURA DE CAMPINAS, 2025). Somando-se a isso assim o importante projeto que está sendo realizado em Campinas que certamente colabora em fortalecer a questão ambiental na cidade, potencializando a ampliação da arborização é o projeto de arborização urbana promovendo a arborização das calçadas.

Interessante perceber que o poder público tende a assumir uma visão, de certo modo, mais integral e menos fragmentada. Pois, se preocupa com outros fatores também importantes. Porque em bairros novos que serão arborizados nas calçadas, por exemplo, precisa, muitas das vezes, inicialmente desenvolver uma certa infraestrutura com pavimentação, redes de água e esgoto para depois ser realizado o plantio de árvores nas calçadas. A ordem assim desses fatores não altera a importância de cada um desses elementos constitutivos do espaço urbano, aparecendo o aspecto ambiental, a medida do possível, inter-relacionado ao conjunto de outros aspectos.

Permitindo ocorrer a ampliação desse índice de arborização com a crescente presença de árvores na paisagem urbana de Campinas quando se leva em consideração pesquisas mais recentes. Aparecendo Campinas avançando para a posição de 2º lugar de cidade mais arborizada do Brasil.

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Conseguindo aumentar a sua média de arborização de 84, 38% (IBGE, 2022) para aproximadamente 87, 5% (VPR IMÓVEIS; TRAVEL, 2025). 

Ainda há pesquisas também atuais de outras fontes especializadas que chegam a considerar que a arborização de Campinas já alcançou até 88, 4 %. Reforçando Campinas na condição de 2º lugar entre as cidades mais arborizadas do Brasil. De um modo ou de outro, o que todas essas pesquisas, apesar de variarem no resultado, revelam em comum é que além do aumento de áreas verdes há assim principalmente um inegável crescimento do fenômeno da arborização urbana nessa cidade.

 

 2.3 A IMPORTÂNCIA DA ARBORIZAÇÃO E DA ÁREA VERDE NA QUALIDADE DE VIDA URBANA

Diante do fenômeno da urbanização que pode ser entendido como a transformação, as vezes mais e outras vezes menos intensa, da área rural em área urbana. Por meio do qual se evidencia elementos rurais com a presença natural de rios, campos e florestas ceder lugar a elementos artificiais de asfaltos, concretos e construções presentes no espaço urbano.

É válido ressaltar que com essa arborização urbana o espaço urbano não deixa de ser essencialmente urbano. Até porque continua a exercer funções características de uma cidade como, por exemplo, do 2º e 3º setor da economia, mas passa a assumir uma outra conotação em que a qualidade de vida está inter-relacionada a qualidade ambiental.

Sendo assim, é impossível hoje se pensar em qualidade de vida na cidade sem levar em consideração a realização assim como a ampliação de arborização urbana e de áreas verdes. Logo, isso implica em várias mudanças, a cidade passa a ser repensada e ressignificada. Sendo incluído em ações, por exemplo, do planejamento urbano a arborização urbana e áreas verdes como algo essencial.

No Brasil se revela de forma predominante um cenário não tão parecido quando observamos no geral a realidade da grande parte das outras cidades

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brasileiras nas quais ainda não conseguiram efetivamente relacionar planejamento e desenvolvimento urbano com preservação do meio ambiente (ANTONIO GUSTAVO, 2019). Enquanto que, nesse contexto, especificamente algumas cidades, de certo modo, conseguiram empregar a inclusão da questão ambiental com o desenvolvido urbano como, por exemplo, o de Campinas-SP.

Seja o fenômeno da arborização urbana ou a presença de áreas verdes, costumam ser apontadas como indicadores de qualidade do ar associando isso a menor incidência de doenças respiratórias. Apresentando temperaturas médias que são menos desagradáveis em comparação com áreas menos arborizadas onde as temperaturas médias são mais desagradáveis. No entanto, os benefícios que a arborização urbana e principalmente as áreas verdes podem promover na qualidade de vida urbana certamente são vários.

 

 

QUADRO 7: PRINCIPAIS ASPECTOS POSITIVOS

   DE ÁREAS VERDES NO ESPAÇO URBANO

 

- Produção de Oxigênio

- Redução de Gases Poluentes como o CO2

- Melhora da Qualidade do Ar

- Conforto Térmico com Redução da Temperatura

- Redução ou Eliminação de Ilhas de Calor

- Sensação de Bem-Estar Físico e Mental

- Diminuição da Poluição Sonora e Visual

- Constituição de Áreas Mais Valorizadas

                        Fonte: Antonio Gustavo (autor), 2025

Podendo desempenhar principalmente função ambiental, social, estética e até função educativa. Na função ambiental, contribui com o ser humano e o ambiente não só ao gerar no espaço urbano conforto térmico, absorvendo parte dos raios solares, melhorando o clima da cidade com sombreamento, diminuição

 

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da poluição sonora, minimizando ruídos e diminuição ou eliminação das ilhas de calor.

Mas, também principalmente reduzindo gás poluentes como o carbônico (CO2) e produzindo o oxigênio (O2), controlando a poluição do ar, elevando a qualidade do ar e equilibrando o índice de umidade no ar. Além disso, servindo como local de abrigo e, às vezes, até de alimentação para as aves.

O contrário disso, ou seja, a ausência ou menor presença de áreas verdes implicaria na diminuição da qualidade ambiental urbana como, por exemplo, tendendo a originar ou a intensificar o fenômeno das Ilhas de calor, produzindo microclimas urbanos com temperaturas maiores. Diferentemente das partes no espaço urbano onde há significativa presença de áreas verdes. Logo, a presença das áreas verdes certamente contribui no aumento da qualidade de vida (ANTONIO GUSTAVO, 2019).

Na função social, podendo servir de lazer ao favorecer condições adequadas de aproximação do homem com o meio natural no espaço urbano. Possibilitando acontecer o convívio social da população com momentos de encontros, passeios, descansos ou relaxamentos assim como ocorrer a pratica de atividades físicas com caminhadas, corridas e exercícios físicos. (ANTONIO GUSTAVO, 2019).

Na função estética, permitindo realçar o embelezamento da cidade, promovendo algo perceptivelmente mais agradável com a valorização visual da paisagem e ornamentação do ambiente, ao mesmo tempo, diminuindo a poluição visual (ANTONIO GUSTAVO, 2019).

Na função educativa, a educação pode desempenhar um papel positivo com a valorização da questão ambiental. Por meio do qual o resultado mais visado da atividade educativa além da aprendizagem do conhecimento seja a humanização do indivíduo com a conscientização (ANTONIO GUSTAVO, 2025).

Lembrando que a consciência pode ser considerada uma das funções humanas mais amplas e profundas. Auxiliando tanto na questão intrapsíquica (individual) quanto na questão Inter psíquica (social). Por isso, promover a educação ambiental visando a preservação do meio ambiente passa

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essencialmente pela busca da conscientização pública (ANTONIO GUSTAVO, 2025).

Conforme o que está previamente amparado pela Constituição Federal de 88 no capítulo VI do art. 225 quando diz: “promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública para a preservação do meio ambiente” (BRASIL, 1988).

Estimulando o desenvolvimento da consciência nas pessoas para a importância de preservar, cuidar e valorizar as áreas arborizadas e verdes oferecendo importantes dicas. Sendo possível promover a educação ambiental tanto nas escolas públicas quanto nas escolas privadas com atividades extraclasses oportunizando o contato dos estudantes e da sociedade com áreas arborizadas e verdes.

 

 

QUADRO 8: DICAS DE PRESERVAÇÃO

DE ÁREAS VERDES NO ESPAÇO URBANO

 

- Colaborar Em Manter Essas Áreas Limpas

 

- Não Jogar Lixo

 

- Evitar Provocar Sujeira

 

- Respeitar a Fauna Local

 

- Cuidar da Flora Local

 

- Apoiar Ideias e Ações de Caráter Sustentável

 

- Prevenção e Tratamento de Pragas

 

- Comunicar as Autoridades Competentes o que de Fato For Necessário

 

                   Fonte: Antonio Gustavo (autor), 2025

 

 

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Propondo além dos conhecimentos fundamentais, diversas reflexões que sejam pertinentes como, por exemplo, atentar para o detalhe que, muitas das vezes, passa despercebido até mesmo por especialistas e estudiosos do assunto na questão do fenômeno da presença de crescente quantidade de áreas arborizadas e verdes no espaço urbano que, sem dúvida, é muito importante.

Mas, também a forma que isso acontece é algo que pode ser essencial de levar em consideração para caracterizar a qualidade desse fenômeno. Por isso, se inclui aspectos como a espacialidade e a distribuição adequada (SILVA; PAIVA; GONÇALVES, 2007).

Nesse sentido, a noção de espacialidade e distribuição adequada, nos leva a pensar, dentre outras coisas, se onde já há áreas arborizadas e verdes e onde ainda estão sendo ampliadas se costumam ser acessadas e frequentadas? Se as áreas arborizadas e verdes estão sendo desenvolvidas em partes da cidade que mais precisam? Da forma que são ampliadas tendem a aprofundar as desigualdades espaciais com a sua concentração em certos pontos específicos ou tendem a ser mais equitativas distribuindo para mais partes da cidade? Se atendem de fato a população proporcionando geração de bem-estar com os diversos benefícios que naturalmente desempenham?

Apesar da preservação ser também importante, mas manter o cuidado em não abandonar e continuar valorizando o uso dessas áreas arborizadas e verdes é que logicamente vão resultar em promover benefícios ainda maiores a qualidade de vida urbana. Resultando até na conscientização fomentando práticas de cunho mais sustentáveis na população.

Porque de acordo com o PNEA (Política Nacional de Educação Ambiental) cabe à sociedade como um todo manter atenção participando na atuação individual e coletivamente para a prevenção, a identificação e a solução de problemas ambientais visando assim colaborar na defesa da qualidade do ambiente (BRASIL, 1999).

 

 

 

 

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2.4 QUALIDADE DE VIDA URBANA DE CAMPINAS-SP: SANEAMENTO BÁSICO

 

O saneamento básico corresponde a um conjunto de infraestruturas e serviços públicos fundamentais para a saúde, o meio ambiente e, sobretudo, a qualidade de vida. Logo, falar em qualidade de vida urbana certamente é essencial também de se falar em saneamento básico.  A cidade de Campinas no estado de São Paulo, assim como em outros de seus aspectos urbanos, assume posição de destaque quando o tema é saneamento básico.

De acordo com informações do instituto Trata Brasil (2025) assim como dados do SINISA (Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento) e do IAS (Instituto Água Saneamento) em Campinas aproximadamente 99, 69% da população é atendida com abastecimento de água, frente a média estadual de 95,09% e nacional de 84, 24% do país. E no atendimento com esgotamento sanitário 95,89% da população frente a média de 90, 5% do estado e 55, 5% do país. Além disso, a taxa de cobertura de coleta de lixo domiciliar é de praticamente 100%. Sendo considerada plena com uma porcentagem significativa de 99,75%. Uma média assim mais elevada do que restante do estado e do país (IBGE, 2022).

Segundo a lei federal 14. 026/2020 que estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento básico e atualiza o marco legal do saneamento básico. Define que a universalização do saneamento básico deve ser prevista para acontecer até 31 de dezembro de 2033. Constando nessa lei as seguintes metas: saneamento deve alcançar 99% da população com água potável e 90% da população com coleta e tratamento de esgoto (BRASIL, 2020).

Nesse contexto, evidencia-se que Campinas conseguiu alcançar a universalização desde 2023. Isso significa dizer que essa cidade conseguiu atingir essa meta estabelecida pela lei federal 10 anos antes do prazo. Por essas e outras razões, Campinas é referência em saneamento básico. Em pesquisa realizada pelo Instituto Trata Brasil (2025) aponta Campinas como líder no ranking nacional de saneamento, em 1º lugar, apresentando o melhor desempenho em todos os quesitos avaliados.

 

 

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QUADRO 9: AS 5 CIDADES COM MELHOR

SANEAMENTO BÁSICO DO BRASIL

 

1º lugar – Campinas (SP)

2º lugar – Limeira (SP)

3º lugar – Niterói (RJ)

4º lugar – São José do Rio Preto (SP)

5º lugar – Franca (SP)

 

 

                    Fonte: Instituto Trata Brasil (2025)

            Elaboração: Antonio Gustavo (autor), 2025

 

 

O instituto Trata Brasil avaliou 100 cidades brasileiras com base em indicadores como abastecimento de água, coleta de lixo e tratamento de esgoto, investimentos no setor e perdas de água na distribuição. Utilizando dados do SINISA visando perceber o acesso e eficiência desse serviço.

Como pode ser evidenciado no ranking do saneamento básico do Trata Brasil, 2025, entre as 5 primeiras colocadas, 4 das cidades são paulistas: Campinas-SP (1º lugar); Limeira-SP (2º lugar); São José do Rio Preto-SP (4º lugar); Franca-SP (5º lugar).

No geral, se constatou que os municípios localizados na região Sul e Sudeste concentram a maior parte dos bons desempenhos com destaque para o desempenho de cidades do estado de São Paulo. Ao contrário disso, os piores desempenhos na questão do saneamento básico estão em estados, cidades e, inclusive, capitais situadas em outras regiões como, por exemplo, a região norte do Brasil. 5 das capitais estaduais da região norte estão entre as 20 piores: Porto Velho, Macapá, Rio Branco, Manaus e Belém. Revelando um cenário lamentável observado na realidade de suas cidades.

A cidade de Santarém, na sub-região do oeste Paraense, apareceu em última colocada, ocupando 100º lugar, entre o total de 100 cidades avaliadas nesse ranking do Trata Brasil (2025). Registando apenas 48, 49% da população com acesso água potável, ou seja, menos da metade da população e ínfimos 3, 77% aproximadamente dispõe efetivamente do serviço de coleta de esgoto.

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Esse problema da situação bastante precária do saneamento em Santarém-PA, o pior do Brasil, é reflexo principalmente do estado precário do serviço e da falta de investimento do poder público. Evidenciando, dentre outras coisas, tanto o despreparo quanto o descaso do governo do Pará.

Esse mesmo despreparo e descaso do governo do Pará fica claro também na capital estadual de Belém, na sub-região do nordeste paraense, pelo fato de apresentar indicadores com péssimos resultados. Haja vista que apesar de grande parte da população ter acesso a água potável, somente 17,3% com coleta de esgoto e apenas 19, 3% do esgoto é tratado. Revelando um desempenho abaixo da média nacional que obviamente pode ser definido como negativo.

Ainda de acordo com o instituto Trata Brasil (2025) a cidade de Belém está há anos figurando entre as 20 piores no ranking do saneamento básico nacional. Dessa forma, o estado do Pará precisará, dentre outras coisas, aprender a agilizar a resolução dessa questão, focando em investimentos e políticas públicas eficazes que visem desenvolver o saneamento básico, expandir o atendimento e o acesso a esse serviço, passando a beneficiar mais a população paraense.

A questão do saneamento básico tem em diferentes aspectos implicações praticas na qualidade de vida das pessoas. Não é à toa que o descaso e despreparo do governo do Pará se refletiu com o estado do Pará sendo na região norte do Brasil identificado como o estado responsável pelo maior número de mortes por doenças relacionadas ao saneamento básico. Esses e outros fatores evidenciam realmente uma péssima gestão política do governo do Pará.

Diferentemente da realidade de Campinas, cidade com melhor saneamento básico do Brasil, na qual é elevado a qualidade de vida urbana de seus habitantes. Sendo algo muito pouco comum de ser registrado problemas relacionados a questão do saneamento básico que afetem negativamente a vida de seus cidadãos.

O excelente desempenho nos indicadores da cidade de Campinas na questão do saneamento básico fez com que mais recentemente lhe garantisse até o importante prêmio de “Casos de Sucesso”. Reconhecendo o fato de ter ficado em 1º lugar no ranking nacional de saneamento básico, apresentando significativos avanços na qualidade dos serviços e na infraestrutura de saneamento básico.

 

 

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3. IMPORTANTE SISTEMA RODOVIÁRIO - CAMPINAS-SP

A infraestrutura foi essencial através, por exemplo, do desenvolvimento do sistema rodoviário para gerar condições favoráveis a mobilização de fluxo populacional, instalação de empresas, diversificação do comércio e serviço com crescentes investimentos direcionados a importante cidade de Campinas-SP.

A partir principalmente do contexto de restruturação produtiva do estado de São Paulo que ficou sobretudo conhecido esse fenômeno na dinâmica espacial como desconcentração industrial de importantes centros urbanos saturados das metrópoles brasileiras e pela emergência do surgimento e crescimento de cidades médias.

Não é à toa que, por exemplo, exerceu a atração de indústrias que chegavam a cidade e passavam geralmente a se localizar nas proximidades das rodovias (SILVA, 2008; GONÇALVES JÚNIOR; CORRÊA, 2013). Com menores custos de instalação e de produção assim como melhores condições de logística.

Consolidando a partir da década de 90 a cidade como um polo tecnológico, industrial, universitário e científico, atraindo investimentos de empresas de software, biotecnologia, telecomunicações e pesquisa. Expresso dentre outras formas através de Campinas a frente colaborando no desempenho da região metropolitana de Campinas que de acordo com dados do SAEDE, em 1996, nessa época em termos de unidades industriais, pessoas ocupadas e valor adicionado foi em média no geral superior ao observado em muitas outras cidades e regiões, sendo inferior apenas à região metropolitana de São Paulo administrada pela capital São Paulo.

Contribuindo Campinas como uma das cidades a alavancar a atuação relativa da RMC (Região Metropolitana de Campinas) no total da produção industrial entre 1996 e 2000 de 4,8% para 6,2%. Entretanto, Campinas ao longo do tempo, avançou mais no 3º setor da economia do que no 2º setor, especializando-se na diversificação e evolução de serviços.

Além de contar com a presença, por exemplo, do CNPEM, CPQD, CTI, UNICAMP e PUC. Concentrando indústrias de alta tecnologia, diversos estabelecimentos, centros de ensino e pesquisa que aliados a sua localização estratégica têm garantido alto potencial de desenvolvimento econômico.

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Também contribuindo as rodovias em favorecer condições de melhorar a mobilidade e o acesso à cidade. Campinas se insere nesse contexto da desconcentração industrial registrando também outro crescimento típico de cidades médias: um aumento populacional significativo, passando de 847, 595 em 1991 para 976. 921 habitantes em 2000.

Pois, muitas das vezes, as pessoas saiam de metrópoles saturadas que apresentavam, dentre outros problemas, o problema da “macrocefalia urbana” (SANTOS, 1993), buscando principalmente melhorar de vida, compensando a deficiência de falta de empregos, insuficiente de moradias e infraestrutura comprometidas nesses grandes centros urbanos. Deslocando-se em direção as cidades médias como, por exemplo, Campinas.

De acordo com dados do IBGE pode-se perceber a tendência de crescimento evidenciada desde as décadas anteriores de 60, 70 e 80. Por exemplo, de 1980 com 375, 864 até 1996, após 16 anos Campinas experimentou um crescimento superior a 100% para ser mais exato em uma média de 141, 8% com a ampliação população chegando a 908, 906 habitantes.

SILVA (2008) ressalta que a partir de então aconteceu a consolidação de grande diversidade industrial e do setor terciário com serviços e comércios em função de diferentes atrativos locacionais, ou seja, não apenas o importante sistema rodoviário, mas também pela presença de aeroporto, célebres empresas, universidades como a UNICAMP e outras importantes instituições de ensino e pesquisa. Sendo esse fenômeno de crescimento de Campinas intensificado ao longo do tempo.

Consistindo as rodovias em importantes materialidades criadas e desenvolvidas antes, ou seja, primordialmente viabilizando no espaço essas condições. Podendo assim como no contexto nacional o desenvolvimento da indústria automobilista ser apontada não somente, mas principalmente como um fator preponderante no crescimento do transporte rodoviário.

Anhanguera foi implantada em 1948 posteriormente acontecendo a sua ampliação e duplicação a trechos que se conecta a Campinas; Rodovia Bandeirantes inaugurada em 1978 e a Rodovia Santos Dumont durante o início da década de 60; rodovia Ademar Pereira Barros sendo difícil estabelecer a definição de uma data exata, pois foi sendo inaugurada e ampliada em diferentes trechos do espaço e períodos do tempo; rodovia D. Pedro I inaugurada em 1972.

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Todas essas rodovias estão conectadas a Campinas e as rodovias Anhanguera-Bandeirantes que conectam a capital estadual de São Paulo a outras partes do interior paulista, inclusive, a cidade de Campinas.

 

 

 

QUADRO 10: PRINCIPAIS RODOVIAS

QUE CONECTAM A CAMPINAS-SP

 

 

- Rodovia dos Bandeirantes (SP-348)

 

- Rodovia Anhanguera (SP-330)

 

- Rodovia Dom Pedro I (SP-65)

 

- Rodovia Ademar Pereira de Barros (SP-340)

 

- Rodovia Santos Dummont (SP-75)

                  Fonte: Antonio Gustavo (autor), 2025

 

A rodovia Bandeirantes conecta Campinas a cidade de São Paulo e outras cidades paulistas; a rodovia Anhanguera conecta Campinas a São Paulo e outras cidades; rodovia Dom Pedro I conecta Campinas ao Vale do Paraíba; a rodovia Ademar Pereira de Barros conecta Campinas passando por algumas cidades até Mogi Guaçu; rodovia Santos Dumont conectada a Campinas no sentido norte-sul cruzando outras rodovias importantes (Castelo Branco; Bandeirantes) à cidades de Indaiatuba, Sorocaba, Salto e Itu e correspondendo a principal ligação centro de Campinas ao aeroporto internacional de Viracopos.

Essas 5 rodovias (Anhanguera, Bandeirantes, Ademar Pereira de Barros, Dom Pedro I e Santos Dummont) tornaram Campinas privilegiada geograficamente, possibilitando haver a conexão desse município a capital São Paulo, Vale do Paraíba, Rio de Janeiro, cidades de Indaiatuba, Cajamar, Salto, Itu, Sorocaba, ao norte do Pará e ao sul de Minas Gerais.

Pode-se dizer que o sistema de transporte rodoviário funcionou como meio indispensável a impulsionar maior interação interurbana e a expansão da malha

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urbana ao garantir maior acessibilidade a cidade (VILLAÇA, 1998). Algo característico de nossa época, isto é, o desenvolvimento de infraestrutura atraindo também investimentos.

Pressupondo a realização assim como a valorização da mobilidade (SANTOS, 1996). Campinas além do importante eixo rodoviário que apresenta as principais rodovias do país, possui sistema de transporte público eficiente com BRT (Ônibus de Trânsito Rápido) ligando aos vários pontos da cidade e oferecendo diariamente mobilidade a milhares de pessoas que utilizam esse serviço. As linhas de ônibus conectam a todos os bairros da cidade, facilitando a mobilidade intra-urbana, isto é, o deslocamento dentro dos limites da cidade. Contando como principal terminal rodoviário de passageiros o Multimodal Ramos de Azevedo.

 Curiosamente, das dezenas de municípios que compõe a RMC (Região Metropolitana de Campinas). Campinas exerce importante centralidade urbana detendo maiores oportunidades de emprego e maior PEA (População Econômica Ativa) gerando atratividade nesses demais municípios.

 Sendo a cidade que, por exemplo, mais recebe moradores de outros municípios que geralmente em virtude de estudo ou trabalho se deslocam pelas principais rodovias de acesso até Campinas. Realizando um movimento conhecido como pendular através do qual basicamente fazem durante um mesmo dia um deslocamento de caráter temporário com ida a Campinas e volta a sua cidade.

Sendo maior esse tipo de movimento entre a população de menor renda. Porque normalmente não tem condição econômica de permanecer morando em Campinas. Porém, sem a existência do sistema rodoviário, muito menos, seria possível de realizar esse deslocamento interurbano praticamente diário de ir trabalhar e estudar em Campinas e voltar aos seus respectivos municípios.

Os diversos fenômenos espaciais que acontecem a partir da dinâmica do eixo rodoviário de Campinas-SP obviamente que não podem jamais ser explicados a partir apenas dessa influência, mas negar essa influência exercida pela existência da materialidade dessa infraestrutura seria incorrer em um outro erro gravíssimo.

Funcionando como um meio através do qual viabiliza condições necessárias para a realização de movimentos e deslocamentos não apenas em

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relação ao transporte de pessoas, mas também de bens de consumo, circulação e abastecimento de produtos, acesso a serviços e a mercados, escoamento de diferentes tipos de produções (rurais e urbanas).

Por isso, ao invés de se ignorar se leva em consideração como um elemento importante gerando, dentre outras coisas, maior mobilidade, elevando a fluidez, facilidade de acesso conectando a diversos locais que combinado a outros fatores auxilia assim em entender as questões urbanas a partir de um ponto de vista que não é fixo e nem estático, mas sim flexível e dinâmico.

 

 

4. IMPORTANTE AEROPORTO INTERNACIONAL DE VIRACOPOS – CAMPINAS/SP

 

O importante Aeroporto Internacional de Viracopos está localizado em Campinas no estado de São Paulo. O local onde hoje existe esse aeroporto começou a ser utilizado desde a década de 30, inicialmente por militares como campo de operações aéreas. No entanto, o aeroporto propriamente dito começou a ser construído posteriormente durante a década de 50.

Sendo inaugurado no início da década de 60, exercendo a função comercial com transporte aéreo de passageiros. Inclusive, em 19 de outubro de 1960, por meio da Portaria Ministerial n.º 756 Viracopos a partir de então é elevado a categoria de Aeroporto Internacional.

De lá para cá, passando por diferentes renovações que implicaram em ampliações e modernizações nas quais resultaram na evolução da aviação com o aumento da qualidade não apenas da estrutura desse aeroporto, mas também do serviço aéreo disponível.

O aeroporto de Viracopos apresenta uma posição estratégica em função de está centralizado com alguns dos mais importantes eixos rodoviários do Brasil: Anhanguera, Bandeirantes, D Pedro I e Santos Dumont. Isso é algo que faz com que esse aeroporto esteja no centro da rede de transportes intermodais que o torna umas das fundamentais portas de entrada e saída do comércio internacional brasileiro.

 

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No que se refere as suas operações diariamente acontece com voos nacionais e internacionais, sendo as principais companhias aéreas em voos nacionais a LATAM, Azul e Gol e as principais companhias áreas internacionais American Airlines, Copa Airlines, Tap Portugal.

Além de normalmente transportar as pessoas na condição de passageiros ainda possui mais de dezenas companhias cargueiras. Constituindo-se em essencial assim possibilitando condições favoráveis de haver tanto o envio e recebimento de remessas expressas quanto o grande fluxo de pessoas e mercadorias.

Esse modal aéreo é bastante dinâmico, veloz e seguro com mais de dezenas de pontos de embarques. Normalmente evidenciando crescimento de passageiros assim como de cargas através também da intermodalidade, isto é, a relação estabelecida entre duas modalidades diferentes (aérea e rodoviária) com posição estratégica do aeroporto de Viracopos conectado a alguns dos principais eixos rodoviários do Brasil, ocasionando melhores condições de deslocamento populacional e principalmente de envio e recebimento de cargas.

 Por exemplo, se registrou no aeroporto Viracopos, em 2023, recorde no movimento de embarque e desembarque de passageiros, apresentando a melhor movimentação de passageiros da sua história com 12, 5 milhões de passageiros. E, em 2024, manteve esse ritmo, pouco variando o resultado, alcançando no momento a 2ª melhor movimentação de passageiros de sua história com a média de aproximadamente 12, 4 milhões.

Na questão de cargas, sendo cada vez mais usado para transportar produtos importados ou exportados entre os países. Principalmente produtos importados. Tendo em vista que no Brasil Viracopos se revela como o maior em valor de cargas importadas, tendo chegado esse aeroporto a registrar o movimento de 40% do valor de importações áreas no país. Sendo a TECA (Terminal de Carga) uma das partes que mais fortemente contribui no faturamento total do aeroporto.

Não é de hoje que o aeroporto de Viracopos assume papel de destaque. Porque ainda em 2013 segundo pesquisa da SAC-PR (Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República) foi considerado o melhor aeroporto do Brasil.

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Em 2014, foi novamente apontado em 1º lugar como o melhor aeroporto do Brasil e em 2º lugar premiado como o melhor aeroporto da América Latina. Sendo, desta vez, reconhecido pelo Air Cargo Excellence Awards que em português significa “Prêmios de Excelência em Carga Aérea” (AIR CARGO WORLD, 2014).

Passados alguns anos, em 2018, de acordo com a premiação da Air Cargo Excellence Awards, divulgado pela Air Cargo Worl “Carga Área no Mundo”, responsável fonte de informações do setor de cargas aéreas, chegou a ser considerado como o melhor aeroporto de carga do mundo em 1º lugar na sua categoria de 400 mil toneladas/ano (REVISTA EMBARQUE, 2018).

Em alguns anos antes e depois aconteceu do Aeroporto Viracopos, mesmo continuando a figurar entre os principais, às vezes, perder a posição de 1º lugar em outras edições. Contudo, em edição mais atual de 2024, voltou a recuperar a posição de 1º lugar através da premiação que considera Viracopos o melhor aeroporto de carga desse ano na sua categoria pelo evento Air Cargo Week World (AIR CARGO WEEK, 2024).

Mais recentemente com base em informações públicas e dados de movimentação aérea e infraestrutura logística o aeroporto de Viracopos em Campinas se destaca aparecendo em 2º lugar, atrás apenas do aeroporto de Guarulhos e a frente de Manaus, Rio de Janeiro e Brasília, entre os 5 aeroportos brasileiros com maior movimentação de cargas aéreas. Conectando o país a mercados nacionais e internacionais.

 

 

 

 

 

 

 

 

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QUADRO 11: OS 5 AEROPORTOS

COM MAIORES MOVIMENTAÇÃO

DE CARGAS DO BRASIL

 

1º Lugar – Guarulhos (GRU) – São Paulo (SP)

 

2º lugar – Viracopos (VPC) – Campinas (SP)

 

3º lugar – Manaus (MAO) – Amazonas (AM)

 

4º lugar – Galeão (GIG) – Rio de Janeiro (RJ)

 

5º lugar – Brasília (BSB) – Brasília (DF)

                    Fonte: Antonio Gustavo (autor), 2025

 

De acordo com estimativas da empresa CIRIUM (2024), uma das fontes no mundo mais confiáveis em fornecer análises e dados sobre aviação, apresentam desempenho acima da média nacional, obtendo bastante pontos na questão de cargas aéreas. Podendo-se reconhecer esses 5 aeroportos liderando em voos de carga no Brasil (O ANTAGONISTA, 2025).

Por esses e outros motivos, é possível entender porque o aeroporto de Viracopos em Campinas é tão importante, constituindo-se em um dos melhores aeroportos do Brasil e da América Latina principalmente em função da existência de serviços aéreos modernos, ágeis e seguros. Não apenas realizando o transporte crescente de passageiros gerando diariamente condições de movimento com embarque e desembarque em voos nacionais e internacionais, mas também por expressivamente promover o transporte de cargas aéreas.

 

5. IMPORTANTE INSTITUIÇÃO PÚBLICA DE ENSINO SUPERIOR: UNICAMP – CAMPINAS

A UNICAMP (Universidade Estadual de Campinas) é uma importante instituição de ensino superior, sendo uma universidade pública estadual que foi oficialmente fundada em 1966 como um reflexo não apenas do início do

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processo de interiorização do ensino universitário, mas também buscando atender a demanda crescente por formação de profissionais qualificados no estado de São Paulo.

Sediada na cidade paulista de Campinas, essa universidade possui também campus em outros municípios paulistanos, tais como: Limeira, Piracicaba e Paulina. É uma referência de ensino superior tanto no Brasil quanto na América Latina, porque é considerada uma das melhores universidades do Brasil e da América Latina. Revelando excelência em nível de ensino, pesquisa e extensão.

A UNICAMP foi pioneira em cursos de ciência da computação, engenharia da computação e engenharia de software. Desempenhando um papel crucial na história do desenvolvimento da computação no Brasil. Na medida em que serviu de importante referência, sendo utilizado como modelo para outros programas de graduação no país. Contribuindo o seu envolvimento na criação, construção ou realização de centenas de projetos de pesquisas. Estabelecendo diferentes parcerias com órgãos do governo e empresas privadas.

Algumas das diversas áreas do conhecimento dessa importante universidade que normalmente evidenciam expressivo desempenho são: Ciência da Computação, Engenharia, Negócios e Economia, Ciências Sociais, Artes e Humanidades.

De acordo com a empresa britânica QS World University Rankings, em 2024, a UNICAMP aparece em 3º lugar, ao lado da 2ª colocada Pontifícia Universidade Católica do Chile e próxima da 1ª colocada que é a USP (Universidade de São Paulo). Obtendo o título de 3ª melhor universidade da América Latina após avaliação de mais de 400 instituições.

Uns dos fatores que contribuíram de maneira significativa para a UNICAMP se destacar em 3º lugar, apresentando elevada pontuação foram nos indicadores de produção acadêmica, reputação empresarial e internacionalização de pesquisa. Na classificação geral que basicamente leva em consideração uma variação de pontuação desde 0 (menor pontuação) até 100 (maior pontuação) a UNICAMP obteve pontuação total de 99, 2. Apresentando assim um desempenho acima da média nacional assim como da região continental da

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América Latina. Inclusive, superior ao seu próprio desempenho constatado, em 2023, no levantamento anterior.

Mais recentemente, segundo o QS WUR a UNICAMP obteve, em 2025, na escala de avaliação numérica desde 0 até 100, uma pontuação geral menor (98, 2 pontos) quando comparado com a sua pontuação de 2024 (99, 2 pontos). No entanto, manteve-se em 3º lugar. Fazendo a UNICAMP de Campinas aparecer na seleta porcentagem de 15, 5%, inserida entre as melhores universidades do mundo. E a USP passou a ocupar o 2º lugar, perdendo o 1º lugar para a Pontifícia Universidade Católica do Chile.

Desta vez, os indicadores da UNICAMP tiveram praticamente a ver com os mesmos fatores anteriores que a destacaram. Conseguindo avaliação máxima em reputação acadêmica e artigos por docentes. Além de desempenho elevado em rede internacional de pesquisa com alta produção científica. Chamando atenção assim as seguintes pontuações: 99, 9 em rede internacional de pesquisa; 96,9 em reputação empresarial e 99, 6 em docentes com PHD.

De acordo com o QS Latin America & The Caribbean (2025) no ranking nacional a USP de São Paulo mantém o 1º lugar e ao seu lado aparece a UNICAMP de Campinas em 2º lugar. Certamente ambas como as melhores universidades do Brasil. Expressando a força acadêmica do país. Indicando um futuro promissor do ensino superior, sobretudo empregado na região paulista.

Apesar de continuar mantendo o interesse em aumentar a taxa de conclusão com condições de acesso e permanência estudantil a universidade e foco na elevação da qualidade do ensino superior, a universidade também tem expressado, dentre outras coisas, ampliação de ideias e ações na questão da inclusão, demonstrando colaborações e avanços significativos.

Por esses e outros motivos, é fácil de entender porque campinas tornou-se assim além de polo econômico, industrial e tecnológico um importante polo acadêmico. Por isso, sem dúvida, é essencial continuar havendo investimentos financeiros e valorização reconhecendo a relevância de suas contribuições visando o fortalecimento dessa instituição.

Haja vista que em geral melhora a qualidade de vida de quem recebe o ensino superior e em especifico colabora também em certos aspectos em deixar

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Campinas numa condição bem posicionada ficando merecidamente entre uma das cidades mais inteligentes do Brasil.

 

6. IMPORTANTE INSTITUIÇÃO PRIVADA DE ENSINO SUPERIOR: PUC-CAMPINAS

A Pontifícia Universidade Católica de Campinas surgiu no início da década de 40, em 1941, sendo pioneiro em promover a interiorização do ensino superior que, na época, costumavam se concentrar nas capitais. É notória a colaboração dessa universidade com a cidade na questão tanto de formar quanto de capacitar profissionais de ensino com professores e pedagogos através dos seus cursos de licenciaturas e pedagogia.

Assumindo, muitas das vezes, à frente na atuação do ensino em cátedras e em escolas da educação básica. Impulsionando ao longo do tempo o seu desenvolvimento educacional geralmente conseguindo acompanhar a elevação da demanda e a evolução educacional. Diversificando as áreas de formação universitária com a ampliação de mais de dezenas de novos cursos (Biblioteconomia, Direito, Arte Plástica, Cinema, entre outros).

Sem perder de vista a busca pela qualidade na qual é um aspecto que assume característica central dessa importante instituição, aparecendo como algo permanente, no sentido de que foi buscado no passado e ainda continua a ser visado no presente. Não é à toa que atualmente a PUC-Campinas certamente continua engajada em proporcionar a formação e capacitação de profissionais qualificados.

Por exemplo, são poucas instituições de ensino fundamental e médio na cidade que não apresentam entre a equipe de professores, coordenadores ou diretores profissionais formados pela PUC-Campinas. Oferecendo na educação sua parcela de contribuição no aprimoramento da educação básica. Inclusive, também na questão da pesquisa revelando uma significativa produção universitária com impacto positivo nacional. Chegando, às vezes, até a repercutir na comunidade internacional.

 

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O desenvolvimento da cidade de Campinas e o progresso da universidade PUC se entrelaçam assim praticamente parecendo páginas escritas da mesma história. Como se estivesse, de certa forma, estabelecido um elo essencial entre cidade e universidade. Porque Campinas faz parte da história da PUC e a PUC faz parte da história de Campinas.

É válido ressaltar que além da PUC ter sede em Campinas, cidade na qual foi fundada, vigorosamente já ultrapassando décadas de existência, é reconhecida como a 1ª instituição de ensino privada de São Paulo; é avaliada com excelência de 5 estrelas através do ranking do Guia da Faculdade; é a melhor universidade privada do interior do estado de São Paulo pelo RUF (Ranking Universitário da Folha).

Mais recentemente, segundo a consultoria britânica QS (Quacquarelli Symonds), em 2024, por meio do QS World University Ranking, isto é, um ranking de classificação universitária, a PUC-Campinas foi classificada em 1º lugar pelo terceiro ano em seguida como a melhor universidade privada do interior do Brasil.

Na comparação com outras universidades brasileiras, a universidade normalmente chama atenção apresentando melhores desempenhos nos seguintes pontos: reputação acadêmica, reputação com empregadores e resultados de empregabilidade.

Algo que contribuiu muito para esse resultado é o fato de que a PUC-Campinas costuma estabelecer uma aproximação dos seus universitários com empresas, tendo em vista que promove o encaminhamento dos estudantes de seus cursos para estágios remunerados.

Esses estágios, muitas das vezes, não apenas são vistos como uma boa oportunidade de colocar em pratica os conhecimentos e as habilidades, mas também como uma porta de entrada para o mercado de trabalho. Interferindo assim positivamente na qualidade de vida dessas pessoas ao estimular a formação, a qualificação e a profissionalização.

 

 

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Por esses e outros motivos, não fica difícil de entender porque a PUC-Campinas se destaca no cenário educacional em diferentes avaliações nacionais e internacionais. Consolidando-se geralmente como uma das principais instituições de ensino superior do Brasil e em Campinas especificamente colaborando em certos aspectos para a cidade continuar sendo considerada uma das mais inteligentes do país.

 

7. CIDADE INTELIGENTE: O QUE É? QUAL A SUA IMPORTÂNCIA?     

O conceito de cidade inteligente remonta a década de 90 quando a partir desse período começa a chamar maior atenção e ao longo do tempo a ganhar mais repercussão. Inicialmente era na maioria das vezes vinculado a TIC (Tecnologia da Informação e Comunicação). Basicamente pensando, na época, em como essas cidades poderiam se desenvolver sendo projetadas para instalar tecnologia de informação e comunicação.

No entanto, o conceito de cidade inteligente longe está de apenas ficar relacionado a tecnologia da informação e comunicação na cidade, envolvendo também investimentos em capital humano, infraestrutura urbana, gestão de recursos, desenvolvimento econômico e sustentável gerando qualidade de vida aos cidadãos.  

A visão geográfica sobre cidade inteligente entende assim que deve ir além do emprego da tecnologia, focando na produção de um espaço urbano que seja mais sustentável, desenvolvido e humano. Onde aspectos como tecnologia, meio ambiente, sociedade e economia ao contrário de ser elementos separados ou isolados devem, na verdade, ser vistos relacionados e conjugados.

Buscando, por exemplo, conseguir na cidade produzir maior valor econômico e social consumindo menos recursos. O conceito de cidade inteligente pode ser utilizado assim principalmente levando em consideração os aspectos ambientais, econômicos e sociais, visando a sustentabilidade, o crescimento econômico e o desenvolvimento social.

Um conjunto de noções assim emergem enriquecendo a definição de uma cidade inteligente, passando a ser vinculada não apenas a fatores tecnológicos,

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mas também a fatores não-tecnológicos. Porque a tecnologia propriamente dita não é suficiente e nem é um fim em si mesma, mas sim um meio para a cidade conseguir se tornar inteligente. Podendo ser usada para aumentar a eficiência dos serviços públicos, promover sustentabilidade, gerar condições de negócios e melhorar a qualidade de vida.

Um desses fatores não-tecnológicos essenciais tem a ver com o ser humano: a criatividade. Criatividade esta na qual pode ser utilizada na resolução de desafiadores problemas urbanos. Solucionando ou reduzindo os problemas urbanos na realidade, sobretudo quando existe a combinação de disposição e condição de colocar em ação as ideias dessa capacidade da inteligência humana. Já que um dos principais objetivos da cidade inteligente é criar respostas apropriadas e satisfatórias as suas diversas demandas. Logo, a inteligência não deve ser medida apenas pela capacidade de identificar problemas, mas principalmente pela capacidade de encontrar soluções (ANTONIO GUSTAVO, 2023).

Não é à toa que, apesar dos diversos avanços tecnológicos, o investimento em capital humano continua sendo algo necessário. O contexto de uma cidade inteligente tende a criar conexões e relacionamentos entre as pessoas; emersão de pessoas criativas; potencializar no cenário da vida urbana estímulos positivos a essa capacidade humana; gerar cidadãos também inteligentes, cientes de seus direitos e deveres, possuindo melhor percepção do espaço em que vive. Agregando maior valor a cidade que, por conseguinte, se torna mais competitiva e atrativa com o planejamento e desenvolvimento urbano baseado no conhecimento.

Nesse sentido, gerando, a medida do possível, a produção de um espaço onde haja o reconhecimento da importância da educação com a valorização, do capital humano com investimentos e da inovação social promovendo o apoio. Tendendo a colocar em condições menos adversas e mais oportunas segundo SEIXAS (2017) dos cidadãos da cidade serem indutores da transformação urbana.

Por isso, nesse contexto a participação das pessoas é indispensável em virtude de que podem afetar positivamente na elevação desse conceito e na melhora da qualidade de vida ou, ao contrário disso, impactar negativamente, na

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medida em que a atuação humana é determinante para o fracasso ou sucesso da cidade inteligente, exercendo influencia na variação dos fatores relacionados ao desempenho das cidades. Tanto através da participação dos cidadãos na sociedade quanto por meio do desempenho do governo.

Em relação ao governo, de acordo com John F. Kennedy “governar é escolher”. Envolvendo, dentre outras questões, a preocupação em fazer a escolha certa e colocar em pratica da forma certa. Nesse sentido, se a cidade é definida como inteligente logicamente é porque a quantidade de escolhas certas feitas e feitas de formas certas são, a medida do possível, superior e melhor do que as escolhas erradas e feitas de formas erradas.

Ao contrário disso, na governança verificada na realidade de grande parte de cidades que não são inteligentes prevalecem muitas escolhas erradas e feitas de maneiras erradas. Nesse contexto, as cidades inteligentes são aquelas que se diferenciam por costumar fazer melhores escolhas e praticar boas decisões.

Algo também interessante é prestar atenção na questão de que falar de cidade inteligente tem tudo a ver com falar de qualidade de vida urbana. Assumindo uma relação de complementaridade. Fazendo uso, por exemplo, da disponibilidade de ciência, tecnologia e informação para otimizar os serviços públicos, propor soluções para os problemas urbanos e gerar bem-estar social aos habitantes.

Nesse sentido, diferentemente de outros estudiosos, pode-se considerar que há sim uma relação da questão da qualidade de vida e da questão da cidade inteligente. Pois, é muito comum perceber, por exemplo, cidades consideradas inteligentes normalmente apresentando indicadores sociais, econômicos e ambientais acima da média nacional no seu espaço urbano. Sendo isso algo que implica, ao mesmo tempo, na elevação da qualidade de vida.

Logo, o contrário disso seria algo bastante difícil ou, melhor dizendo, impossível de se relacionar: cidade inteligente com seus principais indicadores abaixo da média ou com baixa qualidade de vida urbana. Uma cidade assim não pode, de uma forma e nem de outra, ser em essência considerada uma cidade inteligente.

 

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QUADRO 12: PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS

 DE UMA CIDADE INTELIGENTE

 

- Planejamento e Desenvolvimento Urbano

 

- Negócios, Projetos e Atividades Criativas e Inovadoras

 

- Infraestrutura Moderna, Boa e Segura

 

- Presença de Arborização Urbana e Áreas Verdes

 

- Políticas Públicas Eficientes

 

- Indicadores Econômicos, Sociais e Ambientais Acima da Média

 

- Alta Qualidade de Vida Urbana

 

- Produção, Valorização e Acesso ao Conhecimento e a Comunicação

 

- Atuação Tecnológica, Científica e Informacional

 

- Possui Importantes Instituições, Órgãos e Empresas

                        Fonte: Antonio Gustavo (autor), 2025

 

Uma cidade inteligente não está imune de apresentar também problemas urbanos no seu espaço ainda que logicamente aconteça em menor proporção e seja em menor intensidade quando comparado com cidades que não são inteligentes. Na realidade, está mais próxima de apresentar assim um conjunto de características que se constituem em fatores atrativos no espaço urbano, fazendo com a cidade protagonize em diferentes aspectos pontos positivos evidenciando indicadores com desempenhos significativos e apresente qualidades exercendo uma certa influência.

Apresentando de principais características: planejamento e desenvolvimento urbano; negócios, projetos e atividades criativas e inovadoras; infraestrutura moderna, boa e segura; presença de arborização urbana e áreas verdes; políticas públicas eficientes; indicadores econômicos, sociais e ambientais acima da média; alta qualidade de vida urbana; produção, valorização e acesso ao conhecimento e a comunicação; atuação tecnológica,

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científica e informacional; presença de importantes instituições, órgãos e empresas.  

Ainda que obviamente aconteça entre as próprias cidades inteligentes não apresentarem em conjunto a plenitude de todas essas características, resultando na dinâmica da realidade, na verdade, em variar evidenciando a presença do predomínio de alguns fatores mais do que outros. Revelando, por fim, o diferencial de cada cidade.

Haja vista o que basicamente pode ser percebido acontecendo em cidades inteligentes ao longo do mundo como, por exemplo, em Oslo, na Noruega, principalmente se destaca por conta de iniciativas ambientais e oferecer transporte público eficiente; em Copenhague, na Dinamarca, em virtude de alternativas sustentáveis e soluções em energia limpa; Gamberra, na Austrália, promover economia de tecnologia e proporcionar infraestrutura digital; Zurique, na Suíça, pelo desenvolvimento de serviço público e planejamento urbano de qualidade.

Certamente que essas características fazem parte de uma cidade inteligente. Não perdendo de vista que o conjunto dessas características essenciais na cidade inteligente tenham principalmente por finalidade desempenhar a função de melhorar a qualidade de vida de seus habitantes.

Contudo, é preciso ter cuidado de levar em consideração a heterogeneidade das cidades, isso basicamente significa dizer que soluções que foram bem-sucedidas em algumas cidades nem sempre conseguirão serem replicadas exatamente da mesma forma em outras cidades.

É válido lembrar de dizer que a questão ambiental vem ao longo do tempo assumindo uma posição central seja na constatação da qualidade de vida ou na definição de cidade inteligente. Ao ponto em que passa a ser conhecida e chamada não apenas de “smart city” (cidade inteligente), mas também de “smart sustainable city” (cidade sustentável inteligente).

Interessante é perceber que quem costuma optar pelo termo cidade sustentável inteligente tem naturalmente uma tendência maior a dar mais ênfase para o aspecto ambiental na análise da cidade inteligente e da qualidade de vida.

 

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Não que isso signifique que os outros aspectos sejam ignorados. Pois, não são desconsiderados. E é um importante ponto de vista.  

No entanto, é preciso saber que há estudiosos e especialistas do assunto que ainda que prefiram continuar fazendo uso do termo cidade inteligente, isso não implica em eliminar o aspecto ambiental dessa perspectiva, pois já estava incluída a questão ambiental em certas abordagens antes mesmo do uso do outro termo que foi posteriormente criado.

De acordo com a concepção de RIZZON (2017) as cidades inteligentes são, ao mesmo tempo, criativas e sustentáveis. Fazendo uso da tecnologia em seu processo de planejamento e desenvolvimento urbano com a participação dos cidadãos.

A cidade inteligente passa a ser menos caracteriza por ser segmentada pela fragmentação de fatores vistos separadamente ou um único fator preponderante. Assim como acontecia em determinadas abordagens baseadas apenas na tecnologia, centrada somente no cidadão, focada na economia ou exclusivamente na dimensão ambiental.

Passando a ser mais caracterizada por ser integrada na inter-relação estabelecida a partir da interação de diferentes fatores. Onde a tecnologia, a economia, o ser humano e o meio ambiente além de coexistir são importantes elementos que interagem. Estabelecendo inter-relação, por exemplo, entre tecnologia e capital humano, crescimento econômico e inovação, desenvolvimento urbano e políticas públicas eficientes alinhadas a preocupação com a preservação e ampliação de áreas arborizadas e verdes.

Portanto, o estudo da cidade inteligente é importante, dentre outras coisas, porque enrique o conhecimento, promove a reflexão e o avanço no debate sobre essa questão. Permitindo, apesar de que não exista um único padrão, obter maior clareza do que pode ser definido como uma cidade inteligente.

Passando a saber na realidade quais são as cidades mais inteligentes e quais são os principais fatores relacionados aos diversos aspectos urbanos verificados que colocam certas cidades em posição de destaque. Acontecendo, às vezes, até de servir de referência para outras cidades que pretendam melhorar a governança, realizar políticas públicas eficientes, promover

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planejamento e desenvolvimento urbano, solucionar ou minimizar problemas urbanos. Evoluindo por meio do desempenho empregado tentando buscar elevar os seus diferentes indicadores sem perder de vista a preocupação de gerar qualidade de vida urbana.

 

7.1 CIDADE INTELIGENTE: O EXEMPLO DE CAMPINAS-SP

Uma cidade como campinas-SP que é referência em qualidade de vida. Na qual costuma apresentar nas pesquisas sobre esse tema expressivo desempenho e quase todos os indicadores acima da média nacional. Apesar de não existir cidade perfeita, no entanto certamente apresenta um conjunto de diferentes aspectos ao longo do seu espaço urbano que confirmem porque é considerada assim uma das cidades não apenas com melhor qualidade de vida urbana, mas também uma das mais inteligentes do Brasil.

Isso pode, de certo modo, facilmente ser percebido pelo fato de Campinas ser também considerada polo tecnológico, industrial, universitário e de pesquisa, principalmente apresentando: um ambiente propício ao desenvolvimento pessoal, social e profissional; possuir significativa arborização urbana e áreas verdes; excelente infraestrutura; expressivo desempenho econômico com uma diversidade e qualidade de serviços e comércios; espaços de lazer; presença e atuação de importantes instituições, industrias e empresas; oportunidades de empregos; mão de obra altamente qualificada.

 

 

 

 

 

 

 

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QUADRO 13: PRINCIPAIS ASPECTOS

 DA CIDADE DE CAMPINAS-SP

- Grande Oferta de Lazer, Comércio e Serviços

- Economia Pujante e Diversificada

- Educação de Excelência

- Alta Capacidade de Inovação e Tecnologia

- Infraestrutura Urbana Planejada, Moderna e Segura

-  Trabalho Humano Altamente Qualificado

- Importante Presença de Arborização Urbana e Áreas verdes

                            Fonte: Antonio Gustavo (autor), 2025

A conjuntura de Campinas a coloca a cidade em condição privilegiada no cenário regional e nacional, produzindo vantagens comparativas nas quais funcionam como atração de investimentos financeiros e imobiliários (TEIXEIRA; SILVA; 2019).

Na questão imobiliária, por exemplo, de acordo com dados do IPTU  (Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana), entre 2015 e 2025, a cidade registrou um crescimento em média de 38% na construção de apartamentos. Haja vista que em 2015 eram contabilizados 112.813 apartamentos e em 2025 passou a quantidade total a ser de 155.644. Resultando numa média de mais de 40 mil novos apartamentos, promovendo um adensamento urbano com crescimento vertical em certas partes apreciadas da cidade.

Na questão financeira, por exemplo, gerando tanto a dinamização econômica com a produção, consumo e circulação de bens e serviços quanto o desenvolvimento cientifico, tecnológico e informacional.  Além disso, em boa parte, atentando as necessidades básicas humanas, promovendo o bem-estar e gerando oportunidades. Isso, sem dúvida, é reflexo do seu desenvolvimento

 

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urbano alcançado ao longo do tempo repercutindo positivamente na imagem da cidade.

 Tornando Campinas uma das melhores cidades do Brasil para se investir, inclusive sendo considerada a melhor cidade interior do Brasil para investimentos. Esse reconhecimento veio do Global Cites Index 2025, elaborado pela consultoria britânica de Oxford Economics. Basicamente porque tem capacidade de receber negócios e gerar retorno para quem investe. Sendo resultado não apenas dimensionado pela versatilidade econômica combinando indústria, serviço e logística, mas também pelo diferencial do capital humano.

Segundo dados da prefeitura de Campinas, a cidade possui o maior polo tecnológico da américa latina com mais de 15 mil empresas que atuam no ramo de tecnologia (CORREIOBRAZILIENSE, 2025). Mantendo importantes centros de pesquisas avançadas e atuação de grandes empresas, tais como: CNPEM (Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais), CPQD (Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações), DELL (Dell Technologies), IGM (IGM Robótica Ltda), BOSCH (Robert Bosch), IBM (International Business Machines), Samsung (Samsung Electronics) e Ambev Tech (Companhia de Bebidas das Américas -Tecnologia).

Além de muitos startups da cidade que apresentam tecnologias inovadoras como, por exemplo, no ramo de software e de biotecnologia. Impulsionando a economia conquistando o mercado não apenas nacional, mas também até o internacional.

De acordo com o IBGE (2022) Campinas está entre as mais ricas do Brasil. Possuindo um terceiro setor da economia bastante dinamizado e aquecido. Chegando a superar 19 capitais brasileiras com o seu PIB (Produto Interno Bruto), correspondendo a soma de todos os bens e serviços produzidos na cidade aproximadamente de 72, 94 bilhões.

O conjunto desses fatores fortalecem ainda mais o setor de mercado imobiliário já consolidado. Chamando a atenção e despertando o interesse gerando atratividade em quem busca morar com qualidade, trabalhar gerando renda, desenvolver projetos, fazer bons negócios ou simplesmente visitar conhecendo pessoalmente.

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Falar de cidade inteligente é algo que inevitavelmente remete a se falar de conhecimento. Porque indubitavelmente o conhecimento tem tudo a ver com cidade inteligente, manifestando em diferentes aspectos do espaço urbano expressões de sua influência. Tendo em vista que segundo THUZAR (2011) a criatividade chega a ser o principal impulsionador da cidade inteligente, valorizando a educação, o aprendizado e o conhecimento.

Nesse sentido, de acordo com WINTERS (2011) uma cidade inteligente tem centro de educação superior com indivíduos de alto nível de escolaridade e força de trabalho qualificada. Como, por exemplo, acontece em Campinas com a presença e atuação da universidade de ensino superior pública da UNICAMP e a universidade de ensino superior privada da PUC de Campinas, ambas sediadas nessa cidade.

Apesar de cada uma possuir suas especificidades, possuem em comum o fato de geralmente apresentar excelente desempenho nos principais indicadores do cenário educacional. Conseguindo se destacar como referências entre as melhores universidades em avaliações tanto nacionais quanto internacionais. Formando profissionais altamente qualificados que na sua atuação também colaboram para capacitar mais pessoas na universidade em diversos estudos e na sociedade ou empresas em diferentes trabalhos.

Além do ensino superior, na educação básica e no IDH-M (Índice Municipal de Desenvolvimento Municipal) Campinas demonstrou importantes avanços nos resultados. De acordo com dados do IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), divulgados em 2022, a cidade de Campinas-SP revela notas educacionais acima da média nacional em todos os níveis de ensino, ou seja, desde anos iniciais e finais do ensino fundamental até o ensino médio.

O que pode ser evidenciando nas escolas públicas apresentando em média no ensino fundamental I (1º ao 5º ano) nota de 6.0; no ensino fundamental II (6º ao 9º ano) nota 5.3; no ensino média nota 4.4. Inclusive, conseguindo superar no que se refere aos anos iniciais a meta de nota 5, 5 estabelecida pelo MEC (Ministério da Educação).

Sendo a cidade classificada com um IDH-M (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal) em média de 0, 816 que é considerado muito alto. Superior

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não apenas ao desempenho do seu próprio índice em período da década anterior, em 2010, de 0, 805 e do índice estadual de 0,806 (IBGE, 2022), mas também mais elevado que a média nacional.

Segundo RDH (Relatório de Desenvolvimento Humano) do PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) de 2023 a 2024 o país apresentou um IDH em média de 0, 760. Enquanto Campinas evidenciou um índice bem superior acima de 800. O que somado a outros indicadores, torna ainda mais fácil de entender porque Campinas figura entre as cidades inteligentes do Brasil.

 

 

QUADRO 14: DESEMPENHO DE CAMPINAS-SP ENTRE 2015-2019 NO RANKING DE CIDADES

MAIS INTELIGENTES DO BRASIL

 

 

- 2015: 21º lugar

 

- 2016: 10º lugar

 

- 2017: 8º lugar

 

- 2018: 4º lugar

 

2019: 1º lugar

 

                        Fonte: Connected Smart Cities

               Elaboração: Urban Systems; Sator, 2019

 

 

O ranking Connected Smart Cities é elaborado pela Urban Systems e pela Sator correspondendo a uma importante pesquisa que principalmente revela as cidades mais inteligentes nas quais apresentam maior potencial de desenvolvimento no Brasil. Basicamente composta por um total de 70 indicadores e por 11 principais setores: urbanismo, mobilidade, economia, tecnologia e inovação, educação, meio ambiente, saúde, segurança, energia, empreendedorismo e governança.

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Campinas-SP, em 2019, foi considerada a cidade mais inteligente do Brasil. Sendo a primeira vez no país que uma cidade não capital consegue ser eleita a líder no ranking das cidades mais inteligentes. Conseguiu subir no ranking 20 posições em um período bastante breve de apenas 4 anos passados. Deixando o 21º lugar de 2015 e passando a ser o 1º lugar em 2019.

De lá para cá, nesse curto espaço de tempo, Campinas foi ganhando melhores colocações. Conseguindo, por exemplo, sair do 4º lugar do resultado obtido em 2018 e logo no ano seguinte, em 2019, chegar a ocupar o 1º lugar. Alguns dos desempenhos evidenciados que proporcionaram a cidade ter se destacado foram identificados principalmente nos seguintes setores: tecnologia e inovação; empreendedorismo; mobilidade e governança.

Além disso, é interessante perceber que nessa cidade inteligente de Campinas importantes aspectos como o de meio ambiente, sociedade e economia estão não poucas vezes conectados de tal maneira que não apenas coexistem, mas também se inter-relacionam.

Haja vista que possui na dimensão ambiental, significativa quantidade de áreas arborizadas em vias públicas e áreas verdes de lazer em parques, constituindo Campinas em uma das cidades mais arborizadas e verdes do Brasil elevando o bem-estar das pessoas, reduzindo problemas ambientais e garantindo sustentabilidade; na dimensão social, profissionais altamente qualificados, centros universitários de estudos avançados com foco em promover educação de qualidade, pessoas criativas estimulando um ambiente favorável a realização de inovações; na economia um expressivo PIB (Produto Interno Produto) com ênfase na atuação de um terceiro setor da economia aquecido, apresentando oferta de serviços bastante diversificados.

Mais recentemente, em 2022, Campinas conquistou o Selo Ouro por boas práticas em cidades inteligentes. Adquirindo mais uma importante premiação da plataforma Connected Smart Cities em parceria com SPIN (Soluções Públicas Inteligentes) e Urben Systems. Desta vez, reconhecendo boas práticas para o desenvolvimento de cidades inteligentes e conectadas.

Campinas se destacou ficando em 5º lugar num ranking no qual também apareceram as importantes cidades de Belo Horizonte (MG), São Paulo (SP),

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Recife (PE), Salvador (BA) e Santos (SP). Campinas conseguiu ficar assim bem colocada ao lado dessas cidades brasileiras. Sendo avaliada principalmente nos seguintes quesitos: planejamento da cidade inteligente; ecossistema de inovação; governança da cidade inteligente; planejamento de infraestruturas e serviços de TIC; maturidade para parcerias; tendência de evolução no ranking Connected Smart Cities.

No quesito planejamento da cidade inteligente, apresentou o plano campinas cidade Inteligente. No quesito governança da cidade inteligente, evidenciou o projeto de cidade inteligente da diretoria de projetos estratégicos e da cidade inteligente da EMDEC (Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas) e na SMDETI (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Tecnologia e Inovação). No quesito ecossistema de inovação, revelou regulamentação do marco legal das Startups e políticas públicas de incentivo ao ambiente de inovação.

 No quesito planejamento de infraestrutura e serviços de TIC constatou plano diretor de tecnologia da informação, comunicação desenvolvido pela prefeitura de Campinas. No quesito maturidade para parcerias, demonstrou a regulamentação da lei PPPs (Parceria Pública Privadas) com a realização desse PPP. No quesito tendência de evolução no ranking connected smart cities, alcançou o 5º lugar Campinas no ranking de 2022. Por essas e outras razões, campinas certamente pode ser considerada uma cidade inteligente. Onde boa parte do conjunto de seus diferentes aspectos contribui para alta qualidade de vida urbana.

8. QUALIDADE DE VIDA URBANA EM CAMPINAS-SP: O DESAFIO DO CUSTO DE VIDA ALTO

O fato de Campinas merecidamente se destacar como umas das cidades brasileiras com melhor qualidade de vida urbana gerou uma repercussão positiva da imagem da cidade que resultou não apenas em Campinas exercer em diversos aspectos uma atração maior, mas também com essa valorização na elevação do custo de vida.

Por isso, apesar de ser uma cidade que apresenta uma qualidade de vida alta e desperta o interesse em muitas pessoas de além de visitar querer morar.

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Apresenta custo de vida alto, dentre outras coisas, em função principalmente da valorização imobiliária e elevação dos preços em diferentes setores.

Porque acontece dessa cidade ser bastante apreciada normalmente exercendo crescente atração de mais moradores, empresários, visitantes, investidores, ocasionando o fortalecimento da tendência de elevação dos preços de aluguel, alimentação, lazer e transporte. Implicando em mais gastos principalmente em locais mais nobres da cidade.

Nesse contexto, segundo pesquisa realizada pela plataforma Numbio que reúne dados de economia Campinas aparece no ranking das 10 cidades mais caras do Brasil ocupando o 4º lugar. Atrás apenas do São Paulo (1º lugar), Rio de Janeiro (2º lugar) e Brasília (3º lugar).

Nessa pesquisa foi utilizado de indicador de pontuação desde 0 (menor custo de vida) até 100 (maior custo de vida) possibilitando dimensionar do ponto de vista econômico as cidades que foram verificadas apresentando custo de vida alto. Campinas obteve o 4º lugar com 37, 57 pontos. Superando essa cidade na questão de custo de vida mais alto as seguintes cidades: São Paulo (42, 34 pontos), Rio de Janeiro (40, 84 pontos) e Brasília (38, 93 pontos).

Interessante perceber que mesmo assim, ou seja, evidenciando na cidade de Campinas um custo de vida alto, elevando os preços e tornando o cotidiano financeiro desafiador para muitas pessoas e famílias. Continua se constituindo em uma das preferências na escolha popular. Pois, geralmente o custo de vida elevado costuma ser, dentre outras coisas, compensado pela qualidade e quantidade de ofertas de serviços, possibilidades de crescimento pessoal e oportunidades profissionais.

Portanto, um dos desafios que sobretudo no momento a cidade de Campinas atravessa é o de custo de vida alto do ponto de vista financeiro. Mas, é válido dizer que isso é algo que não permite generalizações que, ignorando outros fatores, visem induzir a desqualificar essa importante cidade.

Na medida em que a elevação do custo de vida aconteceu muito em virtude do aumento da valorização de Campinas. Essa cidade que conta com a presença de um conjunto de fatores atrativos exercendo significativa influência assim como continua sendo uma das melhores cidades para se viver no Brasil em função da elevada qualidade de vida urbana.

 

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9. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Preocupou-se ao longo dessa atividade intelectual em evidenciar o conjunto de principais aspectos que destacam Campinas-SP como sendo uma cidade inteligente e, sobretudo, uma cidade que apresenta uma alta qualidade de vida urbana.

Nesse sentido, confirmou-se que a alta qualidade de vida urbana estabelece no caso da realidade dessa cidade uma relação de complementaridade com o conceito de cidade inteligente de tal maneira que a cidade é considera não apenas de alta qualidade de vida, mas também inteligente.

Esse estudo científico ao longo do seu desenvolvimento conseguiu de fato manter o foco sem desviar do objetivo definido, ou seja, apresentar elementos essenciais que tem correspondência com a realidade deixando claro porque a Campinas-SP certamente se constitui no Brasil como uma importante cidade que é referência principalmente na questão de qualidade de vida urbana.

Para isso, se explicou o que é alta qualidade de vida urbana e qual a sua importância; principais aspectos urbanos de Campinas, revelando um significativo desempenho nas dimensões econômicas, sociais e ambientais através de diferentes indicadores, constatando a relevância de Campinas com pontuações assim como resultados considerados geralmente acima da média e alto. Durante esta produção intelectual se reconheceu que o valor do conhecimento científico deve está não apenas assim em fornecer informações certas, mas também em promover a vida (ANTONIO GUSTAVO, 2025).

 

 

 

 

 

 

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  Quem não enxerga o óbvio tampouco enxerga o que é extraordinário.  (Antonio Gustavo)