domingo, 23 de fevereiro de 2020

ORIGEM DO UNIVERSO: O QUE É A TEORIA BIG BANG?


Ao se falar a respeito da origem do universo é necessário, antes de tudo, ter consciência de saber que é algo obviamente bastante complexo que até hoje ainda é permeado de mistérios, intrigando diversas áreas do conhecimento da humanidade assim como gerando polêmicas entre diferentes concepções existentes - principalmente mitológicas, religiosas, científicas e filosóficas - que buscam explicar como tudo começou.

A teoria da origem do universo chamada de Big Bang que significa grande explosão, oriunda de uma concepção científica, é uma das teorias propostas sobre o desenvolvimento inicial e origem do universo. Correspondendo a mais aceita pela comunidade cientifica mundial.

Possui considerado como seu autor o astrônomo Georges Edouard Lemaítre (1894-1966) que teve, em boa parte, como embasamento para desenvolver seu trabalho: a Teoria Geral da Relatividade do físico Albert Einstein (1879-1955) e as equações do matemático Alexander Driedmann (1888-1925).

Georges Lemaítre basicamente dizia que o universo inicialmente era menor, muito quente e denso.  Esse mesmo universo, segundo ele, foi um único átomo chamado de "átomo primordial” que concentrava toda matéria e energia. Tal átomo primordial teve um determinado momento que se fragmentou e dispersou em uma quantidade tão expressiva de proporções imensuráveis de pedaços. E cada um dos pedaços foi se fragmentando sucessivamente em outros menores até chegar aos átomos atuais.

Isso tudo ocorrendo, supostamente, a menos de 14 bilhões de anos atrás aproximadamente, a partir da explosão de um aglomerado de matéria bastante quente e denso do qual o universo outrora menor foi constituído. O provável acontecimento desse evento no passado longínquo do universo faz jus logicamente ao próprio nome da teoria que ficou amplamente conhecida como Big Bang (grande explosão). Curiosamente, apesar da teoria do Big Bang certamente ter atribuída como autor o astrônomo Georges Lemaíte, quem é creditado por ter criado o termo Big Bang foi, em 1949, Fred Hoyle (1915-2001).

Descobertas científicas posteriores, em 1929, de Edwin Powell Hubble (1889-1953) foram, sem dúvida, fundamentais para ajudar a reforçar a possibilidade de ter ocorrido os cenários propostos pela teoria do Big Bang. Tendo em vista que Hubble principalmente evidenciou que os aglomerados de galáxias estão se afastando uma das outras.

Dessa forma, isso implicou em dizer também que se a distância entre galáxias está aumentando, todas deveriam estar mais próximas no passado. Além disso, abriu espaço para fundamentar, inclusive, a idéia de que não são exclusivamente as galáxias que estão se afastando, mas que esse fenômeno é decorrente do universo, desde o evento do Big Bang (grande explosão), estar em constante expansão.

Expansão essa do universo que chegou a um determinado ponto que permitiu, ao longo do tempo, haver as condições favoráveis das partículas de matéria do espaço se movimentar sem colidir tanto umas com as outras como normalmente acontecia, possibilitando começar a produzir estruturas mais organizadas, dando assim origem, então, as galáxias, planetas, estrelas, asteróides, dentre outros corpos celestes.

Essa ideia comprovando a expansão do universo que ficou conhecida como Lei de Hubble, devido a sua importância pode ser até considerada, de certo modo, uma explicação complementar a teoria Big Bang, no sentido de que ao invés de contestar, na verdade, veio da sua maneira particular contribuir para reforçar o evento da grande explosão.

Contudo, a teoria Big Bag evidentemente apresenta limitações. Importantes estudiosos continuam buscando novas evidências que a confirmem, enquanto outros estudiosos a contestam. Mesmo assim, não deixa de possuir, ao mesmo tempo, sua relevância científica, pois propõe uma das explicações, até o momento, mais bem fundamentadas sobre a origem do universo.  Revelando, dentre outras coisas, um universo misterioso e fascinante, não essencialmente estático, mas complexamente dinâmico.

TEXTO: ANTONIO GUSTAVO

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

PLUTÃO: POR QUE NÃO É MAIS UM PLANETA?



Plutão foi descoberto, em 1930, pelo astrônomo norte-americano Clyde Tombaugh (1906-1997) do observatório Lowell, no estado do Arizona dos EUA (Estados Unidos da América).  Apesar de ser o menor corpo celeste do sistema solar, distante do Planeta Terra e do Sol, foi inicialmente considerado como mais um dos Planetas existentes no sistema solar.

Porém, a partir do início do século XXI, em 2006, a IAU (União Astronômica Internacional) um dos mais importantes órgãos de astronomia que reúne astrônomos de diversos países, estabeleceu novos critérios a respeito da classificação de Planetas. Nesse momento, Plutão deixou de ser considerado um Planeta para passar a ser rebaixo a definição de um Planeta Anão.  Fazendo parte agora do grupo dos pequenos corpos do sistema solar.

Porque dentro desses novos critérios atualmente vigentes, basicamente leva-se em consideração três importantes fatores que permitem classificar se um corpo celeste pode ser ou não considerado um Planeta: deve ser esférico; deve girar em torno do sol; e o planeta tem que possuir sua órbita livre, ou seja, normalmente não dividindo com outros objetos espaciais, exceto relativamente com seu(s) próprio(s) satélite(s) natural(is). Assim sendo, deve ser o objeto espacial dominante na sua órbita, exercendo influência.

O que se concluiu foi que o terceiro fator pertencente a esses critérios de classificação utilizados pela IAU, isto é, ter a sua órbita livre. Foi, em grande parte, o principal responsável pelo fato de Plutão deixar de ser considerado um Planeta para ser reclassificado como um Planeta Anão.

Na medida em que Plutão está situado numa região orbital, Cinturão de Kuiper, na qual se verificou que não está livre, pois há a presença de vários outros objetos espaciais que compartilham da sua órbita. Além disso, Plutão não é o dominante da sua órbita em função de que esses outros objetos espaciais, ficam girando em torno do Sol e não estão expressivamente submetidos à sua influência gravitacional.

Contudo, é necessário sabermos que mesmo após Plutão ter deixado, assim, de ser oficialmente classificado como um Planeta a base dos novos critérios científicos aplicado pela IAU. Permanece gerando discussões entre os astrônomos.

Tendo em vista que essa decisão não foi aceita com unanimidade entre os astrônomos, ou seja, não houve completa concordância. Ainda há estudiosos que continuam considerando Plutão como um Planeta. De um modo (sendo considerado apenas como um Planeta Anão) ou de outro (sendo considerado como um Planeta) é interessante percebermos que Plutão certamente mantém sua importância para a astronomia.

TEXTO: ANTONIO GUSTAVO

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

LUA: O QUE É? QUAL A SUA IMPORTÂNCIA?



A Lua que geralmente conhecemos por conseguir despertar o interesse dos estudiosos, suscitar novos mistérios aos cientistas, inspirar encantos aos românticos poetas e, antes de tudo, conhecemos por cativar a admiração de diversos contempladores, principalmente pelo fato de ser possível observá-la brilhante no céu noturno das mais variadas regiões do planeta Terra.
É a mesma Lua que é considerada o único satélite natural do planeta Terra. Localizada no sistema solar e distante numa média de aproximadamente 384.400 km da Terra, sendo assim, também considerada como o corpo celeste mais próximo da Terra.
No que diz respeito a explicação da sua formação, apesar de que há, dentre outras, a existência da teoria mais recente, teoria das múltiplas colisões, de que a lua foi submetida a múltiplos impactos que num determinado momento resultaram através dessa dinâmica na sua origem. A teoria que continua até o momento sendo mais aceita, chamada de teoria da grande colisão, afirma que provavelmente ocorreu um impacto a mais de 4,5 bilhões de anos atrás. Num período de tempo um pouco posterior ao evento da formação da Terra. Nessa hipótese, seu surgimento se deu em função basicamente de um impacto que houve do planeta Terra com outro planeta da época que atravessou sua órbita, esse outro planeta que se chocou com a Terra, supostamente pode ter sido, mais ou menos, de um tamanho equivalente ao planeta Marte.
Permitindo pela explosão com que naturalmente se chegasse ao ponto de fragmentar o material, ou seja, desintegrando e dispersando uma quantidade significativa de material antes pertencente a ambos os planetas, sendo esse mesmo material oriundo da Terra tanto quanto desse outro planeta, o que veio depois exatamente a se agregar e constituir num só formando a Lua.
Referente a algumas características da Lua, ela apresenta três tipos de movimentos: rotação (movimento em que gira em torno do seu próprio eixo), translação (movimento em que gira ao redor do Sol) e revolução (movimento em que gira ao redor da Terra). Fenômenos específicos, tais como as conhecidas fases da Lua (cheia, minguante, nova ou crescente) estão relacionados ao seu movimento de revolução e translação, ou seja, através do movimento que realiza, ao mesmo tempo, em torno da Terra e em torno do Sol. Na medida em que faz com que haja, dessa forma, alternâncias na face iluminada da Lua e, obviamente, diferentes variações na maneira como ela é observada da superfície terrestre.
Mesmo que a Lua possua presença expressiva de crateras, formadas durante milhões de anos, após normalmente o choque com meteoros. Ao contrário da Terra, já que não possui uma atmosfera, de certo modo, densa capaz de desintegrar ou, ao menos, frear os meteoros que se dirigem à sua superfície. Pois, de acordo com a NASA (National Aeronautics and Space Administration) ela possui uma camada atmosférica muito fina e frágil.
Ainda assim, acredita-se que grande quantidade dos elementos que compõe a Lua é relativamente parecido com o material encontrado na Terra como, por exemplo, o basalto (componente de rochas vulcânicas) e assim como a Terra se subdivide em três partes: crosta, manto e núcleo.
Outra característica que destaca bastante a Lua é por ela exercer de diferentes maneiras influência sobre a Terra, tendo em vista que, de certo modo, ajuda na estabilidade climática. Pois, cientistas estimam que sem a Lua uns dos conjuntos de efeitos que seriam logo intensamente sentidos em escala global decorreria na existência tanto de verões que passariam a ser extremamente mais quentes e os invernos que passariam a ser extremamente mais frios quanto no aparecimento de fenômenos meteorológicos terríveis, afetando negativamente assim a vida de muitas espécies de animais e plantas que simplesmente desapareceriam.

E apesar de ser um fenômeno menos conhecido do que os demais, os cientistas dizem que a Lua influência em prolongar a duração dos dias em nosso planeta. Já que após a formação da Lua, a sua presença contribuiu expressivamente para os nossos dias durarem mais horas. Logo, sem a Lua a Terra giraria mais rápido e a duração dos dias seriam bastante menores.
Não poderíamos esquecer de ressaltar também a influência mais conhecida das marés na Terra que são provocadas pela variação de intensidade da força gravitacional da Lua, denominada de força de maré. Permitindo com que grandes massas de água dos oceanos se movam dependendo da posição da Lua em relação a Terra, produzindo os movimentos de subida e descida do nível do mar, as chamadas marés, que correspondem as marés altas e as marés baixas. Válido dizer que os movimentos de marés ainda são também influenciados pelo Sol, porém como a Lua está mais próxima da Terra, é ela que diretamente produz uma influência certamente maior.
Sem com isso desmerecer jamais o Sol, afinal a Lua mesmo sendo o corpo celeste mais brilhante do céu noturno, não possui luz própria, ou seja, a luminosidade que vemos de nosso planeta é proveniente da luz solar refletida na superfície lunar assim como essa mesma luminosidade é fundamental para existência do fenômeno das fases da Lua.
Além disso, chama atenção os famosos espetáculos astronômicos dos eclipses que acontecem quando o Sol, a Terra e a Lua se encontram alinhados. Durante a ocorrência do eclipse lunar a Lua entra na área de sombra da Terra. Dependendo das condições de cada eclipse a Lua pode passar a ficar penumbra, parcial ou totalmente encoberta pela sombra da Terra. Os eclipses possuem duração de alguns minutos ou até mesmo de horas, no geral, podem ser vistos a olho nu da Terra, sem auxílio de equipamentos,  quando necessariamente as condições do tempo e de reduzida poluição visual são favoráveis.
Por essas e outras razões, assim, podemos facilmente perceber porque o estudo da Lua é tão fascinante e porque ela em seus diversos aspectos é, sem dúvida, importante não só para humanidade, mas também para o planeta Terra.

TEXTO: ANTONIO GUSTAVO

FATORES QUE CONTRIBUEM PARA CRIAÇÃO DO ESTADO DE CARAJÁS: CENTRALIDADE ECONÔMICA E POLÍTICA DE MARABÁ

  Para compreendermos melhor a influência não só da centralidade urbana que a cidade média de Marabá exerce hoje, polarizando na dimensão ...