quinta-feira, 14 de novembro de 2019

PANTANAL: QUAL A IMPORTÂNCIA DESSE BIOMA BRASILEIRO?



O Pantanal é um dos biomas brasileiros que se constitui como o menor bioma em termos do tamanho da sua extensão territorial, correspondendo tão somente a apenas menos de 2% do total do território nacional, porém isso não o torna nem um pouco menos importante.

Pois, é reconhecido como Patrimônio Nacional pela Constituição Federal de 1988 e é considerado a partir do ano de 2000 pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) uma Reserva da Biosfera e Patrimônio Natural da Humanidade, algo que reforça o seu valor, estimulando estudos científicos e a conservação do bioma.

O Pantanal estende-se desde o Paraguai, passando pela Bolívia até o Brasil, possuindo uma área total de aproximadamente 250km². No Brasil segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de praticamente 150 mil km². Sendo que mais da metade, numa média de 62% desse bioma, é possível de ser encontrado no Brasil ao longo de determinadas áreas dos Estados brasileiros de Mato Grosso (35%) e Mato Grosso do Sul (65%).

Interessante perceber que um dos elementos naturais principais que mais torna esse bioma brasileiro único, permitindo distingui-lo dos demais, é o fato de ser, ao mesmo tempo, considerado a maior planície inundável do mundo. Situado na bacia hidrográfica do Alto Paraguai do qual recebe uma grande influência do Rio Paraguai.

Tais áreas inundadas fazem da vida do Pantanal ser, muitas vezes, dominado pelas águas na medida em que servem de abrigo para uma diversidade expressiva de seres, especialmente de muitos peixes (dourado, pintado, pacu, piranha) assim como de muitos animais (capivaras, jacarés, ariranhas). Atraindo aves que se alimentam de peixes tal como o Tuiuiú, ave símbolo do bioma do Pantanal. Formando, com essa combinação de rios, lagoas e uma grande variedade de animais e plantas, belas paisagens naturais.

No que diz respeito a algumas das principais características naturais desse bioma podemos, dentre outras coisas, basicamente afirmar que o clima predominante é o tropical, possuindo duas estações bem definidas, alternando as temperaturas em mais elevadas e menos de acordo com o período. Em um período de muita chuva, durante os meses de outubro a março, transbordam rios e lagos tornando o bioma intransitável por terra. E outro período de seca, durante os meses de abril a setembro, começa a baixar o nível das águas.

Sendo de extrema importância a dinâmica de manutenção desse ciclo hidrológico, uma vez que qualquer mudança nesse ciclo pode facilmente se tornar um fator de risco não só para a sobrevivência de várias espécies que dependem da ocorrência desse ciclo, mas também comprometendo o fornecimento de água e a própria existência do bioma.

A vegetação que se desenvolve na sua paisagem natural é bastante marcada pela diversidade, tendo em vista que consegue formar um mosaico de plantas, apresentando uma vegetação variada que se assemelha ora ao Cerrado, Caatinga, Chaco (domínio natural paraguaio, argentino e boliviano), Floresta Amazônia ou a Mata Atlântica. Podemos para efeito de facilitar os estudos dividir, de certo modo, o Pantanal em duas partes: uma parte alta e uma parte baixa, mas também podemos ainda preferencialmente dividir esse bioma em três partes:áreas de planícies, áreas intermediárias e áreas altas.

Sendo as áreas de planícies aquelas nas quais possui os terrenos menos elevados, são planas e naturalmente mais suscetíveis de ser submetidas a inundações no período das cheias de rios e lagos. É típico de encontrar não só o desenvolvimento de plantas terrestres com espécies de gramíneas (capins, gramas), presença de pastagens naturais favoráveis à pecuária com a criação de gado bovino, principal atividade a dinamizar economicamente a região, mas também em função do período de cheias, há em maior proporção o desenvolvimento de plantas aquáticas, tais como: batume, aguapé e salvínia. E passa a haver necessidade de deslocar os gados em direção a áreas mais altas para sobreviverem.

Curiosamente, as áreas de planícies obviamente não são a única, mas são aquelas áreas que mais definem, em termos da paisagem natural, aspectos particulares do bioma do Pantanal, ainda que sejam das três partes a que é mais submetida ao desmatamento. Nas áreas intermediárias normalmente se desenvolvem espécies de vegetações rasteiras e alguns arbustos esparsos. As áreas altas, por sua vez, são as únicas não suscetíveis às inundações dos rios no período das cheias pelo fato de estar situadas nas partes de terrenos mais elevados e onde é possível de encontrar a concentração de árvores de grandes portes.

O que é possível de verificar em comum nas três partes do bioma pantaneiro é que ainda que o mesmo possua relativas quantidade de espécies da Amazônia e Mata Atlântica, não vamos encontrar uma vegetação fechada semelhante à encontrada nesses outros dois biomas brasileiros, pelo contrário vamos, no geral, observar na paisagem pantaneira mais a ocorrência de uma vegetação aberta. Além disso, segundo estudos da EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) Pantanal já foram, até o momento, identificadas um total de aproximadamente 2 mil espécies de plantas existentes ao longo desse bioma. Fornecendo uma dimensão da grande riqueza natural que possui o Pantanal.

Nesse contexto, é necessário não perdermos a oportunidade de reconhecer o grande valor que possui o bioma do Pantanal assim como estimularmos o conhecimento a respeito desse bioma brasileiro através do aprofundamento dos seus estudos científicos, do incentivo ao ecoturismo além de desenvolvermos a consciência ambiental, no sentido de garantir a sua proteção e a sustentabilidade dos seus recursos naturais. 

Alertando para o perigo dos problemas ambientais existentes como, por exemplo, o desmatamento provocado pelo avanço da agropecuária, a caça indiscriminada e predatória de animais, objetivando os caçadores em obter couro e pele dos animais e a pesca ilegal no período de piracema, onde acontece a reprodução dos peixes que, somadas a outras atividades praticadas pelo ser humano, podem colocar ao longo do tempo em ameaça à existência desse importante bioma brasileiro.

TEXTO: ANTONIO GUSTAVO

quarta-feira, 6 de novembro de 2019

BRASIL: NÚMERO DE INADIMPLENTES CRESCE.



O significado mais comum de ser encontrado para a palavra inadimplência é que corresponde à falta de cumprimento de alguma obrigação previamente estabelecida. Normalmente sendo usada para expressar à situação de pessoas que faltam com o cumprimento de suas responsabilidades de ordem financeira como, por exemplo, o não pagamento de uma dívida ou o atraso de uma conta.

Algo que obviamente vem preocupando bastante quando levamos em consideração à realidade financeira de muitos brasileiros, pois estudos mais recentes divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) revelam que o Brasil possui mais de 208,4 milhões de habitantes. 

Desse total de habitantes segundo, por sua vez, o levantamento realizado pela Serasa Experian dá conta de que em junho do ano de 2018 a quantidade de consumidores brasileiros inadimplentes chegou à espantosa marca de 61,8 milhões. Na comparação com junho do ano anterior, em 2017, esse índice de inadimplentes teve um aumento percentual na média de 1,98 %.

Pela enorme quantidade de inadimplentes confirmados inspirou até alguns outros estudiosos do assunto a afirmarem que o Brasil possui uma “Itália de inadimplentes”, dada à semelhança existente da quantidade de inadimplentes brasileiros com o número da população desse país europeu.

O levantamento da Serasa Experian, além disso, fornece mais detalhes acerca da situação dos inadimplentes do Brasil. Tais como o fato de que apesar da inadimplência constatada ter ultimamente crescido mais na faixa etária dos idosos e na faixa de pessoas que possuem renda superior. A faixa etária que ainda permanece sendo a mais inadimplente é a das pessoas de baixa renda e a dos adultos, principalmente entre 36 e 40 anos, representando quase praticamente metade (47,3%) do total dos brasileiros inadimplentes.

Cada caso de inadimplência é um caso e deve ser tratado de acordo com a especificidade do seu problema financeiro apresentado. Mas, no geral, podemos basicamente dizer que a ocorrência da inadimplência no Brasil está associada a diversos fatores como a elevação do custo de vida, a diminuição da renda, impostos abusivos, a falta de educação financeira, o acesso a crédito fácil e, principalmente, o desemprego.

Mesmo que na teoria tudo pode parecer, muitas vezes, mais simples e fácil de solucionar do que na pratica. Contudo, algumas dicas que podemos fornecer não como únicas, mas certamente como uma, dentre outras, importantes para evitarmos cair na inadimplência é: fazermos um levantamento de todos os gastos e cortar os gastos desnecessários, controlarmos o uso do cartão de crédito, pesquisarmos preços mais vantajosos, pensarmos melhor onde aplicar o nosso dinheiro poupado.

Ainda assim, não podemos deixar de considerar que tudo não depende única e exclusivamente das pessoas em situação de inadimplência para mudar esse quadro. Afinal, ninguém vive isolado, portanto, sempre está inserido em algum contexto. Nesse sentido, o governo que está a frente de importantes decisões políticas que implicam em influenciar de maneira determinante em aspectos econômicos no país, pode agir em função de relativamente criar condições mais favoráveis para que o índice de inadimplentes sofra uma queda como, por exemplo, buscar reduzir a altíssima taxa de impostos, criar mais vagas e oportunidades de  emprego e melhorar a qualidade de vida dos cidadãos brasileiros. 

TEXTO: ANTONIO GUSTAVO

FATORES QUE CONTRIBUEM PARA CRIAÇÃO DO ESTADO DE CARAJÁS: CENTRALIDADE ECONÔMICA E POLÍTICA DE MARABÁ

  Para compreendermos melhor a influência não só da centralidade urbana que a cidade média de Marabá exerce hoje, polarizando na dimensão ...