quinta-feira, 5 de janeiro de 2023

AUMENTO DA EVASÃO ESCOLAR NO BRASIL

Ao abordar a respeito do aumento da evasão escolar no Brasil que basicamente caracteriza-se pelo abandono escolar, ou seja, o educando deixando de frequentar o espaço da escola. É importante levar em consideração alguns aspectos que são pertinentes para toda a sociedade. Fatores como a falta de interesse e problemas financeiros devem ser analisados.

Na medida em que percebe-se que tanto na dimensão social a falta de interesse quanto na dimensão econômica os problemas financeiros dos educandos correspondem, em grande parte, aos principais fatores provocadores do fenômeno da evasão escolar no Brasil. De acordo, dentre outros estudos, com o que diz pesquisa realizada pela FGV (Fundação Getúlio Vargas).

Pois, a falta de interesse, por um lado, acontece quando geralmente o educando procede a começar faltando esporadicamente e, posteriormente, acaba faltando definitivamente, inclusive ocorrendo em casos até com educandos que simplesmente se sentem desmotivados, tendo em vista que não tem, por exemplo, necessidade de trabalhar para auxiliar nas suas próprias despesas econômicas ou contribuir para complementar a renda familiar.

 Importante frisar aspectos envolvendo o modelo de ensino aplicado que, muitas vezes, é defasado e descontextualizado, normalmente não relacionando elementos do seu conteúdo escolar a realidade dos alunos, não levando em consideração no processo de ensino e aprendizagem os conhecimentos prévios dos alunos, além de não estimularem os alunos a participarem e interagirem durante a realização das aulas. Criando assim pouco ou quase nenhum sentido de vida e permanecendo, indesejavelmente, desinteressante.

Sendo essencial diante desse contexto que as escolas através de um conjunto de esforços articulados, dialógicos e participativos da comunidade escolar busquem proporcionar a melhoria do ensino, estimulando a motivação dos alunos não somente para permanecerem com os estudos, mas também comprometerem-se a demonstrar ao longo do tempo evolução no desempenho escolar.

Além disso, incentivando, por exemplo, a formação continuada de professores. Visto como uma alternativa que, sem dúvida, é relevante para impulsionar conseguir, a medida do possível, acompanhar as novas tendências da educação assim como desenvolver de maneira permanente e constante o aprimoramento da prática docente. Resultando como reflexo disso em contribuir para um ensino de qualidade e a aprendizagem dos alunos.

Problemas financeiros, por outro lado, fomenta o aumento da evasão escolar, sobretudo pela questão da desigualdade social, isto é, o predomínio de uma realidade social na qual alguns têm condições materiais favoráveis de se manter na escola, enquanto que outros estão amplamente submetidos a condições desfavoráveis. Tendo que chegar ao extremo ponto de em algum determinado momento recorrer a opção de abandonarem o espaço escolar em função de passarem a trabalhar para ajudar a suprir as suas necessidades básicas pessoais ou de seus familiares.

O problema é que a fim de garantir, assim, o seu sustento imediato, ocorre de prejudicarem a sua qualificação profissional, uma vez que obviamente demandaria o investimento de mais tempo dedicado a formação nos estudos que foram interrompidos pela evasão escolar. Frequentemente tal acontecimento, muitas vezes, conduzem pela vida a perpetuarem um ciclo de subemprego com baixos salários ou de miséria com poucas oportunidades.

Reverter esse cenário socioeconômico negativo estabelecido para algo, na realidade, mais positivo. Certamente consiste, de certo modo, na garantia de um dos direitos previstos na lei N° 8.069 de 1990 do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) numa parte relativa ao artigo 53 que assegura que deve existir “igualdade de condições para o acesso e permanência na escola”. Isso é fundamental porque, antes de tudo, lembra que a educação conforme consta no artigo 205 da Constituição Federal de 1988 é “direito de todos”.

Portanto, é necessário, dentre outros fatores, além de buscar promover significativas mudanças no que diz respeito ao modelo de ensino defasado e descontextualizado vigente para combater o desinteresse dos educandos também estimular políticas públicas que combatam à desigualdade social que evidencia problemas financeiros dos educandos, possibilitando consequentemente a redução do fenômeno da evasão escolar no Brasil.

TEXTO: Antonio Gustavo 

segunda-feira, 2 de janeiro de 2023

PAÇO DA LIBERDADE

 



O edifício Paço da Liberdade localizado no Centro de Curitiba, capital do Estado brasileiro do Paraná, em frente a praça Generoso Marques, é um dos patrimônios históricos mais importantes da cidade de Curitiba. Construído no espaço onde antes havia o antigo mercado municipal.

Na época de sua criação foi idealizado pelo Prefeito Cândido de Abreu e foi inaugurado em 24 de fevereiro de 1916 com intuito primordial de se estabelecer como sede municipal da Prefeitura. Acredita-se que a data da inauguração faz simbolicamente alusão a mesma data correspondente a promulgação da primeira constituição republicana do Brasil.

Ficando o mesmo, assim, funcionando como Prefeitura em média durante mais de 50 anos até 1969, além de Câmara de Vereadores durante um pouco menos de 40 anos até 1955. Sendo, então, caracterizado como um espaço político, agrupando as atividades tanto executivas quanto legislativas que atendia as diferentes demandas da cidade. Curiosamente, o Paço da Liberdade abrigou o primeiro elevador da cidade de Curitiba instalado na sua construção.

Após haver a saída da Prefeitura e da Câmara de Vereadores do local, passando a ocorrer algumas breves reformas que quando concluídas praticamente em meados do início da década de 70, implicaram na decisão de transformarem, nesse momento, o edifício em sede do Museu Paranaense que permaneceu funcionando como museu até 2002. 

Atualmente, o edifício já possui seus mais de 100 anos completados em 24 de fevereiro de 2016. Foi restaurado, entre 2007 e 2009, em uma parceria da Fecomércio PR (Federação do Comércio do Paraná) e do IPPUC (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba). Preservando em sua arquitetura um estilo, de certo modo, eclético com detalhes principalmente neoclássicos e desenhos Art Nouveau. Tornou-se um centro cultural administrado pelo sistema SESC PR (Serviço Social do Comércio do Paraná). Constituindo-se, ao longo do tempo, como o único patrimônio da cidade de Curitiba tombado nas três esferas de proteção histórica: municipal, estadual e nacional.

Isso basicamente significa dizer que não só é uma unidade de patrimônio municipal tombado através do Serviço do Patrimônio Histórico do Município de Curitiba, mas também é uma unidade de patrimônio estadual tombado pela Secretaria de Estado da Cultura do Governo do Paraná e é uma unidade de patrimônio nacional tombado pelo IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). Dessa forma, certamente demonstrando o reconhecimento da sua relevância, destacando-se na paisagem urbana como um patrimônio de valor histórico, cultural e arquitetônico.

Dispondo o edifício, dentre outras coisas, de biblioteca, sala de exposições, algumas apresentações artísticas e laboratório de artes digitais com acesso livre e gratuito durante o seu período de funcionamento aos visitantes e turistas que estejam interessados em conhecer melhor pessoalmente esse que é obviamente um dos mais importantes cartões postais da cidade de Curitiba.

TEXTO: Antonio Gustavo 

FATORES QUE CONTRIBUEM PARA CRIAÇÃO DO ESTADO DE CARAJÁS: CENTRALIDADE ECONÔMICA E POLÍTICA DE MARABÁ

  Para compreendermos melhor a influência não só da centralidade urbana que a cidade média de Marabá exerce hoje, polarizando na dimensão ...