quarta-feira, 8 de janeiro de 2020

O QUE É O IDH?




O IDH (Indíce de Desenvolvimento Humano) corresponde a um índice elaborado, em 1990, pelo economista indiano Amartya Sen e pelo paquistanês Mahbub Ul Haq que busca principalmente medir o nível de desenvolvimento socioeconômico dos países analisados. Diferenciando-se bastante na sua metodologia de outros índices existentes, pois o IDH não se baseia somente em fatores econômicos, mas também em fatores sociais.

Tendo em vista que além do elemento econômico, outros dois elementos importantes são levados em consideração na sua análise: educação e saúde. Na economia, verifica-se o PIB per capita e a taxa de desemprego, na medida em que fornece informação referente ao padrão de vida estabelecido e ao poder aquisitivo alcançado por cada país, já que indica soma de toda a riqueza produzida por um país em determinado período dividido pela quantidade total de habitantes.  Na saúde, aspectos relacionados a longevidade como expectativas de vida ao nascer, acesso a medicina e tratamentos para se obter dados a respeito da qualidade de vida. E na educação, constata-se a taxa de alfabetização e o tempo de escolaridade visando revelar a situação da educação identificada em cada país.  

Na prática, o IDH é normalmente utilizado de modo comparativo, porque permite distinguir o nível de desenvolvimento socioeconômico de cada país. De acordo com o resultado apresentado pelo índice, os países podem ser diferentemente classificados em: países com IDH alto, países com IDH mediano e os países com IDH abaixo da média. Ou, por outras palavras, ainda há também a possibilidade de classificar os países em: desenvolvidos, emergentes ou subdesenvolvidos.

O que vai ser determinante para definir o modo como cada país é classificado é o resultado na mensuração da escala de valor utilizada no IDH. Basicamente consistindo numa escala numérica que mede o nível de desenvolvimento de 0 à 1. Aonde se entende que quanto mais próximo for do número 1, mais desenvolvido é o país. Enquanto que, por outro lado, quanto mais próximo for do 0, menos desenvolvido é o país.

Países com índice de desenvolvimento superior à 0,800, possuem um IDH alto. Países com IDH menor que 0,800 são considerados com IDH mediano. E países com IDH inferior a 0,499, são classificados abaixo da média. No ranking do IDH elaborado, em 2018, pela ONU (Organização das Nações Unidas) e divulgado pelo PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), demonstra que os países que apresentam os quatros IDH mais altos são: Noruega, Suíça, Irlanda e Alemanha. Enquanto os que ocupam as quatro últimas posições são países africanos: Sudão do Sul, Chade, República Centro-Africana e Níger.

Especificamente o Brasil manteve-se estagnado, ou seja, não apresentou melhoras significativas no seu desenvolvimento socioeconômico. Chegando, inclusive, a perder uma posição no ranking do IDH, deixando de ocupar a posição de 78º lugar para passar a ser 79º lugar entre o total de 189 países pesquisados. Apesar disso, o IDH do Brasil, em 2018, foi de 0,761. Superior a 0,499 e inferior a 0,800. Portanto, sendo um nível de IDH que pode ser considerado mediano.

Entretanto, como todo índice o IDH possui obviamente algumas limitações. Muito dos seus críticos e estudiosos geralmente afirmam que é um índice incompleto, porque acaba deixando de lado diversos elementos importantes que implicam positivamente no desenvolvimento humano, tais como: meio ambiente, autonomia e emancipação dos indivíduos, condições de trabalho e lazer, segurança política e económica, entre outros.

Ainda assim, não podemos deixar de perceber como o IDH é fundamental, tanto no sentido de auxiliar órgãos como o PNUD e a ONU, compondo o RDH (Relatório para o Desenvolvimento Humano) quanto também orientando os estudiosos a ter, de certo modo, uma noção sobre o nível de desenvolvimento socioeconômico dos países pesquisados ao longo do mundo.

TEXTO: ANTONIO GUSTAVO

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E tudo se transformar: cada semente em flor; cada vontade em amor . (Antonio Gustavo)