Não tenha medo de está certo e fazer parte da minoria, mas tenha medo de está errado e fazer parte da maioria.
(Antonio Gustavo)
"É preciso ser um realista para descobrir a realidade. É preciso ser um romântico para criá-la" (Fernando Pessoa)
Não tenha medo de está certo e fazer parte da minoria, mas tenha medo de está errado e fazer parte da maioria.
(Antonio Gustavo)
A existência é o que basicamente acontece no espaço do tempo e no tempo do espaço da duração de uma vida.
(Antonio Gustavo)
Aprendi que nem sempre podemos e nem devemos ser bom com as pessoas que nos fazem mal. Mas, sempre podemos, de alguma maneira, ser bom com as pessoas que nos fazem bem.
(Antonio Gustavo)
Eu sempre costumo oferecer o melhor mundo do universo que sou quando despertam o que há de melhor em mim.
(Antonio Gustavo)
Para
compreendermos melhor a influência não só da centralidade urbana que a cidade
média de Marabá exerce hoje, polarizando na dimensão política e econômica na
sub-região (sudeste paraense) a qual está inserida, é necessário levarmos em
consideração mesmo que de forma rápida que não é só um fato recente, advindo
exclusivamente com a implantação dos grandes projetos, vinda de novos agentes
político-econômicos e a abertura de rodovias de penetração na região.
Pois,
na produção do espaço regional, foi sendo sua centralidade, na verdade,
construída ao longo do tempo, a princípio basicamente podendo afirmar que
estando relacionada com a valorização de atividades ligadas ao extrativismo vegetal de diferentes produtos
econômicos locais.
Uma
vez que no começo na condição de povoado Marabá sua configuração geográfica,
salvo suas especificidades, não era nada diferente da tendência predominante
verificada na realidade de grande parte do restante da região amazônica em que
no momento a dinâmica dos rios era fundamental para a realização das atividades
econômicas e espaciais (CASTRO,2009).
Surgindo
como Burgo do Itacaiúnas, em 1895, menos de duas décadas depois, muda o espaço
de localização, passando, então, a ser situada mais exatamente num pontal de
terra entre os rios Tocantins e Itacaiúnas, local estratégico para o escoamento
da produção, como entreposto comercial do caucho (matéria-prima muito
valorizada que produzia uma goma similar à borracha). Com a crise da borracha,
durante o século XX, em 1919, houve obviamente abrupta queda da comercialização
desse produto, promovendo, por conseguinte, a estagnação econômica regional.
Mas, logo em seguida, imediatamente, se recompõe sua atividade econômica, por sua vez, com a extração da castanha-do-pará passando a ser o produto econômico local a dinamizar demográfica e economicamente a cidade. Já durante a década de 1920, especialmente a partir de 1927, Marabá torna-se o principal produtor de Castanha do Pará no estado do Pará (EMMI, 1999).
O desenvolvimento dessa
atividade pela oligarquia regional conhecida também como oligarquia do
Tocantins, formada normalmente por importantes comerciantes e políticos donos
de terra, foi responsável, concomitantemente, por fortalecer mais a mesma
oligarquia regional existente e permitir Marabá ganhar relevância perante o
Estado (EMMI, 1999). Sendo que durante mais de 50 anos, o domínio das
oligarquias dos castanhais em Marabá foi considerada na época a ordem natural
vigente do poder político e da forma de organização política e econômica da
região. Ao ponto de Marabá, por exemplo, ainda durante esse contexto, em 1913,
de um povoado passar a ser considerado município até, num curto espaço de
tempo, em 1923, ser elevada à categoria de cidade. (VELHO,1972).
Portanto,
assim, nessa etapa do início da cidade de Marabá podemos historicamente afirmar
que é, sem dúvida, com a valorização e o desenvolvimento do extrativismo
vegetal das atividades econômicas locais, empreendidas pela oligarquia do
Tocantins, baseadas principalmente na exploração, num primeiro momento do
caucho, e, num segundo momento, da castanha do Pará que iram ambas, em grande
parte, permitir dinamizar econômica, demográfica e politicamente a cidade de
Marabá no cenário sub-regional do sudeste paraense ao qual ela está inserida.
Entretanto,
a partir de da década de 1960 em diante que observamos propriamente a cidade,
de fato, ganhar maior destaque, assumindo novos papéis e formas-conteúdos mais
complexas de serem analisadas em virtude do processo de restruturação da
produção do espaço regional que nesse momento passa a ocorrer, introduzindo-se
novos ritmos e novos rumos, evidenciando intensas transformações e novas
configurações territoriais, permitindo, cada vez mais, a cidade de Marabá se
consolidar como centro urbano capaz de polarizar e influenciar, especialmente
do ponto de vista sub-regional, um número significado de cidades.
Ao
passo de ter havido uma importância estratégica conferida a Marabá, dentre
outras, como centro urbano no cenário de integração da Amazônia oriental, com
intenso e diferenciado processo de urbanização, aonde articulava-a a diversos
municípios, na medida em que a nova configuração urbana sustentada na lógica
espacial da “rodovia-terra-firme-subsolo” (PORTO-GONÇALVES, 2001) se firmava,
ao mesmo tempo, negando a precedente primazia do antigo padrão de organização
regional baseado na lógica fluvial dos rios, principalmente com a importância
que passa a assumir a Estrada de Ferro Carajás e as rodovias Transamazônica
(BR-230), PA-150, BR-222.
Sendo
esse momento agora de intensa urbanização com o processo de abertura de
rodovias na Amazônia, consequentemente, responsável por enfraquecer a função
dos rios como principais vias de circulação na região ao ponto, por exemplo, da
capital do Estado do Pará, Belém, perder a condição que antes largamente
sustentava de ser a única porta de entrada na região. Resultando logicamente,
nesse aspecto geográfico, na maior autonomia assumida pelos outros centros
urbanos de sub-regiões como Marabá.
Nesse contexto, Marabá
apresenta-se como lócus de grandes investimentos (TAVARES, 1999). Despertando
os interesses do capital industrial e financeiro na região (EMMI, 1999). Não
mais se restringindo, assim, a influência política e econômica das elites
tradicionais da oligarquia regional apoiada no comércio e no extrativismo
vegetal (EMMI, 1999), refletindo como resultado do processo de restruturação
territorial também no condicionamento de uma nova estrutura de poder, onde
passa a haver o predomínio dos novos agentes político-econômicos, tais como
grandes pecuaristas, os bancos, as empresas nacionais e até grandes empresas
internacionais.
De
tal maneira que o surgimento dessa nova elite na região e sua relação com as
políticas do governo, consonante a centralidade urbana de Marabá, vão elevar a
cidade a condição de “Rurópolis”, sede de substancial importância para apoio ao
projeto de urbanismo rural, dotando a cidade de equipamentos urbanos, zona
industrial, lotes urbanos e agrícolas (CARDOSO; LIMA, 2009).
Projeto também de grande ou, melhor dizendo, de maior envergadura regional estimulado pelo governo estadual e que tem em Marabá uma das suas principais cidades de apoio foi o PGC (Programa Grande Carajás) que contribuiu, ainda mais, para incrementar o dinamismo da cidade e certamente da região, já que o PGC implicou na criação da ferrovia e do corredor de exportação de Carajás, nas ações empreendidas na exploração mineral da Serra do Carajás, na construção da UHT (Usina Hidrelétrica de Tucuruí) e outras atividades econômicas.
Outro
evento que vem se somar dentro desse processo no final da década de 1980,
promovida pela Companhia de Desenvolvimento Industrial do Pará (CDI), é a
instalação do Distrito Industrial de Marabá (DIM), ligada a produção minério de
ferro-gusa através das industriais Companhia Siderúrgica do Pará (COSIPAR) e
Siderúrgica de Marabá (SIMARA) (MARABÁ, 2006).
Passando
Marabá a ser marcada por forte migração, grandes projetos e destaque
político-econômico no estado do Pará. Já que expressa nessa nova estruturação
espacial uma concentração em seu ponto de certa disponibilidade de
infraestrutura e a uma relativa densidade técnica, de atividades econômicas,
sociais e políticas (TRINDADE JR; RIBEIRO, 2008). Já que o conjunto dos
projetos e ações sejam governamentais ou empresariais levados adiante,
evidenciam resultados que reforçam os impactos que provocaram, sobretudo, do
ponto de vista econômico e, simultaneamente, a inegável importância que Marabá
progressivamente assume no cenário sub-regional.
Como, por exemplo, o fato de
Marabá, no decorrer do tempo, aquecendo a economia sub-regional, passar a
conter um total de 873 estabelecimentos, compostos por pequenas, médias e
grandes empresas (MARABÁ, 2006); Marabá concentrar investimentos no setor
mineral abrigando grande parte dos projetos voltados para cadeia produtiva
mineral do sudeste paraense (PARÁ INVESTIMENTOS, 2010); Marabá sendo
naturalmente, assim, considerada como importante centro para os negócios e
serviços do sul e sudeste do Pará (ONG VIVER CIDADES, 2004).
Porém,
não podemos esquecer de destacar sua importância, além da dimensão econômica já
mencionada, na dimensão política. Tendo, desde a década de 1960 em diante, o
Estado, importante também agente transformador das dinâmicas da sub-região,
acompanhado em todos os momentos, paralelamente, seja no projeto de urbanismo
rural (cidade de apoio Marabá), nas melhorias infra estruturais (principalmente
as aberturas de estradas) ou na exploração mineral (Programa Grande Carajás),
atuando com ações governamentais no fornecimento de créditos, incentivos
fiscais, dentre outros.
Contudo,
a medida em que o Estado se mostra participante, direta e indiretamente, em
todas as atividades que foram implementadas como projetos de exploração
mineral, urbano rural, infraestruturais, incentivos fiscais e disponibilidades
de créditos. Foi ao longo do tempo, de algum modo, contribuindo para
possibilitar as condições de se sediar importantes instituições em Marabá.
Podemos visualizarmos do ponto
de vista da centralidade política de modo mais evidente possível sua influência
pontuando outros elementos também significativos como o fato de Marabá ser sede
de importantes instituições governamentais, sejam eles municipais ou
principalmente de ordem estaduais e federais que permitem, ainda mais,
evidenciar o papel de polarização em abrangência regional dessa mesma cidade,
atendendo as necessidades da população pertencente a essa sub-região. Pode ser
demonstrado no quadro 1 abaixo.
Quadro 01 – Instituições Públicas Estaduais e Federais localizadas em Marabá
Elaboração: SILVA, Antonio Gustavo, 2017.
Além
do quadro 1 acima que reforça a centralidade política regional que Marabá, sem
dúvida, exerce no cenário da sub-região através da presença e concentração de
importantes instituições, o quadro 2 (NUNES, D. A. 2012)
abaixo evidencia a centralidade política indicando a expressiva força e
irrefutável papel que Marabá exerce na condição de protagonista do ponto de
vista da divisão do Estado do Pará para criação do Estado do Carajás.
Na
medida em que demonstra que a maioria dos eventos realizados em função da
pró-emancipação do Estado do Carajás quando não foram sediadas em Marabá, mesmo
assim, Marabá manteve papel ativo de protagonista, destacando-se no permanente
envolvimento, direto e indireto, na criação, participação, organização,
mobilização e articulação no projeto com outras cidades da sub-região de
influência interessadas no assunto.
Registrando a trajetória dos principais eventos e ações, desde o início com as primeiras reuniões discutindo a necessidade de criação do Estado de Carajás até aos últimos eventos, com a ocorrência do plebiscito sobre a criação do Estado do Carajás.
Quadro 02 - Ações e eventos pró-emancipação do Estado do Carajás.
Outro fator importante que nos permite fornecer uma dimensionalidade do papel de protagonista de Marabá em relação a sua grande parcela de contribuição em prol dos acontecimentos envolvendo a criação do Estado do Carajás é que Marabá não participa somente na mobilização, mas principalmente através dos novos agentes econômicos, pertencentes a elite marabaense, no sentido de proporcionar o financiamento dos eventos. O gráfico 1 abaixo (SILVA, Antonio Gustavo, 2017) baseados em dados (PARÁ, 2012) do tribunal de contas do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) confirmam isso no que diz respeito a localização dos agentes jurídicos contribuintes financeiros para Frente Pró-Carajás.
Gráfico 1. Agentes jurídicos doadores da Frente Pró-Carajás
Elaboração: SILVA, Antonio Gustavo, 2017. |
Marabá
concentrou mais da metade das pessoas jurídicas que diretamente realizaram
doações. Sendo mais precisamente, segundo o gráfico, indicado pela cor azul, na
quantidade de cerca de 58,14% de agentes econômicos de pessoas jurídicas
contribuindo financeiramente.
Enquanto
que, ao mesmo tempo, menos expressivamente, os agentes identificados pela cor
laranja e cinza, compostos por outros municípios, pertencentes a outros estados
e provenientes de outros municípios do próprio estado do Pará, foram responsáveis
no total por pouco menos de 21,00% das doações, numa faixa de 20,93%.
Ainda baseado em dados do TRE (PARÁ, 2012), na Tabela abaixo (NUNES,D. A.2013) no que refere ao valor doado por município para a Frente Pró-criação do Carajás.
Tabela 01 – Valor doado por município para a Frente Pró-criação do Carajás
Elaboração: NUNES, Débora Aquino, 2013.
Conforme
a tabela 01 revela 36,74% podemos constatar, mais de um milhão de reais, exatos
R$ 1.041.700,00 do valor doado para a campanha pró-Carajás foi originário de
agentes concentrados em Marabá, mais que duas vezes maior que o valor doado
pelos agentes da segunda cidade, Tucuruí, que mais contribuiu com cerca de
15,89%, correspondendo a R$ 450.500,00 do total das doações. Destacando a
importância dos agentes localizados no Sudeste Paraense, principalmente Marabá,
que contribuíram ao todo com 78,38%, R$ 2.222.380,60, do total arrecadado.
Sendo
assim, percebe-se, então, facilmente que os agentes concentrados em Marabá são
não só os que mais se mobilizam e articulam, mas, de fato, os que mais também
contribuem para campanha plebiscitária da frente Pró-Carajás.
Conclui-se conforme observado e analisado que a protagonista cidade média de Marabá certamente apresenta significativa centralidade tanto do ponto de vista econômico quanto político, base de importantes projetos, pólo econômico e decisório regional, representações políticas públicas e privadas, centro financeiro e das ações do movimento pró-Carajás (NUNES; LIMA, 2012). O que em conjunto levando em consideração a soma de cada um desses diferentes fatores atestam validamente na direção, ainda mais, de sua importância e reforçam seu inegável papel de protagonista na sub-região a qual faz parte do sudeste paraense.
TEXTO: ANTONIO
GUSTAVO
REFERÊNCIAS:
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CASTRO, Edna. (Org.).
Cidades na floresta: São Paulo: Annablume, 2009.
CARDOSO; LIMA. A influência do governo federal sobre cidades na Amazônia: os casos de Marabá e Medicilândia. Novos cadernos NAEA. v.12, n. 1, p. 161-192, jun. Belém, 2009.
EMMI, Marilia. F. A oligarquia do Tocantins e o domínio dos castanhais. 2 ed. Belém: UFPA/NAEA, 1999.
MARABÁ.
Prefeitura Municipal. Diagnóstico do Plano Diretor de Marabá. Marabá, 2006.
NUNES, Débora. A; LIMA, M. M. A cidade média de Marabá; novas dinâmicas territoriais e centralidade urbano-regional na Amazônia oriental. In: Anais do I . Seminário de Desenvolvimento Regional, Estado e Sociedade. Rio de Janeiro, 2012.
NUNES, Débora. A. Marabá: Dinâmicas socioespaciais e centralidade política de uma cidade média na Amazônia oriental. Relatório de Pesquisa (Programa de Iniciação Científica – PIBIC/UFPA). Belém, 2012.
ONG VIVER CIDADES.
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PORTO-GONÇALVES, C. W. Amazônia, amazônias. São Paulo:
Contexto, 2001.
PARÁ INVESTIMENTOS.
Oportunidades e desafios 2010-2014. 2º ed. Janeiro, 2010.
PARÁ. Tribunal Regional
Eleitoral. Prestação de contas nº339.2012.6.140000 (Frente Pró-Carajás). Belém,
2012
SILVA, Antonio Gustavo.
Plebiscito do estado do Pará e a relevância sub-regional de Marabá e Santarém:
a importância do debate regional na geografia. Marabá: UNIFESSPA, 2018.
TRINDADE
JR. Saint-ClairCordeiro. Cidades médias na Amazônia oriental. Revista
Brasileira de Estudos Urbanos e Regionais, vol. 13, núm. 2, pp.135-151,
novembro, 2011.
TAVARES,
Maria. G. C. A dinâmica espacial da rede de distribuição de energia elétrica no
Estado do Pará (1960 – 1996). Tese (Doutorado) – Programa de Pós-Graduação em
Geografia, Instituto de Geociências, UFRJ, 1999.
VELHO, Otávio. G.
Frentes de expansão e estrutura agrária: estudo do processo de penetração numa
área da Transamazônica. Rio de Janeiro; Zahar, 1972.
A geografia é a ciência
responsável por estudar o conjunto de diferentes e diversos fenômenos humanos e
naturais que ocorrem no espaço. Para isso, a geografia tem disponível múltiplas
possibilidades de analisar e compreender as manifestações espaciais dos fenômenos.
Comumente, podemos apontar
cinco conceitos básicos através dos quais nos permitem ser adquiridos e
transmitidos seus conhecimentos, sendo espaço geográfico, território, região,
paisagem e lugar. Em que vai nos interessar especialmente o conceito de região,
essencial a análise geográfica:
(...) o conceito de região
está associado ao trabalho do geógrafo. Deixá-la de lado é abandonar um signo
que identifica a Geografia perante as ciências. Repensar a região hoje
significa uma maneira de contribuir para a superação da crise das ciências
sociais e colaborar, enquanto geógrafo, na compreensão e impasses do mundo
contemporâneo (...) (BECKER; EGLER, 1994, p.14)
Por sinal, o de
longe mais reconhecido geralmente como um objeto próprio do saber geográfico. O
conceito de região se confunde com a própria origem da geografia, pois faz
parte não apenas do início do pensamento geográfico, mas também posteriormente da
sua institucionalização e constituição como ciência. Além disso, o conceito se
sobressai aos demais dada a capacidade que possui de ser integrador,
conseguindo abranger os fenômenos naturais e os fenômenos humanos e a relação
que ambos estabelecem entre si, natureza-sociedade, verificados na análise
regional.
Os fenômenos tanto variam de lugar a lugar quanto as
suas inter-relações também variam. Os elementos possuem relações internas e
externas à área. O caráter de cada área seria dado pela integração de fenômenos
inter-relacionados. Logo, segundo o geógrafo norte-americano Richard
Hartshorne, a análise deveria buscar a integração do maior número possível de
fenômenos inter-relacionados. (MORAES, 1986, p. 88).
Inclusive, essa integração diante de fenômenos
heterogêneos evidenciada na perspectiva regional corresponde a uma
característica essencial que reflete positivamente em proporcionar condições
favoráveis de aproximar nos estudos e nas pesquisas da geografia os geógrafos
físicos e geógrafos humanos. Contribuindo assim para superar até certo ponto a
fragmentação do conhecimento artificialmente estabelecido.
Outra importante ideia relacionada a essa questão do
conceito de região. É que desde a origem da geografia assume grande
centralidade a necessidade de recortar o espaço que nos remete, imediatamente,
ao conceito de região que na raiz etimológica do seu termo está associada a
ideia de recorte ou delimitação. Nesse sentido, podemos dizer que assim como os
historiadores tem na periodização que corresponde a recortar o tempo, a grosso
modo, parte de um tempo, uma das suas questões centrais.
Nós como geógrafos temos no recortar o espaço, parte
de um todo, regionalização uma das nossas principais preocupações. Ora como um
recorte dado pela natureza, ora como um recorte político-administrativo, ora
como um recorte econômico ou ora como um recorte cultural. Por isso, pode-se
falar em inúmeras regiões, por exemplo, em regiões naturais, regiões
político-administrativas, regiões econômicas e regiões culturais.
As regiões são variadas conforme são variados os
critérios utilizados que as identificam ou as criam. Regionalizar implica não
apenas em uma representação para um melhor entendimento de alguma parte do
mundo, mas também na criação de novas realidades. Porque é uma
realidade presente assim como é uma elaboração intelectual.
Normalmente revelando uma certa finalidade, destacando
razões e motivos da sua existência ou apresentando uma certa organização,
extensão e direção do fenômeno espacial na dimensão regional. Identificada por um
ou mais critérios que quando selecionados e estabelecidos por uma ou mais forças
combinadas são capazes de exercer influência consolidando na realidade. Em meio
a um conjunto de muitas irregularidades, determinando alguma regularidade, isto
é, em meio as tantas desordens a manifestação de alguma ordem, em meio ao que é
geral e ao que é singular o que é particular, em meio as diversas diferenças algo de
mais comum. Basicamente resultando divisões de territórios em regiões que,
sobretudo, apresentam características particulares.
Acrescentado a ideia de recortar o espaço associado ao
conceito de região temos, ainda, também a importante noção de diferenciações de
áreas. Há quem considere como se essa noção fosse o estudo da própria
geografia. Já que se desaparecessem as diferenças espaciais, logo
desapareceriam, igualmente, as regiões.
Podemos perceber que desde antigamente na origem da
geografia apontada com os precursores Estrabão (Grecia 63 a.C. ou 64 a.C.
ca.24) e Ptolomeu (Egito, 90 d.C. - Canopo, Egito, 168 d.C.) já continham essa
preocupação. Mesmo que trabalhando em diferentes escalas e apresentando pontos
de vistas divergentes, o primeiro com uma abordagem mais histórica-descritiva-qualitativa
e regional, o segundo com uma abordagem mais matemática-cartográfica,
quantitativa, geral, ambos abrigavam convergindo nas suas considerações a noção
de diferenciações de áreas.
Compartilhando desse
entendimento nessa questão o geógrafo alemão Alfred Hettner, em sua obra no
final do século XIX, concluiu que:
A matéria especifica da
geografia, desde os tempos mais remotos até os dias de hoje, consiste no
conhecimento das áreas da terra na medida em que diferem uma das outras.
(HETTNER apud HARTSHORNE, 1978, p.14)
Mas, foi principalmente a partir do
início do século XX em diante que a geografia regional, de fato, apresentou
maior reconhecimento e majoritário domínio institucional na produção e reprodução do
conhecimento geográfico em diferentes perspectivas, com geógrafos que iam desde
Vidal de La Blache, passando por Richard Hartshorne até Alfred Hettner, cada qual
da sua maneira, assumindo como questão fundamental as diferenciações de áreas.
Na abordagem regional do trabalho científico do importante
geógrafo francês Paul Vidal de La Blache prevalece a descrição, a comparação e a
conclusão. Valorizando a realização de estudos de campos e utilizando nesse
método vidaliano elementos naturais de “posição, aspectos físicos e
extensão” (RIBEIRO, 2012, p.29) que promovem conexões com elementos humanos da
história, geografia e cultura. Revelando, de certo modo, diferenciações de áreas no estudo do meio ora pela ação da natureza, ora pela ação humana ou ora pela
interação humana e da natureza na totalidade. Constatando possibilidades de a
natureza exercer influência no ser humano e o ser humano exercer influência na
natureza. Sem propor um modelo fixo, mas sim flexível e variado tal como é esse
objeto de estudo geográfico.
Acompanhando a trajetória do conceito de região a
partir do geógrafo Vidal de La Blache, podemos verificar a
evolução e mudança que sofreu o conceito, no decorrer do tempo, por conta da
própria natureza da dinâmica da realidade mutável e contraditória, sendo
necessário senão, por sua vez, não daria mais conta de corresponder a
expectativa de obter compreensão de boa parte dos acontecimentos espaciais.
O geógrafo brasileiro Rogério
Haesbaert (2010) vai mostrar como o conceito foi sendo reelaborado, mostrando
três grandes fases pelas quais a região apresentou, igualmente, em cada uma das
diferentes fases, três concepções distintas.
A primeira fase basicamente os elementos naturais predominavam, podendo
variar o fator considerado se vegetação, clima, hidrografia, conforme a região
tratada de tal maneira que em parte se menosprezava as divisões
político-administrativas. Podendo, assim, ser confirmado na obra do autor “As
divisões fundamentais do território Francês” (VIDAL DE LA BLACHE. P, 1888).
A segunda fase corresponde a um momento de transição
em que as mudanças operadas na realidade começam a refletir, igualmente, na
mudança do conteúdo do conceito de região, pois se migra da abordagem da região
de bases naturais de outrora agora rumo na direção de uma região com bases nos
aspectos humanos, ou, na imbricação da relação homem-meio. Podendo ser
confirmado na sua obra “Tableau de laGéographie de la France” (VIDAL DE LA
BLACHE. P, 1903).
Na terceira, e última, fase com a industrialização,
urbanização e evolução técnica, assistimos a intensificação da ação humana de
tal maneira que provoca a introdução da concepção de região econômica refletida
na ideia, por exemplo, de região funcional, onde os limites regionais antes
rígidos passam a ser mais fluídos. Podendo ser verificado no seu artigo
“RégionsFrançaises” (VIDAL DE LA BLACHE. P, 1910).
Ainda que Vidal de La Blache tenha vivido em um outro
contexto bastante distinto do contemporâneo. Elaborando conceitos e noções de
região que correspondem à realidade da época na qual viveu. Podemos mesmo assim
por meio desse notável geógrafo Vidal de La Blache, confirmar que a região não
deixa de existir, mas que ela é submetida, num momento ou noutro, ao processo
de construção, destruição e reconstrução ou, por outras palavras, segundo o
geógrafo Rogério Haesbaert em “vida”, “morte” e “ressureição” (HAESBAERT,
2010).
Tendo em vista a necessidade de usar concepções e
modelos pelos quais possam corresponder a realidade que é dinâmica,
contraditória e mutável implicando na necessidade de mudar a região e
regionalização. Na medida em que também muda na realidade presente. Sendo cada
concepção, assim, apropriada de acordo com o contexto de cada momento
histórico-geográfico que confere substancialmente utilizá-la.
Nesse sentido, as regiões não são as mesmas, basta
verificar no começo as regiões tradicionais tinham em comum como
características principais apresentadas a maior estabilidade, regularidade,
fixidez, contiguidade espacial, solidez. Em contrapartida, as de hoje
evidenciam nítidos contrastes, pois apresentam como características observadas
o maior nível de instabilidade, irregularidade, descontinuidade, fluidez,
liquidez.
Salvando exceções e especificidades próprias de cada
abordagem regional. Hoje, na maioria das vezes, a ideia de região aparece
compreendida como particularidade, como mediação entre o universal e o
singular, o global e o local, não sendo absolutamente por mais que se pretenda
única ou homogênea, mas é marcada por elementos que evidenciam
particularidades. (LENCIONI, 1999).
Levando em consideração que
as regiões são hoje também abordadas e marcadas pelo caráter de mutação, de
mobilidade e de fluidez do que necessariamente de conservação, fixidez e estabilidade.
Sendo assim, em relação a estas mudanças:
A região está se
fragmentando, tornando-se não tão desorganizada (...) quanto deslocadas nos
termos em que costumamos considerar regiões como áreas contínuas e demarcadas.
(THRIFT 1996, p, 239)
Portanto, assim observando a trajetória da abordagem
regional atravessando tantas transições, períodos, etapas e fases e mesmo, ao
contrário do que erroneamente afirmavam a princípio sobre seu suposto fim,
permanecemos vendo não só sua existência vigorosa assim como prosseguimos reconhecendo
e confirmando conforme o que concluiu o geógrafo britânico Nigel Thrift (1995,
p.242) “a geografia regional é essencial à prática de produzir geografia”.
Tendo em vista as amplas perspectivas acerca da região
já existentes e as novas que não cessam de se avolumarem e a complexidade que
este conceito se reveste, percebe-se a região principalmente pelas
particularidades naturais ou socioespaciais que a caracterizam e a regionalização produtora
não apenas de diferenças bem como de certos aspectos comuns.
Não só vista como resultante de construções
intelectuais, sendo normalmente abstrata e ideal, mas também, ao mesmo tempo,
como oriunda de construções práticas, sendo comumente concreta e real. Partindo
da compreensão de que “regiões refletem tanto diferenças no mundo quanto ideias
sobre diferenças” (HAESBAERT, R.1999,
p. 92). Ou, por outras palavras, poderíamos dizer que a região basicamente
comporta tanto interpretações quanto fatos acerca de si.
Sem proceder a buscar estabelecer uma separação
rígida, ou seja, uma fronteira delimitando exatamente onde uma (intelectual,
abstrata e ideal) e outra (pratica, concreta e real) dimensão da região começa
e termina. Já que são duas dimensões, na verdade, essencialmente complementares.
Estabelecendo relações entre si.
O debate regional não tem
limites e retoma a sua força contemporaneamente, tendo em vista que no contexto
atual ao invés de uma globalização homogeneizadora vemos, na realidade, a
recriação da diferença no planeta em face da diversidade regional existente e
da complexidade dos novos conteúdos-formas que apresentam essas questões.
Não pensamos que a
região haja desaparecido. O que esmaeceu foi a nossa capacidade de
reinterpretar e de reconhecer o espaço em suas divisões e recortes atuais, desafiando-nos
a exercer plenamente aquela tarefa permanente dos intelectuais, isto é, a
atualização dos conceitos. (SANTOS, 1994, p. 102)
Expressando, dentre outras maneiras possíveis, a
importância do debate regional na geografia, conscientes de que “a utilização
do termo entre os geógrafos, no entanto, não se faz de modo harmônico: ele é
muito complexo” (CORRÊA, 1986, p. 22); a necessária reelaboração do conceito de
região promovida ao longo do tempo, sendo que a região “sempre foi pertinente à
perspectiva geográfica, apesar de se constituir, ainda hoje, em uma noção
problemática” (LENCIONI, 2009, p. 14).
Tendo em vista que neste contexto
sócio espacial atual de rápidas e intensas transformações como esse, por
exemplo, provocado pelo fenômeno hegemônico da globalização (SANTOS, 1996) em
que basicamente há impulsionado pela evolução dos meios de comunicação, dos
transportes e da tecnologia um forte aprofundamento das relações econômicas,
políticas e culturais a nível global.
Em que a princípio se imaginava bastante
que o fenômeno da globalização, mais visível a partir principalmente da década
de 70 em diante, com a intensificação dos fluxos de pessoas, mercadorias e,
sobretudo, informações, iria manifestar sua expressão na dimensão espacial de
modo mais contundente num determinado momento com a homogeneização espacial do
mundo, ocasionando em decorrência de se captar como indiferenciado, no início,
o fim não só das regiões como também, depois, o próprio fim da geografia.
Não faltou, diante disso,
estudiosos, de um lado, que tanto se prontificassem a afirmar o seu fim e
estudiosos, de outro lado, que se posicionassem a defender a existência e
relevância de se prosseguirem com os estudos regionais da geografia.
Os primeiros grupos de estudiosos,
apesar dos argumentos ora convincentes e aparentemente corretos, estavam no
fundo errados, uma vez que confundiam, muitas das vezes, de maneira simplista o
fim da geografia com a superação, em grande parte, das barreiras e das distâncias
promovidas por intermédio das evoluções tecnológicas, dos transportes e das
comunicações.
Nesse sentido, depois de decretarem
o fim das regiões, na década de 90, decretavam o fim da geografia, como um dos seus
principais defensores dessa ideia Fukuyama (1989), O’Brien (1992) e Virilio
(1997) este último, importante pensador frânces, mas que nesse assunto em específico
erradamente pensava, por exemplo, que a fluidez global iria chegar ao ponto de
plenamente sucumbir as barreiras e as distâncias. Permitindo, assim, conectar
instantaneamente, em diferentes dimensões materiais e imateriais, os lugares no
mundo.
Do outro lado,
dos que defendem a importância não apenas da geografia regional, mas também da
geografia de um modo geral, temos, dentre outros, um dos maiores geógrafos
brasileiros Milton Santos afirmando:
A região
continua a existir, mas com um nível de complexidade jamais visto pelo homem.
Agora, nenhum subespaço do planeta pode escapar ao processo conjunto de
globalização e fragmentação, isto é, de individualização e regionalização
(SANTOS, 1999, p.16).
Levando em
consideração o que foi dito, então, se a região ainda existe é fundamental um
esforço para compreendermos que não se trata mais da região e regionalização
concebida e sustentada sobre a base de um ponto de vista tradicional, mas que
apresenta novos elementos para submeter a análise de outras bases, num ponto de
vista atual.
Para Milton Santos, por exemplo, após o advento da
globalização a região passa a se configurar com mais força na dimensão
funcional em relação a articulação estabelecida de um local ao modo de produção
global. Região e lugar
se identificam na cidade, onde há o encontro e o
desencontro de
múltiplos vetores da modernidade.
Sendo assim, na definição atual das regiões, Milton
Santos (1994, p. 92) diz que longe estamos daquela solidariedade orgânica que
era tão própria da definição do fenômeno regional. O que temos hoje são
solidariedades organizacionais. Implicando em redefinir a região essa relação fortemente
intensificada entre o local e o global.
Os
progressos realizados no domínio dos transportes e das comunicações, bem como a
expansão da economia internacional - que se tornou “generalizada”- explicam a
crise da noção clássica de “região”. Se ainda pretendemos manter a denominação,
somos obrigados a redefinir a palavra. (SANTOS, 2008 [1978])
A região assim está evidentemente
deslocada do sentido da lógica de produção espacial antiga, passando a
apresentar tanto dinâmicas quanto características que a torna, apesar de possível,
menos fácil de ser descrita, classificada, comparada e explicada como costumava
a ser.
O acontecer regional há horizontalidades e
verticalidades, mas passa a está mais relacionada a verticalidades do que
horizontalidades. Porque as verticalidades são próprias da solidariedade
organizacional enquanto que horizontalidades são próprias da solidariedade
orgânica. Horizontalidades são uma das características centrais da noção clássica
de região e verticalidades são uma das características centrais da noção
moderna de região.
A verticalidade corresponde a relação entre pontos dispersos
no espaço, pontos descontínuos interligados pela técnica e pela informação que
recebem ordem e
a executam conforme necessidades estranhas ao lugar (SANTOS, 1997). Os fatores da verticalização encontram-se no comércio internacional, as demandas das multinacionais e do capital
financeiro que trazem outras ordens aos lugares, tornando-os progressivamente subordinados
ao processo de mundialização do capital.
A internacionalização do capital na globalização revela a
debilidade do antigo conceito de região. Pois, o edifício regional estável e
coeso cede lugar à instabilidade e várias mudanças na sua forma e no seu
conteúdo. Por outras
palavras, podemos dizer que se constata fatores externos exercendo assim na
região uma influência mais preponderante do que fatores internos.
A tendência atual é a de que os lugares se unam verticalmente
e tudo é feito para isso, em toda parte.
(SANTOS, 1997: 206).
Sendo necessário agora não
deixar de considerar a região, mas sim realizar mesmo um esforço intelectual em
função de ressignificar, ou seja, redefinir esse conceito impregnado de outras
racionalidades. Atribuindo novas explicações e usos adequados. A região assim é
um conceito polissêmico e admite diferentes significados.
As regiões são o suporte e a condição
de relações globais que de outra forma não se realizam. Agora, exatamente, é
que não se pode deixar de considerar a região, ainda que reconheçamos como um
espaço de conveniência mesmo que a chamemos por outro nome (SANTOS, 1996).
Importa assim
mudar a perspectiva e o tratamento da forma-conteúdo do conceito conforme a
dinâmica de mudança da realidade que não é igual a pressupor que o conceito de
região deva deixar de existir. O que deixa de existir nem tão pouco é a
explicação e o uso do conceito de antes aplicado a realidade de antes, mas sim
o que muda mesmo é a explicação e uso do conceito de região empregado na realidade
de agora. Como bem nos lembra Rogério Haesbaert:
Não faltam,
portanto, novas perspectivas para a análise regional, sejam na forma das
antigas regiões-zona, ou na forma das regiões-rede ou das redes regionais.
(HAESBAERT, 2002, p. 21)
Portanto, regiões nunca antes deixaram e nem, muito
menos, hoje deixam de existir, o que aconteceu foi que novas regiões e novas regionalizações
passaram a emergir. Bem mais agora do que outrora os geógrafos enxergam as
regiões não como conjuntos únicos e isolados, mas sim como conjuntos temporários
e relacionais submetidas a contínuas transformações.
Por isso, não é
difícil de perceber porque que na geografia regional, ao longo do tempo, apesar
de ter a região se tornado em algo menos simples e mais complexa, consegue por
diversos motivos e razões assim nos diferentes estudos regionais continuar sendo
como sempre foi, sem dúvida, uma questão importante. Dentre outras coisas,
principalmente por contribuir para elucidar de maneira significativa no entendimento
dos acontecimentos reais.
TEXTO: ANTONIO GUSTAVO
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O tempo é algo que nunca adia, nunca atrasa, nunca para e nem nunca acaba. O tempo apenas sempre passa.
(Antonio Gustavo)
Pessoas ruins não apenas influenciam outras pessoas a dissuadir de fazer o bem, mas também a persuadir a fazer o mal.
(Antonio Gustavo)
A paixão pelo o que você faz ao invés da necessidade de aprovação é a melhor motivação que você ter. (Antonio Gustavo)