segunda-feira, 11 de agosto de 2025

IMPORTANTES ASPECTOS SOBRE O CULTIVO, FORMA, PRODUÇÃO, CONSUMO E BENEFÍCIOS DO GUARANÁ DO BRASIL

 

 

IMPORTANTES ASPECTOS SOBRE O CULTIVO, FORMA, PRODUÇÃO, CONSUMO E BENEFÍCIOS DO GUARANÁ DO BRASIL

 

Antonio Gustavo da Silva Maximo¹

 

RESUMO

 

O presente artigo científico visa de maneira simples e objetiva não apenas destacar importantes aspectos do fruto do guaraná referente a sua origem, principais características, formas, consumos e benefícios que proporciona a vida humana, mas também frisar aspectos fundamentais em relação à questão do cultivo e produção do guaraná no Brasil. Evidenciando, dentre outras coisas, tanto estados quanto municípios nacionais que certamente desempenham um relevante papel em se constituírem como os responsáveis pelo cultivo e maior produção do guaraná no Brasil ao ponto de ser um produto comercializado a nível nacional e global, sobretudo na forma de refrigerante com destaque para o Guaraná Antártica. Além disso, de certo modo, revelando alguns dos principais fatores relacionados a essas questões.

 

Palavras-chave: Guaraná, Amazônia, Bahia, Produção, Brasil.

 

 

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¹Licenciado e Bacharelado em Geografia pela UNIFESSPA (Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará). Pós-graduado em Docência e Prática da Geografia pela Faculdade Focus e Especialista em Neuropsicopedagogia Institucional pela Faculdade Focus.                                                                  

E-mail: profantoniogustavo@gmail.com

 

                                                                                               

 

1.    INTRODUÇÃO:

 

O guaraná, fruto tipicamente brasileiro, nativo do bioma da Amazônia, tem revelado ao longo do tempo uma enorme importância. Cada vez mais as pessoas tendem, de certo modo, a tomar conhecimento não apenas do seu consumo em refrigerantes, forma na qual predominantemente acontece a realização do consumo. Mas, também em outras formas possíveis nas quais geram benefícios a vida humana.

Incorporado na vida de diferentes pessoas em função da ampliação da produção, distribuição e diversificação dos mercados consumidores nacionais e internacionais. Sendo a produção do guaraná exclusivamente brasileira, ou seja, o Brasil é o único país a produzir comercialmente esse fruto. Com destaque para a maior produção nacional de guaraná acontecendo na região nordeste e norte do Brasil através dos estados nacionais da Bahia e Amazonas.

Nesse sentido, é válido ressaltar importantes aspectos a respeito do cultivo, forma, produção, consumo e benefícios do guaraná no Brasil. Envolvendo características essenciais, formas principais e benefícios fundamentais que apresenta, tornando possível assim a elaboração de um conhecimento sintetizado disponível que de maneira direta e clara contribua para enriquecer os estudos e as pesquisas de quem pretenda entender melhor sobre a relevância do guaraná

Além disso, saber dos principais fatores relacionados ao importante cultivo do guaraná e a produção nacional desse fruto. Por esses e outros motivos, é necessário destacar o valor do guaraná como sendo assim um fruto natural do bioma da Amazônia, cultivado e produzido exclusivamente no Brasil. Resultando ainda em diversos benefícios quando consumido de certas formas.

 

 

2.    METODOLOGIA:

 

A finalidade que conduziu essa pesquisa foi de produzir novos e relevantes conhecimentos a respeito do guaraná através deste artigo científico com base em outros conhecimentos bem fundamentados já existentes assim como com informações e dados consistentes nos quais apresentaram correspondência com a realidade.

Por isso, foi feito um levantamento, ao mesmo tempo, sistematizado e seletivo que leva em consideração como pertinentes apenas a utilização de conteúdos de qualidades disponíveis sobre o guaraná. Isso significa dizer que se optou metodologicamente pela realização de revisão bibliográfica que forneceu, a medida do possível, uma visão geral sobre a literatura desde antiga até a atual disponível desse tema.

De acordo com FONSECA (2002) procurando referências teóricas publicadas com o objetivo de recolher informações, dados e conhecimentos prévios. Permitindo através da revisão bibliográfica fazer a pesquisa, leitura, anotação, citação e reflexão da literatura do guaraná que resultou essa atividade intelectual assim nesta importante produção científica a respeito do guaraná.          

Este artigo cientifico foi basicamente dividido em três momentos principais, na primeira parte se abordou sobre importantes aspectos do guaraná; na segunda parte se discorreu sobre a produção nacional do guaraná com ênfase no município de Maués-AM e nos principais produtores nacionais; na terceira parte se mencionou o guaraná na sua forma predominante de refrigerante com destaque para o Guaraná Antártica. Durante cada um desses momentos foram frisados principais fatores relacionados que auxiliam no entendimento dessas questões

Almejando após este artigo científico ter sido produzido que esse conhecimento sobre o guaraná possa proporcionar: a disponibilidade de um conhecimento assim resumido e melhor; estimular haver uma maior valorização desse fruto tipicamente brasileiro; e que esse conhecimento seja útil, contribuindo de alguma maneira na vida de mais pessoas. Até porque o valor da ciência, muitas das vezes, deve estar em função de promover a vida.

 

3.    IMPORTANTES ASPECTOS DO GUARANÁ:

 

O fruto do guaraná é originário do bioma da Amazônia e é também popularmente conhecido como guaraná da Amazônia. Uma planta tipicamente brasileira. O nome “guaraná” tem origem na palavra “wara’ná” da língua indígena tupi-guarani que, dependendo do contexto, pode significar “fruto com os olhos das pessoas” ou “árvore que sobe apoiada em outra”. Cientificamente é denominado de Paullinia Cupana e pertencente à família botânica das Sapindáceas.

O fruto do guaraná dar em cachos provenientes da planta do guaranazeiro. A planta em forma de arbusto normalmente pode chegar a alcançar 3 metros de altura quando cultivada em plantações de áreas abertas e na forma de trepadeira pode alcançar até mais de 10 metros de altura em seu habitat natural. Tem folhas verdes, flores pequenas e brancas, frutos redondos de cascas avermelhadas e sementes pretas parcialmente envolvidas em uma substância branca.

Quando chega o momento de estar maduro, o fruto nesse período se abre e expõe sua semente, assumindo um aspecto semelhante à de um olho. É uma espécie de vegetal arbustiva e trepadeira. Sendo uma planta perene que se adapta melhor em clima quente e úmido com a presença de solos profundos e bem drenados.

No Brasil é naturalmente encontrado em áreas nem de várzea e nem de igapó, mas sim de terra firme que não são submetidas a alagamentos e inundações no bioma da Amazônia. Bioma no qual se constitui na maior floresta tropical do mundo e na maior também em biodiversidade (ANTONIO GUSTAVO, 2020).

Fora do Brasil é encontrada em alguns países nos quais fazem parte do subcontinente da América do Sul e manifestam em certas áreas de extensões do bioma da Amazônia como, por exemplo, na Venezuela, Colômbia e Peru, mas a quantidade do fruto do guaraná encontrado nesses países é de maneira menos abundante quando comparado com o Brasil.

O guaraná (Paullinia cupana) já era cultivado há bastante tempo pelos índios brasileiros no bioma da Amazônia bem antes do período da colonização europeia. Principalmente na região de Maués, no leste do estado do Amazonas, próxima da divisa com o Pará.

Sendo um legado do povo indígena Sateré-Mawé, uma etnia que vive na região do baixo Amazonas ao longo do Rio Maués e seus afluentes, também conhecidos como “filhos do guaraná”. De acordo com SILVA (2018) utilizavam e domesticavam esse fruto com fins medicinais, alimentícios e ritualísticos, consumido como bebida na forma de bastão ralado e dissolvido em água.

Sendo o bastão um método criado há séculos pelos índios e considerado a forma mais antiga de consumo desse fruto. Contribuindo na vida dos índios, dentre outras coisas, evitando sintomas de fadiga e proporcionando resistência necessária para continuarem realizando suas atividades de subsistência na natureza.

Tradicionalmente utilizado na forma assim de bastão para ser ralado na língua do pirarucu, peixe nativo da Amazônia, ou numa pedra (rocha) após isso é transformado em pó e misturado com água, resultando na bebida energética desse fruto.

Mais recentemente, a terra indígena Andirá-Marau que é composta pela etnia Sateré-Mawé recebeu referente ao guaraná, fruto tipicamente brasileiro, a Indicação Geográfica (IG) do INPE (Instituto Nacional de Propriedade Industrial) na categoria de Denominação de Origem (DO). Sendo a primeira vez que uma Indicação Geográfica na Denominação de Origem é concedida a um povo indígena no Brasil.

Em relação à questão dos benefícios do consumo do guaraná. Pode-se dizer que o consumo do guaraná proporciona muitos benefícios a vida humana, pois é possível encontrar a presença de teobromina, teofilina, cafeína, amido, ácido tânico, cálcio, timina, vitamina A, vitamina B1, ferro, fósforo, potássio e fibras vegetais. Exercendo efeito antineurálgico, antidiarréico, anti-inflamatório e estimulante.

Está presente sendo consumido não apenas em refrigerantes, mas também em pó, xarope, bastão, extratos. E até utilizado em energéticos, sorvetes, cosméticos, fármacos, cosméticos, artesanatos, entre outros (SEBRAE, 2016). Agregando maior valor no mercado, já que é usado para variados fins e vem sendo comercializado através de diferentes formas. Há diversas pesquisas que evidenciam que tem sido maior a participação do guaraná no mercado nas formas em pó e, sobretudo, refrigerante.

 


O guaraná, rico em guaranina, teobrimina e teofilina, funciona como um estimulante, na medida em que aumenta a resistência tanto muscular quanto mental, diminuindo a fatiga motora e psíquica. Melhorando a capacidade humana de foco e atenção, normalmente agindo com efeitos estimulantes mais duradouros do que outros produtos naturais, potencializando a rapidez e a clareza de pensamento. Podendo até combater doenças neurodegenerativas através de propriedades antioxidantes e a capacidade de melhorar a função cognitiva. Possuindo assim efeito neuroprotetor.

Segundo CARNEIRO (1931) há presença de cafeína em todas as partes da planta de guaranazeiro. Possuindo um teor de cafeína na pasta produzida pelos índios de 4,8 % e o produto industrial de 4,2%, ou seja, o teor de cafeína encontrado no produto natural dos índios era superior ao do produto industrial. PIRES (1949) também constatou conteúdo de cafeína

presente nas diferentes partes da planta de guaraná, no entanto chegou a um resultado de teor de cafeína substancial no produto natural apresentando uma média superior de 5%.

Esses estudos de outrora (CARNEIRO, 1931; PIRES, 1949) não estavam errados, pelo contrário estavam assim certos. Mas, agora, muito mais do que antes, se sabe que não existe uma quantidade definitivamente estabelecida de quanto de concentração de cafeína possui o guaraná. O que existe, na verdade, é geralmente uma média de que varia o nível desde 2,5% até 6% (RIBEIRO; COELHO; BARRETO, 2012).

De um modo ou de outro, a certeza é que a quantidade de cafeína presente no guaraná, sem dúvida, é bastante superior à de outros produtos naturais que também apresentam expressiva quantidade de cafeína, por exemplo, o conteúdo de cafeína do guaraná costuma ser aproximadamente 4 vezes maior que o do café, 10 vezes maior do que o do chá e 30 vezes maior do que o do cacau (EDWARDS et al., 2005).

Além disso, possui diversas outros tipos de ações, por exemplo, ação anti-inflamatória, sendo rica em catequina, contribuindo em retardar o envelhecimento, tendo efeito antioxidante ao proteger as células do corpo inibindo a ação dos radicais livres. Possui propriedades anticoagulantes, reduzindo o acumulo de deposição de colesterol nas artérias, facilitando o fluxo de irrigação sanguínea no organismo humano (KUSKOSKI, ROSEANE, GARCÍA, TRONCOSO, 2005).

Inclusive, uma das pesquisas que confirma mais esse benefício que o consumo do guaraná proporciona a vida humana foi o realizado no município de Maués/AM por um grupo de pesquisadores. Quando estudaram uma determinada quantidade de idosos visando comparar aqueles que tomam e não tomam habitualmente guaraná. Chegaram ao resultado de que

os idosos que tomaram guaraná apresentavam menores níveis de colesterol total do que aqueles que não tomaram (RIBEIRO E CRUZ, 2012).

Ação antimicrobiana, tendo em vista que revelou efeitos antimicrobianos ativos combatendo determinadas bactérias (PINTO, 2012) e combatendo alguns tipos de fungos (LIDIHONE, GENISE, NEUSA, 2013).

Ação de combate a obesidade, aumentando o gasto calórico e diminuindo o apetite. Revelando propriedades antiobesogênicas, auxiliando na queima de gordura e no emagrecimento (RIBEIRO E CRUZ, 2012).

No Brasil mesmo sendo utilizado geralmente na indústria de refrigerantes e de outras bebidas não alcoólicas, a planta do guaraná ainda costuma ser utilizada nas indústrias farmacêutica e cosmética.

No mercado interacional o guaraná é valorizado e visto como um ingrediente de alta concentração de cafeína, antioxidantes e propriedades estimulantes, consumido também de diferentes modos: refrigerantes, energéticos, cápsulas, pós e outros produtos (BRASIL, 2022).

 Quanto à questão do consumo do guaraná o que se deve preocupar é com duas questões principais: as contraindicações e evitar o consumo excessivo. Pois, uma das contraindicações diz respeito, por exemplo, as pessoas que são hipertensas, já que pode prejudicá-las porque o alto teor de cafeína presente no guaraná, especialmente em forma de pó ou extrato, tende a elevar a pressão arterial.

E quando acontece o consumo excessivo pode gerar efeitos indesejáveis, tais como: insônia, irritabilidade e azia. Isso basicamente significa dizer que, por um lado, quantidades moderadas geralmente são inofensivas e fazem bastante bem, por outro lado, quantidades altas do guaraná pode se transformar em algo tóxico.

O refrigerante guaraná que assim como outros refrigerantes apresenta aditivos químicos em seus ingredientes, mesmo sendo inicialmente cultivado de modo orgânico e sustentável, posteriormente processado industrialmente, resultando em possuir a bebida um sabor doce e gosto agradável, praticamente não proporciona os benefícios existentes no fruto.

De acordo com a TasteAtlas, um guia gastronômico mundial, em uma avaliação realizada, em 2023, sobre frutas ao redor do planeta, levando em consideração critérios como aroma, sabor, textura e valor nutricional, o fruto do guaraná aparece em 36º lugar no ranking global ao lado de outras duas importantes frutas brasileiras, Açaí (9º lugar) e Jabuticaba (10º lugar), como sendo considerado uma das 100 melhores frutas do mundo.

A possibilidade é que aconteça, ao longo do tempo, desse fruto continuar sendo de diferentes formas não apenas mais consumido, mas também mais valorizado e melhor avaliado, à medida em que as pessoas forem tomando maior consciência de sua relevância através do conhecimento dos diversos benefícios que o guaraná proporciona a vida humana.


 

4.    PRODUÇÃO DO GUARANÁ NO BRASIL:

 

4.1 PRODUÇÃO DO GUARANÁ EM MAUÉS-AM

 

O município de Maués faz parte do estado do Amazonas, na região norte do Brasil, estando situada na sub-região do Médio Amazonas, possui uma população estimada em 61. 204 habitantes (IBGE, 2022) e fica em linha reta a 267 km de distância da capital Manaus e 356 km de distância por via fluvial. 

É conhecida como a terra do guaraná não somente pela procedência de qualidade desse fruto e fazer parte do estado do Amazonas, local de origem nacional desse fruto tipicamente brasileiro, mas também porque é nesse município que a AMBEV mantém uma fábrica de beneficiamento do guaraná e a Fazenda Santa Helena, um dos locais destinados à produção, desenvolvimento e pesquisa de novas técnicas de cultivo do guaraná.

Quando o tema é guaraná é essencial mesmo de se falar em Maués-AM. Correspondendo ao município produtor tradicional do guaraná, referência na guaranicultura, que já chegou durante um bom tempo a ser considerado na dimensão municipal o maior produtor nacional.

Apresentando as condições climáticas favoráveis com temperaturas e quantidades de chuvas naturalmente ideais para o cultivo desse fruto.

Hoje em dia continua se constituindo na principal atividade econômica desse município que chegou durante décadas anteriores a figurar entre as 10 maiores economias do estado do Amazonas, algo que certamente em muito se deveu a existência do comércio do guaraná (PAIVA, 2010).

Maués, ao mesmo tempo, deixou de ser maior produtor de guaraná a nível nacional, mas passou a ser o maior à nível regional, ou seja, o município de Maués, na região norte do Brasil, é identificado como o que mais produz guaraná.

Gerando variados produtos naturais provenientes desse fruto, abastecendo alguns setores e sobretudo abastecendo a indústria de bebidas, por exemplo, é a partir de grandes partes dos frutos produzidos em Maués que posteriormente dão origem ao saboroso refrigerante brasileiro do Guaraná Antarctica.

Produzidos em Maués, principalmente na Fazenda Santa Helena, onde a AMBEV (Companhia de Bebidas das Américas) recebeu um selo de reconhecimento global de Certificação Orgânica na categoria de PPV (Produção Primária Vegetal) em função do plano de manejo orgânico.

 Além de já possuir o selo de Certificação Orgânica de PPOV (Produtos de Origem Vegetal), ambos os selos concedidos pelo IBD (Instituto Biodinâmico), certificadora de referência na questão de produtos orgânicos da América Latina.

Outros municípios do estado do Amazonas que também produzem, apesar de que em menor escala quando comparado com o centro principal de produção de Maués, são os municípios de Presidente Figueiredo, Urucará, Coari e Parintins.

Com a chegada da indústria, Empresa Paulista Antártica, e o sucesso da produção do guaraná, começa a despertar a atenção de diferentes esferas do poder público para o município de Maués. Isso se refletiu depois no gradativo surgimento de bancos, representantes do capital financeiro e órgãos governamentais voltados para o fomento da produção do guaraná (COSTA, 2017).

Na cidade de Maués o guaraná já era além de consumido comercializado há bastante tempo, sendo geralmente comercializado na forma de bastão que predominou desde meados do século XVII até parte do século XX.

Existiam pequenas indústrias que trabalhavam somente com a produção do bastão de guaraná. Antes da década de 60 essa era a forma mais tradicional de encontrar. Segundo MONTEIRO (1965), no período da década de 50, haviam pequenas indústrias do guaraná produzindo na forma de bastão. Ele menciona três indústrias principais: duas em comunidades em frente à cidade, sendo uma de Francisco Antônio Magaldi e outra de Enrique Magnani e ainda outra de uma família dentro da cidade de Maués.

Mas, de acordo com COSTA (2017) pequenas indústrias familiares do guaraná em bastão ainda existem até hoje em Maués para atender o consumo local das pessoas que mantém a tradição de obter o produto assim dessa forma.

O negócio dos produtores de guaraná adentrou o século XX com uma dinâmica diferente.  Do início do século XX a década de 50 predominava uma dinâmica econômica visando atender às indústrias de bebidas de São Paulo com a Empresa Paulista Antártica e do Amazonas com a Fábrica Andrade de Manaus que compravam sementes dos produtores de Maués para a fabricação do refrigerante

Não deixando de ser adotado pelos índios que continuavam com sua produção artesanal, porém passando a ser adotado mais por camponeses como principal fonte de renda. Buscando os produtores processos mais ágeis para sua produção.

Após o período da década de 60, houve uma mudança de preferência na forma de obtenção desse fruto, passou a ser comercializado menos em bastão e mais em ramas que se caracterizam pelos grãos da semente torrada (COSTA, 2017). Sendo normalmente o que mais interessava, inclusive a própria indústria.

De acordo com SILVA (2018) o processo industrial para fabricação de refrigerantes que adicionam o sabor de guaraná, foram realizados a partir da obtenção de grandes quantidades de sementes torradas desse fruto, isto é, guaraná em forma de ramas, que depois de processadas são transformadas em extrato concentrado de guaraná.

Até o início da década de 80 Maués ainda predominava como o maior produtor de guaraná do Brasil, produzindo aproximadamente mais de mil toneladas por ano, uma produção que significativamente era destinada a atender a demanda da Empresa de Bebidas Antártica. Entretanto, a partir da década de 90, esse cenário começa a mudar, evidenciando uma nova dinâmica econômica (COSTA, 2017). Atualmente, se constatando a disponibilidade em variadas formas para ser comercializado e consumido.

O Estado da Bahia já no início da década de 90 se torna o maior produtor de guaraná do Brasil. Alguns outros municípios brasileiros também aparecem se despontando na produção nacional do guaraná. Situados fora da região norte do Brasil.

Chegando em um determinado momento que o município de Maués, no estado do Amazonas, perde não apenas a condição que exercia durante muito tempo de monopolizador nessa produção, mas também, ao mesmo tempo, a posição que sustentava de 1º lugar na produção nacional de guaraná.

No século XXI isso se revela mais nitidamente com o eixo principal da produção do guaraná nacional deslocado da região norte para a região nordeste do Brasil com destaque para a atuação de alguns municípios baianos.

No entanto, na região norte do Brasil, o fruto do guaraná no município de Maués continua, sem dúvida alguma, sendo muito importante não apenas pela questão econômica, mas também porque faz parte da memória e história desse povo, sendo incorporado na sua cultura como um elemento amazônico identitário.

 

Desde 2018, o INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial) passou a reconhecer o guaraná de Maués com o selo de Indicação Geográfica (IG) na modalidade Indicação de Procedência (IP), caracterizando assim o local como centro de referência na extração, produção ou fabricação desse produto, atestando a qualidade do produto feito na região. Podendo a partir de então passar a ser comercializado com o selo de Indicação de Procedência. Gerando mais valor e promovendo maior competividade no mercado nacional e internacional (EMBRAPA, 2018).

A partir do município de Maués o escoamento da produção acontece em direção ao mercado de Manaus através do rio Amazonas. Manaus, principal centro consumidor do estado, promove também facilidade de acesso ao restante do mercado nacional e exterior em função da presença dos portos de Manaus e Itacoatiara transportando o produto para diversos mercados.

Além disso, uma outra opção para o escoamento da produção, apesar de não se constituir na principal alternativa, se dá pela via rodoviária BR-174 na qual liga Manaus, capital do estado do Amazonas, até Boa Vista, capital do estado de Roraima (ISAE; FGV, 2003).

A produção do guaraná é principalmente destinada a fabricação de refrigerantes no PIM (Polo Industrial de Manaus). Atualmente, o guaraná é consumido tanto no mercado interno quanto no mercado externo, ou seja, possui um mercado diversificado, sendo distribuído em boa parte do Brasil e do mundo.

 

4.2  MAIORES PRODUTORES DE GUARANÁ DO BRASIL

 

Inicialmente e durante um bom tempo o estado do Amazonas se destacou como o principal produtor do guaraná no Brasil. Antes da década de 90 o estado do Amazonas era considerado o mais relevante produtor do guaraná. Depois desse período alguns outros estados como, por exemplo, Acre, Rondônia, Pará e, sobretudo, Bahia começaram a se destacar na produção do guaraná.

Chegando em um certo momento que a área do centro-sul da Bahia passou a se tornar o maior produtor de guaraná no Brasil e no mundo (IBGE, 2021). Onde as condições climáticas não são tão diferentes do bioma da Amazônia no estado do Amazonas, local de origem do guaraná. Apresentando no estado da Bahia características naturais também favoráveis para a prática do cultivo com solos férteis, dias mais quentes e noites mais amenas.

Além disso, com uma média de umidade menor do que a verificada no Amazonas. O que possibilita uma produtividade maior e evita doenças fúngicas como, por exemplo, a antracnose, na qual ataca, dentre outras espécies vegetais, o guaranazeiro. Atualmente, mais da metade do guaraná produzido é do estado da Bahia. Principalmente nos municípios de Taperoá-BA, Ituberá-BA, Valença-BA e Camamu-BA. Situados na sub-região do baixo Sul da Bahia.

Um dos principais fatores relacionados a questão de o conjunto desses municípios baianos conseguir se consolidar como maiores produtores tem a ver mesmo com o fato de apresentar certas características naturais similares com as encontradas na região da Amazônia, haja vista que conta com a presença não apenas de um clima tropical, sendo quente e úmido, mas também de uma média de precipitação, de certo modo, parecida. E o diferencial de possuir uma média de umidade menor.

Segundo dados da EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), de toda a produção nacional do guaraná em média 70% é destinado fabricação de refrigerante. Os 30% restantes abastecem o mercado interno e externo, na forma de pó, xarope e bastão.

O bastão é usado para ralar até obter o pó concentrado a ser consumido acrescentado à água; o xarope é consumido diretamente como bebida energética ao ser misturado com água ou usado para a produção de refrigerantes gaseificados; o pó costuma ser resultante da semente finamente triturada, pilada ou moída após secagem.



Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) dos 5 maiores municípios produtores de guaraná no Brasil, em 2021, 4 municípios (Ituberá, Taperoá, Valença e Camamu) estão localizados na região nordeste, no estado da Bahia e apenas um município (Maués) está situado na região norte do Brasil no estado do Amazonas.

Sendo o município de Ituberá, em 1º lugar, com a média de produção de guaraná em 480 toneladas; Taperoá, em 2º lugar, conseguindo 251 toneladas; Maués, em 3º lugar, apresentando 299 toneladas; Valença, em 4º lugar, chegando a 272 toneladas; e, Camamu, em 5º lugar, alcançando 217 toneladas (IBGE, 2021).


 

De acordo com levantamento da CONAB (Companhia Nacional de Abastecimento) houve em média um total de 2.460 toneladas de guaraná produzidos no Brasil. Aparecendo a região nordeste como responsável por mais da metade dessa quantidade absoluta.

Sendo o principal estado produtor brasileiro a Bahia que se destacou em 1º lugar, representou 63,2% da produção nacional com 1.554 toneladas; seguido pela região norte do Brasil com o estado do Amazonas, em 2º lugar com 686 toneladas, que chegou a alcançar 27,9% da produção; e o 3º maior produtor situado na região centro-oeste o estado do Mato Grosso que obteve uma média de 4, 8% da produção com 118 toneladas.

Esses três principais estados (Bahia, Amazonas e Mato Grosso) produtores do guaraná foram responsáveis por 95,9% da produção nacional (CONAB, 2022). Enquanto que outros estados que também produziram o guaraná, mas em menor quantidade foram os estados do Acre, Rondônia e Pará. Esses estados, apesar de terem produzido menos quando comparado com os maiores produtores nacionais, ainda assim possuem potencial para impulsionar a sua economia local com a realização da atividade de comercialização desse fruto e colaborar fortalecendo a cadeia produtiva do guaraná.

 

 

5.    REFRIGERANTE BRASILEIRO: GUARANÁ ANTARCTICA

 

A cultura do guaraná logo despertou o interesse da indústria brasileira.  Refletindo, em 1907, na criação da Fábrica Andrade de propriedade dos portugueses Antonio Ribeiro d'Andrade e Alberto Ribeiro d'Andrade. Em Manaus, capital do estado do Amazonas, sendo a primeira fábrica a produzir o refrigerante de guaraná no país. Essa fábrica funcionou até o final da década de 70.

 Ainda em 1921, em São Paulo, o refrigerante de guaraná antártica como hoje é assim conhecido foi lançado no país pela Companhia Antártica Paulista. A criação do refrigerante, na época, chamado de “Guaraná Champagne Antarctica" foi realizada por Pedro Baptista Andrade. Feito com uma fórmula própria que se expressa no sabor inconfundível desse refrigerante. A partir de insumos obtidos do extrato natural da fruta amazônica e da adição de outros ingredientes, incluindo aditivos químicos.

Na sequência, inúmeras fábricas também passam a inserir o produto com uma demanda industrial em pleno crescimento. Porém, ao longo do tempo, o refrigerante Guaraná Antárctica foi mesmo o que conseguiu se consolidar como o produto a ser mais consumido no Brasil e no mundo proveniente da matéria-prima desse fruto.

Principalmente após a fusão da Companhia Antárctica e da Companhia Cervejaria Brahma, em 1999, que resultou na AmBev (Companhia de Bebidas das Américas) uma das maiores empresas atuantes no ramo de bebidas no mundo.

Marcando um importante momento de significativa ampliação na produção, distribuição e consumo do refrigerante Guaraná Antarctica em função de conseguir alcançar cada vez mais grandes partes do território nacional e boas partes de países no mundo.

Tendo em vista que o uso comercial do guaraná fez com que a indústria elevasse a demanda pelo fruto crescendo exponencialmente, o que influenciou na introdução de novas técnicas agrícolas de cultivos mais eficientes do que a também importante produção extrativista já existente, ocasionando no melhoramento genético da planta com o emprego de mudas clonadas e aplicação de correção e adubação do solo, passando a adquirir maior qualidade, produtividade e resistência.

Dessa forma, fortalecendo assim a realização do cultivo nacional do guaraná no qual toda a produção global desse fruto comercializado acontece em escala nacional, ou seja, é um produto exclusivamente brasileiro.

Na década de 1990, por exemplo, o guaraná na forma de refrigerante, guaraná antártica, passou a ser exportado para países como, por exemplo, Portugal, Japão, China e Estados Unidos e posteriormente para outros países como, por exemplo, França, Espanha, Itália e Inglaterra ao ponto da marca está atualmente presente mais de 50 países.

Apresentando a tendência de grande potencial de expansão e muita valorização comercial na escala global. Evidentemente que diversos fatores contribuem para esse resultado. Entretanto, algo que vem, dentre outras  coisas, refletindo no aumento da demanda consiste na versatilidade do produto e no perfil do consumidor de guaraná hoje ser mais amplo, abrangendo pessoas de diversas idades.

É válido ressaltar que o refrigerante Guaraná Antárctica revela importantes aspectos que tem a ver com nossa brasilidade, pois é oriundo a partir do fruto tipicamente brasileiro, sendo esse refrigerante consumido, muitas das vezes, como acompanhamento em refeições ou lanches.

E a marca ainda pode ser vista no Brasil como uma fundamental incentivadora nacional, dentre outros motivos, por levantar interessantes campanhas como "É Coisa Nossa" através da qual o Guaraná Antarctica celebra a brasilidade e a diversidade cultural do país, mantendo a tradição e reforçando a conexão com o povo brasileiro assim como por ser a patrocinadora oficial da seleção brasileira masculina e feminina de futebol. Ao lado de outras importantes marcas patrocinadoras como, por exemplo, a Vivo. 

A AMBEV em função do Guaraná Antárctica recebeu, em 2023, um importante certificado que é reconhecido globalmente e é fornecido pelo IBD (Instituto Biodinâmico), principal certificadora de produtos orgânicos da América Latina. O selo é de certificação orgânica de PVV (Produção Primária Vegetal) e o outro selo que já possuía é o de certificação orgânica de PPOV (Produtos de Origem Vegetal).

Valorizando produtos produzidos de modos orgânicos e sustentáveis assim como o Guaraná Antárctica que é visto um produto que segue normas orgânicas e biodinâmicas, por exemplo, utilizando práticas de pouco impacto ambiental, insumos naturais e promovendo o bem-estar.

Além do Guaraná Antárctica ser uma marca que demonstra ter compromisso com a questão ambiental no que diz respeito a sustentabilidade, haja vista que, dentre outras coisas, há utilização de garrafas PET 100% recicladas em sua produção.

Essa contribuição com a questão ambiental, dessa maneira ou de outra, é algo assim essencial de haver, ainda mais quando a marca permanece tendendo a ser bastante demandada e consumida decorrendo na elevação da sua produção.

Inclusive, o Guaraná Antarctica registrou mais um novo recorde de volume no Brasil, em 2024, pois de acordo com um relatório da Ambev foi constatado um aumento de vendas superior em comparação ao ano anterior de 2023.

O que basicamente revela a tradição desse refrigerante brasileiro como uma marca assim consolidada, apresentando uma demanda que não apenas tende a continuar crescente, mas também um resultado fortemente impulsionado pela diversificação de mercados consumidores já alcançados e novos a serem conquistados.

 

6.    CONSIDERAÇÕES FINAIS:

 

Foi possível confirmar que o guaraná mantém sua importância em diferentes aspectos que envolve desde a sua origem, passando pelo cultivo, forma, produção até consumo e benefícios que geralmente proporciona a vida humana.

O que permite afirmar que a contribuição do guaraná certamente é bastante significativa não apenas na dimensão econômica, mas também na própria vida de pessoas em função de fazer parte da história de municípios brasileiros como, por exemplo, em Maués que tem no guaraná a principal base econômica, sendo produzido, comercializado e, antes de tudo, tradicionalmente consumido.

Além disso, ao longo do tempo, houve a ocorrência de uma valorização maior do fruto do guaraná sendo utilizado na indústria nacional, passando a aumentar a sua demanda e sendo amplamente consumido no Brasil e em dezenas de países no mundo. Logo, aparecendo cada vez mais apreciado por uma quantidade maior de pessoas.

Isso se deve, em grande parte, aos principais municípios brasileiros (Ituberá, Taperoá, Maués, Valença, Camamu) e estados nacionais (Bahia, Amazonas, Mato Grosso) responsáveis por contribuir em elevar a produção de guaraná no Brasil com destaque para a produção do guaraná em forma de refrigerante: Guaraná Antarctica. Um produto genuinamente brasileiro que é o mais comercializado e tem o fruto do guaraná como matéria-prima essencial.

Sendo válido ressaltar a contribuição do guaraná principalmente quando consumido naturalmente ou de outros modos possíveis que preservem os seus diversos efeitos benéficos a vida humana. Inclusive, conseguindo até promover mais benefícios assim como mais efeitos duradouros do que alguns outros produtos naturais. Por esses e outros motivos, não é difícil de entender porque o Guaraná é mesmo assim em diferentes aspectos realmente relevante.

 

 

 

7.    REFERÊNCIAS:

 

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