Ao
se falar a respeito da origem do universo é necessário, antes de tudo, ter
consciência de saber que é algo obviamente bastante complexo que até hoje ainda
é permeado de mistérios, intrigando diversas áreas do conhecimento da
humanidade assim como gerando polêmicas entre diferentes concepções existentes -
principalmente mitológicas, religiosas, científicas e filosóficas - que buscam
explicar como tudo começou.
A
teoria da origem do universo chamada de Big Bang que significa grande explosão,
oriunda de uma concepção científica, é
uma das teorias propostas sobre o desenvolvimento inicial e origem do universo.
Correspondendo a mais aceita pela comunidade cientifica mundial.
Possui considerado como seu autor o astrônomo
Georges Edouard Lemaítre (1894-1966) que teve, em boa parte, como embasamento
para desenvolver seu trabalho: a Teoria Geral da Relatividade do físico Albert
Einstein (1879-1955) e as equações do matemático Alexander Driedmann
(1888-1925).
Georges Lemaítre basicamente dizia que o universo
inicialmente era menor, muito quente e denso.
Esse mesmo universo, segundo ele, foi um único átomo chamado de
"átomo primordial” que concentrava toda matéria e energia. Tal átomo
primordial teve um determinado momento que se fragmentou e dispersou em uma
quantidade tão expressiva de proporções imensuráveis de pedaços. E cada um dos
pedaços foi se fragmentando sucessivamente em outros menores até chegar aos
átomos atuais.
Isso tudo ocorrendo, supostamente, a menos de 14
bilhões de anos atrás aproximadamente, a partir da explosão de um aglomerado de
matéria bastante quente e denso do qual o universo outrora menor foi
constituído. O provável acontecimento desse evento no passado longínquo do
universo faz jus logicamente ao próprio nome da teoria que ficou amplamente
conhecida como Big Bang (grande explosão). Curiosamente,
apesar da teoria do Big Bang certamente ter atribuída como autor o astrônomo
Georges Lemaíte, quem é creditado por ter criado o termo Big Bang foi, em 1949,
Fred Hoyle (1915-2001).
Descobertas
científicas posteriores, em 1929, de Edwin Powell Hubble (1889-1953) foram, sem
dúvida, fundamentais para ajudar a reforçar a possibilidade de ter ocorrido os cenários
propostos pela teoria do Big Bang. Tendo em vista que Hubble principalmente
evidenciou que os aglomerados de galáxias estão se afastando uma das outras.
Dessa
forma, isso implicou em dizer também que se a distância entre galáxias está
aumentando, todas deveriam estar mais próximas no passado. Além disso, abriu
espaço para fundamentar, inclusive, a idéia de que não são exclusivamente as
galáxias que estão se afastando, mas que esse fenômeno é decorrente do universo,
desde o evento do Big Bang (grande explosão), estar em constante expansão.
Expansão
essa do universo que chegou a um determinado ponto que permitiu, ao longo do
tempo, haver as condições favoráveis das partículas de matéria do espaço se movimentar
sem colidir tanto umas com as outras como normalmente acontecia, possibilitando
começar a produzir estruturas mais organizadas, dando assim origem, então, as
galáxias, planetas, estrelas, asteróides, dentre outros corpos celestes.
Essa
ideia comprovando a expansão do universo que ficou conhecida como Lei de Hubble,
devido a sua importância pode ser até considerada, de certo modo, uma
explicação complementar a teoria Big Bang, no sentido de que ao invés de
contestar, na verdade, veio da sua maneira particular contribuir para reforçar o
evento da grande explosão.
Contudo,
a teoria Big Bag evidentemente apresenta limitações. Importantes estudiosos
continuam buscando novas evidências que a confirmem, enquanto outros estudiosos
a contestam. Mesmo assim, não deixa de possuir, ao mesmo tempo, sua relevância
científica, pois propõe uma das explicações, até o momento, mais bem
fundamentadas sobre a origem do universo. Revelando, dentre outras coisas, um universo misterioso
e fascinante, não essencialmente estático, mas complexamente dinâmico.
TEXTO: ANTONIO GUSTAVO