O
aquecimento global pode ser basicamente compreendido como o processo de
elevação da temperatura média da Terra. Ocorrendo, nos últimos tempos, em
escala global, decorrente da intensificação da ação humana. Esse
fenômeno da elevação das temperaturas é identificado não só na atmosfera, mas
também nos oceanos, o que gera um desequilíbrio, promovendo mudanças na
dinâmica climática da Terra. Prejudicando, dessa forma, vidas tanto terrestres
quanto aquáticas.
No que diz respeito às principais causas do
aquecimento global, no geral, ainda não há por parte dos cientificas ou dos
estudiosos do assunto um consenso definitivamente estabelecido. Na medida em
que, por um lado, há uma parcela da comunidade cientifica que contesta, ou
seja, não está em conformidade com a explicação do modo como normalmente é
compreendida a existência desse fenômeno. E até, inclusive, determinados
cientificas e estudiosos, ignorando as evidências reais disponíveis, chegam
a negar completamente existência do aquecimento global, chamando-o de “farsa”.
Pois, na maioria das vezes, eles consideram o
aquecimento global um processo natural em função das constantes modificações
climáticas que o planeta Terra já foi - e continua - submetido. Segundo
evidências físicas e reconstruções teóricas, como períodos muitos quentes da
Terra e outros períodos de resfriamento da Terra, baixando os níveis de
temperaturas, conduzidos por fenômenos de glaciações.
Enquanto que, por outro lado, uma ampla maioria
da comunidade cientifica mundial atribui às causas das mudanças climáticas de
antigamente, há milhares de anos atrás, aos fatores naturais. E, por sua vez,
as mudanças climáticas promovidas pelo processo de aquecimento global, nos
últimos tempos, estão diretamente relacionadas às atividades humanas que,
principalmente após meados do século XIX em diante, vêm emitindo bastantes gases do efeito
estufa através do uso de combustíveis fósseis, atividades industriais,
desmatamentos e queimadas. Constituindo-se não como os únicos, mas em uns dos
principais gases do efeito estufa, causadores do aquecimento global: Dióxido de
Carbono (CO2), Gás Metano (CH4), Óxido Nitroso (N2O).
Segundo um relatório da ONU (Organização das Nações Unidas)
publicado, em 2019, as emissões de CO2 avançaram em média 1,5% por ano nos
últimos 10 anos. O que certamente deve colocar a humanidade em estado de alerta
a respeito do modo como o ser humano veio, nos últimos tempos, a intensificar a
emissão de gases do efeito estufa que causam o aquecimento global. O IPCC (Painel Intergovernamental sobre
Mudanças Climáticas), órgão responsável por estudos do aquecimento global,
acredita que nas próximas décadas a tendência é ainda de temperaturas mais
altas.
Tornando
o aquecimento global, assim, uma questão não do futuro, mas do presente, ou
seja, as causas das mudanças climáticas é algo que já pode ser percebido
acontecendo assim como sentido os seus efeitos reais. Segundo revela, por
exemplo, evidências climáticas da estação de pesquisa da Base de Esperanza, localizada na Antártica.
A
Antártica no começo do ano de 2020 atingiu a temperatura mais quente da
história do continente, alcançando 18,3º C, superando o recorte anterior, em
2015, de 17,5º C. Mas, os cenários possíveis da ocorrência do aquecimento
global são, infelizmente, maiores e mais abrangentes do que a princípio se
imagina, não interferindo apenas negativamente no derretimento das calotas
polares e na sobrevivência de espécies pertencentes a esse habitat natural.
Além
disso, provoca com a elevação de temperatura do Planeta, obviamente o aumento
da insolação e radiação solar presente na Terra; aumento das temperaturas dos
oceanos e elevação do nível dos oceanos; a desestabilização climática em outras
regiões com o prolongando de chuvas irregulares; diminuição das chuvas onde
outrora era mais comum; catástrofes climáticas como as secas; a extinção
de espécies, em função das condições ambientais inóspitas para as suas
sobrevivências; aumento da quantidade de refugiados climáticos, dentre
outros problemas.
O
que sugere da parte da humanidade não só preocupação, mas maior consciência
social e, sobretudo, consciência ambiental na busca de fontes alternativas e renováveis
de energias que sejam tanto menos poluentes quanto menos agressivas ao meio
ambiente. Além de vontade política para propor, apesar de ser uma nova
realidade que pega despreparado à maioria dos governantes dos países, a
aplicação de um modelo econômico-político-cultural mais ambientalmente sustentável.
Em
contraposição a este contexto que vivemos aonde predomina a lógica
insustentável de produção do modelo econômico do sistema capitalista e a lógica
de comportamento cultural impregnado por esse mesmo modelo na sociedade, expresso
através do altíssimo índice de produção de poluição, de lixo e valores que
desrespeitam a natureza, estimulam o consumismo, ameaçam a biodiversidade,
geram a insustentabilidade ambiental, afetando com uma série de alterações
climáticas.
Podemos,
por essas e outras razões, assim, facilmente perceber porque o processo de
aquecimento global é um fenômeno, sem dúvida, importante de ser levado em
consideração e mais real do que poderíamos imaginar. Exigindo mais seriedade e
atenção no tratamento dessa questão que não envolve tão somente as alterações
climáticas a nível global. Afinal, a elevação da temperatura média da Terra,
intensificada pela ação humana, ao mesmo tempo, é algo que têm em diferentes aspectos
implicações negativas, diretas e indiretas, na qualidade de vida de diversos
seres vivos do Planeta Terra.
TEXTO: ANTONIO GUSTAVO
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