Vivemos numa época em que a humanidade se tornou demasiadamente
afeita e apegada a aparência, estética, moda, ansiedade, saúde física,
consumismo e, muitas das vezes, esquece da importância de se ter saúde mental e
conhecer melhor elementos disponíveis que permitam preservá-la.
Esse mesmo mundo globalizado em que vivemos se, por um lado,
através da evolução dos meios de telecomunicações, estimulou rapidamente a
difusão desses valores e hábitos predominantes, nem tanto obviamente
sintonizados com questões relacionadas à saúde mental, por outro lado, não
podemos deixar de perceber que facilitou alguns fatores que podem fornecer
elementos para cultivarmos a saúde mental.
Como, por exemplo, o acesso à leitura não mais limitada ao seu
tradicional formato material e palpável em folhas de papel, sendo agora
ampliado o seu acesso, fornecendo livros em formatos imateriais e digitais,
tais como PDF que podem ser facilmente acessados e lidos através de notebooks,
computadores, laptops, tabletes e dispositivos móveis de comunicação, os
famosos celulares.
Por mais que tenha havido, assim, tanto facilidade de acesso com
diferentes opções e modos de realizar leitura quanto ter aumentando à
quantidade de leitores. Contudo, a prática da leitura continua sendo,
geralmente, desvalorizada.
Mas, afinal, o que tem a pratica da leitura a ver com saúde
mental? Praticamente tudo a ver. Vários estudos e pesquisas científicas
fornecem evidências de que a leitura pode ser não o único, mas certamente um
dos importantes elementos capaz de promover a saúde mental nas pessoas. Na
medida em que se sabe que, em grande parte, uma das condições imprescindíveis
para preservar a saúde mental é basicamente manter uma mente ativa. E a leitura
quando adequadamente utilizada contribui bastante para proporcionar que a mente
possa funcionar ativamente.
Pois, independente do motivo o qual impulsiona uma pessoa ao ato
de ler que pode ser os mais diversos possíveis, tendo em vista que se ler para
aprender, ler para trabalhar, ler para relaxar, ler para se divertir, ler para
viajar sem sair do lugar ou até mesmo ler para passar tempo. De qualquer forma,
é sabido que a pratica da leitura, dentre outras coisas, desenvolve o
raciocínio lógico, preserva a memória e estimula a capacidade de concentração.
A constatação desse fato por si só já é algo suficiente para
confirmar como a leitura é vital para a saúde mental, porque permite manter a
mente ativa, além disso, afastando assim como reduzindo determinados sintomas
de doenças degenerativas como, por exemplo, o Mal de Alzheimer, aonde funções
básicas da mente como raciocínio lógico, concentração e, sobretudo, a memória
ficam com o seu funcionamento comprometido.
Entretanto, sabemos que o livro é uma fonte inesgotável de
conhecimentos, prova explicita disso é haver a quantidade imensurável de livros
não só existentes no mundo, mas também de diferentes tipos de leituras:
científicas, geográficas, aventuras, poesias, romances, dentre outras.
Transmitindo além de conhecimentos sentimentos.
Nesse contexto, temos que ter a consciência de identificar a
leitura mais apropriada de acordo com o gosto ou necessidade do momento de cada
pessoa. Curiosamente, nesse sentido, já existem esforços como, por exemplo, o
da biblioterapia que se caracteriza pela prescrição de materiais de leituras
com função terapêutica. Porque para uma pessoa que sofre de depressão ou de
ansiedade poderá ser indicado normalmente livros que possuam uma boa história,
visando ajudar não só a aliviar esses problemas, mas de maneira afetiva e
efetiva buscar superá-los.
Mesmo para quem não
sofre com algum tipo de problema que afete a saúde mental, porém gosta de
praticar a leitura ou deseja adquirir o hábito da leitura para desfrutar dos
benefícios que proporciona. É bom manter o interesse pelos livros. Afinal, o que
não podemos perder de vista é que um dos propósitos fundamentais da leitura
pode ser o de tornar-nos cada vez mais seres humanos melhores.
TEXTO: ANTONIO GUSTAVO
Nenhum comentário:
Postar um comentário