Tento
ser por fora rígido como uma rocha
Mas,
por dentro sou frágil como uma flor
Tento
ter exposto minha obra em amostra
Mas,
o que faço é pouco apesar de com amor.
Tento
ser para a felicidade uma porta aberta
Mas, acabo me fechando em minha própria dor
Tento
ter do cúpido emprestado o arco e a flecha
Mas,
acabo provocando fúria ao invés de amor.
Tento
ser para o tempo suave compreensão
Mas,
sou efêmero como horas já transcorridas
Tento
ter recuperado os sonhos da imaginação
Mas,
sou também desilusão de utopias perdidas.
Tento
ser a síntese da possível salvação
Mas,
acabo cético como dúvidas sempre renascidas
Tento
ter respostas ao invés de só interrogação
Mas, é inútil, até percebo todas as certezas corrompidas.
POEMA: ANTONIO GUSTAVO
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