Ao abordar a respeito do
aumento da evasão escolar no Brasil que basicamente caracteriza-se pelo
abandono escolar, ou seja, o educando deixando de frequentar o espaço da escola.
É importante levar em consideração alguns aspectos que são pertinentes para toda
a sociedade. Fatores como a falta de interesse e problemas financeiros devem
ser analisados.
Na medida em que
percebe-se que tanto na dimensão social a falta de interesse quanto na dimensão
econômica os problemas financeiros dos educandos correspondem, em grande parte,
aos principais fatores provocadores do fenômeno da evasão escolar no Brasil. De
acordo, dentre outros estudos, com o que diz pesquisa realizada pela FGV
(Fundação Getúlio Vargas).
Pois, a falta de
interesse, por um lado, acontece quando geralmente o educando procede a começar
faltando esporadicamente e, posteriormente, acaba faltando definitivamente,
inclusive ocorrendo em casos até com educandos que simplesmente se sentem
desmotivados, tendo em vista que não tem, por exemplo, necessidade de trabalhar
para auxiliar nas suas próprias despesas econômicas ou contribuir para
complementar a renda familiar.
Importante frisar aspectos envolvendo o modelo
de ensino aplicado que, muitas vezes, é defasado e descontextualizado, normalmente
não relacionando elementos do seu conteúdo escolar a realidade dos alunos, não
levando em consideração no processo de ensino e aprendizagem os conhecimentos
prévios dos alunos, além de não estimularem os alunos a participarem e
interagirem durante a realização das aulas. Criando assim pouco ou quase nenhum
sentido de vida e permanecendo, indesejavelmente, desinteressante.
Sendo essencial diante
desse contexto que as escolas através de um conjunto de esforços articulados,
dialógicos e participativos da comunidade escolar busquem proporcionar a melhoria
do ensino, estimulando a motivação dos alunos não somente para permanecerem com
os estudos, mas também comprometerem-se a demonstrar ao longo do tempo evolução
no desempenho escolar.
Além disso, incentivando,
por exemplo, a formação continuada de professores. Visto como uma alternativa
que, sem dúvida, é relevante para impulsionar conseguir, a medida do possível,
acompanhar as novas tendências da educação assim como desenvolver de maneira
permanente e constante o aprimoramento da prática docente. Resultando como
reflexo disso em contribuir para um ensino de qualidade e a aprendizagem dos
alunos.
Problemas financeiros,
por outro lado, fomenta o aumento da evasão escolar, sobretudo pela questão da
desigualdade social, isto é, o predomínio de uma realidade social na qual
alguns têm condições materiais favoráveis de se manter na escola, enquanto que
outros estão amplamente submetidos a condições desfavoráveis. Tendo que chegar
ao extremo ponto de em algum determinado momento recorrer a opção de
abandonarem o espaço escolar em função de passarem a trabalhar para ajudar a
suprir as suas necessidades básicas pessoais ou de seus familiares.
O problema é que a fim
de garantir, assim, o seu sustento imediato, ocorre de prejudicarem a sua
qualificação profissional, uma vez que obviamente demandaria o investimento de
mais tempo dedicado a formação nos estudos que foram interrompidos pela evasão
escolar. Frequentemente tal acontecimento, muitas vezes, conduzem pela vida a perpetuarem
um ciclo de subemprego com baixos salários ou de miséria com poucas
oportunidades.
Reverter esse cenário socioeconômico
negativo estabelecido para algo, na realidade, mais positivo. Certamente
consiste, de certo modo, na garantia de um dos direitos previstos na lei N°
8.069 de 1990 do ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente) numa parte relativa
ao artigo 53 que assegura que deve existir “igualdade de condições para o
acesso e permanência na escola”. Isso é fundamental porque, antes de tudo,
lembra que a educação conforme consta no artigo 205 da Constituição Federal de
1988 é “direito de todos”.
Portanto, é necessário, dentre outros fatores, além de buscar promover significativas mudanças no que diz respeito ao modelo de ensino defasado e descontextualizado vigente para combater o desinteresse dos educandos também estimular políticas públicas que combatam à desigualdade social que evidencia problemas financeiros dos educandos, possibilitando consequentemente a redução do fenômeno da evasão escolar no Brasil.
TEXTO: Antonio Gustavo