quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

PLUTÃO: POR QUE NÃO É MAIS UM PLANETA?



Plutão foi descoberto, em 1930, pelo astrônomo norte-americano Clyde Tombaugh (1906-1997) do observatório Lowell, no estado do Arizona dos EUA (Estados Unidos da América).  Apesar de ser o menor corpo celeste do sistema solar, distante do Planeta Terra e do Sol, foi inicialmente considerado como mais um dos Planetas existentes no sistema solar.

Porém, a partir do início do século XXI, em 2006, a IAU (União Astronômica Internacional) um dos mais importantes órgãos de astronomia que reúne astrônomos de diversos países, estabeleceu novos critérios a respeito da classificação de Planetas. Nesse momento, Plutão deixou de ser considerado um Planeta para passar a ser rebaixo a definição de um Planeta Anão.  Fazendo parte agora do grupo dos pequenos corpos do sistema solar.

Porque dentro desses novos critérios atualmente vigentes, basicamente leva-se em consideração três importantes fatores que permitem classificar se um corpo celeste pode ser ou não considerado um Planeta: deve ser esférico; deve girar em torno do sol; e o planeta tem que possuir sua órbita livre, ou seja, normalmente não dividindo com outros objetos espaciais, exceto relativamente com seu(s) próprio(s) satélite(s) natural(is). Assim sendo, deve ser o objeto espacial dominante na sua órbita, exercendo influência.

O que se concluiu foi que o terceiro fator pertencente a esses critérios de classificação utilizados pela IAU, isto é, ter a sua órbita livre. Foi, em grande parte, o principal responsável pelo fato de Plutão deixar de ser considerado um Planeta para ser reclassificado como um Planeta Anão.

Na medida em que Plutão está situado numa região orbital, Cinturão de Kuiper, na qual se verificou que não está livre, pois há a presença de vários outros objetos espaciais que compartilham da sua órbita. Além disso, Plutão não é o dominante da sua órbita em função de que esses outros objetos espaciais, ficam girando em torno do Sol e não estão expressivamente submetidos à sua influência gravitacional.

Contudo, é necessário sabermos que mesmo após Plutão ter deixado, assim, de ser oficialmente classificado como um Planeta a base dos novos critérios científicos aplicado pela IAU. Permanece gerando discussões entre os astrônomos.

Tendo em vista que essa decisão não foi aceita com unanimidade entre os astrônomos, ou seja, não houve completa concordância. Ainda há estudiosos que continuam considerando Plutão como um Planeta. De um modo (sendo considerado apenas como um Planeta Anão) ou de outro (sendo considerado como um Planeta) é interessante percebermos que Plutão certamente mantém sua importância para a astronomia.

TEXTO: ANTONIO GUSTAVO

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EXISTÊNCIA

A existência é o que basicamente acontece no espaço do tempo e no tempo do espaço de duração de uma vida.  (Antonio Gustavo)