PRINCIPAIS ASPECTOS QUE DESTACAM CAMPINAS-SP
COMO UMA CIDADE BRASILEIRA COM ALTA QUALIDADE DE VIDA URBANA
Antonio Gustavo da Silva Maximo¹
RESUMO
Este presente trabalho intelectual visa de
forma clara e objetiva principalmente evidenciar porque a importante cidade de Campinas-SP
certamente se destaca no país como uma referência na questão da alta qualidade
de vida urbana. Para isso, ao longo desse estudo científico se apresenta
importantes fatores relacionados ao conjunto de seus diferentes aspectos,
sobretudo econômicos, sociais e ambientais que indicam o seu relevante
desempenho em diversas avaliações. Além disso, chegou-se ao entendimento de que
a qualidade de vida urbana também pode se remeter, dentre outras coisas, ao
conceito de cidade inteligente, pois mesmo sendo conceitos distintos,
estabelecem na explicação da realidade de certos espaços urbanos uma
interessante relação de complementariedade, isto é, há contextos em que, ao
mesmo tempo, a cidade de fato tanto se revela como uma cidade de alta qualidade
de vida quanto aparece como uma cidade inteligente. Exatamente como no caso,
por exemplo, protagonizado por Campinas-SP que é não apenas considerada uma cidade
com alta qualidade de vida urbana, mas também é considerada uma cidade
inteligente do Brasil.
Palavras-chave:
Qualidade de Vida; Campinas; Espaço Urbano; Cidade Inteligente; Brasil
¹Pensador
Brasileiro, graduado em licenciatura e bacharelado em Geografia pela UNIFESSPA
(Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará), pós-graduado em Docência e
Prática da Geografia pela Faculdade Focus e especialista em Neuropsicopedagogia
Institucional pela Faculdade Focus. E-mail: antoniogustavobr@hotmail.com
LISTA
DE QUADROS
QUADRO
1 – PONTOS DE CAMPINAS-SP NAS PRINCIPAIS DIMENSÕES - IPS
BRASIL 2025..........................................................................................13
QUADRO
2 – PONTOS DE CAMPINAS-SP NOS PRINCIPAIS COMPONENTES –
IPS BRASIL 2025..........................................................14
QUADRO
3 – AS 5 CIDADES COM MELHOR QUALIDADE DE VIDA DO BRASIL..........................................................................................................16
QUANDO
4 – EVOLUÇÃO DE COBERTURA DE ÁREAS VERDES POR
PORCENTAGEM EM CAMPINAS-SP...........................................................17
QUADRO
5 – PRINCIPAIS ÁREAS VERDES DE LAZER DE CAMPINAS-SP...................................................................................................................18
QUADRO
6 – AS 5 CIDADES MAIS ARBORIZADAS DO BRASIL...............19
QUADRO
7 – PRINCIPAIS ASPECTOS POSITIVOS DE ÁREAS VERDES NO
ESPAÇO URBANO........................................................................................22
QUADRO
8 – DICAS DE PRESERVAÇÃO DE ÁREAS VERDES NO ESPAÇO
URBANO........................................................................................................24
QUADRO
9 – AS 5 CIDADES COM MELHORES SANEAMENTO BÁSICO DO
BRASIL............................................................................................................27
QUADRO
10 – PRINCIPAIS RODOVIAS QUE CONECTAM
A CAMPINAS-SP....................................................................................................................31
QUADRO
11 – OS 5 AEROPORTOS COM MAIORES
MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS DO BRASIL.....................................................................................36
QUADRO
12 – PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DE UMA
CIDADE INTELIGENTE.................................................................................................44
QUADRO
13 – PRINCIPAIS ASPECTOS DA CIDADE DE
CAMPINAS........48
QUADRO
14 – DESEMPENHO DE CAMPINAS-SP ENTRE
2015-2019 NO RANKING DE CIDADES MAIS INTELIGENTES DO BRASIL........................51
LISTA
DE ABREVIATURAS E SIGLAS
AMBEV-TECH –
Companhia de Bebidas das Américas - Tecnologia
BRT
–
Ônibus de Trânsito Rápido
BA – Bahia
CPQD –
Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações
CF
– Constituição Federal
CNPEM – Centro Nacional de Pesquisa em
Energia e Materiais
CTI – Centro de Tecnologia da Informação
EMDEC – Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas
IDEB –
Índice de Desenvolvimento da Educação Básica
IPTU – Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IDH – Índice de Desenvolvimento Humano
IDH-M – Índice de Desenvolvimento Humano Municipal
IPS – Índice de Progresso Social
PUC - Pontifícia Universidade Católica
IBM –
International Business Machines
MG – Minas Gerais
ONU – Organização das Nações Unidas
ODS – Objetivos de Desenvolvimento Sustentável
PPPs – Parceria Pública Privadas
PE – Pernambuco
PNEA –
Política Nacional de Educação Ambiental
PNUD – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
LISTA
DE ABREVIATURAS E SIGLAS
PEA – População Economicamente Ativa
PIB – Produto Interno Bruto
QS – Quacquarelli Symonds
RMC – Região Metropolitana de
Campinas
RDH – Relatório de Desenvolvimento Humano
RUF – Ranking Universitário da Folha
SANASA – Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento
S/A
SAC-PR – Secretaria de Aviação Civil da
Presidência da República
SC – Santa Catarina
SP – São Paulo
SEADE – Sistema Estadual de Análise de Dados
SVDS –
Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
SNIS – Sistema Nacional de Informações em Saneamento
Básico
SMDETI –
Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Tecnologia e Inovação
SPIN –
Soluções Públicas Inteligentes
TECA –
Terminal de Carga
TIC – Tecnologia de Informação e Comunicação
UNICAMP –
Universidade Estadual de Campinas
USP –
Universidade de São Paulo
WIR – World Resources Institute
SUMÁRIO
1 – INTRODUÇÃO.....................................................................................6
2 – QUALIDADE DE VIDA URBANA: O QUE É? QUAL A
SUA IMPORTÂNCIA? .......................................................................................8
2.1 – PRINCIPAIS ASPECTOS DA QUALIDADE DE
VIDA URBANA DE CAMPINAS-SP DE ACORDO COM INDICADORES DO IPS BRASIL.....................................................................................................12
2.2 – QUALIDADE DE VIDA URBANA DE
CAMPINAS-SP: ASPECTO AMBIENTAL.............................................................................................17
2.3 – A IMPORTÂNCIA DA ARBORIZAÇÃO E DA ÁREA
VERDE NA QUALIDADE DE VIDA
URBANA...................................................................................................21
2.4 – QUALIDADE DE VIDA URBANA DE
CAMPINAS-SP: SANEAMENTO BÁSICO....................................................................................................26
3 – IMPORTANTE SISTEMA RODOVIÁRIO - CAMPINAS/SP.........................................................................................29
4 – IMPORTANTE AEROPORTO DE VIRACOPOS -
CAMPINAS/SP.........................................................................................33
5 – IMPORTANTE INSTITUIÇÃO PÚBLICA DE ENSINO
SUPERIOR: UNICAMP - CAMPINAS...........................................................................36
6 – IMPORTANTE INSTITUIÇÃO PRIVADA DE ENSINO
SUPERIOR: PUC-CAMPINAS...............................................................................................39
7 – CIDADE INTELIGENTE: O QUE É? QUAL A SUA
IMPORTÂNCIA? ..................................................................................................................41
7.1 – CIDADE INTELIGENTE: O EXEMPLO DE
CAMPINAS-SP.............................................................................................................47
8 – QUALIDADE DE VIDA URBANA EM CAMPINAS-SP:
O DESAFIO DO CUSTO DE VIDA ALTO...........................................................................53
9 – CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................................................55
10 –
REFERÊNCIAS................................................................................56
6
1.
INTRODUÇÃO
O município de Campinas-SP se tornou ao longo do tempo em diferentes
aspectos importante, destacando-se a cidade, dentre outras coisas, inicialmente
como uma das melhores cidades do interior do estado de São Paulo e
posteriormente como umas das cidades que certamente é referência no Brasil
quando o assunto é qualidade de vida urbana. Este estudo científico visa de
forma clara e objetiva apresentar os principais fatores relacionados a isso no seu espaço urbano,
sobretudo na dimensão social, ambiental e econômica.
Para isso, a metodologia utilizada foi de revisão
bibliográfica através de informações, dados e conhecimentos prévios (FONSECA,
2002). Desenvolvendo conteúdos de qualidades e bem fundamentados que tenham
correspondência com a realidade. Envolvendo a definição e contextualização do
tema com a sua interpretação (ALVES, 1992). Não poucas vezes chegando esta
importante produção intelectual a certamente conseguir ampliar e aprofundar
significativamente a relevância deste tema.
Objetivando
evidenciar o conceito de qualidade de vida urbana e sua importância; principais
aspectos do espaço urbano que destacam Campinas como uma cidade brasileira
referência em alta qualidade de vida; a relação de complementaridade que pode
ser estabelecida entre o conceito de alta qualidade de vida urbana com o
conceito de cidade inteligente, utilizando o exemplo do caso de Campinas-SP.
O
desenvolvimento deste estudo cientifico está organizado da seguinte maneira: qualidade de vida urbana: o que é?
qual a sua importância?; principais aspectos da qualidade de vida urbana de
Campinas-SP de acordo com indicadores do IPS Brasil; qualidade de vida urbana de
Campinas-SP: aspecto ambiental; a importância da arborização e da área
verde na qualidade de vida urbana; qualidade
de vida urbana de Campinas-SP: saneamento básico; importante sistema
rodoviário-Campinas-SP; importante aeroporto internacional de Viracopos
- Campinas/SP; importante
instituição pública de ensino superior: UNICAMP - Campinas-SP; importante instituição
privada de ensino superior: PUC-Campinas - SP; cidade inteligente: o que é?
qual a sua importância?; cidade inteligente: o exemplo de Campinas-SP; qualidade
de vida urbana em Campinas-SP: o desafio do custo de vida alto.
7
Atualmente, de acordo com a ONU (Organização
das Nações Unidas) mais da metade da população mundial vive em cidades. O
Brasil também apresenta mais da metade de sua população residindo em cidades
com expressivos 87% da população. O que equivale a 177,5 milhões de pessoas de 203.080.756
habitantes da população total (IBGE, 2022). A maioria das pessoas assim residem
nas cidades. Nelas pode-se encontrar moradias, transportes, serviços e produtos
essenciais à vida humana (PAIVA, 2002).
O município de Campinas corresponde a uma
área territorial de 794,571 km², localizado no Estado de São Paulo, região
sudeste do Brasil. A aproximadamente 100 km de distância da capital estadual. É
um município populoso, em números de habitantes é 3º lugar do estado de São
Paulo; e a 14ª cidade mais populosa do país com uma população total de
1.139.047 (IBGE, 2022).
O que chama atenção é o fato de que muitos
dos problemas socioeconômicos e socioambientais que afetam a natureza e a
sociedade têm, direta ou indiretamente, como fonte de origem, irradiação e
intensificação as cidades. O caos urbano é uma realidade crescente nas cidades.
Segundo SANTOS (2008) principalmente as situadas nos países do Sul, sendo a
urbanização caracterizada pelo desenvolvimento acelerado, desordenado e
desprovido de planejamento decorrendo em crescimento descontrolado das cidades.
No entanto, ao contrário do cenário urbano
que prevalece na maioria das cidades brasileiras e ao longo do mundo, podemos
perceber que a cidade de Campinas, apesar de ser bastante urbanizada, se
diferencia com muito mais pontos positivos do que negativos, sobretudo se
destacando pela alta qualidade de vida urbana.
Nesse contexto, torna-se pertinente pensar
sobre a questão da qualidade de vida urbana: como isso se manifesta na
realidade de Campinas-SP? Quais são os principais fatores no espaço urbano que
podem ser destacados? Pode se estabelecer uma relação da alta qualidade de vida
urbana com a cidade ser inteligente? Por que Campinas com qualidade de vida
elevada além de ser uma das melhores cidades para se viver no país ainda pode ser
também considerada uma das cidades mais inteligentes do Brasil?
8
2.
QUALIDADE DE VIDA URBANA: O QUE É? QUAL A SUA
IMPORTÂNCIA?
Quanto a
definição do que seja a qualidade de vida urbana não há um consenso absolutamente
estabelecido, indicando uma única definição. Isso basicamente significa dizer
que há uma variedade de definições, atribuindo diferentes ideias, significados
e características do que seja qualidade de vida.
No
transcorrer de parte do século XX e do início do XXI, várias definições
surgiram e foram propostas e, a medida do possível, praticadas sobre qualidade
de vida. Inicialmente em razão dos impactos negativos advindos com o fenômeno
da industrialização e do crescimento populacional e posteriormente com a
intensificação do fenômeno da urbanização, ocasionando de ocorrer, muitas das
vezes, o crescimento de cidades de forma acelerada, desordenada, e sem
planejamento.
Geralmente
agravando os problemas já existentes que são típicos do espaço urbano como, por
exemplo, escassez de áreas verdes, precária infraestrutura, falta de
oportunidades de emprego, péssimas condições do saneamento básico, insuficiente
disponibilidade de áreas de lazer, dificuldade de acesso à educação de
qualidade, dentre outros.
Porém,
também acontece mesmo que poucas vezes o crescimento de cidades de maneira
lenta, ordenada e planejada. Onde esses problemas urbanos tendem a se fazer
menos presente. Contudo, predominou e ainda prevalece o crescimento caótico das
cidades. É nesse contexto que o tema a respeito da qualidade de vida urbana notadamente
aparece e ganha cada vez mais relevância.
O
importante é que o estudo da qualidade de vida urbana vise buscar tanto revelar
a realidade, indicando cidades com melhor, média ou pior qualidade de vida
urbana quanto após identificar limites dos principais problemas e desafios urbanos
existentes se preocupar em focar nas possíveis alternativas e soluções que de
fato contribuam em alavancar a qualidade de vida. Até porque o valor da ciência
deve está não apenas em fornecer informações certas, mas também em ficar a
serviço de promover a vida (ANTONIO GUSTAVO, 2025).
9
A
definição da qualidade de vida varia. Algumas delas são mais objetivas e
mensuráveis como, por exemplo, o do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) tão
amplamente aceito e praticado, constituindo-se na principal referência ao longo
do mundo. Basicamente utilizando de indicadores: expectativa de vida, educação
e PIB.
Outras
definições de qualidade de vida mais subjetivas e pessoais como, por exemplo, a
de DALKEY (1973). Passando a ser, de certo modo, utilizada mais recentemente. Essencialmente
adotando de indicadores elementos que tem a ver com o grau de bem-estar
pessoal, sensação de satisfação e felicidade. Nesse sentido, envolvendo a
percepção dos indivíduos sendo expresso por: “um sentimento pessoal de
bem-estar, satisfação ou insatisfação da vida, a sua felicidade ou sua
infelicidade” (DALKEY, 1973, P.210)
Não obstante,
pode-se além dessas definições certamente compartilhar sobre essa questão da
qualidade de vida o que diz HERCULANO (2000) definindo como a soma de condições
econômicas, ambientais, cientifico-culturais e de políticas públicas a
disposição de servir a sociedade e os indivíduos. Sugerindo assim que o
conceito de qualidade de vida urbana pode fica melhor agregando a questão
ambiental aos indicadores como educação, longevidade e renda utilizados no IDH.
Sendo assim,
não há dúvida de que a qualidade de vida urbana é multidimensional, resultando da
combinação de diferentes fatores objetivos e subjetivos. Algo que é feito, por
exemplo, pela importante pesquisa do IPS (Índice de Progresso Social) no qual
emprega uma metodologia multidimensional, relacionando variados aspectos das
dimensões envolvidas, produzindo dados e informações essenciais referente a
realidade da qualidade de vida das cidades.
Por isso, é
inconcebível abordar a respeito de qualidade de vida focando em um único
aspecto ou em outro aspecto apenas. Porque mesmo que em um momento ou em outra
da avaliação da qualidade de vida um aspecto se sobressaia aos demais na
análise, percebe-se que estão inter-relacionados na geração dos resultados.
10
O que
pressupõe que pensar em qualidade de vida nas cidades implica em diferentes
perspectivas existentes, isto é, em conhecer, entender e refletir sobre pontos
de vistas diversos, desde os mais certos até os menos certos, e ter
discernimento de saber selecionar quais são as melhores definições assim como
os melhores critérios quantitativos e/ou qualitativos a ser adotadas em cada contexto.
Além de que é
fundamental que o resultado da pesquisa não se desvie de sua finalidade de
possuir compromisso em manifestar dados e informações que tenham correspondência
com a realidade. De acordo com cada espaço urbano de cidades avaliadas, há em
diferentes aspectos uma variedade de médias de desempenhos apresentadas,
normalmente resultando em condições de classificar em baixa, média ou alta
qualidade de vida.
De um modo ou
de outro, o que não se pode perder de vista é a preocupação em buscar que as
cidades sejam realmente caracterizadas como espaços vivos sendo habitáveis,
funcionais, sustentáveis e seguros, ocasionando em contribuir com a com meio
ambiente sadio e condições dignas de vida para a elevação da qualidade de vida.
Até porque
isso consta no art. 182 da Constituição Federal de 1988 na questão de que o
poder público municipal deve ter por objetivo proporcionar o desenvolvimento
das funções sociais da cidade, visando garantir o bem-estar de seus habitantes
(BRASIL, 1988).
Algo assim que
vai ser posteriormente reforçado no Estatuto da Cidade através da lei nº 10.
257/01 que estabelece na política urbana: “normas de ordem pública e interesse
social que regulam o uso da propriedade urbana em prol do bem coletivo, da
segurança e do bem-estar dos cidadãos, bem como do equilíbrio ambiental”
(BRASIL, 2001).
Logo, o espaço
urbano na sua lógica de produção e dinâmica de funcionamento deve ser pensado
não apenas levando em consideração empresários, turistas, visitantes,
motoristas, mas também moradores locais, trabalhadores, pedestres, ciclistas e
estudantes. Resgatando essenciais noções
11
do espaço que certamente pode ser diverso,
plural e de encontro (ANTONIO GUSTAVO, 2025).
É válido
lembrar que, ao contrário do que muitas pessoas erroneamente pensam ou
imaginam, a garantia das necessidades básicas não é suficiente para
efetivamente definir uma qualidade de vida plena, pois além de moradia e
alimentação precisa incluir outros aspectos importantes, tais como: gerar
bem-estar, garantir segurança, ter acesso a lazer, haver ambiente favorável ao
desenvolvimento de relações sociais, crescimentos pessoais, oportunidades
profissionais, áreas verdes, áreas arborizadas, entre outros.
Na agenda 2030
da ONU apresenta-se 17 ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável)
abrangendo diferentes dimensões. No 11º objetivo de desenvolvimento sustentável
se evidencia que a qualidade de vida urbana da população comunga da ideia de ultrapassar
o atendimento a necessidade básica. Tendo em vista que compreende haver outros
fatores importantes a serem incluídos quando diz “tornar as cidades e os
assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis” (ONU,
2015).
Envolvendo,
por exemplo, a garantia não apenas de moradia acessível e alimentação, mas
também transporte público eficiente, espaços arborizados, disponibilidade de
diversos tipos de serviços, oportunidades de empregos, acesso a educação, segurança
pública, planejamento urbano participativo e inclusivo.
Pode-se dizer
que o espaço urbano indubitavelmente exerce influência sobre o comportamento
humano também na dimensão física, psicológica e social (JORGE LUME, 1999). O
que significa dizer que pode afetar positiva ou negativamente. Por um lado,
impactando positivamente na qualidade de vida urbana quando há atendimento esses
fatores. Por outro lado, impactando negativamente na qualidade de vida quando
não há a presença desses fatores.
Por isso, a necessidade de ressaltar a importância de ter presente na
cidade espaços públicos que promovam o bem-estar oferecendo áreas vedes, lazer,
praças, parques e calçadas arborizadas distribuídas ao longo do seu espaço
urbano. Porque a qualidade de vida mesmo sendo algo profundo e
12
amplo, passa a
ficar cada vez mais claro que, dentre outras coisas, além de questões sociais e
econômicas está relacionada a qualidade ambiental.
Portanto, o conjunto dessas importantes ideias, significados e
características destacadas revelam, ao mesmo tempo, elementos distintos e
comuns, mas que podem em certos casos e momentos ser complementares na
realização de uma avaliação sobre qualidade de vida urbana das cidades (BRASIL,
1988; BRASIL, 2001; ONU, 2015; DALKEY, 1973; JORGE LUME, 1999; HERCULANO, 2000;
IPS, 2025; ANTONIO GUSTAVO, 2025).
Sem com isso pretender em nenhum momento
encerrar com a discussão existente desse tema e nem, muito menos, esgotar a
definição de qualidade de vida urbana. Até porque as ideias, significados e
características relacionadas a sua definição ao longo do tempo podem sofrer
variações, sendo normalmente ajustadas, melhoradas ou mudadas.
Ainda assim, esse conhecimento certamente contribui
ao fornecer uma base e orientação auxiliando na compreensão do que é qualidade
de vida urbana e porque, por esses e outros motivos, é tão essencial de ser
levado em consideração nos estudos e nas pesquisas que buscam nessa questão avaliar,
explicar ou elevar a qualidade de vida urbana das cidades.
2.1
PRINCIPAIS ASPECTOS DA QUALIDADE DE VIDA
URBANA DE CAMPINAS-SP DE ACORDO COM INDICADORES DO IPS BRASIL
A qualidade de vida urbana de Campinas-SP
pode ser evidenciada em diferentes aspectos. Constituindo-se numa cidade que é
referência nacional quando o assunto é qualidade de vida no Brasil. Em virtude
de isso ser algo que pode ser confirmado por diversos fatores, sendo a
qualidade de vida urbana avaliada de forma multidimensional, ou seja,
basicamente levando em consideração não apenas um ou outro aspecto isolado, mas
sim um conjunto de aspectos que estão inter-relacionados.
Nesse sentido, o IPS (Índice de Progresso
Social) adotando também uma metodologia de caráter multidimensional em suas
pesquisas, produzindo dados
13
e informações públicas e
atualizadas, divulga a situação da qualidade de vida da população do total de
5.570 cidades brasileiras.
Com base em dezenas de
indicadores, principalmente sociais e ambientais, divididos em três dimensões:
Necessidades Humanas Básicas, Fundamentos do Bem-estar e Oportunidades. Em que,
dentre outras coisas, as necessidades humanas básicas têm a ver com água e saneamento
básico e moradia; fundamentos do bem-estar, têm a ver com qualidade do meio
ambiente e acesso ao conhecimento básico, informação e comunicação;
Oportunidades, têm a ver com direitos como liberdade individual e de escolha e
acesso a educação superior.
Revelou importantes resultados referente a
qualidade de vida urbana das cidades do Brasil. Através do qual Campinas-SP se
destaca na questão da qualidade de vida urbana. Aparecendo em 2º lugar no
ranking das cidades acima de 500 mil habitantes. Obtendo através do índice que
varia de 0 a 100 a nota geral de 68, 74 pontos. Apresentando padrão de vida
superior à média nacional.
Em relação as notas alcançadas pela cidade de
Campinas-SP em cada uma dessas principais dimensões da pesquisa foram: 81, 62
em necessidades humanas básicas; 73, 01 fundamentos do bem-estar e 51, 6
oportunidades. Sendo o melhor desempenho registrado identificado no setor de
água e saneamento, possuindo nota altíssima de 93, 2 pontos (IPS BRASIL, 2025).
|
QUADRO 1: PONTOS DE CAMPINAS-SP NAS PRINCIPAIS DIMENSÕES - IPS BRASIL 2025 -
Necessidades Humanas Básicas: 81, 62 -
Fundamentos do Bem-Estar: 73, 01 -
Oportunidades: 51, 6 |
Fonte: IPS Brasil 2025
Elaborado: Antonio Gustavo
(autor), 2025
14
Inclusive, entre outros estudos já realizadas
reforçando ainda mais esses resultados apresentados da cidade de Campinas-SP
pelo IPS Brasil 2025. Temos, por exemplo, a pesquisa anteriormente realizada
pelo Trata Brasil baseado em dados de 2023 do SNIS (Sistema Nacional de
Informações em Saneamento Básico) destacando Campinas-SP em 1º lugar no ranking
do componente saneamento. Um reflexo, em grande parte, oriundo dos significativos
investimentos feitos pela Prefeitura Municipal de Campinas-SP e pela SANASA (Sociedade de Abastecimento de Água e Saneamento S/A).
Além disso, ainda na dimensão das
necessidades básicas humanas com resultados fortes não apenas no componente de
saneamento, mas também na de moradia com nota de 85, 27; nos fundamentos do
bem-estar, nos componentes de qualidade do meio ambiente com nota de 70, 43,
acesso ao conhecimento básico com 80,03 e acesso à informação e comunicação de
78, 09; na dimensão de oportunidades, nos componentes de liberdade individuais
e de escolhas com 64, 7 e de acesso à educação superior 74, 48.
|
QUADRO 2: PONTOS DE CAMPINAS-SP NOS PRINCIPAIS COMPONENTES - IPS BRASIL 2025 - Qualidade
do Meio Ambiente: 70, 43 - Acesso à
Informação e Comunicação: 78, 09 - Moradia:
85, 27 - Liberdade
Individuais e de Escolha: 64, 7 - Acesso ao Conhecimento
Básico: 80, 03 - Acesso à
Educação Superior: 74, 48 |
Fonte: IPS BRASIL, 2025
Elaborado: Antonio
Gustavo (autor), 2025
15
Campinas-SP revelou praticamente em todos
esses importantes componentes (acesso à informação e comunicação; qualidade do
meio ambiente; moradia; liberdade individuais e de escolha; acesso ao
conhecimento básico; acesso a educação superior) que integram as principais
dimensões na pesquisa desenvolvida pelo IPS Brasil, em 2025, bons resultados
acima da média nacional.
Dos elementos apontados com exceção apenas do
componente moradia, já que apesar de variação de poucos pontos de diferença
quando comparado a Campinas-SP, foi onde o país obteve a maior média nacional
com nota de 87, 74. Porque segundo estudo da Fundação João Pinheiro, o Brasil
registrou entre 2022 e 2023, durante o governo do Luís Inácio Lula da Silva, o
menor déficit habitacional desde 2016. Pois, o déficit
habitacional absoluto reduziu, passando de 6, 21 milhões de domicílios
para 5, 97 milhões.
O que significa dizer em termos de
porcentagem que houve no período de 2022 a 2023 uma redução de aproximadamente
3,8% na quantidade de famílias sem imóvel próprio para morar. Políticas
Públicas desenvolvidas pelo governo brasileiro contribuíram nesse desempenho
positivo como, por exemplo, a ampliação da realização do programa “Minha Casa
Minha Vida”.
Entretanto, nos demais componentes das
principais dimensões se evidenciou que a média nacional é inferior quando
comparado a Campinas-SP. Tendo em vista que a média nacional de acesso à
educação superior é de somente 47, 39; acesso ao conhecimento básico é de 73,
79; Acesso à Informação e Comunicação é de 69, 77; qualidade ambiental é de 61,
96; liberdade individuais e de escolha é de apenas 32, 41.
O Estado de São Paulo demonstrou sua
relevância com diversas cidades paulistas se destacando no Índice de Progresso
Social do Brasil, em 2025, entre as melhores cidades do Brasil a apresentar
qualidade de vida urbana para a sua população. Por exemplo, na questão da
qualidade de vida de municípios brasileiros a partir de 500 mil habitantes, o
ranking do IPS Brasil 2025, identifica entre as 5 cidades com melhor qualidade
de vida do Brasil 3 cidades que são paulistas.
16
|
QUADRO 3: AS 5 CIDADES COM MELHOR QUALIDADE
DE VIDA DO BRASIL 1º
lugar – Ribeirão Preto (SP) 2º
lugar – Campinas (SP) 3º
lugar – Uberlândia (MG) 4º
lugar – São Bernardo do Campo (SP) 5º
lugar – Joinville (SC) |
Fonte: IPS
Brasil, 2025
Elaborado: Antonio Gustavo
(autor), 2025
Campinas aparece assim em 2º lugar, atrás
apenas de Ribeirão Preto-SP (1º lugar), mas a frente de Uberlândia-MG (3º
lugar), São Bernardo do Campo-SP (4º lugar) e Joinville-SC (5º lugar). Cidades
essas que no geral foram em relação aos seus desempenhos avaliadas bem
colocadas. Certamente apresentando indicadores com mais aspectos positivos do
que negativos.
O que, dentre outras coisas, evidenciou um
resultado assim com pouca variação de pontos, ou seja, a diferença de pontos
verificada entre essas cidades melhores colocadas no ranking de qualidade de
vida foi em média de baixa variação.
Pois, na nota geral, após a avaliação de
todos os indicadores de cada uma dessas cidades, Ribeirão preto obteve 69, 5
pontos; Campinas fez 68, 7 pontos; Uberlândia alcançou 68, 5 pontos; São
Bernardo do Campo pontou 68, 3 pontos; e Joinville chegou a 67, 7 pontos (IPS
BRASIL, 2025). Nesse contexto, assim podemos dizer que campinas apresentou não
apenas na escala estadual e regional, mas sim na escala nacional desempenho,
sem dúvida, significativo.
17
2.2 QUALIDADE
DE VIDA URBANA DE CAMPINAS-SP: ASPECTO AMBIENTAL
No conjunto de indicadores existentes sobre
qualidade de vida urbana na questão do aspecto ambiental. Campinas chama
atenção expressando um dos seus melhores indicadores, reforçando ainda mais a
sua posição como uma das principais referências nacionais em qualidade de vida.
Existem diferentes fatores que contribuem para isso, mas podemos destacar dados
e informações essenciais relacionados as últimas décadas e os anos mais
recentes.
Nesse sentido, uma das formas de evidenciar o
desempenho de Campinas na questão ambiental pode ser utilizando dados e
informações referente a evolução da cobertura de áreas verdes desde o início
deste século XXI durante décadas já transcorridas no período de 2000 a 2021.
|
QUADRO 4: EVOLUÇÃO DA
COBERTURA DE ÁREAS VERDES POR PORCENTAGEM EM CAMPINAS-SP 2000 – 2, 85% 2010 – 7 07% 2016 – 11, 5% 2018 – 13, 81 % 2021 – 14, 4% |
Fonte: Inventário Florestal de São Paulo, 2021
De acordo com dados publicados pelo
Inventário Florestal de São Paulo (2021) a respeito da evolução de cobertura de
áreas verdes em Campinas-SP. Em 2000, as áreas verdes que cobriam eram de 2,
85%; em 2010, as áreas verdes foram de 7, 07%; em 2016 possuía 11,
5%; em 2018, tinha 13, 81%; em 2021, chegou a 14, 4%.
Esse resultado positivo ao
longo do tempo verificado com a evolução das áreas verdes de Campinas-SP, ao
mesmo tempo, por um lado contrasta com o cenário geral que prevalece no
contexto nacional. No qual ainda não há, muitas
18
das vezes, o desenvolvimento de planejamento e
de políticas públicas de fato consistentes em relação as áreas verdes.
De acordo com a organização global de pesquisa WRI Brasil
(2019) Campinas se destaca como a cidade que se revelou entre as mais
empenhadas na proteção e conservação das florestas no Brasil. Incluindo em seus
planos e programas de desenvolvimento da cidade.
Levando em
consideração o exemplo de importantes ações desenvolvidas visando recuperar ou ampliar
áreas verdes. Principalmente através de ações referentes aos sistemas de áreas
verdes, unidades de conservação de Campinas e Plano Municipal Verde.
Contando com a importante presença de dezenas de parques. Podendo
se citar os principais exemplos: Parque
Ecológico de Campinas também chamado de Parque Ecológico Monsenhor Emílio José
Salim, possui bem mais de 1 milhão de metros quadrados, identificado como a
maior área de lazer de Campinas; o Bosque dos Jequitibás com área de mais de
100 mil metros quadrados; Parque ecológico Dom Bosco com área de mais de 200
mil metros quadrados; Pedreira do Chapadão tem em média 130 mil metros
quadrados; o Parque Portugal também muito conhecido como Lago Taquaral que tem
uma área de 630 mil metros quadrados. Este último parque costuma ser mais
apreciado e visitado.
|
QUADRO
5: PRINCIPAIS ÁREAS VERDES DE
LAZER DE CAMPINAS-SP - Parque Ecológico de
Campinas - Parque Portugal - Bosque
dos Jequitibás - Parque Ecológico Dom
Bosco - Pedreira do Chapadão |
Fonte: Antonio Gustavo
(autor), 2025
19
De
acordo com pesquisa do MapBiomas menos de 7% das áreas urbanas no Brasil são
cobertas por vegetação. Isso equivale a um índice que pode ser considerado
baixo e insuficiente. Ainda mais quando se lembra que a ONU recomenda 30% de
cobertura vegetal por bairro no espaço urbano. Certamente garantindo assim a
Campinas posição de destaque com a presença de cobertura de áreas verdes acima
da média nacional.
Por outro lado, de forma
especifica Campinas revela que avançou bastante em comparação com o seu
desempenho passado na questão ambiental, tendo em vista que aconteceu assim um
importante aumento em média de 5 vezes superior as áreas verdes cobertas do seu
território nos últimos 20 anos.
Segundo Rogério Menezes (2021)
secretário do SVDS (Verde, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável), a
realização de política pública de cultivos para recuperação de áreas verdes e a
maior fiscalização podem ser basicamente apontados como algumas das principais
ações que contribuíram na produção desse resultado.
Chegando ao ponto de possibilitar condições favoráveis de
Campinas se constituir em 4º lugar como uma das 5 cidades mais arborizadas do
Brasil. Segundo dados do censo do IBGE (2022) basicamente considerando o índice
de arborização no entorno de domicílios entre cidades com mais de 1 milhão de
habitantes. Contando com a arborização de vias públicas, manifestando a
presença de árvores em torno das casas em média de 84, 38%.
|
QUADRO 6: AS 5 CIDADES MAIS
ARBORIZADAS DO BRASIL 1º
lugar – Goiânia: 89, 75% 2º
lugar – Curitiba: 85,5 % 3º
lugar – Brasília: 84, 88% 4º
lugar – Campinas: 84, 38% 5º
lugar – Porto Alegre: 79, 09% |
Fonte: IBGE, 2022
Elaborado: Antonio
Gustavo (autor), 2025
20
No caso de Campinas houve o desenvolvimento de
ações de caráter menos pontual e esporádico na questão ambiental, assumindo ações
de caráter mais frequente e permanente ao longo do tempo. Pois, essas ações de
décadas anteriores continuaram acontecendo, inclusive até de outras formas com
a tendência de introdução de práticas sustentáveis na vida urbana.
Podendo a arborização urbana ser tanto espontânea quanto intencional, isto é,
ser natural ou ser cultivada e está presente em espaços privados assim como em
espaços públicos. Entretanto, não apenas são avaliadas levando em consideração,
em grande parte, a arborização urbana dos espaços públicos, mas também costumam
mesmo ser mais manifestas e percebidas a sua presença intencionalmente sendo
plantadas e cultivadas em espaços públicos da paisagem urbana nas formas
espaciais de árvores nas calçadas.
Haja vista que do período de 2021 a 2025 foi
realizado, por exemplo, o plantio de mais de 500 mil mudas plantadas e
cultivadas em diversas áreas da cidade, tais como: parques, praças, canteiros
entre outras (PREFEITURA DE CAMPINAS, 2025). Somando-se a isso assim o
importante projeto que está sendo realizado em Campinas que certamente colabora
em fortalecer a questão ambiental na cidade, potencializando a ampliação da
arborização é o projeto de arborização urbana promovendo a arborização das
calçadas.
Interessante perceber que o poder público tende
a assumir uma visão, de certo modo, mais integral e menos fragmentada. Pois, se
preocupa com outros fatores também importantes. Porque em bairros novos que
serão arborizados nas calçadas, por exemplo, precisa, muitas das vezes,
inicialmente desenvolver uma certa infraestrutura com pavimentação, redes de
água e esgoto para depois ser realizado o plantio de árvores nas calçadas. A
ordem assim desses fatores não altera a importância de cada um desses elementos
constitutivos do espaço urbano, aparecendo o aspecto ambiental, a medida do
possível, inter-relacionado ao conjunto de outros aspectos.
Permitindo ocorrer a ampliação desse índice de
arborização com a crescente presença de árvores na paisagem urbana de Campinas quando
se leva em consideração pesquisas mais recentes. Aparecendo Campinas avançando
para a posição de 2º lugar de cidade mais arborizada do Brasil.
21
Conseguindo
aumentar a sua média de arborização de 84, 38% (IBGE, 2022) para
aproximadamente 87, 5% (VPR IMÓVEIS; TRAVEL, 2025).
Ainda há pesquisas também atuais de outras
fontes especializadas que chegam a considerar que a arborização de Campinas já
alcançou até 88, 4 %. Reforçando Campinas na condição de 2º lugar entre as
cidades mais arborizadas do Brasil. De um modo ou de outro, o que todas essas
pesquisas, apesar de variarem no resultado, revelam em comum é que além do
aumento de áreas verdes há assim principalmente um inegável crescimento do
fenômeno da arborização urbana nessa cidade.
2.3 A IMPORTÂNCIA DA ARBORIZAÇÃO E DA ÁREA
VERDE NA QUALIDADE DE VIDA URBANA
Diante do fenômeno da urbanização que pode ser
entendido como a transformação, as vezes mais e outras vezes menos intensa, da
área rural em área urbana. Por meio do qual se evidencia elementos rurais com a
presença natural de rios, campos e florestas ceder lugar a elementos artificiais
de asfaltos, concretos e construções presentes no espaço urbano.
É válido ressaltar que com essa arborização
urbana o espaço urbano não deixa de ser essencialmente urbano. Até porque
continua a exercer funções características de uma cidade como, por exemplo, do
2º e 3º setor da economia, mas passa a assumir uma outra conotação em que a
qualidade de vida está inter-relacionada a qualidade ambiental.
Sendo assim, é impossível hoje se pensar em
qualidade de vida na cidade sem levar em consideração a realização assim como a
ampliação de arborização urbana e de áreas verdes. Logo, isso implica em várias
mudanças, a cidade passa a ser repensada e ressignificada. Sendo incluído em
ações, por exemplo, do planejamento urbano a arborização urbana e áreas verdes
como algo essencial.
No Brasil se revela de forma predominante um
cenário não tão parecido quando observamos no geral a realidade da grande parte
das outras cidades
22
brasileiras nas quais ainda não conseguiram
efetivamente relacionar planejamento e desenvolvimento urbano com preservação
do meio ambiente (ANTONIO GUSTAVO, 2019). Enquanto que, nesse contexto,
especificamente algumas cidades, de certo modo, conseguiram empregar a inclusão
da questão ambiental com o desenvolvido urbano como, por exemplo, o de Campinas-SP.
Seja o fenômeno da arborização
urbana ou a presença de áreas verdes, costumam ser apontadas como indicadores
de qualidade do ar associando isso a menor incidência de doenças respiratórias.
Apresentando temperaturas médias que são menos desagradáveis em comparação com
áreas menos arborizadas onde as temperaturas médias são mais desagradáveis. No
entanto, os benefícios que a arborização urbana e principalmente as áreas
verdes podem promover na qualidade de vida urbana certamente são vários.
|
QUADRO 7: PRINCIPAIS ASPECTOS POSITIVOS DE ÁREAS VERDES NO
ESPAÇO URBANO - Produção de Oxigênio - Redução de Gases Poluentes
como o CO2 - Melhora da Qualidade do Ar - Conforto Térmico com Redução
da Temperatura - Redução ou Eliminação de
Ilhas de Calor - Sensação de Bem-Estar
Físico e Mental - Diminuição da Poluição
Sonora e Visual - Constituição de Áreas Mais
Valorizadas |
Fonte: Antonio Gustavo
(autor), 2025
Podendo desempenhar principalmente
função ambiental, social, estética e até função educativa. Na função ambiental, contribui com o ser
humano e o ambiente não só ao gerar no espaço urbano conforto térmico,
absorvendo parte dos raios solares, melhorando o clima da cidade
com sombreamento, diminuição
23
da poluição sonora, minimizando ruídos e
diminuição ou eliminação das ilhas de calor.
Mas, também
principalmente reduzindo gás poluentes como o carbônico (CO2) e produzindo o
oxigênio (O2), controlando a poluição do ar, elevando a qualidade do ar e
equilibrando o índice de umidade no ar. Além disso, servindo como local de
abrigo e, às vezes, até de alimentação para as aves.
O contrário
disso, ou seja, a ausência ou menor presença de áreas verdes implicaria
na diminuição da qualidade ambiental urbana como, por exemplo, tendendo a
originar ou a intensificar o fenômeno das Ilhas de calor, produzindo microclimas urbanos com
temperaturas maiores. Diferentemente das partes no espaço urbano onde há
significativa presença de áreas verdes. Logo, a presença das áreas
verdes certamente contribui no aumento da qualidade de vida (ANTONIO GUSTAVO,
2019).
Na função social, podendo servir de lazer ao favorecer
condições adequadas de aproximação do homem com o meio natural no espaço
urbano. Possibilitando acontecer o convívio social da população com momentos de
encontros, passeios, descansos ou relaxamentos assim como ocorrer a pratica de
atividades físicas com caminhadas, corridas e exercícios físicos. (ANTONIO
GUSTAVO, 2019).
Na função estética, permitindo realçar o
embelezamento da cidade, promovendo algo perceptivelmente mais agradável com a
valorização visual da paisagem e ornamentação do ambiente, ao mesmo tempo,
diminuindo a poluição visual (ANTONIO GUSTAVO, 2019).
Na função educativa, a educação pode
desempenhar um papel positivo com a valorização da questão ambiental. Por meio
do qual o resultado mais visado da atividade educativa além da aprendizagem do conhecimento
seja a humanização do indivíduo com a conscientização (ANTONIO GUSTAVO, 2025).
Lembrando que a consciência pode ser
considerada uma das funções humanas mais amplas e profundas. Auxiliando tanto
na questão intrapsíquica (individual) quanto na questão Inter psíquica
(social). Por isso, promover a educação ambiental visando a preservação do meio
ambiente passa
24
essencialmente
pela busca da conscientização pública (ANTONIO GUSTAVO, 2025).
Conforme o que está previamente amparado pela
Constituição Federal de 88 no capítulo VI do art. 225 quando diz: “promover a
educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização pública
para a preservação do meio ambiente” (BRASIL, 1988).
Estimulando o desenvolvimento da consciência nas
pessoas para a importância de preservar, cuidar e valorizar as áreas
arborizadas e verdes oferecendo importantes dicas. Sendo possível promover a
educação ambiental tanto nas escolas públicas quanto nas escolas privadas com
atividades extraclasses oportunizando o contato dos estudantes e da sociedade
com áreas arborizadas e verdes.
|
QUADRO
8: DICAS DE PRESERVAÇÃO DE
ÁREAS VERDES NO ESPAÇO URBANO - Colaborar Em Manter Essas Áreas Limpas - Não Jogar Lixo - Evitar Provocar Sujeira - Respeitar a Fauna Local - Cuidar da Flora Local - Apoiar Ideias e Ações de Caráter
Sustentável - Prevenção e Tratamento de Pragas - Comunicar as Autoridades Competentes o que
de Fato For Necessário |
Fonte: Antonio Gustavo (autor), 2025
25
Propondo além dos conhecimentos fundamentais, diversas
reflexões que sejam pertinentes como, por exemplo, atentar para o detalhe que,
muitas das vezes, passa despercebido até mesmo por especialistas e estudiosos
do assunto na questão do fenômeno da presença de crescente quantidade de áreas
arborizadas e verdes no espaço urbano que, sem dúvida, é muito importante.
Mas, também a forma que isso acontece é algo
que pode ser essencial de levar em consideração para caracterizar a qualidade desse
fenômeno. Por isso, se inclui aspectos como a espacialidade e a distribuição
adequada (SILVA; PAIVA; GONÇALVES, 2007).
Nesse sentido, a noção de espacialidade e
distribuição adequada, nos leva a pensar, dentre outras coisas, se onde já há
áreas arborizadas e verdes e onde ainda estão sendo ampliadas se costumam ser acessadas
e frequentadas? Se as áreas arborizadas e verdes estão sendo desenvolvidas em
partes da cidade que mais precisam? Da forma que são ampliadas tendem a
aprofundar as desigualdades espaciais com a sua concentração em certos pontos
específicos ou tendem a ser mais equitativas distribuindo para mais partes da
cidade? Se atendem de fato a população proporcionando geração de bem-estar com
os diversos benefícios que naturalmente desempenham?
Apesar da preservação ser também importante,
mas manter o cuidado em não abandonar e continuar valorizando o uso dessas
áreas arborizadas e verdes é que logicamente vão resultar em promover
benefícios ainda maiores a qualidade de vida urbana. Resultando até na
conscientização fomentando práticas de cunho mais sustentáveis na população.
Porque
de acordo com o PNEA (Política Nacional de Educação Ambiental) cabe à sociedade
como um todo manter atenção participando na atuação individual e coletivamente para
a prevenção, a identificação e a solução de problemas ambientais visando assim colaborar
na defesa da qualidade do ambiente (BRASIL, 1999).
26
2.4 QUALIDADE DE VIDA URBANA DE CAMPINAS-SP:
SANEAMENTO BÁSICO
O
saneamento básico corresponde a um conjunto de infraestruturas e serviços
públicos fundamentais para a saúde, o meio ambiente e, sobretudo, a qualidade
de vida. Logo, falar em qualidade de vida urbana certamente é essencial também
de se falar em saneamento básico. A
cidade de Campinas no estado de São Paulo, assim como em outros de seus aspectos
urbanos, assume posição de destaque quando o tema é saneamento básico.
De
acordo com informações do instituto Trata Brasil (2025) assim como dados do
SINISA (Sistema
Nacional de Informações Sobre Saneamento) e do IAS (Instituto Água Saneamento)
em Campinas aproximadamente 99, 69% da população é atendida com abastecimento
de água, frente a média estadual de 95,09% e nacional de 84, 24% do país. E no
atendimento com esgotamento sanitário 95,89% da população frente a média de 90,
5% do estado e 55, 5% do país. Além disso, a taxa de cobertura de coleta de
lixo domiciliar é de praticamente 100%. Sendo considerada plena com uma porcentagem
significativa de 99,75%. Uma média assim mais elevada do que restante do estado
e do país (IBGE, 2022).
Segundo a
lei federal 14. 026/2020 que estabelece as diretrizes nacionais para o
saneamento básico e atualiza o marco legal do saneamento básico. Define que a
universalização do saneamento básico deve ser prevista para acontecer até 31 de
dezembro de 2033. Constando nessa lei as seguintes metas: saneamento deve
alcançar 99% da população com água potável e 90% da população com coleta e
tratamento de esgoto (BRASIL, 2020).
Nesse
contexto, evidencia-se que Campinas conseguiu alcançar a universalização desde
2023. Isso significa dizer que essa cidade conseguiu atingir essa meta
estabelecida pela lei federal 10 anos antes do prazo. Por essas e outras
razões, Campinas é referência em saneamento básico. Em pesquisa realizada pelo
Instituto Trata Brasil (2025) aponta Campinas como líder no ranking nacional de
saneamento, em 1º lugar, apresentando o melhor desempenho em todos os quesitos
avaliados.
27
|
QUADRO 9: AS 5
CIDADES COM MELHOR SANEAMENTO BÁSICO DO
BRASIL 1º lugar
– Campinas (SP) 2º lugar
– Limeira (SP) 3º lugar
– Niterói (RJ) 4º lugar
– São José do Rio Preto (SP) 5º lugar
– Franca (SP) |
Fonte:
Instituto Trata Brasil (2025)
Elaboração:
Antonio Gustavo (autor), 2025
O instituto
Trata Brasil avaliou 100 cidades brasileiras com base em indicadores como
abastecimento de água, coleta de lixo e tratamento de esgoto, investimentos no
setor e perdas de água na distribuição. Utilizando dados do SINISA visando
perceber o acesso e eficiência desse serviço.
Como pode
ser evidenciado no ranking do saneamento básico do Trata Brasil, 2025, entre as
5 primeiras colocadas, 4 das cidades são paulistas: Campinas-SP (1º lugar);
Limeira-SP (2º lugar); São José do Rio Preto-SP (4º lugar); Franca-SP (5º
lugar).
No geral,
se constatou que os municípios localizados na região Sul e Sudeste concentram a
maior parte dos bons desempenhos com destaque para o desempenho de cidades do
estado de São Paulo. Ao contrário disso, os piores desempenhos na questão do
saneamento básico estão em estados, cidades e, inclusive, capitais situadas em
outras regiões como, por exemplo, a região norte do Brasil. 5 das capitais
estaduais da região norte estão entre as 20 piores: Porto Velho, Macapá, Rio
Branco, Manaus e Belém. Revelando um cenário lamentável observado na realidade
de suas cidades.
A cidade de
Santarém, na sub-região do oeste Paraense, apareceu em última colocada, ocupando
100º lugar, entre o total de 100 cidades avaliadas nesse ranking do Trata
Brasil (2025). Registando apenas 48, 49% da população com acesso água potável,
ou seja, menos da metade da população e ínfimos 3, 77% aproximadamente dispõe
efetivamente do serviço de coleta de esgoto.
28
Esse
problema da situação bastante precária do saneamento em Santarém-PA, o pior do
Brasil, é reflexo principalmente do estado precário do serviço e da falta de
investimento do poder público. Evidenciando, dentre outras coisas, tanto o
despreparo quanto o descaso do governo do Pará.
Esse mesmo
despreparo e descaso do governo do Pará fica claro também na capital estadual de
Belém, na sub-região do nordeste paraense, pelo fato de apresentar indicadores
com péssimos resultados. Haja vista que apesar de grande parte da população ter
acesso a água potável, somente 17,3% com coleta de esgoto e apenas 19, 3% do
esgoto é tratado. Revelando um desempenho abaixo da média nacional que
obviamente pode ser definido como negativo.
Ainda de
acordo com o instituto Trata Brasil (2025) a cidade de Belém está há anos
figurando entre as 20 piores no ranking do saneamento básico nacional. Dessa
forma, o estado do Pará precisará, dentre outras coisas, aprender a agilizar a
resolução dessa questão, focando em investimentos e políticas públicas eficazes
que visem desenvolver o saneamento básico, expandir o atendimento e o acesso a
esse serviço, passando a beneficiar mais a população paraense.
A questão
do saneamento básico tem em diferentes aspectos implicações praticas na
qualidade de vida das pessoas. Não é à toa que o descaso e despreparo do
governo do Pará se refletiu com o estado do Pará sendo na região norte do
Brasil identificado como o estado responsável pelo maior número de mortes por
doenças relacionadas ao saneamento básico. Esses e outros fatores evidenciam
realmente uma péssima gestão política do governo do Pará.
Diferentemente
da realidade de Campinas, cidade com melhor saneamento básico do Brasil, na
qual é elevado a qualidade de vida urbana de seus habitantes. Sendo algo muito
pouco comum de ser registrado problemas relacionados a questão do saneamento
básico que afetem negativamente a vida de seus cidadãos.
O excelente
desempenho nos indicadores da cidade de Campinas na questão do saneamento
básico fez com que mais recentemente lhe garantisse até o importante prêmio de
“Casos de Sucesso”. Reconhecendo o fato de ter ficado em 1º lugar no ranking
nacional de saneamento básico, apresentando significativos avanços na qualidade
dos serviços e na infraestrutura de saneamento básico.
29
3. IMPORTANTE SISTEMA RODOVIÁRIO -
CAMPINAS-SP
A infraestrutura foi essencial
através, por exemplo, do desenvolvimento do sistema rodoviário para gerar
condições favoráveis a mobilização de fluxo populacional, instalação de
empresas, diversificação do comércio e serviço com crescentes investimentos
direcionados a importante cidade de Campinas-SP.
A partir principalmente do
contexto de restruturação produtiva do estado de São Paulo que ficou sobretudo
conhecido esse fenômeno na dinâmica espacial como desconcentração industrial de
importantes centros urbanos saturados das metrópoles brasileiras e pela
emergência do surgimento e crescimento de cidades médias.
Não é à toa que, por exemplo,
exerceu a atração de indústrias que chegavam a cidade e passavam geralmente a
se localizar nas proximidades das rodovias (SILVA, 2008; GONÇALVES JÚNIOR;
CORRÊA, 2013). Com menores custos de instalação e de produção assim como
melhores condições de logística.
Consolidando a partir da
década de 90 a cidade como um polo tecnológico, industrial, universitário e
científico, atraindo investimentos de empresas de software, biotecnologia,
telecomunicações e pesquisa. Expresso dentre outras formas através de Campinas
a frente colaborando no desempenho da região metropolitana de Campinas que de
acordo com dados do SAEDE, em 1996, nessa época em termos de unidades
industriais, pessoas ocupadas e valor adicionado foi em média no geral superior
ao observado em muitas outras cidades e regiões, sendo inferior apenas à região
metropolitana de São Paulo administrada pela capital São Paulo.
Contribuindo Campinas como
uma das cidades a alavancar a atuação relativa da RMC (Região Metropolitana de Campinas) no total
da produção industrial entre 1996 e 2000 de 4,8% para 6,2%. Entretanto, Campinas ao longo do tempo, avançou mais
no 3º setor da economia do que no 2º setor, especializando-se na diversificação
e evolução de serviços.
Além de contar com a
presença, por exemplo, do CNPEM, CPQD, CTI, UNICAMP e PUC. Concentrando indústrias de alta tecnologia,
diversos estabelecimentos, centros de ensino e pesquisa que aliados a sua
localização estratégica têm garantido alto potencial de desenvolvimento econômico.
30
Também contribuindo as
rodovias em favorecer condições de melhorar a mobilidade e o acesso à cidade. Campinas
se insere nesse contexto da desconcentração industrial registrando também outro
crescimento típico de cidades médias: um aumento populacional significativo,
passando de 847, 595 em 1991 para 976. 921 habitantes em 2000.
Pois, muitas das vezes, as
pessoas saiam de metrópoles saturadas que apresentavam, dentre outros
problemas, o problema da “macrocefalia urbana” (SANTOS, 1993), buscando principalmente
melhorar de vida, compensando a deficiência de falta de empregos, insuficiente
de moradias e infraestrutura comprometidas nesses grandes centros urbanos. Deslocando-se
em direção as cidades médias como, por exemplo, Campinas.
De acordo com dados do IBGE
pode-se perceber a tendência de crescimento evidenciada desde as décadas anteriores
de 60, 70 e 80. Por exemplo, de 1980 com 375, 864 até 1996, após 16 anos
Campinas experimentou um crescimento superior a 100% para ser mais exato em uma
média de 141, 8% com a ampliação população chegando a 908, 906 habitantes.
SILVA (2008) ressalta que a
partir de então aconteceu a consolidação de grande diversidade industrial e do
setor terciário com serviços e comércios em função de diferentes atrativos
locacionais, ou seja, não apenas o importante sistema rodoviário, mas também
pela presença de aeroporto, célebres empresas, universidades como a UNICAMP e
outras importantes instituições de ensino e pesquisa. Sendo esse fenômeno de
crescimento de Campinas intensificado ao longo do tempo.
Consistindo as rodovias em importantes materialidades criadas e
desenvolvidas antes, ou seja, primordialmente viabilizando no espaço essas
condições. Podendo assim como no contexto nacional o desenvolvimento da
indústria automobilista ser apontada não somente, mas principalmente como um
fator preponderante no crescimento do transporte rodoviário.
Anhanguera foi implantada em 1948 posteriormente acontecendo a sua
ampliação e duplicação a trechos que se conecta a Campinas; Rodovia
Bandeirantes inaugurada em 1978 e a Rodovia Santos Dumont durante o início da
década de 60; rodovia Ademar Pereira Barros sendo difícil estabelecer a
definição de uma data exata, pois foi sendo inaugurada e ampliada em diferentes
trechos do espaço e períodos do tempo; rodovia D. Pedro I inaugurada em 1972.
31
Todas essas rodovias estão conectadas a Campinas e as rodovias
Anhanguera-Bandeirantes que conectam a capital estadual de São Paulo a outras
partes do interior paulista, inclusive, a cidade de Campinas.
|
QUADRO
10: PRINCIPAIS RODOVIAS QUE
CONECTAM A CAMPINAS-SP - Rodovia dos Bandeirantes (SP-348) - Rodovia Anhanguera (SP-330) - Rodovia Dom Pedro I (SP-65) - Rodovia Ademar Pereira de Barros (SP-340) - Rodovia Santos Dummont (SP-75) |
Fonte:
Antonio Gustavo (autor), 2025
A rodovia Bandeirantes conecta
Campinas a cidade de São Paulo e outras cidades paulistas; a rodovia Anhanguera
conecta Campinas a São Paulo e outras cidades; rodovia Dom Pedro I conecta
Campinas ao Vale do Paraíba; a rodovia Ademar Pereira de Barros conecta Campinas
passando por algumas cidades até Mogi Guaçu; rodovia Santos Dumont conectada a Campinas
no sentido norte-sul cruzando outras rodovias importantes (Castelo Branco;
Bandeirantes) à cidades de Indaiatuba, Sorocaba, Salto e Itu e correspondendo a
principal ligação centro de Campinas ao aeroporto internacional de Viracopos.
Essas 5 rodovias (Anhanguera,
Bandeirantes, Ademar Pereira de Barros, Dom Pedro I e Santos Dummont) tornaram
Campinas privilegiada geograficamente, possibilitando haver a conexão desse
município a capital São Paulo, Vale do Paraíba, Rio de Janeiro, cidades de
Indaiatuba, Cajamar, Salto, Itu, Sorocaba, ao norte do Pará e ao sul de Minas
Gerais.
Pode-se dizer que o sistema de
transporte rodoviário funcionou como meio indispensável a impulsionar maior
interação interurbana e a expansão da malha
32
urbana ao garantir maior acessibilidade a
cidade (VILLAÇA, 1998). Algo característico de nossa época, isto é, o
desenvolvimento de infraestrutura atraindo também investimentos.
Pressupondo a realização assim
como a valorização da mobilidade (SANTOS, 1996). Campinas além do importante
eixo rodoviário que apresenta as principais rodovias do país, possui sistema de
transporte público eficiente com BRT (Ônibus de Trânsito Rápido) ligando aos
vários pontos da cidade e oferecendo diariamente mobilidade a milhares de
pessoas que utilizam esse serviço. As linhas de ônibus conectam a todos os
bairros da cidade, facilitando a mobilidade intra-urbana, isto é, o
deslocamento dentro dos limites da cidade. Contando como principal terminal
rodoviário de passageiros o Multimodal Ramos de Azevedo.
Curiosamente, das dezenas de municípios que
compõe a RMC (Região Metropolitana de Campinas). Campinas exerce importante
centralidade urbana detendo maiores oportunidades de emprego e maior PEA
(População Econômica Ativa) gerando atratividade nesses demais municípios.
Sendo a cidade que, por exemplo, mais recebe moradores
de outros municípios que geralmente em virtude de estudo ou trabalho se
deslocam pelas principais rodovias de acesso até Campinas. Realizando um
movimento conhecido como pendular através do qual basicamente fazem durante um
mesmo dia um deslocamento de caráter temporário com ida a Campinas e volta a
sua cidade.
Sendo maior esse tipo de
movimento entre a população de menor renda. Porque normalmente não tem condição
econômica de permanecer morando em Campinas. Porém, sem a existência do sistema
rodoviário, muito menos, seria possível de realizar esse deslocamento
interurbano praticamente diário de ir trabalhar e estudar em Campinas e voltar
aos seus respectivos municípios.
Os diversos fenômenos
espaciais que acontecem a partir da dinâmica do eixo rodoviário de Campinas-SP obviamente
que não podem jamais ser explicados a partir apenas dessa influência, mas negar
essa influência exercida pela existência da materialidade dessa infraestrutura seria
incorrer em um outro erro gravíssimo.
Funcionando como um meio
através do qual viabiliza condições necessárias para a realização de movimentos
e deslocamentos não apenas em
33
relação ao transporte de pessoas, mas também de
bens de consumo, circulação e abastecimento de produtos, acesso a serviços e a
mercados, escoamento de diferentes tipos de produções (rurais e urbanas).
Por isso, ao invés de se
ignorar se leva em consideração como um elemento importante gerando, dentre
outras coisas, maior mobilidade, elevando a fluidez, facilidade de acesso
conectando a diversos locais que combinado a outros fatores auxilia assim em
entender as questões urbanas a partir de um ponto de vista que não é fixo e nem
estático, mas sim flexível e dinâmico.
4.
IMPORTANTE AEROPORTO INTERNACIONAL DE VIRACOPOS – CAMPINAS/SP
O importante Aeroporto
Internacional de Viracopos está localizado em Campinas no estado de São Paulo. O
local onde hoje existe esse aeroporto começou a ser utilizado desde a década de
30, inicialmente por militares como campo de operações aéreas. No entanto, o
aeroporto propriamente dito começou a ser construído posteriormente durante a
década de 50.
Sendo inaugurado no início da década
de 60, exercendo a função comercial com transporte aéreo de passageiros.
Inclusive, em
19 de outubro de 1960, por meio da Portaria Ministerial n.º 756 Viracopos a
partir de então é elevado a categoria de Aeroporto Internacional.
De lá para cá, passando por diferentes renovações que
implicaram em ampliações e modernizações nas quais resultaram na evolução da aviação
com o aumento da qualidade não apenas da estrutura desse aeroporto, mas também do
serviço aéreo disponível.
O aeroporto de Viracopos apresenta uma
posição estratégica em função de está centralizado com alguns dos mais
importantes eixos rodoviários do Brasil: Anhanguera, Bandeirantes, D Pedro I e
Santos Dumont. Isso é algo que faz com que esse aeroporto esteja no centro da
rede de transportes intermodais que o torna umas das fundamentais portas de
entrada e saída do comércio internacional brasileiro.
34
No que se refere as suas operações
diariamente acontece com voos nacionais e internacionais, sendo as principais
companhias aéreas em voos nacionais a LATAM, Azul e Gol e as principais
companhias áreas internacionais American Airlines, Copa Airlines, Tap Portugal.
Além de normalmente transportar as pessoas na
condição de passageiros ainda possui mais de dezenas companhias cargueiras.
Constituindo-se em essencial assim possibilitando condições favoráveis de haver
tanto o envio e recebimento de remessas expressas quanto o grande fluxo de
pessoas e mercadorias.
Esse modal aéreo é bastante dinâmico, veloz e
seguro com mais de dezenas de pontos de embarques. Normalmente evidenciando
crescimento de passageiros assim como de cargas através também da
intermodalidade, isto é, a relação estabelecida entre duas modalidades
diferentes (aérea e rodoviária) com posição estratégica do aeroporto de
Viracopos conectado a alguns dos principais eixos rodoviários do Brasil, ocasionando
melhores condições de deslocamento populacional e principalmente de envio e recebimento
de cargas.
Por
exemplo, se registrou no aeroporto Viracopos, em 2023, recorde no movimento de
embarque e desembarque de passageiros, apresentando a melhor movimentação de
passageiros da sua história com 12, 5 milhões de passageiros. E, em 2024,
manteve esse ritmo, pouco variando o resultado, alcançando no momento a 2ª
melhor movimentação de passageiros de sua história com a média de
aproximadamente 12, 4 milhões.
Na questão de cargas, sendo cada vez mais
usado para transportar produtos importados ou exportados entre os países. Principalmente
produtos importados. Tendo em vista que no Brasil Viracopos se revela como o
maior em valor de cargas importadas, tendo chegado esse aeroporto a registrar o
movimento de 40% do valor de importações áreas no país. Sendo a TECA (Terminal
de Carga) uma das partes que mais fortemente contribui no faturamento total do
aeroporto.
Não é de hoje que o aeroporto de Viracopos
assume papel de destaque. Porque ainda em 2013 segundo pesquisa da SAC-PR (Secretaria de Aviação Civil da Presidência da
República) foi considerado o melhor aeroporto do Brasil.
35
Em 2014, foi novamente apontado em 1º lugar como
o melhor aeroporto do Brasil e em 2º lugar premiado como o melhor aeroporto da
América Latina. Sendo, desta vez, reconhecido pelo Air Cargo Excellence Awards que
em português significa “Prêmios de Excelência em Carga Aérea” (AIR CARGO WORLD,
2014).
Passados alguns anos, em 2018, de acordo com
a premiação da Air Cargo Excellence Awards, divulgado pela Air Cargo Worl “Carga
Área no Mundo”, responsável fonte de informações do setor de cargas aéreas,
chegou a ser considerado como o melhor aeroporto de carga do mundo em 1º lugar
na sua categoria de 400 mil toneladas/ano (REVISTA EMBARQUE, 2018).
Em alguns anos antes e depois aconteceu do
Aeroporto Viracopos, mesmo continuando a figurar entre os principais, às vezes,
perder a posição de 1º lugar em outras edições. Contudo, em edição mais atual
de 2024, voltou a recuperar a posição de 1º lugar através da premiação que
considera Viracopos o melhor aeroporto de carga desse ano na sua categoria pelo evento Air Cargo Week World (AIR CARGO
WEEK, 2024).
Mais recentemente com base em informações
públicas e dados de movimentação aérea e infraestrutura logística o aeroporto
de Viracopos em Campinas se destaca aparecendo em 2º lugar, atrás apenas do
aeroporto de Guarulhos e a frente de Manaus, Rio de Janeiro e Brasília, entre
os 5 aeroportos brasileiros com maior movimentação de cargas aéreas. Conectando
o país a mercados nacionais e internacionais.
36
|
QUADRO 11: OS 5 AEROPORTOS COM MAIORES MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS DO BRASIL 1º Lugar –
Guarulhos (GRU) – São Paulo (SP) 2º lugar –
Viracopos (VPC) – Campinas (SP) 3º lugar –
Manaus (MAO) – Amazonas (AM) 4º lugar –
Galeão (GIG) – Rio de Janeiro (RJ) 5º lugar –
Brasília (BSB) – Brasília (DF) |
Fonte: Antonio Gustavo
(autor), 2025
De acordo com estimativas da empresa CIRIUM
(2024), uma das fontes no mundo mais confiáveis em fornecer análises e dados
sobre aviação, apresentam desempenho acima da média nacional, obtendo bastante
pontos na questão de cargas aéreas. Podendo-se reconhecer esses 5 aeroportos
liderando em voos de carga no Brasil (O ANTAGONISTA, 2025).
Por esses e outros motivos, é possível entender
porque o aeroporto de Viracopos em Campinas é tão importante, constituindo-se
em um dos melhores aeroportos do Brasil e da América Latina principalmente em
função da existência de serviços aéreos modernos, ágeis e seguros. Não apenas realizando
o transporte crescente de passageiros gerando diariamente condições de
movimento com embarque e desembarque em voos nacionais e internacionais, mas
também por expressivamente promover o transporte de cargas aéreas.
5. IMPORTANTE INSTITUIÇÃO PÚBLICA DE ENSINO
SUPERIOR: UNICAMP – CAMPINAS
A UNICAMP
(Universidade Estadual de Campinas) é uma importante instituição de ensino
superior, sendo uma universidade pública estadual que foi oficialmente fundada
em 1966 como um reflexo não apenas do início do
37
processo de interiorização do ensino
universitário, mas também buscando atender a demanda crescente por formação de
profissionais qualificados no estado de São Paulo.
Sediada na cidade paulista de Campinas, essa
universidade possui também campus em outros municípios paulistanos, tais como:
Limeira, Piracicaba e Paulina. É uma referência de ensino superior tanto no
Brasil quanto na América Latina, porque é considerada uma das melhores
universidades do Brasil e da América Latina. Revelando excelência em nível de
ensino, pesquisa e extensão.
A UNICAMP foi pioneira em cursos de ciência da
computação, engenharia da computação e engenharia de software. Desempenhando um
papel crucial na história do desenvolvimento da computação no Brasil. Na medida
em que serviu de importante referência, sendo utilizado como modelo para outros
programas de graduação no país. Contribuindo o seu envolvimento na criação,
construção ou realização de centenas de projetos de pesquisas. Estabelecendo
diferentes parcerias com órgãos do governo e empresas privadas.
Algumas das diversas áreas do conhecimento dessa
importante universidade que normalmente evidenciam expressivo desempenho são: Ciência
da Computação, Engenharia, Negócios e Economia, Ciências Sociais, Artes e
Humanidades.
De acordo com a empresa britânica QS World
University Rankings, em 2024, a UNICAMP aparece em 3º lugar, ao lado da 2ª
colocada Pontifícia Universidade Católica do Chile e próxima da 1ª colocada que
é a USP (Universidade de São Paulo). Obtendo o título de 3ª melhor universidade
da América Latina após avaliação de mais de 400 instituições.
Uns dos fatores que contribuíram de maneira
significativa para a UNICAMP se destacar em 3º lugar, apresentando elevada
pontuação foram nos indicadores de produção acadêmica, reputação empresarial e
internacionalização de pesquisa. Na classificação geral que basicamente leva em
consideração uma variação de pontuação desde 0 (menor pontuação) até 100 (maior
pontuação) a UNICAMP obteve pontuação total de 99, 2. Apresentando assim um
desempenho acima da média nacional assim como da região continental da
38
América Latina. Inclusive, superior ao seu
próprio desempenho constatado, em 2023, no levantamento anterior.
Mais recentemente, segundo o QS WUR a UNICAMP
obteve, em 2025, na escala de avaliação numérica desde 0 até 100, uma pontuação
geral menor (98, 2 pontos) quando comparado com a sua pontuação de 2024 (99, 2
pontos). No entanto, manteve-se em 3º lugar. Fazendo a UNICAMP de Campinas
aparecer na seleta porcentagem de 15, 5%, inserida entre as melhores
universidades do mundo. E a USP passou a ocupar o 2º lugar, perdendo o 1º lugar
para a Pontifícia Universidade Católica do Chile.
Desta vez, os indicadores da UNICAMP tiveram
praticamente a ver com os mesmos fatores anteriores que a destacaram.
Conseguindo avaliação máxima em reputação acadêmica e artigos por docentes.
Além de desempenho elevado em rede internacional de pesquisa com alta produção
científica. Chamando atenção assim as seguintes pontuações: 99, 9 em rede
internacional de pesquisa; 96,9 em reputação empresarial e 99, 6 em docentes
com PHD.
De acordo com o QS Latin America & The
Caribbean (2025) no ranking nacional a USP de São Paulo mantém o 1º lugar e ao
seu lado aparece a UNICAMP de Campinas em 2º lugar. Certamente ambas como as
melhores universidades do Brasil. Expressando a força acadêmica do país.
Indicando um futuro promissor do ensino superior, sobretudo empregado na região
paulista.
Apesar de continuar mantendo o interesse em
aumentar a taxa de conclusão com condições de acesso e permanência estudantil a
universidade e foco na elevação da qualidade do ensino superior, a universidade
também tem expressado, dentre outras coisas, ampliação de ideias e ações na
questão da inclusão, demonstrando colaborações e avanços significativos.
Por esses e outros motivos, é fácil de entender
porque campinas tornou-se assim além de polo econômico, industrial e
tecnológico um importante polo acadêmico. Por isso, sem dúvida, é essencial
continuar havendo investimentos financeiros e valorização reconhecendo a
relevância de suas contribuições visando o fortalecimento dessa instituição.
Haja vista que em geral melhora a qualidade de
vida de quem recebe o ensino superior e em especifico colabora também em certos
aspectos em deixar
39
Campinas numa condição bem posicionada ficando merecidamente
entre uma das cidades mais inteligentes do Brasil.
6. IMPORTANTE INSTITUIÇÃO
PRIVADA DE ENSINO SUPERIOR: PUC-CAMPINAS
A Pontifícia Universidade Católica de Campinas surgiu no início da
década de 40, em 1941, sendo pioneiro em promover a interiorização do ensino
superior que, na época, costumavam se concentrar nas capitais. É notória a
colaboração dessa universidade com a cidade na questão tanto de formar quanto
de capacitar profissionais de ensino com professores e pedagogos através dos
seus cursos de licenciaturas e pedagogia.
Assumindo, muitas das vezes,
à frente na atuação do ensino em cátedras e em escolas da educação básica.
Impulsionando ao longo do tempo o seu desenvolvimento educacional geralmente conseguindo
acompanhar a elevação da demanda e a evolução educacional. Diversificando as
áreas de formação universitária com a ampliação de mais de dezenas de novos
cursos (Biblioteconomia, Direito, Arte Plástica, Cinema, entre outros).
Sem perder de vista a busca
pela qualidade na qual é um aspecto que assume característica central dessa
importante instituição, aparecendo como algo permanente, no sentido de que foi
buscado no passado e ainda continua a ser visado no presente. Não é à toa que
atualmente a PUC-Campinas certamente continua engajada em proporcionar a
formação e capacitação de profissionais qualificados.
Por exemplo, são poucas
instituições de ensino fundamental e médio na cidade que não apresentam entre a
equipe de professores, coordenadores ou diretores profissionais formados pela
PUC-Campinas. Oferecendo na educação sua parcela de contribuição no aprimoramento
da educação básica. Inclusive, também na questão da pesquisa revelando uma
significativa produção universitária com impacto positivo nacional. Chegando,
às vezes, até a repercutir na comunidade internacional.
40
O desenvolvimento da cidade
de Campinas e o progresso da universidade PUC se entrelaçam assim praticamente
parecendo páginas escritas da mesma história. Como se estivesse, de certa
forma, estabelecido um elo essencial entre cidade e universidade. Porque Campinas
faz parte da história da PUC e a PUC faz parte da história de Campinas.
É válido ressaltar que além
da PUC ter sede em Campinas, cidade na qual foi fundada, vigorosamente já ultrapassando
décadas de existência, é reconhecida como a 1ª instituição de ensino privada de
São Paulo; é avaliada com excelência de 5 estrelas através do ranking do Guia
da Faculdade; é a melhor universidade privada do interior do estado de São
Paulo pelo RUF (Ranking Universitário da Folha).
Mais recentemente, segundo a
consultoria britânica QS (Quacquarelli Symonds),
em 2024, por meio do QS World University Ranking, isto é, um ranking de
classificação universitária, a PUC-Campinas foi classificada em 1º lugar pelo
terceiro ano em seguida como a melhor universidade privada do interior do
Brasil.
Na comparação com outras
universidades brasileiras, a universidade normalmente chama atenção apresentando
melhores desempenhos nos seguintes pontos: reputação acadêmica, reputação com
empregadores e resultados de empregabilidade.
Algo que contribuiu muito
para esse resultado é o fato de que a PUC-Campinas costuma estabelecer uma
aproximação dos seus universitários com empresas, tendo em vista que promove o
encaminhamento dos estudantes de seus cursos para estágios remunerados.
Esses estágios, muitas das
vezes, não apenas são vistos como uma boa oportunidade de colocar em pratica os
conhecimentos e as habilidades, mas também como uma porta de entrada para o
mercado de trabalho. Interferindo assim positivamente na qualidade de vida
dessas pessoas ao estimular a formação, a qualificação e a profissionalização.
41
Por esses e outros motivos,
não fica difícil de entender porque a PUC-Campinas se destaca no cenário
educacional em diferentes avaliações nacionais e internacionais. Consolidando-se
geralmente como uma das principais instituições de ensino superior do Brasil e
em Campinas especificamente colaborando em certos aspectos para a cidade
continuar sendo considerada uma das mais inteligentes do país.
7. CIDADE INTELIGENTE: O QUE
É? QUAL A SUA IMPORTÂNCIA?
O conceito de cidade inteligente remonta a década de 90 quando a partir
desse período começa a chamar maior atenção e ao longo do tempo a ganhar mais
repercussão. Inicialmente era na maioria das vezes vinculado a TIC (Tecnologia
da Informação e Comunicação). Basicamente pensando, na época, em como essas
cidades poderiam se desenvolver sendo projetadas para instalar tecnologia de
informação e comunicação.
No entanto, o conceito de
cidade inteligente longe está de apenas ficar relacionado a tecnologia da
informação e comunicação na cidade, envolvendo também investimentos em capital
humano, infraestrutura urbana, gestão de recursos, desenvolvimento econômico e sustentável
gerando qualidade de vida aos cidadãos.
A visão geográfica sobre
cidade inteligente entende assim que deve ir além do emprego da tecnologia,
focando na produção de um espaço urbano que seja mais sustentável, desenvolvido
e humano. Onde aspectos como tecnologia, meio ambiente, sociedade e economia ao
contrário de ser elementos separados ou isolados devem, na verdade, ser vistos
relacionados e conjugados.
Buscando, por exemplo,
conseguir na cidade produzir maior valor econômico e social consumindo menos
recursos. O conceito de cidade inteligente pode ser utilizado assim
principalmente levando em consideração os aspectos ambientais, econômicos e
sociais, visando a sustentabilidade, o crescimento econômico e o
desenvolvimento social.
Um conjunto de noções assim
emergem enriquecendo a definição de uma cidade inteligente, passando a ser
vinculada não apenas a fatores tecnológicos,
42
mas também a fatores
não-tecnológicos. Porque a tecnologia propriamente dita não é suficiente e nem
é um fim em si mesma, mas sim um meio para a cidade conseguir se tornar
inteligente. Podendo ser usada para aumentar a eficiência dos serviços
públicos, promover sustentabilidade, gerar condições de negócios e melhorar a
qualidade de vida.
Um desses fatores
não-tecnológicos essenciais tem a ver com o ser humano: a criatividade. Criatividade
esta na qual pode ser utilizada na resolução de desafiadores problemas urbanos.
Solucionando ou reduzindo os problemas urbanos na realidade, sobretudo quando
existe a combinação de disposição e condição de colocar em ação as ideias dessa
capacidade da inteligência humana. Já que um dos principais objetivos da cidade
inteligente é criar respostas apropriadas e satisfatórias as suas diversas
demandas. Logo, a inteligência não deve ser medida apenas pela
capacidade de identificar problemas, mas principalmente pela capacidade de
encontrar soluções (ANTONIO GUSTAVO, 2023).
Não é à toa que, apesar dos
diversos avanços tecnológicos, o investimento em capital humano continua sendo
algo necessário. O contexto de uma cidade inteligente tende a criar conexões e
relacionamentos entre as pessoas; emersão de pessoas criativas; potencializar
no cenário da vida urbana estímulos positivos a essa capacidade humana; gerar
cidadãos também inteligentes, cientes de seus direitos e deveres, possuindo
melhor percepção do espaço em que vive. Agregando maior valor a cidade que, por
conseguinte, se torna mais competitiva e atrativa com o planejamento e
desenvolvimento urbano baseado no conhecimento.
Nesse sentido, gerando, a
medida do possível, a produção de um espaço onde haja o reconhecimento da
importância da educação com a valorização, do capital humano com investimentos
e da inovação social promovendo o apoio. Tendendo a colocar em condições menos
adversas e mais oportunas segundo SEIXAS (2017) dos cidadãos da cidade serem
indutores da transformação urbana.
Por isso, nesse contexto a
participação das pessoas é indispensável em virtude de que podem afetar
positivamente na elevação desse conceito e na melhora da qualidade de vida ou,
ao contrário disso, impactar negativamente, na
43
medida em que a atuação humana
é determinante para o fracasso ou sucesso da cidade inteligente, exercendo
influencia na variação dos fatores relacionados ao desempenho das cidades. Tanto
através da participação dos cidadãos na sociedade quanto por meio do desempenho
do governo.
Em relação ao governo, de
acordo com John F. Kennedy “governar é escolher”. Envolvendo, dentre outras
questões, a preocupação em fazer a escolha certa e colocar em pratica da forma
certa. Nesse sentido, se a cidade é definida como inteligente logicamente é
porque a quantidade de escolhas certas feitas e feitas de formas certas são, a
medida do possível, superior e melhor do que as escolhas erradas e feitas de
formas erradas.
Ao contrário disso, na
governança verificada na realidade de grande parte de cidades que não são
inteligentes prevalecem muitas escolhas erradas e feitas de maneiras erradas. Nesse
contexto, as cidades inteligentes são aquelas que se diferenciam por costumar
fazer melhores escolhas e praticar boas decisões.
Algo também interessante é
prestar atenção na questão de que falar de cidade inteligente tem tudo a ver
com falar de qualidade de vida urbana. Assumindo uma relação de
complementaridade. Fazendo uso, por exemplo, da disponibilidade de ciência,
tecnologia e informação para otimizar os serviços públicos, propor soluções
para os problemas urbanos e gerar bem-estar social aos habitantes.
Nesse sentido,
diferentemente de outros estudiosos, pode-se considerar que há sim uma relação
da questão da qualidade de vida e da questão da cidade inteligente. Pois, é
muito comum perceber, por exemplo, cidades consideradas inteligentes
normalmente apresentando indicadores sociais, econômicos e ambientais acima da
média nacional no seu espaço urbano. Sendo isso algo que implica, ao mesmo
tempo, na elevação da qualidade de vida.
Logo, o contrário disso
seria algo bastante difícil ou, melhor dizendo, impossível de se relacionar:
cidade inteligente com seus principais indicadores abaixo da média ou com baixa
qualidade de vida urbana. Uma cidade assim não pode, de uma forma e nem de
outra, ser em essência considerada uma cidade inteligente.
44
|
QUADRO 12: PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DE UMA CIDADE INTELIGENTE - Planejamento e Desenvolvimento
Urbano - Negócios, Projetos e
Atividades Criativas e Inovadoras - Infraestrutura Moderna, Boa
e Segura - Presença de Arborização
Urbana e Áreas Verdes - Políticas Públicas
Eficientes - Indicadores Econômicos,
Sociais e Ambientais Acima da Média - Alta Qualidade de Vida
Urbana - Produção, Valorização e
Acesso ao Conhecimento e a Comunicação - Atuação Tecnológica,
Científica e Informacional - Possui Importantes
Instituições, Órgãos e Empresas |
Fonte: Antonio Gustavo
(autor), 2025
Uma cidade inteligente não está imune de apresentar também
problemas urbanos no seu espaço ainda que logicamente aconteça em menor
proporção e seja em menor intensidade quando comparado com cidades que não são
inteligentes. Na realidade, está mais próxima de apresentar assim um conjunto
de características que se constituem em fatores atrativos no espaço urbano,
fazendo com a cidade protagonize em diferentes aspectos pontos positivos
evidenciando indicadores com desempenhos significativos e apresente qualidades
exercendo uma certa influência.
Apresentando de principais características: planejamento e desenvolvimento
urbano; negócios, projetos e atividades criativas e inovadoras; infraestrutura
moderna, boa e segura; presença de arborização urbana e áreas verdes; políticas
públicas eficientes; indicadores econômicos, sociais e ambientais acima da
média; alta qualidade de vida urbana; produção, valorização e acesso ao conhecimento
e a comunicação; atuação tecnológica,
45
científica
e informacional; presença de importantes instituições, órgãos e empresas.
Ainda
que obviamente aconteça entre as próprias cidades inteligentes não apresentarem
em conjunto a plenitude de todas essas características, resultando na dinâmica
da realidade, na verdade, em variar evidenciando a presença do predomínio de alguns
fatores mais do que outros. Revelando, por fim, o diferencial de cada cidade.
Haja vista o que basicamente pode ser percebido
acontecendo em cidades inteligentes ao longo do mundo como, por exemplo, em
Oslo, na Noruega, principalmente se destaca por conta de iniciativas ambientais
e oferecer transporte público eficiente; em Copenhague, na Dinamarca, em
virtude de alternativas sustentáveis e soluções em energia limpa; Gamberra, na Austrália, promover economia de
tecnologia e proporcionar infraestrutura digital; Zurique, na Suíça,
pelo desenvolvimento de serviço público e planejamento urbano de qualidade.
Certamente
que essas características fazem parte de uma cidade inteligente. Não perdendo
de vista que o conjunto dessas características essenciais na cidade inteligente
tenham principalmente por finalidade desempenhar a função de melhorar a
qualidade de vida de seus habitantes.
Contudo,
é preciso ter cuidado de levar em consideração a heterogeneidade das cidades,
isso basicamente significa dizer que soluções que foram bem-sucedidas em
algumas cidades nem sempre conseguirão serem replicadas exatamente da mesma
forma em outras cidades.
É
válido lembrar de dizer que a questão ambiental vem ao longo do tempo assumindo
uma posição central seja na constatação da qualidade de vida ou na definição de
cidade inteligente. Ao ponto em que passa a ser conhecida e chamada não apenas
de “smart city” (cidade inteligente), mas também de “smart sustainable city”
(cidade sustentável inteligente).
Interessante
é perceber que quem costuma optar pelo termo cidade sustentável inteligente tem
naturalmente uma tendência maior a dar mais ênfase para o aspecto ambiental na
análise da cidade inteligente e da qualidade de vida.
46
Não
que isso signifique que os outros aspectos sejam ignorados. Pois, não são
desconsiderados. E é um importante ponto de vista.
No
entanto, é preciso saber que há estudiosos e especialistas do assunto que ainda
que prefiram continuar fazendo uso do termo cidade inteligente, isso não
implica em eliminar o aspecto ambiental dessa perspectiva, pois já estava
incluída a questão ambiental em certas abordagens antes mesmo do uso do outro
termo que foi posteriormente criado.
De
acordo com a concepção de RIZZON (2017) as cidades inteligentes são, ao mesmo
tempo, criativas e sustentáveis. Fazendo uso da tecnologia em seu processo de
planejamento e desenvolvimento urbano com a participação dos cidadãos.
A
cidade inteligente passa a ser menos caracteriza por ser segmentada pela
fragmentação de fatores vistos separadamente ou um único fator preponderante.
Assim como acontecia em determinadas abordagens baseadas apenas na tecnologia,
centrada somente no cidadão, focada na economia ou exclusivamente na dimensão ambiental.
Passando
a ser mais caracterizada por ser integrada na inter-relação estabelecida a
partir da interação de diferentes fatores. Onde a tecnologia, a economia, o ser
humano e o meio ambiente além de coexistir são importantes elementos que
interagem. Estabelecendo inter-relação, por exemplo, entre tecnologia e capital
humano, crescimento econômico e inovação, desenvolvimento urbano e políticas
públicas eficientes alinhadas a preocupação com a preservação e ampliação de
áreas arborizadas e verdes.
Portanto,
o estudo da cidade inteligente é importante, dentre outras coisas, porque enrique
o conhecimento, promove a reflexão e o avanço no debate sobre essa questão. Permitindo,
apesar de que não exista um único padrão, obter maior clareza do que pode ser
definido como uma cidade inteligente.
Passando
a saber na realidade quais são as cidades mais inteligentes e quais são os
principais fatores relacionados aos diversos aspectos urbanos verificados que
colocam certas cidades em posição de destaque. Acontecendo, às vezes, até de
servir de referência para outras cidades que pretendam melhorar a governança,
realizar políticas públicas eficientes, promover
47
planejamento
e desenvolvimento urbano, solucionar ou minimizar problemas urbanos. Evoluindo
por meio do desempenho empregado tentando buscar elevar os seus diferentes
indicadores sem perder de vista a preocupação de gerar qualidade de vida
urbana.
7.1 CIDADE INTELIGENTE: O EXEMPLO DE CAMPINAS-SP
Uma cidade como campinas-SP que é referência em
qualidade de vida. Na qual costuma apresentar nas pesquisas sobre esse tema
expressivo desempenho e quase todos os indicadores acima da média nacional. Apesar
de não existir cidade perfeita, no entanto certamente apresenta um conjunto de
diferentes aspectos ao longo do seu espaço urbano que confirmem porque é
considerada assim uma das cidades não apenas com melhor qualidade de vida
urbana, mas também uma das mais inteligentes do Brasil.
Isso pode, de certo modo, facilmente ser
percebido pelo fato de Campinas ser também considerada polo tecnológico,
industrial, universitário e de pesquisa, principalmente apresentando: um
ambiente propício ao desenvolvimento pessoal, social e profissional; possuir
significativa arborização urbana e áreas verdes; excelente infraestrutura;
expressivo desempenho econômico com uma diversidade e qualidade de serviços e
comércios; espaços de lazer; presença e atuação de importantes instituições,
industrias e empresas; oportunidades de empregos; mão de obra altamente
qualificada.
48
|
QUADRO 13: PRINCIPAIS ASPECTOS DA CIDADE DE CAMPINAS-SP -
Grande Oferta de Lazer, Comércio e Serviços -
Economia Pujante e Diversificada -
Educação de Excelência -
Alta Capacidade de Inovação e Tecnologia -
Infraestrutura Urbana Planejada, Moderna e Segura -
Trabalho Humano Altamente Qualificado -
Importante Presença de Arborização Urbana e Áreas verdes |
Fonte:
Antonio Gustavo (autor), 2025
A conjuntura de Campinas a coloca a cidade em
condição privilegiada no cenário regional e nacional, produzindo vantagens
comparativas nas quais funcionam como atração de investimentos financeiros e
imobiliários (TEIXEIRA; SILVA; 2019).
Na questão imobiliária, por exemplo, de acordo
com dados do IPTU (Imposto sobre a
Propriedade Predial e Territorial Urbana), entre 2015 e 2025, a cidade
registrou um crescimento em média de 38% na construção de apartamentos. Haja vista que em 2015 eram contabilizados
112.813 apartamentos e em 2025 passou a quantidade total a ser de 155.644. Resultando
numa média de mais de 40 mil novos apartamentos, promovendo um adensamento
urbano com crescimento vertical em certas partes apreciadas da cidade.
Na questão financeira, por exemplo, gerando tanto
a dinamização econômica com a produção, consumo e circulação de bens e serviços
quanto o desenvolvimento cientifico, tecnológico e informacional. Além disso, em boa parte, atentando as
necessidades básicas humanas, promovendo o bem-estar e gerando oportunidades.
Isso, sem dúvida, é reflexo do seu desenvolvimento
49
urbano
alcançado ao longo do tempo repercutindo positivamente na imagem da cidade.
Tornando
Campinas uma das melhores cidades do Brasil para se investir, inclusive sendo
considerada a melhor cidade interior do Brasil para investimentos. Esse
reconhecimento veio do Global Cites Index 2025, elaborado pela consultoria
britânica de Oxford Economics. Basicamente porque tem capacidade de receber
negócios e gerar retorno para quem investe. Sendo resultado não apenas
dimensionado pela versatilidade econômica combinando indústria, serviço e
logística, mas também pelo diferencial do capital humano.
Segundo
dados da prefeitura de Campinas, a cidade possui o maior polo tecnológico da
américa latina com mais de 15 mil empresas que atuam no ramo de tecnologia
(CORREIOBRAZILIENSE, 2025). Mantendo importantes centros de pesquisas avançadas
e atuação de grandes empresas, tais como: CNPEM (Centro Nacional de Pesquisa em
Energia e Materiais), CPQD (Centro de Pesquisa
e Desenvolvimento em Telecomunicações), DELL (Dell
Technologies), IGM (IGM
Robótica Ltda), BOSCH
(Robert
Bosch), IBM
(International Business Machines), Samsung (Samsung
Electronics) e
Ambev Tech (Companhia de Bebidas das Américas -Tecnologia).
Além
de muitos startups da cidade que apresentam tecnologias inovadoras como, por
exemplo, no ramo de software e de biotecnologia. Impulsionando a economia
conquistando o mercado não apenas nacional, mas também até o internacional.
De
acordo com o IBGE (2022) Campinas está entre as mais ricas do Brasil. Possuindo
um terceiro setor da economia bastante dinamizado e aquecido. Chegando a
superar 19 capitais brasileiras com o seu PIB (Produto Interno Bruto),
correspondendo a soma de todos os bens e serviços produzidos na cidade
aproximadamente de 72, 94 bilhões.
O
conjunto desses fatores fortalecem ainda mais o setor de mercado imobiliário já
consolidado. Chamando a atenção e despertando o interesse gerando atratividade
em quem busca morar com qualidade, trabalhar gerando renda, desenvolver
projetos, fazer bons negócios ou simplesmente visitar conhecendo pessoalmente.
50
Falar
de cidade inteligente é algo que inevitavelmente remete a se falar de
conhecimento. Porque indubitavelmente o conhecimento tem tudo a ver com cidade
inteligente, manifestando em diferentes aspectos do espaço urbano expressões de
sua influência. Tendo em vista que segundo THUZAR (2011) a criatividade chega a
ser o principal impulsionador da cidade inteligente, valorizando a educação, o
aprendizado e o conhecimento.
Nesse
sentido, de acordo com WINTERS (2011) uma cidade inteligente tem centro de
educação superior com indivíduos de alto nível de escolaridade e força de
trabalho qualificada. Como, por exemplo, acontece em Campinas com a presença e
atuação da universidade de ensino superior pública da UNICAMP e a universidade
de ensino superior privada da PUC de Campinas, ambas sediadas nessa cidade.
Apesar
de cada uma possuir suas especificidades, possuem em comum o fato de geralmente
apresentar excelente desempenho nos principais indicadores do cenário
educacional. Conseguindo se destacar como referências entre as melhores universidades
em avaliações tanto nacionais quanto internacionais. Formando profissionais
altamente qualificados que na sua atuação também colaboram para capacitar mais
pessoas na universidade em diversos estudos e na sociedade ou empresas em
diferentes trabalhos.
Além do ensino
superior, na educação básica e no IDH-M (Índice Municipal de Desenvolvimento
Municipal) Campinas demonstrou importantes avanços nos resultados. De acordo
com dados do IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica), divulgados em
2022, a cidade de Campinas-SP revela notas educacionais acima da média nacional
em todos os níveis de ensino, ou seja, desde anos iniciais e finais do ensino
fundamental até o ensino médio.
O que pode ser
evidenciando nas escolas públicas apresentando em média no ensino fundamental I
(1º ao 5º ano) nota de 6.0; no ensino fundamental II (6º ao 9º ano) nota 5.3;
no ensino média nota 4.4. Inclusive, conseguindo superar no que se refere aos
anos iniciais a meta de nota 5, 5 estabelecida pelo MEC (Ministério da
Educação).
Sendo a cidade
classificada com um IDH-M (Índice de Desenvolvimento Humano Municipal) em média
de 0, 816 que é considerado muito alto. Superior
51
não apenas ao desempenho do seu próprio
índice em período da década anterior, em 2010, de 0, 805 e do índice estadual
de 0,806 (IBGE, 2022), mas também mais elevado que a média nacional.
Segundo RDH
(Relatório de Desenvolvimento Humano) do PNUD (Programa das Nações Unidas para
o Desenvolvimento) de 2023 a 2024 o país apresentou um IDH em média de 0, 760. Enquanto
Campinas evidenciou um índice bem superior acima de 800. O que somado a outros
indicadores, torna ainda mais fácil de entender porque Campinas figura entre as
cidades inteligentes do Brasil.
|
QUADRO 14: DESEMPENHO DE CAMPINAS-SP ENTRE
2015-2019 NO RANKING DE CIDADES MAIS INTELIGENTES DO BRASIL - 2015: 21º lugar - 2016: 10º lugar - 2017: 8º lugar - 2018: 4º lugar 2019: 1º lugar |
Fonte: Connected Smart Cities
Elaboração: Urban Systems; Sator, 2019
O
ranking Connected Smart Cities é elaborado pela Urban Systems e pela Sator correspondendo
a uma importante pesquisa que principalmente revela as cidades mais
inteligentes nas quais apresentam maior potencial de desenvolvimento no Brasil.
Basicamente composta por um total de 70 indicadores e por 11 principais
setores: urbanismo, mobilidade, economia, tecnologia e inovação, educação, meio
ambiente, saúde, segurança, energia, empreendedorismo e governança.
52
Campinas-SP,
em 2019, foi considerada a cidade mais inteligente do Brasil. Sendo a primeira
vez no país que uma cidade não capital consegue ser eleita a líder no ranking
das cidades mais inteligentes. Conseguiu subir no ranking 20 posições em um
período bastante breve de apenas 4 anos passados. Deixando o 21º lugar de 2015
e passando a ser o 1º lugar em 2019.
De
lá para cá, nesse curto espaço de tempo, Campinas foi ganhando melhores colocações.
Conseguindo, por exemplo, sair do 4º lugar do resultado obtido em 2018 e logo
no ano seguinte, em 2019, chegar a ocupar o 1º lugar. Alguns dos desempenhos
evidenciados que proporcionaram a cidade ter se destacado foram identificados
principalmente nos seguintes setores: tecnologia e inovação; empreendedorismo;
mobilidade e governança.
Além
disso, é interessante perceber que nessa cidade inteligente de Campinas
importantes aspectos como o de meio ambiente, sociedade e economia estão não
poucas vezes conectados de tal maneira que não apenas coexistem, mas também se
inter-relacionam.
Haja
vista que possui na dimensão ambiental, significativa quantidade de áreas
arborizadas em vias públicas e áreas verdes de lazer em parques, constituindo Campinas
em uma das cidades mais arborizadas e verdes do Brasil elevando o bem-estar das
pessoas, reduzindo problemas ambientais e garantindo sustentabilidade; na
dimensão social, profissionais altamente qualificados, centros universitários
de estudos avançados com foco em promover educação de qualidade, pessoas
criativas estimulando um ambiente favorável a realização de inovações; na
economia um expressivo PIB (Produto Interno Produto) com ênfase na atuação de
um terceiro setor da economia aquecido, apresentando oferta de serviços bastante
diversificados.
Mais
recentemente, em 2022, Campinas conquistou o Selo Ouro por boas práticas em
cidades inteligentes. Adquirindo mais uma importante premiação da plataforma
Connected Smart Cities em parceria com SPIN (Soluções Públicas Inteligentes) e
Urben Systems. Desta vez, reconhecendo boas práticas para o desenvolvimento de
cidades inteligentes e conectadas.
Campinas
se destacou ficando em 5º lugar num ranking no qual também apareceram as
importantes cidades de Belo Horizonte (MG), São Paulo (SP),
53
Recife
(PE), Salvador (BA) e Santos (SP). Campinas conseguiu ficar assim bem colocada
ao lado dessas cidades brasileiras. Sendo avaliada principalmente nos seguintes
quesitos: planejamento da cidade inteligente; ecossistema de inovação;
governança da cidade inteligente; planejamento de infraestruturas e serviços de
TIC; maturidade para parcerias; tendência de evolução no ranking Connected
Smart Cities.
No
quesito planejamento da cidade inteligente, apresentou o plano campinas cidade
Inteligente. No quesito governança da cidade inteligente, evidenciou o projeto
de cidade inteligente da diretoria de projetos estratégicos e da cidade inteligente
da EMDEC (Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas)
e na SMDETI (Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico,
Tecnologia e Inovação). No quesito ecossistema de inovação, revelou
regulamentação do marco legal das Startups e políticas públicas de incentivo ao
ambiente de inovação.
No quesito planejamento de infraestrutura e
serviços de TIC constatou plano diretor de tecnologia da informação,
comunicação desenvolvido pela prefeitura de Campinas. No quesito maturidade
para parcerias, demonstrou a regulamentação da lei PPPs (Parceria Pública
Privadas) com a realização desse PPP. No quesito tendência de evolução no
ranking connected smart cities, alcançou o 5º lugar Campinas no ranking de
2022. Por essas e outras razões, campinas certamente pode ser considerada uma
cidade inteligente. Onde boa parte do conjunto de seus diferentes aspectos
contribui para alta qualidade de vida urbana.
8. QUALIDADE DE VIDA URBANA EM
CAMPINAS-SP: O DESAFIO DO CUSTO DE VIDA ALTO
O
fato de Campinas merecidamente se destacar como umas das cidades brasileiras
com melhor qualidade de vida urbana gerou uma repercussão positiva da imagem da
cidade que resultou não apenas em Campinas exercer em diversos aspectos uma
atração maior, mas também com essa valorização na elevação do custo de vida.
Por
isso, apesar de ser uma cidade que apresenta uma qualidade de vida alta e
desperta o interesse em muitas pessoas de além de visitar querer morar.
54
Apresenta
custo de vida alto, dentre outras coisas, em função principalmente da valorização
imobiliária e elevação dos preços em diferentes setores.
Porque
acontece dessa cidade ser bastante apreciada normalmente exercendo crescente
atração de mais moradores, empresários, visitantes, investidores, ocasionando o
fortalecimento da tendência de elevação dos preços de aluguel, alimentação,
lazer e transporte. Implicando em mais gastos principalmente em locais mais
nobres da cidade.
Nesse
contexto, segundo pesquisa realizada pela plataforma Numbio que reúne dados de
economia Campinas aparece no ranking das 10 cidades mais caras do Brasil ocupando
o 4º lugar. Atrás apenas do São Paulo (1º lugar), Rio de Janeiro (2º lugar) e
Brasília (3º lugar).
Nessa
pesquisa foi utilizado de indicador de pontuação desde 0 (menor custo de vida)
até 100 (maior custo de vida) possibilitando dimensionar do ponto de vista
econômico as cidades que foram verificadas apresentando custo de vida alto. Campinas
obteve o 4º lugar com 37, 57 pontos. Superando essa cidade na questão de custo
de vida mais alto as seguintes cidades: São Paulo (42, 34 pontos), Rio de
Janeiro (40, 84 pontos) e Brasília (38, 93 pontos).
Interessante
perceber que mesmo assim, ou seja, evidenciando na cidade de Campinas um custo
de vida alto, elevando os preços e tornando o cotidiano financeiro desafiador para
muitas pessoas e famílias. Continua se constituindo em uma das preferências na
escolha popular. Pois, geralmente o custo de vida elevado costuma ser, dentre
outras coisas, compensado pela qualidade e quantidade de ofertas de serviços,
possibilidades de crescimento pessoal e oportunidades profissionais.
Portanto,
um dos desafios que sobretudo no momento a cidade de Campinas atravessa é o de
custo de vida alto do ponto de vista financeiro. Mas, é válido dizer que isso é
algo que não permite generalizações que, ignorando outros fatores, visem induzir
a desqualificar essa importante cidade.
Na
medida em que a elevação do custo de vida aconteceu muito em virtude do aumento
da valorização de Campinas. Essa cidade que conta com a presença de um conjunto
de fatores atrativos exercendo significativa influência assim como continua
sendo uma das melhores cidades para se viver no Brasil em função da elevada
qualidade de vida urbana.
55
9.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Preocupou-se ao longo dessa atividade
intelectual em evidenciar o conjunto de principais aspectos que destacam
Campinas-SP como sendo uma cidade inteligente e, sobretudo, uma cidade que
apresenta uma alta qualidade de vida urbana.
Nesse sentido, confirmou-se que a alta
qualidade de vida urbana estabelece no caso da realidade dessa cidade uma
relação de complementaridade com o conceito de cidade inteligente de tal
maneira que a cidade é considera não apenas de alta qualidade de vida, mas
também inteligente.
Esse estudo científico ao longo do seu
desenvolvimento conseguiu de fato manter o foco sem desviar do objetivo
definido, ou seja, apresentar elementos essenciais que tem correspondência com
a realidade deixando claro porque a Campinas-SP certamente se constitui no
Brasil como uma importante cidade que é referência principalmente na questão de
qualidade de vida urbana.
Para isso, se explicou o que é alta qualidade de
vida urbana e qual a sua importância; principais aspectos urbanos de Campinas,
revelando um significativo desempenho nas dimensões econômicas, sociais e
ambientais através de diferentes indicadores, constatando a relevância de
Campinas com pontuações assim como resultados considerados geralmente acima da
média e alto. Durante esta produção intelectual se reconheceu que o valor do
conhecimento científico deve está não apenas assim em fornecer informações
certas, mas também em promover a vida (ANTONIO GUSTAVO, 2025).
56
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