segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

LIXO ELETRÔNICO: É O QUE MAIS CRESCE NO MUNDO?



O lixo eletrônico ou tecnológico também conhecido pela sigla RAEE (Resíduos de Aparelhos Eletroeletrônicos) como o próprio nome, de um modo ou de outro, sugere, corresponde a todo lixo que é basicamente proveniente de materiais eletrônicos. Tais como: computadores, monitores, teclados, impressoras, aparelhos de som, rádios, geladeira, fogão, televisores, telefones, celulares, baterias, fios, dentre outros.

De acordo com os resultados apresentados através de um relatório divulgado durante o WEF (Fórum Econômico Mundial), em 2019, revela-se que, de todos os tipos de lixos existentes, o lixo eletrônico é um dos que mais cresce de forma rápida no mundo. Indicando os dados que a cada ano são gerados em média mais de 50 milhões de toneladas de lixo eletrônico no mundo.

Para ser mais exato de acordo com o Global E-waste Monitor 2020 das Nações Unidas, em 2019, houve um recorde de 53,6 milhões de toneladas no mundo. Equivalendo a um aumento assustador de 21% verificados num período de 5 anos. Projetando uma dimensão desse crescimento o presidente da Associação Internacional de Resíduos Sólidos, Antonis Mavropoulos, afirmou: "Nos últimos cinco anos, a quantidade de lixo eletrônico cresceu três vezes mais rapidamente do que a população mundial”.

Esse aumento excessivo de produção lixo eletrônico pode estar associado, dentre outras coisas, principalmente a três fatores: ao contexto do advento do fenômeno da globalização; aos diversos avanços tecnológicos no mundo moderno provocados pela revolução do meio técnico científico informacional, facilitando o acesso, expandindo o consumo de equipamentos eletrônicos e resultando na conseqüente elevação da produção de lixo eletrônico; e a falta de difusão maior da consciência ambiental e valores éticos com ações visando à sustentabilidade ou com a possível consolidação de outros modelos econômicos mais sustentáveis.

O que mais preocupa, ainda, é saber que de todo essa enorme quantidade de lixo eletrônico produzido, em 2019, segundo Global E-waste Monitor 2020, apenas menos de 18%, em média 17,4%, obtiveram destinos adequados, ou seja, foram coletados e reciclados.

Algo certamente preocupante, pois o lixo eletrônico traz sérios riscos à vida humana e ao meio ambiente, contém substâncias tóxicas, poluentes e perigosas. Por um lado, seu gerenciamento correto pode positivamente proporcionar a redução dos efeitos negativos do aquecimento global e evitar outros problemas de ordem socioambiental.

Por outro lado, se continuar a se ignorar essa questão, não levando em consideração o gerenciamento do lixo eletrônico a tendência é de intensificar problemas a vida humana e ao meio ambiente, decorrente não só de prejudicar os seres vivos com o aumento da emissão na atmosfera de gases poluentes como, por exemplo, CO2, mas também potencializar os danos causados ao meio ambiente com o aquecimento global e as mudanças climáticas.

O relatório divulgado pela Global E-waste Monitor 2020 que contou com a participação da ONU (Organização das Nações Unidas) constata que a China (1º lugar), os Estados Unidos (2º lugar) e a Índia (3º lugar), em 2019, foram os três principais países responsáveis pela maior produção de lixo eletrônico do mundo.

Contudo, especificamente o Brasil em relação a esse cenário da questão de produção de lixo eletrônico é um país que, no geral, também no momento, infelizmente, está longe de apresentar, na realidade, ações significativas que leve em consideração tanto os valores éticos quanto ações fortes que visem à sustentabilidade. 

Constituindo-se no Brasil se configurar, em 2019, no país que lidera como maior produtor de lixo eletrônico da América Latina. E, em relação ao ranking geral, ocupando o 7º lugar, ficando apenas atrás da China, Estados Unidos, Índia, Japão, Alemanha e Reino Unido.

Por essas e outras razões, podemos concluir que se demanda urgentemente a nível global mais atenção para despertar a consciência ambiental no que diz respeito a essa questão do crescimento do lixo eletrônico, além de um conjunto de esforços maiores no sentido de garantir que a produção, o consumo, a coleta, a reciclagem e o descarte aconteçam de maneiras mais sustentáveis e inteligentes.

TEXTO: ANTONIO GUSTAVO

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