No mundo atual em que
vivemos através do qual podemos notar de modo cada vez mais acentuado os
efeitos negativos provocados pelas ações humanas. Prejudicando intensamente o
meio ambiente, dentre outras coisas, contribuindo com o desmatamento, a queimada, a
elevação da temperatura, a poluição do ar, o esgotamento dos recursos naturais
e, inclusive, com a perda da qualidade de vida da população nos espaços
urbanos.
Nesse contexto, a
preocupação em pensar no que são as áreas verdes e nos benefícios que podem
proporcionar a vida do ser humano logicamente é algo que faz muito sentido.
Antes de tudo, é necessário ressaltar que as áreas verdes não possuem uma
concordância conceitual, ou seja, não há apenas a existência de uma única
definição e sim várias. Portanto, varia bastante ou sutilmente de estudioso
para estudioso.
Mas, podemos basicamente
afirmar que áreas verdes correspondem àquelas áreas, sobretudo, abertas e acessíveis a população,
identificadas ao longo das cidades que permitem através de um conjunto de
determinadas árvores haver a arborização urbana. Dessa forma, áreas urbanas
como, por exemplo, parques, praças, jardins, bosques, margens de rios e lagos,
onde há presença de vegetação, especialmente pertencentes à espécie arbórea,
certamente podem ser consideradas áreas verdes.
No que diz respeito aos
principais benefícios das áreas verdes que podemos destacar é o fato de poder
desempenhar três importantes funções: ecológica, estética e lazer. A função
ecológica, no sentido de que contribui com o ser humano não só ao gerar no
ambiente urbano conforto térmico, absorvendo parte dos raios solares,
melhorando o clima da cidade com sombreamento,
diminuição das “ilhas de calor” ou diminuição da poluição sonora, minimizando
ruídos. Mas também, ao mesmo tempo, reduzindo o gás carbônico e produzindo o oxigênio, controlando a poluição do ar,
melhorando a qualidade do ar e equilibrando o índice de umidade no ar.
A função estética, tendo
em vista que permite realçar o embelezamento da cidade, promovendo algo
perceptivelmente mais agradável com a valorização visual da paisagem e
ornamentação do ambiente. E, por último, mas não menos importante, a função de
lazer, certamente oferecendo condições adequadas de aproximação do homem com o
meio natural. Além de ser ponto de encontro, favorecendo a possibilidade de
naturalmente ocorrer o convívio social da população (passeios, descanso e
relaxamento) assim como acontecer a pratica de atividades físicas (caminhar,
correr ou se exercitar).
Devido aos benefícios que
as áreas verdes produzem na qualidade ambiental e na qualidade de vida, as
mesmas têm não só se transformado ultimamente em uma questão de maior atenção nos
discursos e nas ações de diferentes agentes sociais e públicos, tais como:
acadêmicos, ambientalistas, planejadores urbanos e lideranças políticas.
Mas, também têm
conseguido, de certo modo, estimular a consciência ambiental nas pessoas,
inspirando novas formas de pensar e refletir as cidades. Ressignificando, por
exemplo, a própria ideia de qualidade de vida nas cidades, pois qualidade de
vida não se limita mais a verificar tão somente o importante grau de bem-estar
da população baseado nas necessidades básicas (saúde, moradia, renda, educação). Porque passa a
incluir também a existência da qualidade ambiental como um fator fundamental.
Especificamente no Brasil
possuímos algumas cidades com destaque em relação ao predomínio de quantidade
expressiva de áreas verdes, refletindo não como o único, mas, sem dúvida, em um
dos relevantes fatores a influenciar na qualidade de vida de seus habitantes e
na qualidade ambiental das suas cidades. Tais como a cidade de Campinas do estado de São Paulo e as capitais
estaduais de Goiânia (Goiás), Belo Horizonte (Minas Gerais), Porto Alegre (Rio
Grande do Sul) e Curitiba (Paraná).
Apesar de obviamente não existir exemplo perfeito, mas a cidade de Goiânia, por exemplo, em função das suas áreas verdes, é considerada a mais arborizada do Brasil (IBGE) e a 2ª cidade do mundo que possui mais áreas verdes (ONU) com uma média de 94 m² por habitantes (AMMA). Quantidade essa abundante que faz a cidade fortemente superar a média mínima de áreas verdes de 12 m² por habitantes, recomendadas pela ONU (Organização das Nações Unidas).
Goiânia possui inúmeras áreas verdes, tais como bosques, jardins, praças e parques que, muitas vezes, longe de serem apenas unicamente consideradas áreas verdes, constituem-se em verdadeiros pontos turísticos, normalmente sendo bastantes visitados e frequentados, tais como: Bosque dos Buritis, Jardim Botânico, Parque Flamboyant, Parque das Rosas, Parque Vaca Brava, Praça Boa Ventura, dentre outros. Não é por menos que Goiânia já recebeu do IBA (Instituto Brasil Américas) o título de "Capital Brasileira com Melhor Qualidade de Vida"
No entanto, ao longo do território
nacional se revela um cenário não tão parecido quando observamos a realidade da grande parte
das outras cidades brasileiras, onde ainda não se combinou o desenvolvimento urbano com preservação da natureza. Nesse sentido, deve-se levar em consideração
tanto a necessidade, de um lado, de haver preocupação com as áreas verdes na
elaboração do planejamento urbano das cidades
brasileiras quanto, de outro lado, a necessidade de aplicação de políticas
públicas que assegurem a valorização, preservação, manutenção e segurança nos espaços
urbanos dessas áreas verdes já existentes destinadas aos seus habitantes e visitantes.
Por esses e outros
motivos, assim, podemos facilmente perceber porque, em diversos aspectos, a presença das áreas verdes
urbanas possui uma importância inegável, proporcionando vários benefícios à
qualidade de vida da população que habita nas cidades assim como também
elevando a qualidade ambiental das cidades.
TEXTO: ANTONIO GUSTAVO
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