A respeito da origem do cultivo de vinho não há um consenso definitivo, pois
mesmo tendo a certeza de que tenha surgido antes da escrita, é impossível
afirmar exatamente onde, quando e como a história do vinho realmente teve
início. Ainda mais levando em consideração que o vinho remonta a diversos
períodos da humanidade assim como cada cultura fala do surgimento do vinho de
um modo diferente.
Alguns dos estudiosos do vinho permanecem acreditando que muito possivelmente o vinho tenha surgido ao acaso, basicamente por meio de umas uvas amassadas e esquecidas em um determinado recipiente que depois sofreram os efeitos da fermentação.
Outros estudiosos, em contrapartida, identificam que historicamente uma das primeiras evidências arqueológicas que se tem notícia até o presente momento do cultivo de vinho, plantio organizado pelo ser humano, foi num espaço de tempo longíquo que compreende de 5.000 há mais de 8.000 anos na região do Cáucaso do país europeu da Geórgia. Além de ter a produção do vinho, ao mesmo tempo, possivelmente acontecido em vários outros locais, tais como: Irão, Turquia e China.
As civilizações no antigo mundo que mais se destacaram como grandes impulsionadoras do desenvolvimento da bebida certamente foram as egípcias, gregas e romanas. Tendo em vista que foi no Egito onde surgiram os primeiros enólogos (pessoas que tratam de estudar cientificamente o vinho, verificando a qualidade, composição, características, técnicas e processos de produção), e onde houve os primeiros registros, 3.000 A.C, de produção e consumo de vinho em celebrações e rituais egípcios. Foi na Grécia que houve um consumo mais diário da bebida, sendo tida ora como prazer, remédio ou algo divino dedicada ao Deus do vinho, Dionísio, da mitologia grega. Foi em Roma que, na época, levavam-se o vinho para todos os lugares aonde invadiam e expandiam o seu império, facilitando assim obviamente a difusão maior do vinho. Além de que foram os romanos uns dos responsáveis pelo amplo uso do barril de madeira para transportar, conservar e influenciar no saber do vinho e foram, ainda, uns dos pioneiros em catalogar e classificar diversos tipos de uvas viníferas.
No novo mundo do continente americano, especificamente no Brasil, os primeiros barris de vinho, quando comparado com outras partes do mundo, só chegaram muito tardiamente, em meados do século XVI, no período das grandes navegações, com parte da comitiva do colonizador Pedro Álvares Cabral. Sendo usado durante a viagem para animar os marujos e usado nas missas católicas no ritual da eucaristia. Apesar de que as primeiras videiras do Brasil foram trazidas pela expedição colonizadora de Martim Afonso de Souza, em 1532, e identificado como o primeiro viticultor no Brasil foi Braz Cubas.
Mas, podemos afirmar que no Brasil a consolidação da produção assim como da cultura do consumo de vinho de modo mais expressivo e intenso mesmo só veio a acontecer a partir da chegada dos imigrantes europeus durante o século XIX, principalmente com os imigrantes oriundos da Itália, desenvolvendo a vinicultura gaúcha, especialmente na região da Serra Gaúcha, Estado do Rio Grande do Sul.
Estima-se que cerca de mais de 90.000 imigrantes Italianos chegaram a Serra Gaúcha-RS, entre meados do final do século XIX, em 1875, e inicio do século XX, em 1914, se estabelecendo em cidades como Bento Gonçalves, Garibalde e Caxias do Sul, onde encontraram a princípio ambientes com condições mais favoráveis e adequadas do que outras áreas para o cultivo de vinho.
Não tardou muito para os pequenos negócios familiares em vinícolas ampliarem e se transformarem em grandes negócios a tal ponto de hoje existir muitos rótulos de vinho sendo conhecido e consumido na grande maioria dos lugares do território brasileiro. A história do vinho no Brasil é muito rica e se fosse contada não há dúvida de que seria uma história que envolveria a vida de muitas pessoas, cheias de sonhos, aventuras, alegrias, tristezas e vitórias.
Hoje o vinho produzido no Brasil tem o seu merecido prestígio dentro das principais publicações especializadas no assunto e possui também o reconhecimento, inclusive, entre conhecedores de vinho do exterior que indicam a qualidade dos nossos vinhos aqui produzidos.
Por esses e outros motivos, não é difícil de entender porque o vinho por um conjunto de fatores é uma bebida que faz parte da história de várias civilizações da humanidade, conseguindo obter enorme importância ao longo do tempo, chegando a ser atualmente no mundo globalizado em que vivemos uma das bebidas mais apreciada em muitos lugares.
TEXTO: ANTONIO GUSTAVO
Alguns dos estudiosos do vinho permanecem acreditando que muito possivelmente o vinho tenha surgido ao acaso, basicamente por meio de umas uvas amassadas e esquecidas em um determinado recipiente que depois sofreram os efeitos da fermentação.
Outros estudiosos, em contrapartida, identificam que historicamente uma das primeiras evidências arqueológicas que se tem notícia até o presente momento do cultivo de vinho, plantio organizado pelo ser humano, foi num espaço de tempo longíquo que compreende de 5.000 há mais de 8.000 anos na região do Cáucaso do país europeu da Geórgia. Além de ter a produção do vinho, ao mesmo tempo, possivelmente acontecido em vários outros locais, tais como: Irão, Turquia e China.
As civilizações no antigo mundo que mais se destacaram como grandes impulsionadoras do desenvolvimento da bebida certamente foram as egípcias, gregas e romanas. Tendo em vista que foi no Egito onde surgiram os primeiros enólogos (pessoas que tratam de estudar cientificamente o vinho, verificando a qualidade, composição, características, técnicas e processos de produção), e onde houve os primeiros registros, 3.000 A.C, de produção e consumo de vinho em celebrações e rituais egípcios. Foi na Grécia que houve um consumo mais diário da bebida, sendo tida ora como prazer, remédio ou algo divino dedicada ao Deus do vinho, Dionísio, da mitologia grega. Foi em Roma que, na época, levavam-se o vinho para todos os lugares aonde invadiam e expandiam o seu império, facilitando assim obviamente a difusão maior do vinho. Além de que foram os romanos uns dos responsáveis pelo amplo uso do barril de madeira para transportar, conservar e influenciar no saber do vinho e foram, ainda, uns dos pioneiros em catalogar e classificar diversos tipos de uvas viníferas.
No novo mundo do continente americano, especificamente no Brasil, os primeiros barris de vinho, quando comparado com outras partes do mundo, só chegaram muito tardiamente, em meados do século XVI, no período das grandes navegações, com parte da comitiva do colonizador Pedro Álvares Cabral. Sendo usado durante a viagem para animar os marujos e usado nas missas católicas no ritual da eucaristia. Apesar de que as primeiras videiras do Brasil foram trazidas pela expedição colonizadora de Martim Afonso de Souza, em 1532, e identificado como o primeiro viticultor no Brasil foi Braz Cubas.
Mas, podemos afirmar que no Brasil a consolidação da produção assim como da cultura do consumo de vinho de modo mais expressivo e intenso mesmo só veio a acontecer a partir da chegada dos imigrantes europeus durante o século XIX, principalmente com os imigrantes oriundos da Itália, desenvolvendo a vinicultura gaúcha, especialmente na região da Serra Gaúcha, Estado do Rio Grande do Sul.
Estima-se que cerca de mais de 90.000 imigrantes Italianos chegaram a Serra Gaúcha-RS, entre meados do final do século XIX, em 1875, e inicio do século XX, em 1914, se estabelecendo em cidades como Bento Gonçalves, Garibalde e Caxias do Sul, onde encontraram a princípio ambientes com condições mais favoráveis e adequadas do que outras áreas para o cultivo de vinho.
Não tardou muito para os pequenos negócios familiares em vinícolas ampliarem e se transformarem em grandes negócios a tal ponto de hoje existir muitos rótulos de vinho sendo conhecido e consumido na grande maioria dos lugares do território brasileiro. A história do vinho no Brasil é muito rica e se fosse contada não há dúvida de que seria uma história que envolveria a vida de muitas pessoas, cheias de sonhos, aventuras, alegrias, tristezas e vitórias.
Hoje o vinho produzido no Brasil tem o seu merecido prestígio dentro das principais publicações especializadas no assunto e possui também o reconhecimento, inclusive, entre conhecedores de vinho do exterior que indicam a qualidade dos nossos vinhos aqui produzidos.
Por esses e outros motivos, não é difícil de entender porque o vinho por um conjunto de fatores é uma bebida que faz parte da história de várias civilizações da humanidade, conseguindo obter enorme importância ao longo do tempo, chegando a ser atualmente no mundo globalizado em que vivemos uma das bebidas mais apreciada em muitos lugares.
TEXTO: ANTONIO GUSTAVO
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