No mundo globalizado em que vivemos que nos possibilitou nas últimas décadas o aparecimento e expansão de novas ferramentas com os avanços tecnológicos, nos transportes e, sobretudo, nas telecomunicações. Pensando na perspectiva educacional, o método de ensino tradicional restringido ao modelo das aulas presenciais com o professor e aluno no ambiente escolar da sala de aula, apesar de manter sua importância, ficou defasado como única alternativa.
Somado,
ainda, ao cenário do contexto imposto pela pandemia provocada pelo coronavírus
que comprometeu, em grande parte, dentre outras coisas, o contato humano
promovendo o isolamento social. Dificultando a ocorrência, assim, das aulas
presenciais como normalmente acontecia.
Diante
disso, há a necessidade fundamental de com o advento de novas ferramentas das
TICs (Tecnologias da Informação e Comunicação), não só obviamente utilizá-las
auxiliando na educação a distância, mas repensar os antigos métodos de ensino,
quem sabe, criando novos e significativos métodos, agregando maior valor ao
processo de ensino-aprendizagem.
Mas,
nesse processo, alguns questionamentos são pertinentes: Como as diversas
ferramentas digitais podem colaborar no ensino? Como consolidar o ensino remoto
numa disciplina específica ou transversal que consiga abranger todos os cursos
da área de licenciatura? Como fazer isso? De modo que permita implicar numa
mudança de amplo e profundo alcance? Como conseguir no presente contribuir com a formação
dos estudantes, de certo modo, inviabilizada pelo coronavirus? Fomentando, ao
mesmo tempo, condições favoráveis para haver a inclusão digital, permitindo
acesso as TICs (Tecnologias da Informação e Comunicação) sem a qual o ensino
remoto ficará inviável?
Uma
das propostas que podemos destacar diz respeito a incluir e
acrescentar nos componentes curriculares dos cursos, principalmente, de
licenciatura - aonde o foco maior reside no interesse de formar educadores que
geralmente vão atuar na área de ensino com estudantes - a disciplina: ensino
remoto.
Pois,
assim, permitirá proporcionar condições de estimular noções básicas através de
conhecimentos, instrumentos e orientações a nível teórico e prático para os
educadores, professores, estarem preparados para, então, conectados atuarem nesta
nova realidade muito mais complexa e dinâmica dos nossos dias, contribuindo com
os estudantes.
Afinal,
nesta época do mundo globalizado na qual, curiosamente, há outros pensadores
que preferem chamar de era digital. Os estudantes, na maioria das vezes, já
nascem praticamente mergulhados em tecnologia e conectividade. Conforme aponta,
por exemplo, “Dados de Uso da Internet” divulgados pela Global Digital Report
2018, constatando a média de existência de 4 bilhões de novos usuários na
internet e indicando a contínua tendência de crescimento na quantidade de novos
usuários da internet.
Portanto,
ignorar esse fato pode facilmente corresponder a nos colocarmos em atraso tanto
na difusão da educação, levando muito mais conhecimentos, através do ensino
remoto quanto no que se refere às novas possibilidades de conceber a aproximação
na comunicação de professores e estudantes.
Sendo
assim, a proposta de ensino remoto, pode a princípio ainda equivocadamente parecer
simples, porém é bastante relevante, na medida em que consiste numa mudança impactante
e positiva, visando se adaptar e adequar à realidade do nosso tempo. Porque
está fora do mundo digital equivale hoje a não acompanhar o ritmo acelerado da
maneira com que as coisas acontecem. Levando em consideração um conjunto de
novas ferramentas, métodos de ensino, reflexões em prol de manter e/ou tornar o
processo de ensino e aprendizagem não só importante assim como interessante.
Contudo,
é válido ressaltar que jamais deve ser entendida como uma proposta que vise subestimar
e, muito menos, ignorar o valor das aulas presenciais, uma vez que o ensino
remoto coloca-se como uma alternativa complementar as aulas presenciais que
certamente mantêm, por diversos fatores, sua parcela de importância.
Nesse
sentido, a proposta de incluir o ensino remoto, sem dúvida, é muito mais que
apenas algo para refletimos, mas uma alternativa necessária para nós
preocuparmos em buscar condições de realizar, tornando a educação mais acessível
e atual.
TEXTO:
ANTONIO GUSTAVO