No que
se refere a população brasileira, conforme novas estimativas realizadas pelo IBGE
(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), podemos perceber que, apesar
da população continuar crescendo mesmo que num ritmo mais lento do que em períodos anteriores, há acontecendo na dinâmica populacional uma tendência de
envelhecimento populacional e, sobretudo, de redução tanto na média de
fecundidade quanto na taxa de natalidade.
Isso
basicamente significa dizer que mesmo com o desaceleramento no ritmo de crescimento,
pois caiu a taxa de crescimento populacional, de 2010 a 2022, de 0, 88% para 0,
52%. Ainda passa a haver um acréscimo na quantidade total de pessoas, no entanto mudando o
cenário da composição populacional do país com a presença de mais idosos, menos crianças nascidas e menor quantidade de filhos por mulher.
Na questão
da população absoluta do Brasil, por exemplo, no censo do IBGE, em 2022, registrou
a média de 203.062.512 brasileiros. Mais recentemente, segundo
estimativas do IBGE, em 2025, o país chegou a um total de
aproximadamente 213, 4 milhões de habitantes. Sendo as regiões Sudeste (1° lugar) e Nordeste (2° lugar) as mais populosas do Brasil. A projeção realizada pelo IBGE com base no censo de 2022 aponta
que a população brasileira poderá começar a cair a partir de 2042.
Na
questão da população idosa, por exemplo, de 2000 a 2023, em pouco mais de duas décadas, foi constatado que a proporção
de idosos (60 anos ou mais) na população brasileira cresceu significativamente
até mesmo quase conseguindo duplicar, elevando a média de 8,7% para 15,6%.
Na questão da quantidade de filhos por mulher, por exemplo, de 2000 a 2022, evidenciou que a taxa de fecundidade caiu de 2,32 para 1,55 filho por mulher. A menor taxa de fecundidade na história do Brasil. Destacando-se as regiões Sul e Sudeste na queda da fecundidade. E na questão de nascimentos, de 2000 a 2022, o Brasil registrou diminuição de 3, 5 milhões de nascimentos para apenas 2, 5 milhões.
Tendo essa redução relação não muito com a pobreza, mas sim com a progressiva inserção da mulher no mercado de trabalho, maior nível de educação e mais acesso a métodos contraceptivos. Inclusive, tendo a ver também com mudanças comportamentais.
Porque entre as mulheres que desejam ter filhos observa-se que estão postergando este momento, ou seja, as mulheres estão optando, na maioria das vezes, por adiar, decidindo agora a ter filhos só quando tiverem mais idade. Logo, passando a valorizar mais o desenvolvimento pessoal do que a maternidade.
Além disso, ao longo do
tempo importantes fatores foram essenciais ocasionando em elevar as condições
de qualidade de vida da população brasileira, principalmente através de
melhorias no espaço urbano, ampliação do acesso a saúde e serviços públicos de
saneamento básico, impulsionando o aumento da
expectativa de vida que,
de 2000 a 2023, subiu de 71,1 para 76,4 anos.
Esse conjunto de resultados é
um fenômeno populacional que consiste na denominada transição demográfica
brasileira, revelando aspectos relacionados a redução da fecundidade e da
natalidade assim como aspectos relacionados a desaceleração do crescimento populacional e ao aumento do envelhecimento populacional.
Mesmo apresentando menor ou maior intensidade, variando de região para região,
podemos dizer que no geral essas são características fundamentais que certamente
auxiliam no conhecimento sobre a realidade atual da população brasileira.
TEXTO: ANTONIO GUSTAVO

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