O meu melhor amigo depois do livro é o cachorro. Porque o livro transmite confiança: não me julga, não me critica e nem me prejudica. Já dizia algo nesse sentido um escritor norte-americano: "não há amigo tão leal quanto um livro" (Ernest Hemingway). A leitura do livro principalmente oferece conhecimento, promovendo o bem e livrando do mal da ignorância.
E o cachorro com sua companhia também me faz bem. Me ensinando, ao contrário de muitas pessoas, que ainda pode existir, seja nos momentos bons ou seja nos momentos ruins, amizade sincera sem haver mentira, maldade, deslealdade, injustiça e inveja.
Por isso, mesmo não sendo perfeito, o cachorro certamente é uma criatura que sabe fazer bem, dar atenção, proteger, amar e dar carinho. Numa linguagem de compreensão que ultrapassa a lógica limitada de entendimento da razão humana.
O que reforça a importância de continuar ou passar a cuidar, valorizar e tratar bem esse animal. Pois, seria muito injusto praticar a crueldade na qual há outras pessoas que cometem do cachorro apesar de fazer bem ainda assim ser covardemente maltratado em troca.
É válido lembrar que a reciprocidade é uma dentre outras características essenciais presente em uma boa amizade, isso basicamente significa dizer que quem recebe atenção, bondade e carinho, logo também precisa dar atenção, bondade e carinho.
Inclusive, não é à toa que naturalmente acontece com mais frequência do que imaginamos ou pensamos o que já havia dito, em uma de suas célebres frases, o poeta brasileiro Carlos Drummond de Andrade: “O animal costuma compreender mais e melhor a nossa linguagem do que nós a deles”.
O que facilmente me leva a continuar acreditando que não apenas tenho de fato aprendido muito com o livro e o cachorro sobre amizade sincera e boa nos momentos compartilhados juntos, mas também que a presença do livro e do cachorro, está valendo muito mais do que a companhia de muitas pessoas. Porque diferentemente do livro e do cachorro há pessoas que além de não me fazer bem o único exemplo que me dão é de me ensinar a não ser igual a elas.
TEXTO: Antonio Gustavo
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