HÁ SABEDORIA NO CONHECIMENTO

Não há sabedoria no conhecimento que te torna uma pessoa pior, mas há sabedoria no conhecimento que te torna uma pessoa melhor. 

(Antonio Gustavo)

CONHECIMENTO E SABEDORIA

 

Existe conhecimento sem sabedoria, mas não existe sabedoria sem conhecimento. O conhecimento é como se fosse a ponte que se atravessa para conseguir alcançar a sabedoria. Sem o conhecimento seria intransponível o caminho para chegar a sabedoria.

(Antonio Gustavo) 

QUANDO SE AMA

Quando se ama uma pessoa não precisa de mapa e nem de bússola para encontrá-la dentro do coração. 

(Antonio Gustavo) 

FALTA DE CARÁTER

Ficar do lado mais forte ao invés de ficar do lado mais certo. Não é apenas uma demonstração de esperteza, mas sim principalmente de falta de caráter. 

(Antonio Gustavo) 

POLUIÇÃO DOS OCEANOS: O QUE É? POR QUE É IMPORTANTE COMBATER?

 

A poluição dos oceanos é um problema ambiental complexo, visto que envolve a maior parte da superfície do Planeta Terra. Um pouco mais de 70% da Terra é coberto por água, sendo que desse total uma média de mais de 95% corresponde a água dos oceanos. A poluição dos oceanos basicamente consiste na introdução de forma voluntária ou involuntária de diversos tipos de materiais, direta ou indiretamente, identificados como realmente prejudiciais à vida na água dos oceanos.

Esses materiais geralmente podem ser classificados em físicos, químicos, biológicos, sedimentares ou térmicos. Afetando a qualidade da água e interferindo negativamente na vida marinha. Segundo a NOAA (Administração Nacional Oceânica e Atmosférica) dos EUA (Estados Unidos da América) praticamente mais de 80% da poluição que acontece nos oceanos do mundo tem origem terrestre, ou seja, são provenientes da parte continental do planeta Terra.

Nesse contexto os seres humanos aparecem como sendo os principais causadores da poluição dos oceanos. As atividades antrópicas que, direta ou indiretamente, se destacam como mais poluidoras do oceano são: atividades agrícolas; atividades industriais; esgotos; petróleos; resíduos sólidos; potencialização do aquecimento global. 

Produzindo inúmeros impactos em escala global com a poluição do oceano como, por exemplo, a contaminação em diferentes dimensões da vida marinha; degradação da fauna e flora comprometendo a preservação da biodiversidade marinha; ameaça à saúde humana, consumo de alimentos contaminados oriundos dos oceanos; acidificação do oceano, diminuindo a quantidade de oxigênio e aumentando a concentração de CO2, tornando mais ácida a composição da água. Desestabilizando o ambiente marinho. Podendo transformar cada vez mais em inóspito a vida nos oceanos.

Inclusive, segundo resultado divulgado em um relatório da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e a Cultura) intitulado de “estado do oceano 2024” se evidencia que a média de acidificação oceânica aumentou em uma proporção de 30%. E a tendência verificada é de continuar aumentando ao longo do tempo se algo não for feito para mudar na realidade esse terrível cenário atual que revela dados preocupantes.

Além disso, o fenômeno do aquecimento global também potencializado pela ação humana, é mais um fator que se revela agravando ainda mais o problema já existente da poluição dos oceanos, pois tem produzido um aumento geral na média de temperatura das águas em praticamente 1,5 C. Resultando em um tipo de poluição que é denominado de térmica em função de alterar a temperatura natural dos oceanos, implicando na elevação da temperatura, aquecendo em uma taxa 2 vezes superior do que a 20 anos. De acordo com a UNESCO tendo sido o ano de 2023, até o momento, registrado como o mais quente na história para as temperaturas oceânicas.

Sendo assim, a questão da poluição dos oceanos apresenta um conjunto de aspectos que deixa muito claro como é complexo esse problema. O fato é que a quantidade de lixo marinho aumenta todos os dias. E de todos esses causadores da poluição marinha que foram citados o que se constitui em uma das maiores preocupações é a poluição dos oceanos pelos plásticos. 

Haja vista que o plástico representa não apenas o lixo mais comum a ser encontrado, mas também a maior quantidade de tipo de resíduo sólido poluindo os oceanos no mundo. Produzindo enormes impactos negativos na vida marinha. Em função de que o plástico é considerado não biodegradável, ou seja, possui uma durabilidade maior com duração estimada em centenas de anos, demora muito tempo para se decompor naturalmente. Acumulando-se nos oceanos e poluindo.

Apesar dos plásticos não se constituírem nos únicos elementos que afetam os oceanos. Especificamente o Brasil nessa questão aparece posicionado como um dos países que não apenas mais consome plásticos, mas também mais produz lixos plásticos no mundo. Despejando anualmente mais de um milhão de toneladas de resíduos plásticos no oceano. 

No território marítimo brasileiro, nomeado de Amazônia azul, que compreende a 5,7 milhões de km² de área oceânica que se estende significativamente pelo oceano Atlântico. É onde segundo a Marinha do Brasil acontece aproximadamente mais de 45% da pesca realizada no Brasil. A poluição pelos plásticos no oceano atlântico da região da Amazônia Azul pode ser algo a prejudicar a segurança alimentar brasileira com a presença crescente, por exemplo, de micro plásticos que são as partes dos plásticos que ficam no ambiente marinho e vão se fragmentando em partículas cada vez menores, provocando tanto alteração da qualidade dos alimentos quanto gerando até o risco de morte de animais marinhos.

Pois, já foi encontrado em espécies aquáticas que são comuns em nossas refeições, tais como em peixes e camarões. Entretanto, o plástico ou o microplástico está presente também em diversas outras espécies da fauna marinha, por exemplo, em certos moluscos, tartarugas e mamíferos que não fazem parte do cardápio de alimentação humana. O perigo não está no plástico em si, mas sim nos aditivos tóxicos agregados ao material. O que fazem alguns especialistas sobre essa questão chegar ao ponto de pensar em banir o uso de plásticos.

Nesse processo algumas das alternativas gerais que podem ser adotadas com a finalidade de reduzir a poluição dos oceanos consiste em optar por um modelo de produção com base em materiais de fontes alternativas ou biodegradáveis; combater o descarte irregular do lixo; reduzir o uso de plásticos descartáveis; substituir por alternativas recicláveis e reutilizáveis; preferir utilizar produtos mais sustentáveis.

De acordo com o que consta na agenda 2030 da ONU (Organização das Nações Unidas) na qual apresenta um conjunto de objetivos através dos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável) a serem alcançados até 2030. Um desses objetivos é de número 14 que trata da vida na água, visando principalmente assegurar a conservação e o uso sustentável dos oceanos.

E isso obviamente tem tudo a ver, ao mesmo tempo, com questão da conscientização da humanidade optando por práticas mais sustentáveis assim como com a importância de se buscar reduzir a poluição dos oceanos nesta década, 2021-2030, que foi considerada pela ONU como a década do oceano.

Por isso, é válido lembrar de dizer que apenas podemos passar a cuidar melhor aquilo que conhecemos. Logo, a solução para esse problema da poluição dos oceanos, dentre outras coisas, demanda, antes de tudo, maior conscientização da população, do governo e das empresas e de todos os agentes, direta ou indiretamente, envolvidos. Promovendo, por exemplo, a educação no sentido de disseminar relevantes conhecimentos ambientais a respeito dos oceanos que possibilitem condições de elevar o nível de consciência humana, sobretudo destacando a urgência de conservar e preservar os oceanos buscando reduzir a poluição.

Por essas e outras razões, podemos facilmente entender porque antes, durante e depois desta década, 2021-2030, considerada a década dos oceanos, continuam sendo indubitavelmente importantes os oceanos. Constituindo-se em algo essencial combater a poluição dos oceanos, tendo em vista diversos benefícios que isso certamente ocasiona não apenas para a vida marinha, mas também para o planeta Terra.

TEXTO: ANTONIO GUSTAVO