A pintura do quadro "O Geógrafo" é de autoria do pintor holândes
Johannes Vermmer que usando a técnica de óleo sobre tela conseguiu a produzir
na segunda metade do século XVII. Podendo ser, de certo modo, entendida como
uma das maneiras possíveis de se expressar o modo de pensar e fazer a geografia
em vigor naquela época.
Podendo-se normalmente perceber através da observação do que essa importante pintura demonstra que a pose da figura do geógrafo revela principalmente interesse nesse momento exclusivamente direcionado ao desenvolvimento da atividade intelectual. Como se transmitisse, ao mesmo tempo, a ideia de que o geógrafo fosse ao longo da realização dessa atividade intelectual capaz de trazer o mundo exterior para o interior do quarto.
Contudo, nessa possibilidade de percepção da leitura geográfica, sugerisse também as limitações humanas, tal como indica a presença do mapa na parede e do globo terrestre em cima do armário. Revelando, desse modo, a existência de um mundo muito mais extenso, diverso e complexo do que quatro paredes do quarto.
O geógrafo apresenta um olhar bastante
contemplativo, passando a impressão durante a ocupação da atividade intelectual
de que o saber fosse praticamente igualado ao conhecimento do mundo. A ideia
dessa dedicação a atividade intelectual é reforçada ainda mais não apenas tão
simplesmente pela presença de um compasso que ele segura na mão direita, mas
também podemos afirmar pela presença de outros objetos que logicamente são
ferramentas úteis ao estudo do geógrafo, tais como: mapas, gráficos, um globo e
livros.
Pouco seria de estranhar, assim, que a pintura do quadro "O Geógrafo" conseguisse despertar o encanto e a admiração de muitas outras pessoas ao longo do tempo, chegando ao ponto da imagem "O Geógrafo" ter sido escolhida para as capas de diversos livros da área de geografia, por exemplo, a "A Tradição Geográfica" (1993) e a "Crítica da Razão Cartográfica" (2007).
Como é comum geralmente de acontecer com muitas obras de arte que são prestigiadas e valorizadas com a pintura "O Geógrafo" não foi diferente, tendo em vista que não permaneceu muito tempo em um só lugar. Atualmente faz parte de um museu de arte Städelsches Kunstinstitut de Frankfurt, na Alemanha. Ainda que seja inegável perceber a relevância dessa obra artística, o que a torna diferente de qualquer outra obra de arte é o fato de que, dentre outras coisas, a pintura “O Geógrafo” continua a servir de estimulo no contexto atual para a refletirmos sobre o próprio sentido e significado de ser e fazer geografia.
TEXTO: ANTONIO GUSTAVO
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