sábado, 31 de agosto de 2019

BEM-QUE-TE-VI



Bem-que-te-vi Bem-te-vi...
Ali sereno, calmo, no quintal de casa
Tão livre, leve e solto a voar feliz
Fazendo docemente sorrir minha alma.

Bem-que-te-vi Bem-te-vi...
Ora pousar no galho de uma árvore
Cantando um mágico canto a colorir
A cena dessa matinal imagem.

Bem-que-te-vi Bem-te-vi...
Trazendo o bom dia que meu dia saúda
Como quem num simples gesto muito diz:
O amor é o que nos salva.

POEMA: ANTONIO GUSTAVO

domingo, 25 de agosto de 2019

BEM-TE-VI E A SUA IMPORTÂNCIA:



Um dos mais populares pássaros brasileiros, senão o que se constitui como o mais popular, o Bem-Te-Vi, encontrado no campo assim como nas grandes cidades, é uma ave típica da América Latina. Sendo principalmente conhecido pelo seu bonito canto através do qual se percebe facilmente pronunciar seu próprio nome. Possui, dentre outras características,  uma cauda escura, uma coloração amarela viva em boa parte do corpo e uma listra branca no alto da cabeça.

É um pássaro que pode ser visto tanto sozinho quanto em grupos. Considerado insetívoro pelo fato de devorar centenas de insetos diariamente, alguns insetos chegando a ser capturados em pleno voo devido a sua grande agilidade. Mas, sua alimentação, na verdade, é bastante diversificada, pois pode alimentar-se de frutas, ovos de outros pássaros, minhocas, peixes e até flores de jardins.

Curiosamente, não é só o mais popular dos pássaros, mas também existe referente ao pássaro a crença popular de que o Bem-Te-Vi é um anunciador de chuvas, na medida em que se acredita que quando muitos bem-te-vis cantam, basicamente significa dizer que a chuva estar para chegar.

Verdade ou não em relação à possiblidade do Bem-Te-Vi ser um anunciador de chuvas. O que se sabe é que apesar de o Bem-Te-Vi ter um comportamento agressivo nos momentos em que se sente ameaçado como quando, por exemplo, outros pássaros ou até mesmo outros animais invadem seu território. O Bem-Te-Vi possui uma grande importância ecológica.

Tendo em vista que contribui na dispersão de sementes, em diferentes regiões brasileiras, principalmente em áreas do cerrado que corresponde ao domínio natural no qual podemos encontrar em quantidade maior a existência do Bem-Te-Vi no território brasileiro. E também possui outra grande importância ecológica no sentido de ajudar no controle de pragas de insetos, uma vez que o Bem-Te-Vi certamente corresponde a um dos principais predadores dessa espécie.

Devido a quantidade expressiva da população mundial existente da sua espécie é considerado um pássaro em estado de conservação seguro e pouco preocupante. Ainda assim, não podemos deixar de destacar a grande importância que esse pássaro, do seu modo particular, possui para a natureza.

TEXTO: ANTONIO GUSTAVO

O QUE É HOTSPOT? QUAL A SUA IMPORTÂNCIA?



Hotspot é um termo em inglês que traduzido para o idioma da língua portuguesa literalmente significa “ponto quente”. Diz respeito a um conceito ambiental elaborado pelo cientista inglês, Norman Myers, durante o final da década de 80. Até os dias de hoje ainda é um conceito pouco conhecido. 

Hotspot basicamente refere-se a determinadas regiões identificadas ao longo do mundo que possuem como características principais em comum o fato de serem áreas com elevada riqueza natural. Apresentando uma expressiva biodiversidade, sobretudo através do seu endemismo, ou seja, o desenvolvimento de espécies pertencentes as plantas originárias da área, no sentido de que só são, de certo modo, encontradas na própria região e possuem a presença no mínimo de, pelo menos, 1.500 espécies endêmicas. 

Além disso, corresponde as áreas que, ao mesmo tempo, já perderam em média três quarto (3/4) da sua vegetação natural, por outras palavras, são áreas nas quais 75% da vegetação original já foram destruídas. Evidenciando áreas onde há existência de um conjunto de importantes elementos naturais que se encontram extremamente em risco de extinção. Sendo assim, pode-se simplesmente afirmar, então, que dois fatores são levados em consideração no critério de escolha de um Hotspot: a existência de espécies endêmicas e a enorme destruição da vegetação original do ambiente.

Com base no trabalho de pesquisa realizado pelo cientista Myers, aplicando esse seu conceito ambiental na realidade com o objetivo de delimitar áreas de conservação ambiental prioritárias, foram identificados inicialmente um total de 10 hotspots ao longo do mundo. Posteriormente com o desenvolvimento de outras pesquisas realizadas, desta vez, pelo cientista Russell Mittermeier e com a colaboração de outros pesquisadores, a quantidade de áreas consideradas hotspots ampliou, na década de 90 para 25 hotspots e mais recentemente, durante o século XXI, essa quantidade aumentou, segundo a ONG Conservation Internacional, para mais de 30 áreas classificadas. A quantidade de hotspots está em permanente mudança e a tendência, com o decorrer do tempo, é aumentar a quantidade de áreas classificadas.

Especificamente no subcontinente da América do Sul existem até o momento um total de 5 áreas (Andes Tropicais, Florestas Valdivias, Tumbes-Choco-Magdalena, Cerrado e Mata Atlântica), consideradas hotspots, sendo que duas delas são encontradas no domínio natural do Brasil: Cerrado e Mata Atlântica.

Não é tão difícil de entender porque ambos são classificados como hotspots, tendo em vista que o Cerrado, situado, em grande parte, na região central do território brasileiro, é o domínio natural brasileiro mais ameaçado, onde há a ocorrência de maiores taxas de desmatamento, possuindo um pouco mais de 20% da sua vegetação original assim como se destacando por possuir mais de 4 mil espécies de plantas endêmicas. E a Mata Atlântica localizada, em grande parte, ao longo do litoral do território brasileiro, já foi a 2ª maior floresta tropical do mundo, possuindo uma exuberante biodiversidade, numa média de cerca de 8 mil plantas endêmicas, porém apresenta hoje apenas em torno de 7% da vegetação original e é o domínio natural brasileiro mais devastado de todos. 

O estudo dos hotspots, assim, é muito importante porque por meio dele podemos estimular o desenvolvimento da consciência ambiental e obter conhecimentos essenciais a respeito de como se encontra a situação ambiental em diferentes regiões do mundo. Na medida em que o uso desse conceito ambiental permite identificar tanto quais são aquelas áreas de expressiva biodiversidade que estão ameaçadas de extinção, principalmente em função da expansão das atividades humanas causando poluições, queimadas, desmatamentos, mudanças climáticas, destruição de habitats, extinção de espécies animais e vegetais quanto o estudo dos hotspots também ainda possibilita saber, desse modo, quais são aquelas áreas que precisam mais urgentemente ser conservadas. Incentivando a busca pela proteção e valorização da natureza.

TEXTO: ANTONIO GUSTAVO

MATA ATLÂNTICA E A SUA IMPORTÂNCIA:



A Mata Atlântica é um importante bioma brasileiro que no passado, originalmente, era a 2ª maior floresta tropical do Brasil, ficando atrás apenas da Amazônia, e uma das mais exuberantes biodiversidade do mundo. Ocupando outrora grandes extensões do território brasileiro, predominando desde partes do Estado do Piauí, passando por outros vários Estados, até o Estado Rio Grande do Sul. 

Em função do grande desmatamento que esse bioma sofreu ao longo do tempo, sendo um dos primeiros a ser devastado desde o período da colonização brasileira, no século XVI, principalmente com a extração do pau-brasil e posteriormente com a participação de alguns diferentes tipos de ciclos econômicos, tais como: cana-de-açúcar, mineração, café. 

Porém, foi no inicio do século XX em diante que percebemos as causas da degradação desse bioma se intensificarem de modo cada vez mais expressivo através de um conjunto de fatores: desmatamento com a desenfreada exploração madeireira. A acelerada e desordenada ocupação urbana, haja vista que mais da metade da população brasileira se concentra nessa parte do país. E também, ao mesmo tempo, o avanço da industrialização. Provocando o desenvolvimento dessas diferentes atividades humanas vários impactos ambientais. 

Esse bioma mesmo tendo reconhecida a sua importância como o fato de ser decretado Reserva da Bioesfera Mundial pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) e Patrimônio Nacional na Constituição Federal de 1988 do Brasil. Ainda assim é, infelizmente, o mais ameaçado de todos os biomas, ao ponto de ser um dos domínios naturais do território brasileiro considerado hotspot ao lado do Cerrado. Tendo em vista que possui um alto nível de destruição e endemismo, já que perdeu muito mais que três quartos (3/4) da sua vegetação natural e possui expressivo endemismo, ou seja, o desenvolvimento de espécies pertencentes à fauna ou a flora originárias da área.

Sendo um ambiente extremamente rico. Podendo-se afirmar até que em alguns aspectos, por exemplo, como no clima, na vegetação e no solo, mesmo apresentando características particulares a Mata Atlântica, de certo modo, ora se assemelha com a Floresta Amazônica. 

Uma vez que possui ao longo dos anos temperaturas elevadas e chuvas abundantes. Possui vegetação densa e fechada, típica de ambiente úmido com árvores que têm grande proximidade umas com as outras e que permanecem verdes. O solo normalmente é pobre e ácido, mas há um acúmulo significado de matéria orgânica no solo, oriunda das folhas que ao caírem das árvores decompondo-se no solo, abastecem com nutrientes as plantas e os animais. 

Atualmente, restam alguns resquícios da Mata Atlântica no território brasileiro, praticamente em média um pouco mais de 10% da vegetação original pertencente ao bioma. Apesar de hoje haver um relativo despertar para a consciência ambiental e diversas ações visando a sua preservação. Resultando em ter positivamente ocorrido, por exemplo, uma redução de 56% no desmatamento desse bioma entre os anos de 2016 e 2017 em comparação com o período anterior de 2015-2016. Posteriormente, entre 2020 e 2021 voltou a acontecer um avanço no índice de desmatamento com um crescimento de 66% superior em relação ao registrado entre 2019 e 2020 e 90% maior entre 2017 e 2018. C
onforme revela dados fornecidos pelo INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e a Fundação S.O.S Mata Atlântica.
Portanto, certamente é algo preocupante a situação que se encontra esse bioma, levando em consideração o fato de que possui uma variedade de espécies animais e vegetações que vivem no seu ambiente e, inclusive, também encontram-se ameaçadas ou correndo riscos de extinção, tais como algumas espécies que podemos destacar referente aos animais: Beija-Flor-Verde, Capivara, Onça-Pintada, Mico-Leão-Dourado, Bicho-Preguiça, Gato-do-Mato. E referente as vegetações: Pau-Brasil, Jequitibá, Ipê-Roxo, Jabuticaba-Branca, Içará, Braúna, Cedro-Vermelho, Imbuia.

Nesse contexto, a sociedade civil organizada, os governos e as empresas, precisam refletir melhor acerca das relações que vem estabelecendo com a natureza e os seres vivos, visando não só promover a consciência ambiental que é tão fundamental, mas também realmente diminuir com os fatores relacionados com os impactos ambientais que prejudicam a qualidade de vida e qualidade ambiental assim como estimular ações no sentido de buscar alternativas para ajudar a preservar esse bioma brasileiro.

TEXTO: ANTONIO GUSTAVO

sábado, 24 de agosto de 2019

PIMENTA-DO-REINO



A Pimenta Preta ou também mais conhecida no Brasil como “Pimenta-do-Reino” diz respeito a uma especiaria originária do continente asiático que possui uma riqueza de cheiro, sabor e cor. É valorizada assim como utilizada na culinária de várias partes do mundo. Relativo ao nível de desenvolvimento verificado de seus grãos pode ser classificada como pimenta preta, vermelha, verde ou branca.

A história confirma a sua valorização desempenhando um papel importante em diferentes eventos históricos. Antigamente, por exemplo, no início da sua comercialização, o grão de pimenta foi tão cobiçado que valia tanto quanto ouro, chegando até em alguns episódios a ser, inclusive, usado como se fosse moeda. Em outro momento, a busca por essa especiaria tão valorizada e utilizada há bastante tempo, não se constituiu em um dos únicos, mas em um dos principais motivos a impulsionar, nas grandes navegações, a expansão do império português em direção ao mundo oriental, especialmente do subcontinente indiano.

Porém, a partir de um determinado período da idade média observamos que o uso da pimenta do reino passa a aparecer cada vez mais relacionado a fins culinários. Sendo a pimenta, então, normalmente usada para conservar os alimentos ou, pelo menos, para diminuir o cheiro exalado e gosto desagradável dos alimentos em decomposição que naquela época durante as longas viagens das navegações de um continente a outro era muito comum de ocorrerem. 

A introdução da pimenteira-do-reino no Brasil até aonde se sabe inicialmente aconteceu pelos portugueses durante o século XVII, no contexto do período colonial, ficou nesse momento sendo chamada de pimenta-de-Portugal e era restringido o seu cultivo em determinadas áreas ao longo do litoral do território brasileiro. 

Atualmente, incorporada a prática culinária brasileira, presente no preparo de muitos pratos e com modernas técnicas de produção e consumo, passam os grãos de pimenta a ser, por sua vez, tanto cultivada em regiões mais continentais do território nacional, ampliando expressivamente a produção quanto usada nas indústrias de carnes e conservas. Entretanto, a maior parte do total da quantidade produzida no Brasil desses grãos é destinada mais à exportação do que ao consumo do mercado interno.

Especificamente na Amazônia a origem do cultivo e produção dos grãos de pimenta do reino aparece, sem dúvida, ligado ao momento importante da vinda de imigrantes japoneses. Aonde aqui chegando, durante as primeiras décadas do século XX, introduziram e difundiram a cultura da pimenta que encontrou, em boa parte, ambientes com um conjunto de condições naturais não só de clima (quentes e úmidos), mas também de solo (terras firmes; solos não encharcados) e de precipitação pluviais (bem distribuídos na maior parte do ano) bastantes favoráveis para seu cultivo. 

Hoje já se sabe que os benefícios e qualidades da pimenta-do-reino não se limitam somente a temperar comidas ou conservá-las através do sabor quente e aroma atraente que possui, pois diversos estudos científicos afirmam que é útil em contribuir, dentre outras coisas, estimulando o funcionamento do intestino, melhorando o metabolismo e facilitando a digestão; anti-inflamatório amenizando as dores e exercendo influência cicatrizante; possuindo propriedades antibacterianas que melhoram a imunidade; possuindo o composto orgânico piperina que melhora a absorção de nutrientes, estimula a produção de serotonina que favorece a sensação de bem estar; ajuda no tratamento de asma facilitando a respiração; previne várias doenças degenerativas por possuir antioxidantes; combate o resfriado e alivia tosses. 

Apesar de ter sido injustamente rodeada de dúvidas e falsos boatos referente a disseminarem a crença errada de que a pimenta do reino poderia fazer mal a vida humana. Na verdade, é contraindicada somente em pouquíssimos casos, tendo em vista que é necessário apenas ter cuidado de consumi-la em doses moderadas por causa de sua ardência. Além disso, cuidado com o manuseio da pimenta do reino, afastando o contato da pimenta com a parte dos olhos ou do nariz, porque os efeitos mais imediatos é que pode agredir o organismo, gerando alergias e provocando dificuldades de respirar. 

Contudo, podemos afirmar que, de modo geral, a introdução da cultura dessa pimenta foi algo positivo que aconteceu no cenário da agricultura brasileira assim como foi capaz de gerar um impacto economicamente significativo. Não só do ponto de vista nacional, segundo o censo agropecuário do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) com o Estado do Pará na condição de maior produtor dos grãos da pimenta do reino no Brasil, seguido após por Estados pertencentes a outras regiões do país, Espírito Santo, Bahia. Mas, a nível internacional, no sentido de que o Brasil hoje se destaca no mercado internacional entre um dos principais exportadores de pimenta-do-reino do mundo ao lado de países como Vietnã, Indonésia e Índia. Por esses e outros motivos possíveis, assim, não é difícil entender porque a pimenta-do-reino possui enorme importância. 

TEXTO: ANTONIO GUSTAVO

AÇAÍ: QUAL A SUA IMPORTÂNCIA?


O açaí para muito além de ser considerado um simples produto natural é uma alimentação peculiarmente saborosa e bastante rica em nutrientes e energia. Fruta típica da floresta Amazônica, pode ser principalmente encontrado na região norte do Brasil, região com maior produção e concentração da fruta.

Constituindo-se como uma das riquezas naturais do estado do Pará, estado no qual é o maior produtor nacional de açaí, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). 
Onde o açaí é uma das maneiras que boa parte dos paraenses não só encontraram de se alimentarem e economicamente garantirem sua renda, mas também que determinados empresários encontraram de obter bastante lucro, ampliando o consumo praticamente para todo o território nacional. E, nas últimas décadas, com a forte tendência de valorização do fruto do açaizeiro, ocorreu o aumento do consumo a nível internacional, ou seja, passou-se a exportar mais o açaí para outros países no mundo.
No Brasil o modo como o açaí é consumido varia de região para região, por exemplo, na região norte é geralmente mais consumido acompanhado com farinha de mandioca, açúcar, camarão, charque, peixe assado ou frito. Porém, nas demais regiões brasileiras como, por exemplo, na região sul e sudeste o açaí já costuma ser consumido tanto de outras formas (sorvetes, cremes, geleias) quanto misturado com outros ingredientes (banana, morango, kiwi, granola e xarope de guaraná).

Ao longo do tempo essa fruta revelou um conjunto de resultados positivos em relação ao que proporciona a vida humana. Jamais visando limitar as qualidades e benefícios que a fruta apresenta. Podemos basicamente afirmar que o açaí, dentre outras coisas, possui uma grande quantidade de fibras que facilitam o trânsito intestinal. Porque a
s fibras que possui são capazes até certo ponto de regular o funcionamento das células de gordura. Melhorando, assim, o funcionamento do intestino e a digestão. 
Apesar de que para isso ocorrer tem que haver um certo cuidado no que se refere às quantidades do líquido de açaí ingeridos e com os ingredientes de acompanhamentos, sendo assim o mais indicado é o consumo in natura, isto é, saborear o açaí naturalmente.
Possui expressiva concentração de antioxidantes, principalmente em função da presença das antocianinas, responsáveis também por esboçar sua coloração arroxeada, permitindo a fruta ser capaz de combater o envelhecimento. Essas mesmas substâncias de antocianinas presentes em quantidades relevantes no açaí ainda tem, segundo a Universidade da Florida, nos Estados Unidos, o potencial de reduzir o risco de câncer, especialmente da leucemia. 

Algumas dessas substâncias antioxidantes que o açaí possui, segundo um estudo realizado na Universidade de Adelaide, Austrália, ainda são capazes de prevenir doenças neurodegenerativas relacionadas à demência como o Alzheimer. Pois, combatem elementos que estão ligados ao desenvolvimento desse mal que
 implica em afetar a memória, linguagem, raciocínio e juízo. Normalmente atingindo a parte da população composta por pessoas de idade mais avançada.
Além disso, tanto protege o coração quanto melhora a circulação, tendo em vista que segundo um estudo publicado na revista científica Atherosclerosis, o açaí possui substâncias que evitam a aterosclerose, o endurecimento dos vasos sanguíneos e acúmulo de gordura nas artérias que estão associados a problemas cardiovasculares. 
Reduzindo com o colesteróis ruins LDL (Lipoproteínas de Baixa Densidade) nos quais obstruem vasos e artérias do coração e aumentando a presença dos colesteróis bons (Lipoproteínas de Alta Densidade). Ao mesmo tempo, possibilitando facilitar a circulação sanguínea e fortalecer o sistema imunológico.
Nesse sentido, poderíamos continuar destacando mais qualidades e benefícios que o açaí apresenta. Inclusive, com alguns outros estudos científicos que indicam ser possível encontrar de pontos positivos na fruta. Contudo, levando em consideração o que foi dito até o momento não é difícil de entender porque o açaí é assim tão valioso e possui uma enorme importância para a vida humana. 
TEXTO: ANTONIO GUSTAVO

sexta-feira, 23 de agosto de 2019

AMAZÔNIA: O DESMATAMENTO AUMENTOU NOS ÚLTIMOS ANOS?


O desmatamento na Amazônia, maior floresta tropical do mundo, que ocupa quase metade do território brasileiro, vem tornando-se uma realidade preocupante desde principalmente a década de 70 em diante. Quando essa imensa e rica floresta passou a ser objeto de maior interesse e cobiça de diversos e diferentes agentes econômicos privados com a conivência do governo brasileiro que forneceu a abertura de estradas, apoiou projetos causadores de problemas ambientais e submeteu à região amazônica a destruição. 

Em contrapartida, nessa mesma década em diante começa a haver no mundo, de certo modo, o despertar da consciência ambiental, onde movimentos sociais, ONG’S (Organizações Não Governamentais), ambientalistas, sociedade civil e determinadas lideranças políticas, inclusive, alguns grupos de ambientalistas começando, na época, a se organizar e mobilizar no Brasil.

Buscavam basicamente incentivar, no geral, a preservação do meio ambiente, alertando a respeito da sua importância para a vida humana e de outros seres vivos, além de destacarem ideias e ações que promovessem uma relação menos predatória da sociedade com a natureza. 

De lá para cá, já se passaram quase praticamente cinco décadas, muitas das questões ambientais os problemas só se agravaram, entramos no século XXI e estamos para ser mais exato em meados do ano de 2019, mas o problema ambiental do desmatamento da Amazônia certamente permanece como um assunto fundamental. 

Mesmo que podemos dizer que iniciamos essa década atual positivamente no que diz respeito, pelo menos, a ter ocorrido uma redução nos índices de desmatamentos, pois segundo dados divulgados pelo MMA (Ministério do Meio Ambiente), em novembro de 2012, o desmatamento na Amazônia diminuiu entre agosto de 2011 e julho de 2012. Correspondendo não tão somente uma mera redução de 27% em relação ao período anterior. Mas, sendo considerado o menor índice de desmatamento desde a época de 1988 na Amazônia. 

Além de outros dados nos anos seguintes, ressaltando a redução do desmatamento. Levando em consideração dados divulgados, em 2014, pelo INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). Onde o instituto informou que houve uma redução na taxa de desmatamento na floresta amazônica no período entre 2013 e 2014 em relação ao período anterior, 2012 a 2013, correspondendo a uma diminuição do desmatamento em praticamente 18%.

Desse modo, assim, poderíamos já supor que iniciamos essa década mesmo com o pé direito, tendo em vista que o índice de desmatamento na Amazônia vinha sucessivamente caindo e torcíamos para que essa questão pudesse prosseguir seguindo nessa direção.

Contudo, apesar desses dados fornecidos ter positivamente apontado para uma queda no desmatamento, logo contribuindo para a relativa preservação da floresta amazônica. Por outro lado, no período verificado aproximadamente na metade desta década atual, podemos afirmar que, desandamos a partir daí caminhando a largos passos na direção contrária. Uma vez que segundo revela o IPAM (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia) em 2016 ocorreu um aumento no desmatamento da Amazônia em torno de 30%, sendo considerado o pior resultado desde 2008. 

Retomando a tendência de aumento do desmatamento. Demonstrando o peso da pecuária na região da Amazônia, cuja qual não é a única atividade econômica, mas é uma das principais atividades a impulsionar o desflorestamento na região, devastando enormes áreas de árvores para dá lugar as pastagens para o gado, acompanhada das queimadas, da excessiva extração de madeira ilegal e da expansão da nova fronteira agrícola na Amazônia com a introdução do cultivo da monocultura de grãos, principalmente da soja.

Segundo pesquisas do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o crescimento médio de rebanho bovino na região acontece numa velocidade incomparavelmente superior ao restante do Brasil. Onde a maior parte do fenômeno do crescimento do rebanho brasileiro deu-se nos Estados pertencentes à Amazônia (Pará, Rondônia, Mato Grosso) que, ao mesmo tempo, são áreas nas quais o desmatamento é maior. 

Dados fornecidos, desta vez, pelo IMAZON (Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia) reforça essa tendência negativa de crescimento revelando que entre agosto de 2017 e julho de 2018, as derrubadas aumentaram 39% em relação ao período anterior. O instituto ainda também apontou que um dos principais causadores do desmatamento na Amazônia é a pecuária que sozinha essa atividade foi responsável por mais de 60% da perda de vegetação nativa.

A situação de destruição que a Amazônia é submetida certamente que é algo bastante preocupante, podendo chegar em algum momento a condições inimagináveis se prosseguir nesse ritmo, na medida em que não cessam de surgir novas pesquisas apresentando resultados negativos relacionados a esse problema ambiental, conforme afirma um estudo mais recente publicado na revista Science, em fevereiro de 2018, através da qual se constata que, lamentavelmente, mais de 20% da área total de floresta da Amazônia já foi devastada. 

Nesse contexto, é necessário retomar a discussão da importância da floresta amazônica de pé para a existência da vida humana e da vida de milhares de outros seres vivos que dependem diretamente dela e ficarão prejudicados com o seu desmatamento assim como buscar estimular a consciência ambiental, indicando possíveis alternativas e soluções.

Pressionar os políticos para criarem leis ambientais mais rigorosas, exigindo dos governantes a aplicação dessas mesmas leis ambientais através, por exemplo, da ampliação da quantidade de fiscais, tão imprescindível para o caso específico da Amazônia por se tratar de uma região tão imensa. E tornar, ainda, essa fiscalização mais consistente, passando a punir as empresas ou pessoas que cometem graves crimes ambientais assim como pessoas que ameacem a vida de ambientalistas. 

Além disso, é essencial usar dos conhecimentos científicos e tecnológicos disponíveis em prol da preservação da floresta amazônica; incentivar ações que objetivem promover o reflorestamento da Amazônia; ampliar a criação de áreas de proteção da natureza; investir em programas de educação ambiental, visando fortalecer à defesa do meio ambiente. Entre outras iniciativas que possam, de fato, contribuir no sentido de ajudar a reduzir o desmatamento da floresta Amazônica. 

TEXTO: ANTONIO GUSTAVO

O QUE SÃO OS RIOS VOADORES?


Longe de ser o que a princípio poderíamos ter a possibilidade de pensar se tratar de algum tipo de história literária ou alguma nova espécie de conto pelo motivo de possuir esse nome poético de rios voadores, podendo ser tecnicamente também chamados de “cursos de água atmosféricos” ou "cursos d’água aéreos", na verdade, apesar de ainda serem tão pouco conhecidos, eles existem. 

Até onde se sabe a existência dos rios voadores é do conhecimento de determinados estudiosos da meteorologia e hidrologia desde a década de 60, porém só algumas décadas posteriormente, com a colaboração de outros estudiosos interessados na questão, é que se foi capaz de aprofundar os conhecimentos e obter novas descobertas científicas. Conseguindo revelar importantes informações referentes aos rios voadores, tais como: a origem dos vapores, a formação de nuvens gigantes além da dinâmica do modo como interagem com a superfície da terra.

Rios voadores basicamente correspondem ao fenômeno natural através do qual se verifica a enorme quantidade de água liberada pela Floresta Amazônia em forma de massas de vapor d'água para a atmosfera, oriundas do processo de evapotranspiração, essa significativa quantidade de água vão sendo transportadas por meio de correntes de ar que em certos momentos, por fim, caem do céu em forma líquida, retornando para a terra em chuvas. 

O processo de origem e formação acontece, de modo geral, da seguinte maneira: inicialmente, a água que evapora do oceano atlântico, formando as primeiras nuvens que são empurradas pelos ventos alísios passando depois pela floresta Amazônica, elevando expressivamente a sua umidade, incorporando mais água e formando mais nuvens. Essas massas de ar carregadas de grande quantidade de água em forma de vapor, em outro momento, viajam em direção a Cordilheira dos Andes, entretanto não conseguem ultrapassar e esbarram nas montanhas da Cordilheira dos Andes que apresentam uma altitude bastante elevada numa média de 4.000 metros, fazendo com que grande parte do
 curso d’água aéreo ao invés de seguir adiante mude sua trajetória curvando-se para o interior do território brasileiro, promovendo chuvas ao longo de amplas áreas do território nacional e de alguns outros países pertencentes ao subcontinente da América do Sul. 

Na medida em que não unicamente, mas boa parte das chuvas que ocorrem dentro do território brasileiro nas regiões centro-oeste, sudeste e sul do país e em porções fora do Brasil nos países da Bolívia, Paraguai, Argentina, Uruguai, Chile, são provenientes da Amazônia. Acredita-se que em determinados períodos do ano, inclusive, mais da metade das chuvas que acontecem especialmente com destino ao sudeste e centro-oeste brasileiro, chegam a serem decorrentes do fenômeno dos rios voadores que impressionantemente transportam umidades a longínquas distâncias (mais 3 mil km) na atmosfera da terra e favorecem a formação de nuvens densas carregadas de águas.

Evidenciando ao longo da dinâmica do acontecimento desse fenômeno natural, dentre outras características interessantes, a intrínseca relação que é estabelecida entre um elemento natural e outro, pois certamente é preciso ter floresta para se ter água e é preciso de água para se ter floresta. Tendo em que vista que segundo o INPA (Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia), uma única árvore bem desenvolvida com copa de 10 metros de diâmetro
 é capaz de conseguir emitir uma média de 300 litros de água por dia, ou seja, uma quantidade muito mais que superior ao valor médio equivalente à água consumida durante um dia por uma pessoa ou até por uma família. 

Nesse sentido, não é difícil perceber que o desequilíbrio em algum único desses elementos naturais (água ou floresta), já seria capaz de colocar em risco a existência dos rios voadores tal como os conhecemos e prejudicar a importante função natural que os mesmos desempenham. 

Uma vez que agravamento das mudanças climáticas a partir, por exemplo, do desmatamento da floresta Amazônica, sobretudo em função da expansão da nova fronteira agrícola, negativamente implicará na redução da umidade em diferentes regiões do Brasil e de outros países, enfraquecendo o efeito dos rios voadores de amenizador do clima em algumas regiões com temperaturas mais elevadas assim como afetando a agricultura que poderá não mais contar com o mesmo regime de chuvas, consequentemente favorecendo a produção de climas inóspitos.


Portanto, podemos, assim, estimular a consciência ambiental ao verificar referente aos rios voadores a importância da proteção e valorização da Floresta Amazônica, evitando o seu desmatamento, afinal ela é indispensável para a existência desse fenômeno natural assim como podemos reconhecer que os rios voadores são extremamente importantes, não só no sentido de serem fundamentais para regular o clima  do Brasil, mas também por naturalmente contribuírem com outros países. 

TEXTO: ANTONIO GUSTAVO

quinta-feira, 22 de agosto de 2019

GRALHA-AZUL E A SUA IMPORTÂNCIA:



A
 Gralha-Azul é uma ave encantadora de coloração azul no corpo e preta na cabeça. É uma ave onívora, ou seja, alimenta-se tanto de algumas espécies de vegetais quanto de pequenos animais. Podendo atingir em média até 40 centímetros de comprimento. Possui hábito social, a Gralha-Azul normalmente vive em bandos, realizando suas atividades em grupos.

O habitat típico dessa ave é em ambientes florestais, sendo encontrada em determinadas porções da mata Atlântica e, na região sul do Brasil, principalmente na Floresta de Araucária.

Mesmo em risco de extinção decorrente da destruição de seu habitat natural em função  dos avanços dos impactos negativos provocados pela ampliação do desmatamento, reduzindo drasticamente a sua população.  No entanto
, ainda é possível de encontrar a Gralha-Azul também ao longo de algumas outras regiões do território brasileiro, estando distribuída desde a parte sul do Estado do Rio de Janeiro, passando por alguns outros Estados, até o Rio Grande do Sul.

Essa ave é considerada a Protetora dos Pinheirais, tendo em vista que a Gralha-Azul realiza um importante papel ecológico pelo fato de ajudar na disseminação dos pinheirais. Porque o pinhão, semente da Araucária, é um dos seus principais alimentos, mas ao cair ou estocar os pinhões no solo para em outro momento se alimentar, acontece ao longo do tempo, muitas vezes, de contribuir no sentido de certamente proporcionar o surgimento de novas árvores. 

Além disso, também é considerada a Ave Símbolo do Estado do Paraná, conforme declara a Lei Estadual, criada em 1984, Nº. 7.957, no seu Artigo 1º: “É declarada ave-símbolo do Paraná o passeriforme denominado Gralha-azul, Cyanocorax caeruleus..."

Conseguindo a Gralha-Azul, assim, obter o reconhecimento do seu devido valor, tal como acontece no Estado do Paraná, pois faz parte do folclore paranaense, estimulando através da sua lenda não somente a imaginação e a cultura dos paranaenses, mas também, de certo modo, a necessidade de conscientização ambiental. No futebol é a mascote do importante time da cidade de Curitiba, o Paraná Clube. Na arte tem o uso do seu nome celebrado, representando o maior prêmio teatral do Paraná: Troféu Gralha-Azul. Por esses e outros motivos, não é difícil de perceber porque essa ave possui enorme importância.

TEXTO: ANTONIO GUSTAVO

quarta-feira, 21 de agosto de 2019

AS ABELHAS PODEM SER CONSIDERADAS UM DOS SERES MAIS VALIOSOS DO PLANETA TERRA?



As abelhas normalmente lembradas pelo fato de produzirem o mel tão cobiçado pelo consumo humano, na verdade, não se limitam apenas a realização dessa função. Pois, são seres extremamente valiosos para a natureza, desenvolvem um importante papel ecológico, contribuindo com as plantas em todo o mundo.

Porque elas não só buscam obter energias, proteínas e nutrientes fundamentais para a sua sobrevivência, alimentando-se do néctar e pólen encontrado nas flores. Mas, também realizam, ao mesmo tempo, o processo de polinização a partir do qual basicamente há a transferência de material genético da parte masculina para a parte feminina da flor.

Ainda que certamente outros animais como algumas espécies de aves, insetos e mamíferos ou outros fenômenos naturais como chuvas e os ventos podem também contribuírem ecologicamente pelo fato de espalharem o pólen das flores. Porém, sem a presença das abelhas, de algum modo, naturalmente ficará comprometido a produção de alimentos. 

Na medida em que percebe-se que as abelhas são responsáveis pela manutenção e reprodução das plantas assim como indiretamente responsáveis pela produção de alimentos, tais como frutas, legumes e grãos. Tendo em vista que cientistas afirmam que as abelhas são responsáveis por praticamente mais de 70% da polinização das plantas cultivadas do planeta. Nesse sentido, com a extinção das abelhas podemos passar a observar referente aos frutos e as sementes produzidas uma queda capaz de desencadear efeitos negativos para produção mundial de alimentos. 

O que torna cada vez mais preocupante é saber que está ocorrendo em larga escala um declínio das populações de abelhas a nível global, conforme afirma um relatório da ONU (Organização das Nações Unidas) publicado em 2010. Diversos estudiosos do assunto indicam como alguns dos principais motivos possivelmente relacionados a esse fenômeno em curso: a perda de habitat, o uso de agrotóxicos, o estresse e principalmente o "Transtorno do Colapso das Colônias". Outros estudiosos ainda relacionam as mudanças climáticas assim como torres de telefone celular como fatores que afetam as abelhas. 

Não é à toa que uns e outros estudos ao longo do tempo vem confirmando elementos que reforçam as causas já citadas, apesar de que logicamente varie de lugar para lugar a causa principal a impulsionar o desaparecimento das abelhas. Por exemplo, um estudo publicado na revista Science, em 2015, identifica que em algumas regiões dos Estados Unidos e Europa as abelhas estão diminuindo em função de não suportarem temperaturas mais elevadas. Em outros estudos, tal como o da Universidade de Harvard, em 2014, víncula-se o desaparecimento das abelhas ao uso de inseticidas. Já um estudo realizado pelo Instituto Federal de Tecnologia da Suíça, em 2011, indica que o uso de celulares emitindo ondas eletromagnéticas podem estar prejudicando as abelhas. 

Além disso, não podemos esquecer de mencionar as perdas significativas de abelhas acontecendo através sobretudo do fenômeno que convencionaram nomear de "Transtorno do Colapso das Colônias", aonde a causa exata até o momento ainda é indefinida, o que sabe-se é que as abelhas abandonam as suas colmeias. Podendo estar relacionado a ocorrência atípica desse fenômeno uma combinação de fatores, não havendo, portanto, uma única razão. 

Nesse contexto, é necessário a humanidade passar a ter mais consciência ambiental e reconhecer a importância de se preservar o meio ambiente, pois assim se estará, no geral, preservando com a vida dos seres vivos do planeta Terra tal como, nesse caso, especialmente das abelhas. E que não só serão ações de ordem coletivas que vão fazer a diferença nessa questão como incentivar a redução do desmatamento, a redução do cultivo agrícola de monoculturas ou diminuição do uso dos agrotóxicos no campo, mas ações individuais que podem, sem dúvida, contribuir também positivamente. 

Como, por exemplo, dar preferência ao controle biológico de pragas, porque o uso de pesticidas são bastante prejudiciais as abelhas. Passar a cultivar mais flores, porque o pólen e néctar fornecem o alimento natural das abelhas. Além de obviamente torcer para que os cientistas possam encontrar alternativas, respostas ou soluções que consigam contribuir no sentido de evitar o desaparecimento das abelhas. Por essas e outras razões, podemos perceber porque as abelhas são tão importantes.

TEXTO: ANTONIO GUSTAVO

BEIJA-FLORES E A SUA IMPORTÂNCIA:



Os beija-flores são aves encantadoras também chamadas de colibris que possuem tamanhos pequenos, asas finas, bicos compridos, plumagem vistosas, perceptivelmente coloridas e brilhantes.

Fazem parte das poucas espécies de aves que são capazes de conseguir ficar suspensas no ar. Sendo geralmente capazes de inspirar e simbolizar uma variedade de coisas boas, tais como: alegria, beleza, delicadeza, liberdade e amor. 

Apesar dos beija-flores ficarem mais famosos pelo fato de "beijarem" as flores, obtendo o néctar das flores, ou seja, o açúcar tão indispensável para a sua sobrevivência. U
m alimento considerado bastante energético. Mudando a quantidade de néctar disponível  de acordo com o tamanho ou tipo da flor. 

Os beija-flores costumam também se alimentar de alguns pequenos insetos, tais como: formigas e moscas. Sem esquecer de ressaltar que, além disso, essas aves possuem um importante papel ecológico, pois após se alimentarem do néctar presente nas flores, ainda transportam o pólen entre as flores ajudando no processo de polinização. Garatindo, assim, a reprodução das plantas.

Os beija-flores no mundo são aves principalmente encontradas próximo a linha do Equador, especialmente no continente americano. No que diz respeito a distribuição, variedade e quantidade dessas aves, o Brasil assume um papel de destaque frente a outros países do mundo, tendo em vista o fato de que mais da metade de seus exemplares existentes estão presentes em nosso país. 

Até o momento são em média mais de 325 espécies de beija-flores identificadas ao longo do mundo. O menor beija-flor do mundo, conhecido como beija-flor-abelha, é encontrado em Cuba. Enquanto que o maior beija-flor, conhecido como beija-flor-gigante, é encontrado no Andes. Especificamente no Brasil, os maiores beija-flores são encontrados na região da Amazônia. 

Contudo, mesmo que sendo aves tão valiosas e belas, infelizmente, Já há duas espécies de beija-flores atualmente consideradas extintas: a esmeralda-de-brace e a esmeralda-de-gould. E outras dezenas a mais de espécies sendo classificadas como vulneráveis ou em risco de extinções. 

Nesse contexto a atividade antrópica aparece como o principal fator que provoca, de fato, uma grande ameaça aos beija-flores, na medida em que é responsável não apenas pela descaracterização da paisagem natural, mas também pela perda de hábitat natural que antes geralmente proporcionava um conjunto de condições mais favoráveis a vida e ao desenvolvimento desses seres vivos.

Certamente que não precisamos da extinção dessas aves para nos conscientizarmos sobre a sua importância ou para sabermos, pelo menos, respeitar suas liberdades fundamentais, diminuindo a ganância e a maldade humana.

O que precisamos, nesse sentido, é que a humanidade passe a refletir melhor a relação que vem estabelecendo com a natureza e a diversidade de seres vivos assim como busque realmente perceber com mais carinho e cuidado essas aves.

TEXTO: ANTONIO GUSTAVO

terça-feira, 20 de agosto de 2019

DOCE PAISAGEM


Como um casal entende de intimidade
Estudo com afinco a geografia do teu corpo
Dizendo adeus a saudade e abraçando essa cidade

Envolvendo-me em tuas praças, ruas e povo.

Pois, não quero passar vazio por aqui
Como quem só passa de passagem
Quero ver a face do céu e da terra feliz
Beijando meu olhar nessa doce paisagem.

Do cartão postal ainda hoje me lembro
Foi, se posso dizer assim, nosso primeiro encontro
Lá revelava apenas as virtudes do bem, bom e belo.

Porém, nos demais encontros é que pude, enfim, enxergar
Com outros olhares, de fato, aprendendo
Em cada detalhe de tuas linhas, retas e curvas, a amá-la.


POEMA: ANTONIO GUSTAVO
OBS.: POEMA DEDICADO EM HOMENAGEM A CIDADE DE GOIÂNIA

AVENTURA



Faço da minha vida uma aventura
Como alguém em busca da sua cura
Abandonando a dor e se entregando ao amor
Como um beija-flor em busca da sua flor.

Faço das minhas idas e vindas uma viagem
Sem levar mapa, bússola ou bagagem
Carregando só o essencial dentro do coração
Um sentimento tão especial sem explicação.

Faço das minhas tentativas nenhuma a última
Como se estivesse lapidando uma joia bruta
Querendo no terror do mundo revelar o lado encantador
Como o encontro da musa com o compositor.

Faço das minhas experiências uma aprendizagem
Capaz de transformar sonhos em realidade
Tendo com quem olhar na mesma direção
E segurar com carinho na minha mão.


POEMA: ANTONIO GUSTAVO

EM TODA FLOR


Como em toda flor que há no jardim
Bela de ser apreciada e delicada de ser tocada
Possuindo nomes vários: cravo, rosa, jasmim
Cada qual a seu modo sendo valorizada.

Há uma que é sincera, porém rancorosa
Já há outra que engana, mas seu rosto é de anja
Há uma que não se controla e é nervosa
Já há outra que dissimula, mas tanto me ama.

E o mais difícil mesmo não é de compreendê-las
E sim de que não há como viver sem elas
Tento, então, assim, encurtar a distância de revê-las
Mas, se preciso for o sentimento caminha léguas.

Pois, seus perfumes, cores vivas no espaço
É apenas uma das inúmeras faces
Com que ao jardineiro no seu trabalho
Retribui o afeto e amor que lhe fazes.

POEMA: ANTONIO GUSTAVO

SENTIMENTO



Sentimento
O que move 
Um sentimento?
O que muda 
Um sentimento?
O que transforma 
Um sentimento?
Sempre com sentimento
Nem sempre com ressentimento
Sempre acontecendo
Nunca sem sentimento
Mas, quase sempre
Sem entendimento.
O que é o sentimento
Para o seu entendimento?
Ele sempre vem
Como governá-lo?
Ele sempre vai
Como guiá-lo?
Se não tenho ressentimento
Posso entender esse sentimento?
Quero sentir
Quero manter
Esse entendimento
Que move o sentimento
Transforma o entendimento
No sentimento
Eu me entendo
Eu me sinto
Eu não me entendo:
Eu me sinto
Nesse sentimento.

POEMA: ANTONIO GUSTAVO

POESIA: EM QUAL DIA É COMEMORADO O DIA NACIONAL?




A linguagem poética é bastante diversificada, o que torna o seu alcance naturalmente nenhum pouco limitado, mas potencialmente abrangente, favorecendo a possibilidade da existência de variados significados e interpretações. 
Podemos basicamente afirmar que a poesia, no geral, se diferencia das outras formas de escrita por ser, dentre outras coisas, uma escrita que essencialmente demonstra uma atenção maior com relação, apesar da mensagem poética, à qualidade e finalidade estética das palavras. 

Ficando normalmente mais conhecida através dos seus gêneros literários, especialmente o lírico que corresponde à arte de escrever desenvolvendo versos que são acompanhados de rimas, métricas e musicalidades. Impregnados de elementos de ordem subjetiva do artista, tais como: sentimentos, emoções e sensações tanto quanto impressões a partir de percepções pessoais. 

Curiosamente, a origem da poesia historicamente precede o início do domínio da própria arte da escrita pelo ser humano, originalmente a poesia lírica, criada na Grécia Antiga, fora feita para ser cantada com o uso de instrumentos musicais, tais como: a flauta ou a lira. O que explica, em grande parte, a poesia apresentar como características marcantes: versos, métricas, rimas, musicalidades. Na medida em que, desse modo, permitia facilitar não só inicialmente a transmissão oral, mas também posteriormente facilitar a memorização quando escrita.

O fato mais importante é que a poesia atravessou o tempo e conseguiu chegar até aos dias de hoje, consolidando-se como uma das formas de linguagem mais diversificada, apreciada praticamente no mundo todo e uma das expressões de comunicação mais bela. É só através da poesia que o ser humano pode, muitas das vezes, si permitir transcender a dimensão do universo comum e do uso banal das palavras para experimentar novos mundos através das formas mais profundas, inovadoras e criativas de usar as palavras. 

Certamente que algo culturalmente tão especial assim para a humanidade como a presença da poesia não poderia jamais deixar de merecer ter uma data comemorativa seja mundial ou nacionalmente. Mas, afinal em qual dia é comemorado o Dia Nacional da Poesia? 

Até nos dias de hoje ainda é comum fazerem determinadas confusões, confundindo a data exata da comemoração do dia nacional da poesia, haja vista que alguns a comemoram no dia 14 de março, outros no dia 21 de março e até no dia 31 de outubro. Nesse contexto, não há do meu ponto de vista nenhum problema com relação à existência de diferentes datas comemorativas, já que particularmente vejo como algo positivo porque quanto mais à poesia for celebrada e compartilhada melhor se é para contribuir no sentido de ampliar o acesso à cultura a população.

Contudo, levando em consideração especificamente a data oficial do dia nacional da poesia, a data correta de comemoração vigente é no dia 31 de outubro, definida desde 2015, a partir da lei 13.131 que mudou a data para homenagear o dia do aniversário do poeta, nascido em 1902, Carlos Drummond de Andrade, um dos principais nomes da literatura brasileira. Então, se mudou a data, pode-se subentender que havia uma data antes dessa que se comemorava o dia nacional da poesia? Isso mesmo. 

Porém, não era ainda a data registrada como oficial, mas antes de se estabelecer uma data oficial, era por meio da existência dessa data não-oficial que era comemorado no dia 14 de março, o Dia Nacional da Poesia, correspondendo ao aniversário de outro incrível poeta brasileiro Antônio Frederico de Castro Alves, mais conhecido como Castro Alves, nascido em 1847. Já, por sua vez, o dia 21 de março é comemorado o dia mundial da poesia criado, em 1999, em Paris na França na 30ª Conferência Geral da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura).

Uma vez esclarecido isso. Não temos mais obviamente como facilmente esquecermos dessas importantes datas e, sobretudo, independentemente de ser antes, durante ou depois das respectivas datas comemorativas, podemos buscar sempre que possível celebrar a poesia, ampliando socialmente o seu acesso seja nos espaços de bibliotecas, escolas ou saraus, shows, praças públicas, entre outros locais culturais, aproveitando dessas oportunidades do encanto que a poesia proporciona para aproximarmos mais as pessoas, incentivarmos o gosto pela leitura e promovermos a prática da escrita. 

TEXTO: ANTONIO GUSTAVO

POETA MANOEL DE BARROS



Morreu na quinta-feira, 13 de novembro de 2014, Manoel de Barros aos 97 anos, prestes a completar 98 anos no próximo mês. Nascido em Cuiabá-MT no dia 19 de dezembro de 1916. Manoel de Barros é considerado um dos maiores poetas contemporâneos do Brasil, publicou mais de 30 livros, dos quais praticamente quase 2/3, 18 livros, sendo especificamente de poesia. 

Recebeu importantes prêmios literários, como dois Jabutis (em 1989, com "O Guardador de Águas" e em 2002, "O fazedor do Amanhecer), foi agraciado com o Prêmio Academia Brasileira de Letras, pelo livro "Exercício de Ser Criança", em 2000. Contudo, sua obra mais conhecida é “O Livro Sobre o Nada”, de 1996. Onde desse último podemos extrair dois versos que sintetizam bem esse momento: “Não preciso do fim para chegar”; “Do lugar onde estou já fui embora”

Além de ser conhecido pelo seu nome propriamente dito também é conhecido como “poeta da natureza”, sendo chamado de "poeta do Pantanal", rótulo esse que recusou, tendo em vista que embora ainda criança, ter passado por longas temporadas na fazenda do seu pai, no Pantanal, e, após isso, já adulto, ter se tornado fazendeiro, experiência que lhe rendeu desenvolver, em grande parte, um olhar atento aos movimentos dos diversos elementos (sol, lua, árvores, folhas, águas, aves, formigas, etc..) da natureza. Mesmo que reconhecendo “fui criado no mato e aprendi a gostar das coisinhas do chão”, fez questão de dizer que, antes de tudo, essencialmente: “a poesia mexe com palavras e não com paisagens”. 

No ensino escolar da educação básica estudou um período significado na cidade de Campo Grande na qual é a capital do estado do Mato Grosso do Sul. E no ensino superior cursou e se formou, em 1941, em Direito pela Universidade do Rio de Janeiro. 

Durante boa parte da sua vida como ainda hoje, de certo modo, é comum de se vê nos jovens brasileiros, principalmente estudantes e universitários, foi adepto e defensor também dos ideais socialistas/comunistas. Entretanto, ao longo do tempo, com mais conhecimento de mundo e experiência de vida adquirida, o desenrolar de alguns acontecimentos no contexto em que viveu foram imprescindíveis para ele romper, em 1945, com o partido comunista brasileiro e se frustrar com os rumos políticos a partir de então.

Como no Brasil ter havido, por exemplo, sequestros, perseguições, péssimos exemplos, tais como o do Luís Carlos Prestes, político comunista, declarar apoio ao presidente Getúlio Vargas e Getúlio ter entregue sua esposa Olga Benário ao regime nazista da Alemanha.

De modo geral, Manoel de Barros em relação a sua trajetória artística é associado ao pós-Modernismo brasileiro, situado próximo das vanguardas europeias e da Poesia Pau-Brasil e da Antropofagia. Agradando-o ou não, o rótulo de "Poeta do Pantanal", o fato é que foi algo marcante, não apenas porque apresenta em seus poemas versos com elementos regionais, mas também porque esse era um dos temas  frequentes em seus escritos.

Outro fato curioso que também possibilita oferecer uma dimensão da importância de Manoel de Barros é a opinião de Carlos Drummond de Andrade, cujo o mesmo enquanto ainda escrevia, recusou ser considerado o maior poeta vivo do Brasil, em favor daquele que Drummond particularmente acreditava ser o maior, no caso, Manoel de Barros. Nesse sentido, não há exageros em se afirmar que a literatura brasileira perdeu, sem dúvida, um dos seus maiores representantes. Despeço-me do texto, por fim, com uns versos incríveis do próprio Manoel de Barros, colhidos do poema "a menina avoada":

(...) No caminho, antes, a gente precisava
de atravessar um rio inventado.
Na travessia o carro afundou
E os bois morreram afogados.
Eu não morri porque o rio era inventado”.

TEXTO: ANTONIO GUSTAVO

ALBERTO CAEIRO: HETERÔNIMO DE FERNANDO PESSOA




Fernando Antônio Nogueira Pessoa (1888-1935) ou, mais popularmente conhecido, Fernando Pessoa foi não só um dos principais escritores protagonista na literatura moderna portuguesa como também um dos maiores escritores a ocupar posição de destaque na literatura universal. 

Merecidamente considerado por muitos como o melhor poeta do século XX. Apesar de toda riqueza literária produzida durante a sua vida, ainda assim, teve apenas um livro (Mensagem), em 1934, publicado e o devido reconhecimento, dado a dimensão do valor de sua obra, póstumo, já que atravessou sua existência, de certo modo, não tão reconhecido como deveria em meio a sua própria pátria.

Em relação aos seus escritos impossível é falar de Fernando Pessoa sem, ao mesmo tempo, mencionar o fenômeno literário dos heterônimos, tendo em vista que o uso dos heterônimos é algo marcante e predominante da maior parte das suas produções. Ele criou dezenas de heterônimos, dos quais os que mais ficaram famosos foram Ricardo Reis, Álvaro de Campos e Alberto Caeiro, aonde cada um possui biografia, estilo e personalidade própria.

Falando especificamente de Alberto Caeiro, heterônimo de Fernando Pessoa, considerado o “mestre” dos demais heterônimos, podemos recomendar a leitura de “Poemas Completos de Alberto Caeiro”, tratando-se de um livro que contém um conjunto de poemas, basicamente organizado em três partes: O Guardador de Rebanhos, O Pastor Amoroso e Poemas Inconjuntos. Dedicado à memória de outro poeta português Cesário Verde. 

Alberto Caeiro (1889-1915) é um sujeito que passou quase toda sua vida no campo, numa aldeia do Ribatejo. Não teve profissão e nem, muito menos, alguma espécie de educação a nível formal, culta e erudita. Isso por si só explica bastante o fato de que através da leitura dos seus poemas, podemos perceber que ele adota uma linguagem coloquial, com elaboração de frases simples, desenvolvimento de comparações simples, fugindo das palavras rebuscadas e aproximando-se da linguagem falada. Escrevendo em forma de versos livres, com irregularidades métricas e, normalmente, ausências da utilização de rimas.

Alberto Caeiro vem nos oferecer uma maneira inédita e interessante acerca da percepção da natureza, palco dos acontecimentos escolhido pelo poeta; da realidade, referente ao tempo sempre vivendo e valorizando o presente, nunca, portanto, preso as memórias do passado ou agarrado às expectativas do futuro; e da peculiar relação que o poeta estabelecia espontaneamente, a sua maneira sinestésica, vendo e sentido, por vezes, pretendendo até se diluir com as “coisas”. 


Sendo considerado não só, de certo modo, um “poeta das sensações”, mas também um “poeta da natureza”, ao passo de dar uma atenção maior aos acontecimentos sentidos na natureza e uma importância especial aos sentidos humanos, ou seja, tocar, falar, ouvir, sobretudo olhar e saborear, submetendo o pensar ao sentir. Nesse sentido, sua poesia é resultado do sensacionalismo e não do pensamento. 


O próprio Alberto Caeiro vai reunir grande parte das suas ideias, de modo sintetizado, em apenas dois versos, dizendo: “Pensar uma flor é vê-la e cheirá-la/E comer o fruto é saber-lhe o sentido”.  Aqui o poeta recusa o pensamento e valoriza as sensações, transferindo as compreensões e os sentidos das “coisas”, se é que as “coisas” tem compreensões e sentidos, para a esfera do domínio das sensações como se, muitas vezes, a sensação fosse a única forma de alcançar a realidade.


O poema, assim, flui envolvendo os(as) leitores(as) com o despertar das sensações experimentadas pelo poeta ao ver, cheirar uma flor e ao saborear uma fruta. Em outros fragmentos de poemas, ambos pertencentes também ao livro “Poemas Completos de Alberto Caeiro”, de forma ainda mais clara, o poeta vai afirmar “(...)Porque pensar é não compreender...”, “(...)Eu não tenho filosofias: tenho sentidos...”.O heterônimo evoca novamente a noção de negação do pensar, já que o pensamento a rigor perturba e invariavelmente reduz o entendimento das “coisas” a meros conceitos.

Possuindo basicamente a crença de que as “coisas”, no geral, não têm significação, mas sim existência e é na sua existência que reside a matéria do seu próprio significado. Afinal, segundo as palavras do poeta “o mundo não se fez para pensarmos nele/ Pensar é estar doente dos olhos”. Retomando a valorização dos elementos do sentir que, dentre outras coisas, permite se despir das significações e/ou dos sentidos artificiais prévios para poder, então, essencialmente captar a singularidade das “coisas” e tentar traduzir em palavras do modo como elas mesmas naturalmente são. 

Nesse sentido, não é difícil de perceber o papel de destaque que o heterônimo Alberto Caeiro do seu modo peculiar revela em parte significativa da inestimável obra poética de Fernando Pessoa. Certamente contribuindo para o Fernando Pessoa se constituir ao longo do tempo em um dos maiores clássicos da literatura portuguesa, moderna e universal. 

TEXTO: ANTONIO GUSTAVO

FATORES QUE CONTRIBUEM PARA CRIAÇÃO DO ESTADO DE CARAJÁS: CENTRALIDADE ECONÔMICA E POLÍTICA DE MARABÁ

  Para compreendermos melhor a influência não só da centralidade urbana que a cidade média de Marabá exerce hoje, polarizando na dimensão ...