O IDH (Indíce de
Desenvolvimento Humano) corresponde a um índice elaborado, em 1990, pelo
economista indiano Amartya Sen e pelo paquistanês Mahbub Ul Haq que busca
principalmente medir o nível de desenvolvimento socioeconômico dos países
analisados. Diferenciando-se bastante na sua metodologia de outros índices existentes,
pois o IDH não se baseia somente em fatores econômicos, mas também em fatores
sociais.
Tendo em vista que além do
elemento econômico, outros dois elementos importantes são levados em
consideração na sua análise: educação e saúde. Na economia, verifica-se o PIB
per capita e a taxa de desemprego, na medida em que fornece informação
referente ao padrão de vida estabelecido e ao poder aquisitivo alcançado por
cada país, já que indica a soma de toda a riqueza produzida por um país em determinado período dividido pela quantidade total de habitantes. Na saúde, aspectos
relacionados a longevidade como expectativas de vida ao nascer, acesso a
medicina e tratamentos para se obter dados a respeito da qualidade de vida. E
na educação, constata-se a taxa de alfabetização e o tempo de escolaridade
visando revelar a situação da educação identificada em cada país.
Na prática, o
IDH é normalmente utilizado de modo comparativo, porque permite distinguir o
nível de desenvolvimento socioeconômico de cada país. De acordo com o resultado
apresentado pelo índice, os países podem ser diferentemente classificados em:
países com IDH alto, países com IDH mediano e os países com IDH abaixo da
média. Ou, por outras palavras, ainda há também a possibilidade de classificar
os países em: desenvolvidos, emergentes ou subdesenvolvidos.
O que vai ser determinante
para definir o modo como cada país é classificado é o resultado na mensuração
da escala de valor utilizada no IDH. Basicamente consistindo numa escala numérica que
mede o nível de desenvolvimento de 0 à 1. Aonde se entende que quanto mais
próximo for do número 1, mais desenvolvido é o país. Enquanto que, por outro
lado, quanto mais próximo for do 0, menos desenvolvido é o país.
Países com índice de desenvolvimento superior
à 0,800, possuem um IDH alto. Países com IDH menor que 0,800 são considerados com IDH mediano. E países
com IDH inferior a 0,499, são classificados abaixo da média. No ranking do IDH elaborado, em 2018, pela ONU (Organização
das Nações Unidas) e divulgado pelo PNUD (Programa das Nações Unidas para o
Desenvolvimento), demonstra que os países que apresentam os quatros IDH mais
altos são: Noruega, Suíça, Irlanda e Alemanha. Enquanto os que ocupam as quatro últimas
posições são países africanos: Sudão do Sul, Chade,
República Centro-Africana e Níger.
Especificamente o Brasil manteve-se
estagnado, ou seja, não apresentou melhoras significativas no seu
desenvolvimento socioeconômico. Chegando, inclusive, a perder uma posição no
ranking do IDH, deixando de ocupar a posição de 78º lugar para passar a ser 79º
lugar entre o total de 189 países pesquisados. Apesar disso, o IDH do Brasil, em 2018, foi de 0,761. Superior a 0,499 e inferior a 0,800. Portanto, sendo um nível de IDH
que pode ser considerado mediano.
Entretanto, como
todo índice o IDH possui obviamente algumas limitações. Muito dos seus críticos
e estudiosos geralmente afirmam que é um índice incompleto, porque acaba
deixando de lado diversos elementos importantes que implicam positivamente no desenvolvimento humano, tais como: meio
ambiente, autonomia e emancipação dos indivíduos, condições de trabalho e
lazer, segurança política e económica, entre outros.
Ainda assim, não podemos deixar de perceber como o IDH é fundamental,
tanto no sentido de auxiliar órgãos como o PNUD e a ONU, compondo o RDH
(Relatório para o Desenvolvimento Humano) quanto também orientando os estudiosos a ter,
de certo modo, uma noção sobre o nível de desenvolvimento socioeconômico dos
países pesquisados ao longo do mundo.
TEXTO: ANTONIO GUSTAVO
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